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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARÁU CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA
JOÃO NELO DE OLIVEIRA
A CONTRIBUIÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS NOS ANOS INICIAIS
TOUROS/RN 2015
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JOÃO NELO DE OLIVEIRA
A CONTRIBUIÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS NOS ANOS INICIAIS
Intervenção Socioescolar apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia. Orientadora: Profª. Esp. Iris Regina de Souza Gomes Revorêdo Marques
TOUROS/RN 2015
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JOÃO NELO DE OLIVEIRA
A CONTRIBUIÇÃO DO USO DAS TECNOLOGIAS NOS ANOS INICIAIS
Intervenção Socioescolar apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia.
Aprovada em ________________ de 2015.
BANCA EXAMINADORA
Profª. Esp. Iris Regina de Souza Gomes Revorêdo Marques – Orientadora UVA – Natal
Prof. Esp. – Convidado UVA – Natal
Prof. Esp. – Convidado UVA – Natal
TOUROS/RN 2015
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Dedico o meu trabalho para todos aqueles que fizeram do meu sonho, uma realidade, me proporcionando forças para que eu não desistisse. Muitos obstáculos surgiram, porém, para mim serviu de estímulos para superar todos os desafios. Obrigado por tudo, minha esposa, minha família, meus professores, amigos e colegas.
5
Agradecimentos
Agradeço primeiramente ao senhor Deus, que me guiou durante esta
caminhada tão árdua, porém, tão importante para o meu crescimento profissional;
Aos meus pais, irmãos, em especial ao minha esposa Renata Gomes do
Nascimento Nelo, que de uma forma especial e carinhosa me deram força e
coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades;
A todos meus familiares, que com muito carinho e apoio, não mediram esforços
para que eu chegasse até esta etapa de minha vida;
A professora Profª. Esp. Iris Regina de Souza Gomes Revorêdo Marques, pela
paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta
monografia;
E também a todos os professores do curso de geografia, que foram tão
importantes na minha vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia;
Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constantes em minha vida.
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O mais importante não é saber, é nunca perder a capacidade de aprender.
Autor desconhecido
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o entendimento do uso das tecnologias na atualidade e no cotidiano escolar, com fins pedagógicos, tendo em vista que alguns professores possuem dificuldades em relação a esse mesmo uso. A partir desse fato propus este trabalho que tem como objetivo pesquisar as relações entre professor, aluno e a tecnologia na atualidade. Sabe-se que o uso das novas tecnologias no cotidiano escolar apresenta imensas possibilidades, principalmente quando se utiliza com a finalidade de educar. Portanto, a escolha de uma tecnologia traz benefícios que podem alcançados através do seu uso em sala de aula. Nesse sentido, o professor necessita compreender como utilizar esses recursos tecnológicos para desenvolver suas aulas. Este estudo monográfico procura indicar algumas reflexões sobre a importância do uso das tecnologias nos anos iniciais em sala de aula, de forma que possa contribuir para possíveis mudanças no modo de ensinar, de aprender e de valorizar as crianças dessa geração. Apontaremos autores que abordam em relação a novas tecnologias, como Moran (2013) e Kenski (2012) entre outros. Desta forma podemos chegar a alguns indicativos de como os professores podem se apropriar dessas tecnologias para um maior desempenho em sala de aula, potencializando o processo de ensino aprendizagem das crianças.
Palavras-chave: tecnologia, possibilidades, informação e aprendizagem.
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ABSTRACT
This work aims to contribute to the understanding of the use of technology today and in the daily school, for teaching purposes, given that some teachers have difficulties in relation to the same use. From this fact I proposed this work aims to investigate the relationship between teacher, student and technology today. It is known that the use of new technologies in everyday school life presents immense possibilities, especially when used with the purpose of educating. Therefore, the choice of a technology that can bring benefits achieved through its use in the classroom. In this sense, the teacher needs to understand how to use these technological resources to develop their classes. This monographic study seeks to show some reflections on the importance of using technology in the early years in the classroom, so that may contribute to possible changes in the way of teaching, learning and value the children of this generation. Authors will point out that approach in relation to new technologies such as Moran (2013) and Kenski (2012) among others. In this way we can reach some indications of how teachers can take ownership of these technologies for increased performance in the classroom, enhancing the teaching learning process of children.
