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Cidade Constitucional (para quem teve vontade de Constituição) Relatório de viagem Hanna Nogueira de Paiva Josino 7969601

A Cidade Constitucional: Relatório de Hanna N. P. Josino

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Cidade Constitucional

(para quem teve vontade de Constituição)

Relatório de viagem

Hanna Nogueira de Paiva Josino

7969601

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A cidade constitucional começou no aeroporto de Guarulhos quando encontrei três veteranas,

por coincidência, e embarcamos no mesmo avião. O legal foi o design do avião.

Quando chegamos a Brasília, tentamos identificar onde estaria o grupo e houve muito

desencontro. Conhecemos o STF.

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E depois encontramos o professor que nos sugeriu ir ao Itamaraty, mas não chegamos à tempo

da visita.

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No dia seguinte, acordamos às 4 da manhã para ver o pôr-do-sol na frente do Palácio da

Alvorada. Foi muito bonito, apesar do frio que estava.

O desfile de sete de setembro me ensinou sobre a composição das forças armadas no Brasil. Foi

muito interessante, mas não entendo por que temos um desfile militar mostrando as nossas

armas e os militares, poderíamos fazer algo em relação à nossa cultura, mostrar as coisas boas

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do nosso país. Não que a defesa não seja importante, mas poderíamos festejar nossas riquezas.

Depois do desfile cívico tivemos um churrasco muito bom.

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A primeira palestra que tivemos foi na própria ESAF. Tivemos um representante da União

Europeia, de El Salvador e Honduras. O representante da EU fez um breve histórico. Foi bem

interessante porque aprendi detalhes interessantes sobre as relações que existem dentro do

bloco. Em seguida, o Alexandre Mota falou sobre a ESAF, como aperfeiçoamento da função

burocrática. Descobri sobre os cursos à distância e estou matriculada em um sobre educação

financeira. Deram várias dicas para nós gestores e falaram da dificuldade em atuar na máquina

pública. Citaram uma dica que está me ajudando a fazer o meu trabalho de ética. A estrategia de

educação financeira para âmbito nacional é uma tentativa de difusão do MEC nas escolas, acho

que essa medida é urgente. Depois outra representante da ESAF falou como participar, mostrou

a descentralizar etc.

Fomos pra ENAP, aprendi muito de tudo de como funciona a administração pública, como eles

trabalham. Deu vontade de trabalhar lá, eles capacitam os gestores públicos, acho que em algum

momento da minha vida irei fazer um curso lá. Falaram sobre a revista do servidor público, que

eu já tive contato devido a pesquisa. O chefe da assessoria de cooperação internacional contou a

história das relações internacionais no Brasil. Falou da função da assessoria que é apoio interno

+ gestão de projetos e atividades + apoio a outros órgãos. Há cooperação interinstitucional para

aprovar as expertises das outras instituições. A atuação do ENAP é uma forma de capacitar os

gestores, é muito importante para a administração pública. Eles querem retomar o espírito

público da atuação dos gestores, e não a estabilidade ou outro benefício.

De volta à ESAF, falamos sobre a educação fiscal. Gostei de uma fala “É preciso revolucionar o

país pela cabela das pessoas”. Como valor de cidadania, é uma atuação para participação e não a

obrigação. O programa está estruturado nas três esferas da União, mas há dificuldade na

articulação entre os órgãos, devido a fragmentação das secretarias.

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Com um auditor da Receita aprendi que nem sempre a lei é a melhor solução. É melhor

convencer as pessoas que obrigá-las, principalmente no caso do Imposto de Renda.

No dia 9 começamos na Controladoria Geral da União. Foram palestras muito esclarecedoras

sobre como a CGU age, o banco de informações que possuem e como se articulam as secretarias

internas. Falaram sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, Acesso à Informação, combate à

corrupção e ajuda à gestão. Falaram bastante sobre corrupção, sobre como a efetividade

institucional combate à corrupção. Temos que possuir um regime mais aberto a críticas e uma

sistema que responda denúncia. Anotei muitas informações na CGU, são muitos detalhes de

funcionamento e dados. Falaram sobre o banco de preços, que foi algo que já conhecíamos por

causa de uma matéria, mas foi legal para reafirmar a utilizar.

Conhecemos rapidamente a catedral de Brasília e ela é extremamente bonita!

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Com a ENAP, ESAF a CGU eu aprendi que os grandes problemas atuais precisam que essas

instituições trabalhem conjuntamente, os dois primeiros atuariam na formação dos gestores, mas

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deveria expandir até os chamados burocratas do nível de rua, para melhorar a qualidade do gasto

público e a CGU para controlar qualquer desvio.

Fomos para UnB, lembra o Butantã. Lá tivemos diversas palestras, a maioria voltada para a

saúde. Uma reflexão foi feita pelo primeiro convidado sobre a dignidade, moradores de rua e

vários dados históricos. O auditório estava muito quente, minha pressão baixou, foi ruim. As

outras palestras falaram sobre questões relacionadas à saúde, as políticas públicas que estão

sendo feitas, aprendi sobre esses indicadores e questões relevantes que devem ser consideradas

quando implementados as políticas públicas na área da saúde. Um dado me chocou, 72% das

mortes no Brasil são causadas por doenças crônicas e numa optativa que estamos tendo sobre o

sistema de saúde brasileiro mostra que é um problema na atenção básica a questão crônica. O

tratamento continuado é uma dificuldade. Várias palestrantes falaram sobre a questão da

educação atrelada à saúde, principalmente que deveriam estar completamente vinculados, o que

não acontece atualmente.

