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Introdução
Neste estudo, o objectivo principal é de descrever o Investimento no capital humano, dentro
desse tema contem os seguintes subtemas: procura por educação pelos trabalhadores, relação
entre educação e ganhos e modelos hedonísticos. A compreensão da teoria do capital humano no
âmbito da ciência económica implica, necessariamente, a junção de dois vectores: de um lado, o
resgate das contribuições de Schultz e Gary Becker, além de outros estudos mais recentes, os
quais procuram demonstrar a estreita relação entre o capital humano e o desenvolvimento; de
outro, a reavaliação do espaço que tal noção ocupa na análise económica tradicional. O Capital
Humano, ou seja, capacidade, experiência e conhecimento é hoje reconhecido como o principal
activo de qualquer empresa. Este tema tem vindo a despertar a atenção de contabilistas, gestores,
economistas e investidores devido ao valor de mercado das empresas ser, nalguns casos, muito
superior ao seu valor contabilístico.
Procura por educação pelos trabalhadores consiste em aumento no investimento em educação
vem geralmente acompanhado por maiores gastos na saúde e na boa nutrição, os quais, mais
tarde, resultam em maior desempenho socioeconómico do país.
Os resultados mais evidentes são os seguintes:
Maior produtividade;
Maior mobilidade da força de trabalho para sectores dinâmicos;
Menor pressão demográfica, mediante redução da taxa de fertilidade.
Modelos hedonísticos de ganhos estão relacionados com a utilidade. Este modelo insere-se
frequentemente nos quadros económicos. Mas a sua raíz é psicológica, traduzindo a tendência do
homem para obter a maior soma de satisfações com o menor sacrifício possível.
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1.Capital Humano
1.1.Origem e Evolução do Capital Humano
A Teoria do Capital Humano surgiu em finais dos anos 50, início dos anos 60 do século XX
através de trabalhos realizados essencialmente por um grupo de economistas neoclássicos da
Escola de Chicago, nomeadamente Edward Denison (1962), Jacob Mincer (1958), Theodore
Schultz (1961), Gary Becker (1960) e Milton Friedman (1955), entre outros.
Após a apresentação do conceito, os estudos sobre Capital Humano difundiram-se rapidamente
principalmente nos Estados Unidos mas também noutros países. Theodore Schultz publicava em
1963 a obra The economic value of education e em 1964, Gary Becker publica Human Capital,
uma obra de referência nos estudos sobre investimentos na formação dos trabalhadores onde a
discussão se amplia com o desenvolvimento da análise sobre a economia da família, utilizando
como base do programa de investigação a teoria do capital humano.
A realidade é que esta teoria teve um extraordinário impacto tanto na literatura económica como
na acção política educacional e foi rapidamente incorporada nos programas de expansão
educacional dos anos 60 do século XX, levados a cabo na maioria dos países da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Mais tarde, a teoria foi integrada
nos programas de outras agências internacionais como a Organização Educacional, Científica e
Cultural das Nações Unidas (UNESCO) e pelo Banco Mundial, tornando-se central para a
estandardização das estratégias de desenvolvimento nos países em vias de desenvolvimento
(Marginson, 1993: 31).
1.2.Conceito Fundamental
Capital humano é o conjunto de conhecimentos, competências e atributos de personalidade
consagrados na capacidade de realizar trabalho de modo a produzir valor económico. São os
atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação e da experiência.
O capital humano é um dos principais activos geradores de riqueza nas empresas. O valor de
cada indivíduo contribui para o crescimento da organização e pode ser aumentado ou depreciado
de acordo com as políticas e práticas de gestão aplicadas.
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Com a mudança constante do contexto económico, em que a formação de valor no mercado
cada vez mais depende da qualidade de serviços e conhecimentos prestados, onde bens tangíveis
são facilmente copiáveis, as pessoas tornaram-se definitivamente um diferencial competitivo.
Deste modo torna-se cada vez mais evidente a procura das organizações em novas ferramentas e
estratégias de gestão onde a ideia de "despesas com pessoal" passa a dar lugar ao "investimento
em capital humano".
Gary Becker (1962) define o capital humano como qualquer actividade que implique num custo
no período corrente e que aumente a produtividade no futuro pode ser analisada dentro da
estrutura da teoria do investimento.