Keywords: technology, possibilities, information and learning.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10
2. AS TECNOLOGIAS NA ATUALIDADE ................................................................ 13
2.1 AS DIFICULDADES DO PROFESSOR FAZER USO DAS TECNOLOGIAS ... 16
2.2 ESCOLA X TECNOLOGIA: UM DESAFIO CONSTANTE................................ 20
3. A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR ..................... 22
3.1 O COMPUTADOR E OS DESAFIOS COLOCADOS ....................................... 24
3.2 QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA ................................................. 28
4. INTERVENÇÃO SOCIOESCOLAR: a nova tecnologia no cotidiano escolar .. 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 40
ANEXO...................................................................................................................... 41
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo contribuir para o
entendimento do uso das tecnologias na atualidade e no cotidiano escolar. Sabe-se
que o ser humano vive em uma constante evolução. Portanto, é inerente a qualquer
indivíduo identificar e assimilar as mudanças que estão acontecendo no mundo. E
ao mesmo tempo acompanhar essas transformações tecnológicas que estão
presente em sala de aula, utilizando com criatividade e inovando as práticas
pedagógicas a partir recursos tecnológicos disponíveis.
Devido ao nosso constante desejo de evoluir, ao longo do tempo a
humanidade vem se adaptando as novas tecnologias, através do seu uso. Para o
educador essa ferramenta é essencial para promover o conhecimento. Sendo assim,
a utilização das tecnologias em sala, cria meios de aproximar cada vez mais o aluno
da aprendizagem e do conhecimento. Nesse pensamento, Kenski (2012, p. 44),
A maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo. Não são nem o objeto, nem a sua substância, nem a sua finalidade. Elas estão presentes em todos os momentos do processo pedagógico, desde o planejamento das disciplinas, a elaboração da proposta curricular até a certificação dos alunos que concluíram um curso. A presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino.
Fica evidente que a escolha de uma tecnologia pode alterar os resultados que
podem alcançados através do seu uso em sala de aula. Chamamos a atenção para
o fato de que o professor necessita utilizar diversos recursos tecnológicos para
trabalhar com os alunos em sala de aula. No mundo de hoje compreende-se que as
crianças já nascem conectadas, ou seja, os bebês que mal aprenderam a andar já
sabem destravar smartphones.
No primeiro capítulo abordaremos as tecnologias presentes na atualidade.
Diante desse cenário, no qual cada dia uma nova tecnologia é desenvolvida, é
fundamental que o professor se aproprie dessas tecnologias no intuito de aprimorar
sua metodologia de ensino, bem como buscar estratégias que leve o aluno ao
conhecimento. Se antes já era um desafio manter a atenção e o interesse de alunos
que não tinham em mãos ferramentas que os dispersassem, hoje em dia essa tarefa
se tornou impossível, uma vez que a lousa e o giz competem com iPhones e
Androides recheados de aplicativos e jogos extremamente atrativos.
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É preciso entender que a educação, hoje, precisa adquirir um novo formato,
no qual a tecnologia seja inserida no contexto escolar, elas podem e devem facilitar
este trabalho pedagógico, instigando a troca de informações e conhecimento. Dessa
forma, o professor pode direcionar o conteúdo pedagógico de forma interativa.
Vale destacar, que atualmente as novas tecnologias estão presentes dentro e
fora do contexto escolar, elas tem influenciado a todos, direta ou indiretamente,
nesse sentido não podemos negar que o uso das tecnologias em sala de aula tem
contribuído bastante para o processo de ensino e aprendizagem.
Enfatizaremos também, que as novas tecnologias da informação e
comunicação são o resultado da fusão de três vertentes técnicas: a informática, as
telecomunicações e as mídias eletrônicas. Elas podem ser classificadas em mídia,
multimídia e hipermídia.
Em relação às dificuldades que o professor tem ao fazer uso das tecnologias,
destacaremos a necessidade que o docente enfrenta ao lidar com várias
problemáticas, uma delas é quando os discentes possuem conhecimento
tecnológico bem avançado, outra questão importante, os alunos que não possuem
conhecimento algum, podem destacar a escola que não possui estrutura tecnológica
e ainda aquela que possui e os professores não utilizam, pois não dominam essa
ferramenta.
É importante ressaltar que um dos maiores desafios da atualidade, em
relação ao uso das tecnologias em sala de aula, tem sido a falta de preparo dos
profissionais da educação, pois, muitas escolas já contam com laboratórios de
informática bem equipado, porém, eles se encontram fechados e praticamente
abandonados. É importante que o professor participe de capacitações para saberem
pelo menos o básico, sendo assim, no decorrer do tempo vão dominando essa
ferramenta tão importante na formação dos alunos.
No segundo capítulo abordaremos a importância das tecnologias no cotidiano
escolar. Nesse sentido, destacaremos as contribuições da utilização das tecnologias
em sala de aula, que são muitas, ao passo que essas tecnologias são essenciais
para o processo de ensino e aprendizagem dos discentes. A escola pode utilizar as
tecnologias em diversos meios, desde as matrículas dos alunos, até mesmo, dispor
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ao professor de uma gama de materiais tecnológicos, com o intuito do profissional
da educação utiliza-los em sala de aula.
