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Ficha de Informação A Aia Eça de Queirós A derrota e a morte de um rei após uma batalha deixaram um filho, ainda bebé, por criar. A aia, que tivera o filho ao mesmo tempo que a rainha, amamentava o príncipe e criava-o como se fosse seu filho. Contudo, o tio do príncipe, o irmão bastardo do rei que morrera, estava ansioso por se sentar no trono, e disposto a tudo para consegui-lo. A lealdade, o amor, a fidelidade e a crença na vida depois da morte determinam a atitude da aia, que trocou a vida do seu filho pela do príncipe. Definição do Conto: Narrativa curta onde predominam a unidade de acção; de personagens; de espaço e de tempo; linguagem directa e simples; narrado, em geral, na terceira pessoa. Justificação da denominação de conto ao texto “A Aia”. > Unidade de acção; > Progressão rápida dos acontecimentos; > Poucas personagens; > Espaço limitado; > Tempo curto; > Pouca extensão. Explanação do vocábulo ‘aia’: > Classificação morfológica: substantivo no singular; > Classificação etimológica: do gótico hagja, com o sentido de ‘tutor, protector’; > Classificação semântica: mulher que tem a cargo a educação doméstica das crianças; dama de companhia; > Identificação do vocábulo ‘aia’ como arcaísmo, forma lexical em desuso; > Constatação de que se pode ler da direita para a esquerda e no sentido inverso. Análise do conto: Acção (momentos determinantes) Introdução: apresentação do rei, do seu reinado e referência À sua partida, deixando desprotegidos a rainha, o filho e o reino. Desenvolvimento: acontecimentos que levam à modificação da situação inicial: comportamento das personagens após a recepção da notícia da morte do rei; ambição desmedida do irmão bastardo do rei e pressentimento do ataque ao palácio, por parte da ama (a aia), que decide trocar as crianças de berço;

A aia

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Ficha de InformaçãoA Aia

Eça de Queirós

A derrota e a morte de um rei após uma batalha deixaram um filho, ainda bebé, por criar. A aia, que tivera o filho ao mesmo tempo que a rainha, amamentava o príncipe e criava-o como se fosse seu filho. Contudo, o tio do príncipe, o irmão bastardo do rei que morrera, estava ansioso por se sentar no trono, e disposto a tudo para consegui-lo.

A lealdade, o amor, a fidelidade e a crença na vida depois da morte determinam a atitude da aia, que trocou a vida do seu filho pela do príncipe.

Definição do Conto: Narrativa curta onde predominam a unidade de acção; de personagens; de espaço e de tempo; linguagem directa e simples; narrado, em geral, na terceira pessoa.

Justificação da denominação de conto ao texto “A Aia”.> Unidade de acção;> Progressão rápida dos acontecimentos;> Poucas personagens;> Espaço limitado;> Tempo curto;> Pouca extensão.

Explanação do vocábulo ‘aia’:> Classificação morfológica: substantivo no singular;> Classificação etimológica: do gótico hagja, com o sentido de ‘tutor, protector’;> Classificação semântica: mulher que tem a cargo a educação doméstica das

crianças; dama de companhia;> Identificação do vocábulo ‘aia’ como arcaísmo, forma lexical em desuso;> Constatação de que se pode ler da direita para a esquerda e no sentido inverso.

Análise do conto:

Acção (momentos determinantes)Introdução: apresentação do rei, do seu reinado e referência À sua partida,

deixando desprotegidos a rainha, o filho e o reino.Desenvolvimento: acontecimentos que levam à modificação da situação inicial:

comportamento das personagens após a recepção da notícia da morte do rei; ambição desmedida do irmão bastardo do rei e pressentimento do ataque ao

palácio, por parte da ama (a aia), que decide trocar as crianças de berço; rapto da criança (“escravozinho”) que dormia no berço real; morte do tio e do “escravozinho” e reacção das personagens à morte do

suposto príncipe e descoberta de que afinal a criança assassinada era o filho da ama;

tentativa de recompensar a ama pelo seu acto admirável.Conclusão: suicídio imprevisto da ama perante todos, na câmara dos tesouros,

com um punhal “todo cravejado de esmeraldas”.