1.3.Tipo de Capital Humano
Segundo Gary Becker (1962) o capital humano esta dividido em dois tipos que são: (geral e
especifico).
Geral – é definido como sendo um treinamento no qual a produtividade do trabalhador
aumenta em vários empregos alternativos e no qual, o seu financiamento, fica a cargo do
próprio trabalhador.
Específico – é definido como aquele treinamento que aumenta a produtividade do
trabalhador para a firma em particular e é financiado pela empresa.
Em Teixeira (1999:10-11), podemos encontrar duas das características fundamentais do capital
humano:
A primeira é que, em si mesmo, o capital humano não é visível e o que é observável são
os seus efeitos,
A outra especificidade do capital humano traduz o facto do mesmo não poder ser
separado da pessoa que o detém, o que equivale a dizer ele não pode ser comprado ou
vendido.
Segundo Adam Smith definiu o capital humano como as habilidades adquiridas e úteis de todos
os habitantes ou membros da sociedade. A aquisição de tais talentos, por meio da manutenção do
adquirente durante a sua educação, estudo ou aprendizagem, sempre custa uma despesa real, que
é capital fixo e realizado, por assim dizer, na sua pessoa. Esses talentos, fazem parte da sua
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fortuna, tal como também da sociedade à qual ele pertence. A destreza melhorada de um
trabalhador pode ser considerada a mesma que uma máquina ou um instrumento de comércio,
que facilita o trabalho e que, apesar dos custos, reembolsa as despesas com um lucro. "
2.Investimento do Capital Humano
Capital humano é obtido através do investimento nas pessoas. Esse investimento tem lugar ao
longo da vida, assume variadas formas e ocorre em diversos contextos. Para termos uma ideia
mais clara dos indicadores que devemos utilizar nas análises empíricas sobre o investimento em
capital humano, bem como os objectivos, a utilidade e as limitações existentes em cada um dos
indicadores.
2.1.Actividades que constituem investimento em capital humano
Educação;
Treinamento;
Migração Saúde;
Busca de Emprego.
A quantidade de investimento nesta forma de capital pode facilmente ser medida através de dois
recursos relacionados com a aprendizagem: tempo e dinheiro. Argumenta-se que tanto o
investimento de tempo como de dinheiro por parte de indivíduos, empresas e governos em
educação e formação são medidas indirectas da formação do capital humano, mas que estas
medidas são insuficientes uma vez que não têm em conta a aprendizagem além do sistema
formal onde os investimentos são menos visíveis. Ainda assim, dão-nos uma ideia de como os
diferentes países estruturam o investimento em capital humano em termos de tipo, nível e
duração. Por exemplo, um país pode ter níveis relativamente baixos de capital humano medido
pelos anos de escolaridade da população, mas, no entanto, fazer grandes investimentos em cada
estudante ou ter um nível razoavelmente elevado de participação em aprendizagens além da
escola, em particular de formação profissional.
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A principal pressuposição que embaça a análise sobre o capital humano, resumida por becker
(1993), é de que os indivíduos tomam a decisão de gastar em educação, treinamento, assistência
médica, aperfeiçoamento ao conhecimento já existente e saúde porque levam em conta os custos
e os benefícios dessa decisão. O autor, comentando o trabalho de schultz, explica que, além das
melhorias nos ordenados e nas ocupações, os benefícios incluem a cultura e outros ganhos não
monetários, sendo os custos normalmente dependentes do valor obtido mediante o tempo gasto
nesse investimento, a taxa de desconto intertemporal. Becker (1993) acrescenta que o conceito de
capital humano abrange também o trabalho acumulado e outros hábitos.
O investimento financeiro em capital humano pode ser medido através:
Do total dos gastos públicos em educação e formação inicial (percentagem do PIB gasto
nestes factores) ou, em alternativa, os gastos por estudante de acordo com o PIB per
capita
Dos gastos públicos em formação para adultos no contexto do mercado de trabalho.
Uma estratégia para direccionar fundos públicos limitados para a melhoria do capital humano é
através da implementação de programas desenhados directamente para apoiar pessoas
empregadas, desempregadas ou grupos desfavorecidos na sua inserção no mercado de trabalho.