Fomos para o Bosque dos Constituintes, acho que quase ninguém sabe que esse lugar existe.

Achei muito legal fazerem uma reserva que relembra os fatos históricos da renascença da

democracia.

Na Câmera dos Deputados fizemos uma dinâmica muito legal de como funciona

verdadeiramente as seções. Eu não falei, mas achei muito legal. Aprendi que o deputados tem

cursos para aprenderem tudo que precisam, não fazia ideia. Tivemos uma palestra lá sobre

funcionamento de CPI, PEC, projetos de lei e todas as ferramentas. Foi bastante instrutivo.

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Fomos para a CEFOR, lá é o treinamento e aperfeiçoamento. Bom saber que eles têm

programas de mestrado. Falaram sobre as implicações da Constituição de 88 e sobre como

podemos participar de atividades na Câmara. Fomos para a visita do Palácio propriamente,

mandei cartão-postal para minha mãe, meu pai e minha prima. Adorei! Lá dentro é muito legal!

A arquitetura é fantástica, até o teto tem algo impressionante. Há partes subterrâneas, e salas que

não acabam mais. Vimos um pouco da CPI da Petrobrás. Lá dentro foi sensacional! Tivemos

uma palestra sobre Direitos Humanos, como já estou mais familiarizada com o tema, poucas

coisas faladas foram novidade, mas gostei de saber dos canais de participação cidadã.

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Dia seguinte fomos para o Banco Central, tivemos uma palestra sobre um projeto da Caixa

Econômica e depois uma palestra propriamente sobre o BACEN. Onde voltamos ao tema de

educação financeira.

Conhecemos o prédio da caixa, e os vitrais eram lindos e representavam cada estado da

federação com características próprias e muito coloridas. Abaixo está a foto da representação de

São Paulo:

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Depois fomos para o FNDE, e acho que foi a palestra mais inspiradora. As pessoas que falavam

dos projetos e das melhorias eram realmente apaixonadas por aquilo. Por ser uma autarquia

possuem certa autonomia para executar alguns projetos. Na educação não falta recursos, falta

gestão, então GPP está aí para começar a resolver esse problema. Conversei com uma

professora de Brasília, que confirmou isso, e me deu exemplos sobre duas escolas que recebem

o mesmo recurso e uma tem um desempenho super maior.

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No Ministério da Justiça ouvimos sobre a proteção do consumidor, a palestrante fez uma

contextualização, Kennedy foi o engatador do direito. E a segunda palestra foi sobre o tráfico de

pessoas, é um tema tão pouco explorado pela mídia. Achei muito legal termos uma palestra

sobre isso, precisamos de mais legislação atualizada também. Existe um plano nacional de

enfrentamento do tráfico, mas o trabalho de monitoramento ainda é manual. Precisamos ter

bases de dados atualizada, mas informação é um grande problema no Brasil, vejo isso pelas

pesquisas sobre segurança pública, os dados simplesmente não existem. O tráfico de pessoas é

difícil de mensurar, mas não temos sequer um projeto para melhorar a coleta de dados.

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O Cidade Constitucional me ensinou várias coisas. O principal foi realizar o meu futuro

profissional, reafirmei que escolhi a profissão certa. Eu sempre quis conhecer Brasília, e essa

chance veio mais que completa, porque além de conhecer a cidade em si, conheci tudo o que

tinha a ver com política. Cada palestra me deixou com vontade de atuar na instituição, tudo me

pareceu super interessante, me deixou com vontade de conhecer mais profundamente. Inscrevi-

me em alguns cursos já, espero fazer uso dos ensinos à distância para aperfeiçoar a minha

formação. Deu-me mais vontade de ser servidora pública, de promover mudança no país, na

máquina estatal. Incentivou também eu continuar estudando, esse ano tá meio desanimador.

Assistir as aulas depois dessa semana ficou mais ilustrativo, é pouco, mas quando a professora

se refere a algum órgão que conhecemos ou alguma coisa que foi citada nas palestras, fica mais

concreto e parece que desenvolve mais rápido. Eu tinha grande expectativa quando descobri que

havia sido selecionada, mas a viagem superou as expectativas. Eu fiz bastantes anotações e

temas que eu preciso pesquisar (projetos ou ações que eu não conhecia) e quando o semestre der

uma aliviada pretendo me informar mais.

O alojamento, a comida e tudo mais foi um bônus, tudo muito bom! Os restaurantes também. É

uma ótima lembrança atrelada a um impulso de querer mais. To aprendendo a ter cada dia mais

vontade de Constituição, e que só trabalho vai transformar o país, quero fazer parte disso. A

oportunidade foi incrível, obrigada!

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