Acção (organização)As várias sequências narrativas (acções desenrolam-se alternadamente (as

respeitantes ao núcleo central da acção – rei, rainha, ama, príncipe e escravo – e as atinentes ao tio bastardo), fundem-se quase no final da narrativa – narrativa fechada.

Identificação do espaço: “um reino abundante em cidades e searas”;> Trata-se de um espaço distante, ambíguo: referência ao valor indeterminado do

artigo indefinido “um”.

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Delimitação da estrutura do conto e sua junticação.> 1ª parte ou introdução: contextualização espácio-temporal e apresentação

das personagens.- “Era uma vez… à beira de um grande rio”;

> 2ª parte ou desenvolvimento: a acção.- “A rainha chorou… o seu desejo apetecesse…”

> 3ª parte ou conclusão: desenlace ou desfecho.- “A rainha tomou a mão da serva… E cravou o punhal no coração.”

Análise da introdução

Contextualização no tempo indefinido: “Era uma vez…” Apresentação das personagens: o rei, a rainha, o príncipe; As personagens não têm nome próprio e são apresentadas pelo seu estatuto

social; Esse facto relaciona-se com a consequente desvinculação das personagens à

realidade, confirmando a universalidade do conto; Identificação das características referentes ao rei e à rainha: “moço e valente”;

“solitária e triste”; Expressividade da adjectivação dupla: rei – realça a sua juventude e coragem;

rainha – realça o seu sofrimento devido à ausência do rei; Expressividade da anteposição do adjectivo em “amarga nova”: reforça a tristeza

e o perigo pela morte do rei.

Análise do Desenvolvimento

Consequências da morte do rei e respectivo levantamento das expressões que justificam a resposta.

> Rainha e principezinho indefesos – “chorou magnificamente o rei, chorou ainda desoladamente o esposo, que era formoso e alegre. Mas, sobretudo, chorou ansiosamente o pai, que assim deixava o filhinho desamparado, no meio de tantos inimigos”;

> Reino indefeso: “e do reino que era seu sem um braço forte que o defendesse”;

Indicação da expressividade:> Repetição da forma do verbo “chorar” – “A rainha chorou (…), chorou (…),

chorou” – destaca o sofrimento da Rainha;> Gradação: rei, esposo e pai – demonstra a falta que o rei vai fazer como

governante, como marido e como pai, por ordem crescente de importância;> Situação de vulnerabilidade política do reino sem um sucessor.

Classificação morfológica de “magnificamente, ansiosamente, desoladamente”.> Advérbios de modo.

Justificação da utilização dos advérbios de modo na sua forma plena.> “magnificamente” por ser um rei nobre, grandioso e generoso;> “desoladamente” por ter perdido um bom marido;> “ansiosamente” por ter receio do futuro incerto do filho e do reino indefesos.

Identificação da personagem que irá colocar o reino em perigo:

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Explicitação da situação inicial do conto: Um rei partira à conquista de novas terras e morrera em batalha, deixando a rainha viúva e o filho varão.

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> O irmão bastardo do rei: “o mais temeroso era seu tio, irmão bastardo do rei.”

Pretensões do tio em relação ao príncipe e ao reino: matar o príncipe e tomar conta do reino.> “homem depravado e bravio, consumido de cobiças grosseiras, desejando só a

realeza por causa dos seus tesouros”.

Reacções da aia à morte do rei.> Sofrimento: “nenhum pranto correra mais sentidamente do que o seu pelo rei

morto à beira do grande rio”;> Crença na vida para além da morte: “o rei seu amo, decerto, já estaria agora

reinando num outro reino”.> Lealdade da Aia: Seria no Céu como fora na Terra, e feliz na sua servidão”.

