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12/03/2013 1 Convulsão - Epilepsia Profa. Marion Vecina A. Vecina Grande parte das síndromes epiléticas tem início na infância e 50% dos casos de epilepsia ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade. Convulsões e Epilepsia CONVULSÃO: Evento paroxístico devido a descargas anormais, excessivas e hipersincrônicas de um agregado de neurônios do SNC Incidência de pelo menos um episódio na vida: 5 a 10% EPILEPSIA: Convulsões recorrentes devidas a um processo subjacente crônico Prevalência em 5 a 10 pessoas por 1.000 Causas das convulsões Causas segundo a idade Neonatos Lactentes e crianças adolescentes Adultos jovens Adultos de mais idade e idosos Doença cerebrovascul ar Tumor cerebral Abstinência ao álcool Distúrbos metabólicos Doença de alzheimer e outras doenças degenerativas do SNC Idiopáticas Traumatism o Abstinência de álcool Drogas ilícitas Tumor cerebral Idiopáticas Traumatismo Distúrbios genéticos Infecção Tumor cerebral Drogas ilícitas idiopáticas Convulsões febris Distúrbios genéticos Infecção do SNC Distúrbios do desenvolvimen to Traumatismo Idiopática Hipóxia e isquemia perinatais Traumatismo craniano e hemorragia Infecção aguda do SNC Distúrbios metabólicos Abstinência de fármacos Distúrbios do desenvolvimento e genéticos Etiologia: Síndrome Hipóxico-isquêmica É a etiologia mais comum (50 a 60%) Costumam se apresentar nas primeiras 24h, sendo 60% nas primeiras 12h Associada a rebaixamento da consciência Em casos graves apresenta cardio e nefropatia concomitante Evoluem com aumento da freqüência e da severidade, podendo evoluir pra estado de mal epiléptico Tratamento difícil Etiologia: Infecções intracranianas Cursam com vômitos, labilidade térmica, letargia ou mudanças drásticas no estado do paciente Infecções bacterianas costumam se apresentar ao fim da primeira semana podendo apresentar-se até o 3º mês Deve-se investigar infecções bacterianas e virais, com atenção as congênitas Herpes, toxoplasmose, rubéola Apresenta-se nos primeiros 3 dias de vida No Herpes aparecem em até 2 semanas Deve-se buscar outras manifestações

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Convulsão - Epilepsia

Profa. Marion Vecina A. Vecina

• Grande parte das síndromes epiléticas tem início na infância e 50% dos casos de epilepsia ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade.

Convulsões e Epilepsia

• CONVULSÃO: – Evento paroxístico devido a descargas anormais, excessivas e

hipersincrônicas de um agregado de neurônios do SNC

– Incidência de pelo menos um episódio na vida: 5 a 10%

• EPILEPSIA: – Convulsões recorrentes devidas a um processo

subjacente crônico

– Prevalência em 5 a 10 pessoas por 1.000

Causas das convulsões Causas segundo a idade

Neonatos Lactentes

e crianças adolescentes Adultos

jovens

Adultos de

mais idade e idosos

Doença cerebrovascular Tumor cerebral

Abstinência ao álcool

Distúrbos metabólicos

Doença de alzheimer e outras doenças degenerativas do SNC

Idiopáticas

Traumatismo

Abstinência de álcool

Drogas ilícitas

Tumor cerebral

Idiopáticas

Traumatismo

Distúrbios genéticos

Infecção

Tumor cerebral

Drogas ilícitas idiopáticas

Convulsões febris

Distúrbios genéticos

Infecção do SNC

Distúrbios do desenvolvimento

Traumatismo

Idiopática

Hipóxia e isquemia perinatais Traumatismo craniano e hemorragia

Infecção aguda do SNC

Distúrbios metabólicos

Abstinência de fármacos

Distúrbios do desenvolvimento e genéticos

Etiologia: Síndrome Hipóxico-isquêmica

• É a etiologia mais comum (50 a 60%)

• Costumam se apresentar nas primeiras 24h, sendo 60% nas primeiras 12h

• Associada a rebaixamento da consciência

• Em casos graves apresenta cardio e nefropatia concomitante

• Evoluem com aumento da freqüência e da severidade, podendo evoluir pra estado de mal epiléptico

• Tratamento difícil

Etiologia: Infecções intracranianas

• Cursam com vômitos, labilidade térmica, letargia ou mudanças drásticas no estado do paciente

• Infecções bacterianas costumam se apresentar ao fim da primeira semana podendo apresentar-se até o 3º mês

• Deve-se investigar infecções bacterianas e virais, com atenção as congênitas

– Herpes, toxoplasmose, rubéola

– Apresenta-se nos primeiros 3 dias de vida

– No Herpes aparecem em até 2 semanas

– Deve-se buscar outras manifestações

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Etiologia: Hemorragias intracranianas

• Costumam apresentar-se nos primeiros 3 dias, em prematuros na primeira semana

• Quanto maior a área acometida pela hemorragia mais freqüentes são as convulsões

• Convulsões tônicas generalizadas são as mais freqüentes, convulsões sutis são raras

• Responsável por 10% das convulsões neonatais

Crises Epiléticas Neonatais

• Do ponto de vista clínico, podemos identificar 7 tipos diferentes de apresentação das crises neonatais:

• 1. Sutis ou mínimas

• 2. Clônicas focais

• 3. Multifocais

• 4. Mioclônicas

• 5. Crises tônicas

• 6. Hemigeneralizadas

• 7. Tônico-clônicas

Crises epiléticas SUTIS

• Caracterizadas por movimentos oculares anormais, mastigatórios, bucolinguais, hipoventilação, hiperventilação e também episódios de apnéia.

Crises CLÔNICAS FOCAIS

• Apresentam-se sob a forma de movimentos clônicos irregulares, assíncronos, afetando um ou mais segmentos corporais

Crises MULTIFOCAIS

• Envolvem contrações e ou abalos de membros superiores, inferiores e face.

Crises MIOCLÔNICAS

• Apresentam-se como contrações breves, únicas e múltiplas.

• Contração muscular súbita e breve uma parte ou todo o corpo

• Associada a: – Distúrbios metabólicos – Doenças degenerativas do SNC – Lesão cerebral anóxica

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Crises TÔNICAS

• Caracterizadas por extensão ou flexão dos MMSS e ou MMII, associados ou não ao desvio dos olhos. Apnéia e cianose geralmente expressam grave comprometimento cerebral e são mais freqüente em prematuros, fazendo lembrar hemorragias intracranianas.

Crises Hemigeneralizadas

• Cujas contrações e/ou abalos estão restritos a um dimínio

Crises TÔNICO CLÔNICAS

• Raras no recém nascido.

• Tônus :Contração muscular generalizada

Clônus:Movimentos repetitivos de extensão e flexão

• Principal convulsão em 10% dos epilépticos

Prognóstico

• Ruim quando há causa neurológica subjacente

• Cerca de 2/3 evoluem com seqüelas (Legido et al)

• O prognóstico esta diretamente ligado a etiologia – Sínd. Hipóxico-isquêmica: 100% com

convulsões freqüentes, atrasos no desenvolvimento

PRIMEIROS SOCORROS

• Não interferir nos movimentos convulsivos

• Afastar objetos que causem traumas.

Tratamento

• Identificar a causa subjacente e tratá-la

• Freqüentemente necessitam de monitorização continua por vídeo e EEG

– Convulsões subclínicas

– Evita subestimação

• Pode necessitar de um ou mais anticonvulsivantes