Os programas activos no contexto do mercado de trabalho incluem acções de formação e
educação bem como esquemas de emprego temporário e subsídios de recrutamento.
Do investimento privado das empresas e das organizações que constitui uma parte
substancial do investimento total em capital humano.
Tal como os programas públicos no contexto do mercado de trabalho, também estes
investimentos são largamente direccionados para o desenvolvimento de aptidões e competências
com valor económico.
Do investimento das famílias em actividades que, directa ou indirectamente, influenciam
o desenvolvimento do capital humano nos seus filhos. Este investimento nem sempre é
financeiro, o investimento de tempo e a promoção de atitudes e hábitos de aprendizagem
são importantes para a criação do capital humano. Os custos com educadores, materiais
educacionais ou outros custos relacionados com a educação formal têm impacto directo
no capital humano. Há ainda outros gastos que influenciam a qualidade de vida das
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crianças e que podem ter efeitos indirectos não quantificáveis no capital humano como
sejam, por exemplo, os gastos com alimentação, vestuário, habitação e saúde.
Por outro lado, o investimento de tempo no desenvolvimento de capital humano, embora
dependa e reflicta as oportunidades de aprendizagem disponíveis, pode ser medido através:
Taxas de participação em educação formal, educação de adultos e formação traduzida no
número de anos escolares que se espera uma criança venham a ter entre os 5 e os 29 anos,
medido através da proporção de jovens, segundo as idades, nos diferentes níveis de
escolaridade formal e na percentagem da população (empregada e desempregada) que
participa em formação no contexto do mercado de trabalho
.
Duração dessa participação. É também importante ter em conta a duração da participação
nas actividades de aprendizagem e formação na medida em que estas actividades podem
envolver acções cuja duração vai de algumas horas ou dias até meses e anos, constituindo
esse um factor importante na análise dos resultados estatísticos de participação.
Transitando do investimento para os retornos, o capital humano adquire muitas formas e é muito
mais que a soma das suas partes. A nível empírico, os efeitos do investimento em capital humano
têm que ser analisados tendo em conta o tempo e o espaço em que ocorrem. A quantidade de
capital humano e a forma como está distribuído tem importantes efeitos internos/externos,
públicos/privados e consequências socioeconómicas para os indivíduos, as empresas, as
sociedades e os territórios (ver figura ).
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2.3.Custos e Benefícios do Investimento em Capital Humano
2.4.Cronologia dos Investimentos em Capital Humano (Jacob Mincer)
Segundo Jacob Mincer as várias categorias dos investimentos em capital humano podem ser
descritas numa cronologia do ciclo - devida:
1. Os recursos alocados nos cuidados das crianças e com o desenvolvimento infantil
representados pelos investimentos em pré escola;
2. Os investimentos na educação escolar formal;
3. investimentos em “job training”, “learning” , “job search” e migração;
4. Investimentos em saúde e manutenção que continuam ao longo da vida (exercícios
físicos);
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2.5.O modelo de investimento capital humano - o modelo básico em tempo contínuo
Seja:
Ci = custos marginais de uma unidade de educação e treinamento no período;
Ri= retorno do treinamento no período;
r = taxa de juros;
t = período de aprendizado ou educação;
T = período final.
O indivíduo irá investir em capital humano até o ponto no qual os retornos marginais da
educação sejam iguais aos custos marginais (benefícios marginais), isto é:
t -rt T -rt
∫ Ci e di = ∫ Ri e di
0 t
2.6.O modelo básico em tempo contínuo - implicações
Quanto maior o hiato entre T e t, maiores serão os retornos da educação – ceteris
paribus;
Quanto menor for o sacrifício em termos de custo Ci, envolvidos no investimento em
capital humano, maior será o investimento;
Quanto maiores forem os retornos da educação [Ri], maiores serão os investimentos em
educação; ceteris paribus; quanto maior for a taxa de juros [r], menor será a demanda por
educação, ceteris paribus;
Os investimentos em educação tendem a ocorrer à medida que os benefícios marginais
descontados excedem os custos marginais descontados. Em outras palavras, para haver
investimentos em educação, os retornos devem ser positivos.