Ordenação cronológica dos acontecimentos

Presença da noite como motor e cenário propício às forças do mal e ao surgimento de acontecimentos negativos: “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão”.

Referências aos acontecimentos decorridos nessa noite.> A aia apercebe-se do perigo que o príncipe corria;> A aia trocou as crianças no berço;> Um homem raptou aquele que julgava ser o príncipe.

Expressividade da comparação.> “como se arranca uma bolsa de ouro”: o príncipe era como um tesouro, porque

representava o poder desejado pelo seu tio.

Contraste entre o tio e o príncipe.> Tio – crueldade e cobiça;> Príncipe – fragilidade e inocência.

Reacções ao rapto do “príncipe”.> A aia: “ficara imóvel, no silêncio e na treva”;> As pessoas do Palácio: “mas brados de alarme de repente atroaram o palácio”;> A rainha: “invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho”.

Tomada de conhecimento da verdadeira identidade da criança raptada.> A aia: “então calada, muito lenta, muito pálida, a ama descobriu o pobre berço

de verga…”> A rainha: “a mãe caiu sobre o berço, com um suspiro, como cai um corpo

morto.”> O povo: “foi um espanto, uma aclamação.”

Explicação da expressividade da repetição do advérbio de intensidade.

Ficha de Informação – A aia 3

Morte do Rei

Ambiente de Perigo

Salvamento do

Príncipe e morte do bastardo

Morte da Aia

No 4º parágrafo, acentua-se o contraste entre o irmão bastardo do rei cruel, cobiçoso, temeroso,

depravado e bravio, e a fragilidade e inocência do príncipe, a vítima, a presa do tio que é comparado a

um lobo.

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> “muito lenta, muito pálida”: reforça a grande lentidão do gesto e a profunda agonia da aia.

Explicação da comparação “como cai um corpo morto”:> intensifica o alívio sentido pela rainha.

Análise da conclusão

Elementos que apontam para a aproximação do momento final do conto.> “Que jóia maravilhosa, que fio de diamantes, que punhado de rubis ia ela

escolher?”

Expressividade da gradação e da enumeração.> “Que jóia maravilhosa, que fio de diamantes, que punhado de rubis, ia ela

escolher?” – exemplo de pergunta retórica que cria um momento de suspense, ao mesmo tempo que convoca a presença do leitor.

Identificação do momento de suspense.> “a ama estendia a mão” – acção interrompida pela descrição do punhal que

retarda a acção final.

Modo como culmina a acção: o suicídio da aia;

Presença de um ensinamento moral no conto que se identifica com o triunfo do bem e a punição do mal;

O conto”A Aia” veicula o valor da lealdade, a importância da fidelidade, enaltecendo o valor maternal e a dedicação. A lealdade será sempre um valor nobre;

Simbolismo do conto.> Fidelidade e lealdade ao rei;> Crença na vida eterna;> Impossibilidade de recompensar a perda de um filho;> União permanente da mãe com o filho.

AS CATEGORIAS DA NARRATIVA

PERSONAGENS

Relevo Protagonista: a aia, porque nela se centra toda a história.Secundária: o rei, o tio, o príncipe e o escravo, pois são importantes para o desenrolar da acção, na medida em que actuam sobre a ama, influenciado o rumo dos acontecimentos.

Ficha de Informação – A aia 4

O acto do suicídio era já previsível pelas informações dadas anteriormente, como por exemplo, “Reino

celeste”.

Este conto simboliza a fidelidade e lealdade ao rei, a crença na vida eterna, assim como a impossibilidade de recompensar a perda de um filho. Através do suicídio da aia, pretende-se demonstrar que a

união entre uma mãe e um filho é eterna.

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Figurantes: povo, guardas, soldados, invasores, mensageiros, “senhores, aias, homens de armas”, uma vez que não têm qualquer importância na acção, apenas complementam o ambiente.

Concepção

Todas as personagens são planas, à excepção da aia, que revela ser detentora de uma grande densidade psicológica, quando surpreende todos com a troca dos bebés e com o seu suicídio, no final do conto.

Caracterização(tipos)

Aia: no início, fisicamente “bela e robusta”; depois da morte do seu filho, surge com a “face de mármore”, rígida, “um andar de morta” e os olhos “brilhantes e secos”. Psicologicamente, é “leal”, sofredora e dedicada ao seu rei, crente na vida para além da morte e terna; perspicaz, corajosa e decidida, após a morte do filho, transforma-se numa “mãe dolorosa”, angustiada e apática que caminha para a morte.Rainha: desamparada, após a morte do marido, torna-se um ser solitário, triste e angustiado perante a perspectiva de ver o filho crescer órfão; aliviada por saber que este, afinal, sobrevive à investida do tio, tornam-se evidentes o alívio, a alegria, o carinho, a gratidão e o reconhecimento em relação à aia.

Tio: irmão bastardo do rei, é um ser terrível, “ambicioso”, selvagem e interesseiro, capaz de assassinar ferozmente uma criança.

Caracterização(processos)

Aia: heterocaracterização directa: “(…) bela e robusta escrava que amamentava o príncipe (…)”; “Então calada, muito lenta, muito pálida, a ama descobriu o pobre berço de verga…”; Caracterização indirecta: “Num relance tudo compreendeu (…) Então, rapidamente, sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço…” (indícios de perspicácia e determinação).Rainha: heretocaracterização directa: “E desgrenhada, quase nua…”; caracterização indirecta: “E desgrenhada, quase nua, a rainha invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho!” (indícios de desespero e angústia).Tio: heterocaracterização directa: “(…) irmão bastardo do rei, homem depravado e bravio, consumido de cobiças grosseiras, desejando só a realeza por causa dos seus tesouros…”.

Caracterização das personagens quanto ao papel

Nomes Papel ComposiçãoPrincipais Secundárias Figurantes Modeladas Planas

Rei X X

Cavaleiro do rei X

Rainha X X

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Bastardo X

Horda de rebeldes X

Aia X X X

Principezinho X

Escravozinho X

Capitão da guarda X

Velho de casta nobre XSenhores, aias,

homens de armas X

Aspectos comuns e distintos entre o Principezinho e o Escravozinho

Aspectos comuns Aspectos distintos

PRÍNCIPE ESCRAVO PRÍNCIPE ESCRAVO

Nascimento Estatuto Social

Ex.: “na mesma noite de Verão” Ex.: “princepezinho” Ex.: “escravozinho”

Amor da Ama BerçoEx.: “o mesmo seio os criava”;

OU“vinha beijar o principezinho (…) beijava também

(…) o escravozinho”;OU

“a ambos cercava de carinho igual”.

Ex.: “magníficoe de marfim entre

brocados”

Ex.: “podree de verga”

Olhos Cabelos

Ex.: “reluziam como pedras preciosas” Ex.: “cabelos louroe fino”

Ex.: “cabelo negroe crespo”

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RELEMBRA:A personagem principal é o herói da acção; as personagens secundárias aparecem com um menor relevo; os figurantes representam o espaço social, ilustram determinada atmosfera e caracterizam o ambiente.

As personagens modeladas são dotadas de densidade psicológica; muitas vezes, o leitor fica surpreendido com as suas reacções perante os acontecimentos.

A personagem plana não altera o seu comportamento ao longo do romance; nenhuma das suas reacções surpreende o leitor.

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“Ao lado dele, outro menino dormia noutro berço. Mas este era um escravozinho, filho da bela e robusta escrava que amamentava o príncipe. Ambos tinham nascido na mesma noite de Verão. O mesmo seio os criara. Quando a rainha, antes de adormecer, vinha beijar o principezinho, que tinha o cabelo louro e fino, beijava também por amor dele o escravozinho, que tinha o cabelo negro e crespo. Os olhos de ambos reluziam como pedras preciosas. Somente, o berço de um era magnífico de marfim entre brocados, e o berço de outro, pobre e de verga. A leal escrava, porém, a ambos cercava de carinho igual, porque se um era seu filho, o outro seria o seu rei.”