3.Procura por educação pelos trabalhadores
De acordo com Schultz (1964), o investimento básico no ser humano se dá por meio da
educação. Segundo o autor, as pessoas valorizam as suas capacidades, tanto como produtores,
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quanto como consumidores, pelo investimento que fazem em si mesmas. Sendo a educação a
melhor forma de se investir em capital humano, pois, enquanto o nível de bens de produção tem
declinado em relação à renda, o capital humano tem aumentado. A caracterização da educação se
dá por meio do "ensino" e do "aprendizado", sendo que seu significado decorre da extracção de
algo potencial ou latente de uma pessoa, aperfeiçoando-a, moral e mentalmente, a fim de torná-la
susceptível a escolhas individuais e sociais. Preparando-a para uma profissão, por meio de
instrução sistemática e exercitando-a na formação de habilidades.
Blaug (1975) também ressalta o impacto que a educação exerce sobre a economia, levando em
conta diversos factores, tais como: a influência na composição e utilização na força de trabalho; a
distribuição de renda pessoal e poupança; e as formas e padrões de comércio internacional,
influenciando nas expectativas do crescimento económico.
Blaug (1975), assim como Schultz, buscam mostrar os benefícios advindos da educação,
tomando como exemplo a variação nos rendimentos dos trabalhadores. Para ele, em todas as
economias, existem diferentes proporções de remunerações entre indivíduos da mesma idade
com diferentes níveis de escolaridade
A educação é considerada de duas formas distintas: consumo, num primeiro momento, pois, a
curto prazo, sempre demandará gastos para sua execução; e investimento, num segundo
momento, devido à possibilidade de elevar as rendas futuras dos estudantes, resultando em
crescimento económico.
Diante disso, pode-se compreender a importância que o investimento em capital humano,
especificamente na educação, exerce sobre a actividade económica. Melhorando seu nível de
produtividade, amenizando as discrepâncias salariais, reduzindo as desigualdades económicas e
impactando no sistema económico como um todo.
A educação se apresenta com um papel estratégico no contexto neoliberal, formar o trabalhador
para o processo de produção. E sendo assim, para Frigotto (1993) “a educação dos diferentes
grupos sociais de trabalhadores deve dar-se a fim de habilitá-los técnica, social e
ideologicamente para o trabalho”.
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Existe, ao longo do tempo, uma forte conexão entre investimento em capital humano e o valor
económico do homem, uma vez que, quanto mais investimentos em educação, maior a tendência
de elasticidade de sua produtividade, reflectindo em maiores rendimentos, maior eficiência,
influenciando na dinâmica e no desempenho do crescimento económico nacional. O capital
humano permite ao trabalhador obter rendimentos e melhorar sua condição de vida.
A educação é vista não somente como um determinante do crescimento e progresso económico,
mas também como um dinamizador de externalidades positivas para a sociedade, pois alavanca
maior consciência ao indivíduo, seja de carácter político, ético, moral ou social, minimizando
factores de risco à população e proporcionando maior bem-estar colectivo.
Para Barros, Henriques e Mendonça (1997), o impacto de investimentos na educação não
influencia apenas aqueles que se educam, mas também aqueles que os rodeiam, pois impacta na
produtividade, aumenta a expectativa de vida das pessoas, devido à maior disponibilidade de
recursos, além de, possivelmente, fazer com que os indivíduos reduzam o número de filhos,
aumentando a qualidade de vida e reduzindo a pobreza no futuro. A exemplo disso, os autores
apresentam alguns exemplos da influência da educação em diversos aspectos, como na
mortalidade infantil, a partir dos estudos de Barros e Sawyer (1993), na fecundidade, como
apontam Lam e Dureya (1995), e nos salários, conforme pesquisa de Barros e Mendonça (1996).
Nessa teoria, a educação é fundamental para “criar e aumentar” o capital humano. É o processo
educativo que produzirá algumas atitudes e conhecimentos para capacitar para o trabalho. Assim
sendo, neste ponto de vista, a educação é tida como um dos factores que auxiliam no
desenvolvimento e na distribuição social de renda.