Retrato físico e psicológico da aia

Caracterização físicaCaracterização psicológica

(tendo em conta o 6º parágrafo)

- “bela e robusta; olhos brilhantes e secos” (5º e 17º parágrafos).

- A aia é uma escrava leal, que “tinha a paixão, a religião dos seus senhores, e sentia-se feliz na sua servidão”.Acreditava na vida eterna, “que a vida da Terra se continua no Céu”, e não tinha medo da morte.

Análise das relações que se estabelecem entre as diferentes personagens.> Rei – rainha: amor;> Bastardo – rei: ambição;> Rainha - príncipe: amor;> Aia – escravo: amor;> Aia – príncipe: amor, lealdade, protecção;> Aia – rainha/rei: lealdade, fidelidade, servidão, amizade.

ESPAÇO Levantamento das expressões que, nos seis primeiros parágrafos identificam o

espaço em que decorre a acção principal.> “um reino abundante em cidades e searas”2;> “casa real”.

Localização da acção no espaço físico.> Exterior: “terras distantes”; “cimo das serras”; “planície”; “entre o palácio e a

cidade”.

> Interior: “palácio”; “câmara/catre”; “Câmara dos Tesoiros”.

Físico

Exterior: na planície de “um reino abundante em cidades e serras”.Interior: palácio, câmara/berço do príncipe; pátio, “galeria de mármore” e câmara dos tesouros.

Social Ambiente de corte.

TEMPO Momento em que se dá o rapto do principezinho:> Uma noite.

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O amor é o sentimento que une não só os esposos (o rei e a rainha), mas também mães e filhos (a rainha e o príncipe, a aia e o seu filho, a ama e o príncipe). Por este, a escrava nutre ainda um sentimento de lealdade e de protecção. Perante o rei e a rainha, a aia demonstra-se uma serva leal,

fiel e amiga. Relativamente ao irmão bastardo do rei, é de referir a sua ambição desmedida.

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Levantamento das referências ao tempo cronológico:> “ora uma noite”;> “a luz da madrugada”;> “nesse céu fresco da madrugada”;> “a lua cheia”.

Discurso A ordem temporal é a ordem pela qual os acontecimentos são narrados. Os acontecimentos iniciam-se numa noite de lua cheia com a partida do rei e prolongam-se por uma noite “de silêncio” em que se perpetra o ataque ao palácio e termina à “luz da madrugada”, com o suicídio da ama.

Cronológico

Psicológico “Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão…”.

NARRADOR Estatuto do narrador.> Narrador não participante (marcas de terceira pessoa).

PresençaHeterodiegético, enunciado pelo discurso na 3ª pessoa – “Era uma vez um rei, moço e valente, (…) que partira a batalhar por terras distantes…”

Ciência Predomina um narrador observador, que conta o que observa.

PosiçãoPredominantemente subjectivo, uma vez que é possível encontrar opiniões e julgamentos – “Mas como? Que bolsas de oiro podem pagar um filho?”.

ACÇÃO Classificação da narrativa quanto à sua delimitação.> Narrativa fechada.

MODOS DE APRESENTAÇÃO Predomina a narração, pois estamos perante um conto de acção muito breve. Há

também momentos de descrição, de pausa na acção, em que o narrador descreve, por exemplo, a câmara dos tesouros. O diálogo só aparece, no final do conto, para justificar o suicídio da aia.

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A narrativa fechada tem uma estrutura bem demarcada, com introdução, desenvolvimento e conclusão. O leitor fica a conhecer o destino de todas as personagens. Pelo contrário, numa narrativa aberta, o leitor não chega

a saber a sorte final das personagens.