A educação tem sido influenciada pelos padrões do ‘mercado’, centra seus princípios e práticas
na racionalidade mercantil, produtividade, competitividade e flexibilidade. Ajusta-se aos padrões
da “condição pós-moderna”, motivada por valores mediáticos e por ideais de mistificação da
realidade e assim, surge a busca por uma proposta de educação escolar que reflicta a actual
situação e proponha uma ruptura visando uma educação que alcance a todos.
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4.Relação entre educação e ganhos
A educação tem um papel importante para o crescimento económico, pois é o factor que
impulsiona a produtividade dos demais e portanto da economia como um todo. Segundo
Menezes Filho (2007, p.3): existem diversas evidencias mostrando que a educação e muito
importante em varias dimensões económicas e sociais. Vários estudos mostram que uma maior
escolaridade aumenta os salários das pessoas, diminui a propensão ao crime, melhora a saúde e
diminui a probabilidade de ficar desempregado, alem disso, para o país como um todo, uma
população mais educada trás um crescimento económico maior, aumenta a produtividade das
empresas e potencializa os efeitos da globalização.
A educação é um factor importante para qualquer país, capaz de melhorar indicadores sociais e
impulsiona a sua economia. Mas para obter essas vantagens e necessário que grande parte da
população esteja na escola na idade correcta e receba um ensino de qualidade.
Melhores níveis iniciais de educação constroem melhores instituições no futuro, ou seja o capital
humano é responsável por melhores instituições e, portanto, influencia o crescimento económico
de longo prazo.
5.Modelo hedonístico de ganhos
Os modelos hedonísticos se constituem em técnica estatística de análise da regressão múltipla,
que objectiva identificar e quantificar os atributos relevantes (variáveis independentes) na
composição do variável objectivo, em ambientes onde se comparam produtos com diferentes
atributos (heterogéneos).
Empregado inicialmente na indústria automobilística por Court (1939), esta técnica foi
largamente difundida por Griliches (1961), sendo utilizado na análise nas equações de oferta e
demanda por Rosen (1974), conforme citações referenciadas por Sartoris (1996).
No caso da aplicabilidade no sector imobiliário, a análise da regressão hedônica pode associar o
valor dos alugueis as características associadas ao imóvel, mostrando os atributos relevantes para
a composição dos preços dos alugueis. Desta maneira como resposta do método, almeja-se a
significação de que quanto mais eficiente for o atributo maior será o preço a ele oferecido.
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Muitos artigos têm utilizado a análise hedônica para explicar os aluguéis em edifícios
comerciais, tais como Glascock, Jahanian e Sirmans (1990), Mills (1992), Webb e Fisher (1996).
O modelo hedonístico de ganhos insere-se frequentemente nos quadros económicos. Mas a sua
raíz é psicológica, traduzindo a tendência do homem para obter a maior soma de satisfações com
o menor sacrifício possível. As próprias leis da concorrência e da oferta e da procura, situadas no
centro das teorias económicas, constituem ainda reflexos da tendência psicológica hedonística.
Os vendedores procuram vender aos mais altos preços. Os compradores querem comprar aos
mais baixos preços. Em regime de liberdade dos mercados, uns e outros vão moderando as suas
ambições, de forma a encontrarem um ponto de encontro que torne possíveis as suas compras e
vendas. in Economia Política - Soares Martinez, Almedina 1996, págs. 35 e 36.
"A susceptibilidade dos bens económicos satisfazerem necessidades designa-se por utilidade." in
op. cit. pág. 105.
Analisando o conceito de acto de produção, temos que: constituirá acto de produção aquele que
torne um objecto útil, ou aumente a sua utilidade. É um acto de produção, do ponto de vista
económico, o acto criador de bens desejados, o acto criador de riqueza. in op. cit. págs.(400 e
401).
Os modelos hedonísticos, de acordo com Sartoris Neto (1996), têm sido largamente utilizados
para se avaliar as características de mercados residenciais urbanos, já que se referem a valores
implícitos destas características nas unidades residenciais. Tais modelos tipicamente utilizam as
análises de regressões clássicas, nas quais o preço de vendas das unidades residenciais é
regredido em função da mensuração de seus atributos, estipulando-se o valor de mercado das
características de um bem. Uma função explícita, denominada função de preço hedonístico,
determina quais são os atributos, ou "pacote" de atributos, mais significantes da composição do
preço, quando da avaliação de determinada unidade residencial (Bowen; Mikelbank; Prestegaard,
2001, p. 467).
Um modelo hedonístico é aquele em que as variáveis independentes estão relacionadas com a
qualidade, por exemplo, a qualidade de um produto que se pode comprar ou a qualidade de um
trabalho.
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5.1.Modelo hedonístico de salário
Um modelo hedonístico de salário pode corresponder à ideia de que existem diferenciais de
compensação - que os trabalhadores que recebem salários mais elevados para os postos de
trabalho que eram mais desagradável.
5.2.Modelo hedonístico de preços
Um modelo hedonístico de preços é aquele que decompõe o preço de um item em componentes
separados que determinam o preço. Um simples e comum exemplo de preço de uma casa podem
depender do seu tamanho, a sua localização e de outros factores. É possível construir um modelo
melhor (especialmente quando se tenta construir um modelo preditivo), separando esses factores.
Um modelo hedonístico de ganhos não necessariamente separa todos os factores que poderiam
ser separados, apenas aquelas que afectam a utilidade de um comprador do que está sendo
vendido. Um bom modelo também deve separar outros factores: por exemplo, um modelo de
preços da habitação também deve separar as taxas de juros.
Um uso de modelos hedonísticos é ajustar as medidas de inflação. A diferença isso faz com que
seja mais significativo para produtos que não são directamente comparáveis com os que foram
vendidos no passado, porque a tecnologia melhorou. Considere um nível de entrada do
computador pessoal, ex: comprei hoje, em comparação com um comprado há dez anos: o preço
não é muito diferente, mas é muito mais barato do que o preço de um computador semelhante
comprado há dez anos.
Assim, os modelos de preços hedonísticos de ganhos têm sido utilizados para se estudar a
demanda e a oferta, uma vez que se assume que os imóveis são vendidos como um "pacote" de
atributos inerentes e os respectivos preços, (Chau; Ng; Hung, 2001, p. 26).
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Conclusão
O presente trabalho efectuou uma ampla investigação sobre os investimentos em capital humano
para aumentar o grau de desenvolvimento económico para melhorar a qualidade de vida da
população.
O termo capital humano contempla o entendimento de que o homem é um ser que necessita de
investimentos sociais e privados para criar valor adicionado e proporcionar desenvolvimento
económico. A escolaridade ampla, a boa saúde e a nutrição, consideradas no início do processo
de desenvolvimento, significam melhor desempenho mais tarde. Os resultados mais evidentes
são: aumento da produtividade na força de trabalho; mão-de-obra com mobilidade para sectores
dinâmicos; menor pressão demográfica; renda per capita maior e investimentos recorrentes em
pessoas. Ressaltamos que, entre os elementos que determinam a produtividade do trabalhador,
estão a educação, o treinamento, a tecnologia e a própria contribuição do capital fixo.
Na questão de modelos hedonísticos de ganhos concluímos que a proposta de determinação do
modelo hedonístico foi suprida, comprovando as evidências sustentadas sobre o
condicionamento do valor dos alugueis a um conjunto de atributos seleccionados.
O estudo realizado poderia apresentar maior sensibilidade as variáveis propostas, caso houvesse
um processo de avaliação das dependências dos imóveis, retratando seu real estado de
conservação e peculiaridades de atractividade para o futuro locatário.
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Bibliografia
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BOYD, H., WESTFALL, R. - Pesquisa Mercadológica. Ed. FGV. Rio de Janeiro, 1987
BIOGRAFIA DO AUTOR
Nome: Sérgio Alfredo Macore
Formação: Gestão De Empresas e Finanças
Facebook: Helldriver Rapper ou Sergio Alfredo Macore
Nascido: 22 de Fevereiro de 1993
Província: Cabo Delgado – Pemba
Contacto: +258 846458829 ou +258 826677547
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NB: Caso precisar de um trabalho, não hesite, não tenha vergonha. Me contacte logo, que eu
dou. ‘’Informação é para ser passada um do outro’’
OBRIGADO
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