É notório perceber que as novas tecnologias têm trazido mudanças
significativas para a educação. Podemos exemplificar por meio do uso do
computador em sala de aula, projetor de multimídia e o incentivo a pesquisa em
sites educativos, a fim de transformar a realidade da aula tradicional em aulas
interativas.
O uso do computador em sala de aula tem sido um desafio para os
educadores, mesmo sabendo dos benefícios, tem se questionado como utilizar essa
ferramenta com fins pedagógicos. Tendo em vista que o computador proporciona
conhecimento, é necessário que o educador busque caminhos para que ele possa
utilizar essa ferramenta com o intuito de auxiliar o educando no processo de
aprendizagem.
Analisaremos que o profissional que domina o uso do computador em suas
práticas pedagógicas, ele irá despertar no aluno novos hábitos, superando algumas
dificuldades e adquirindo novos conhecimentos.
Vale salientar que as novas tecnologias aliadas às práticas pedagógicas vêm
contribuindo de forma significativa no processo de ensino e aprendizagem nas
escolas. Vale salientar que o uso dessas novas tecnologias no âmbito escolar,
favorecem novas maneiras de construção do conhecimento.
No terceiro capítulo abordaremos as práticas pedagógicas realizadas na E. M.
Manoel Tarquino, afim, de observar o uso das tecnologias presentes na escola e
também contribuir com aulas que incluíam novas tecnologias no cotidiano escolar
nesta instituição de ensino.
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2. AS TECNOLOGIAS NA ATUALIDADE
A educação está vivenciando os processos e os desafios com o avanço das
tecnologias da informação e da comunicação, tanto na escola como fora dela. Desse
modo, fica claro que a informatização do conhecimento tornou mais acessíveis a
todos os saberes ao tornar mais relativos a produção e o acesso ao conhecimento.
Segundo Almeida (2000, p. 11),
A informática tem sido considerada como um evento quase mágico que cai sobre a escola para ser devoradas pelos educadores. Presenciamos uma espécie de antropofagismo pedagógico. A informática aparece como um acontecimento à parte do que já vinhamos fazendo na escola, como se fosse preciso jogar tudo fora e começar de novo, há um certo senso comum que diz. “A escola é velha, a informática é nova. Os alunos são desmotivados, a tecnologia dos botões e telinhas trará aos jovens o desejo de conhecer”.
Nessa perspectiva é importante desvendar esse conhecimento, dialogar com
o educando e não deixá-lo invadir ou inundar explicando suas influências diante do
mundo digital, graças à tecnologia a escola em nossa sociedade já não é a primeira
fonte de conhecimento para os alunos e às vezes nem mesmo a principal esfera.
Assim vemos que a escola já não pode proporcionar toda informação
fundamental, o que se pode fazer é formar os alunos para terem acesso e darem
sentido à informação, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes
permitam assimilar uma informação crítica.
Para Almeida (2000, p. 11),
Essas propícias tecnológicas simplificadoras esquecem-se de que o que determina a eficácia do ensino e da aprendizagem é a existência de um plano pedagógico escolar, adequado, rico, consistente, motivador, crítico e inovador. As escolas que tem um plano pedagógico ruim usarão a tecnologia (qualquer que seja ela) para fazerem seu trabalho de forma ainda pior, pois a tecnologia não concerta nada, não inventa consistência para um programa de baixa qualidade educacional. Ela apenas potencializa o que existe. Se o plano pedagógico da escola é fraco e desconexo, o uso de tecnologia avançada o tornará ainda mais desconexos e inconsistentes. Só que agora com uma aparência de modernidade.
Desse modo a informática trouxe mudanças culturais deixando nossas raízes
de onde vivemos para assumir uma realidade informatizada para que sejamos
futuros cidadãos. São as tecnologias que influenciam cada dia mais na nossa
comunicação e o nosso consumo. Diante disto vemos que o consumo tornou-se
como uma atividade complexa.
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Assim vemos que é possível observarmos que as tecnologias estabelecem
com as mídias, os diferentes aspectos das formas de comunicação na educação
formal e informal. Embora a educação formal esteja relacionada às práticas culturais
das crianças desenvolvidas em contextos informais, sendo assim temos que
elaborar estratégias que serão necessários trabalhar no âmbito da educação.
Nesse contexto é comum afirmar que a escola não deve deixar de pensar na
realidade das crianças com as tecnologias, juntas elas criam possibilidades de
refletir, destruindo as barreiras que podem ter um bom rendimento em relação à
interação que podem ser ativas e interativas, permitindo a possibilidade de que as
crianças se comuniquem a partir de um todo mais reflexivo.
Diante da realidade, vimos que isso implica as necessidades básicas que
algumas crianças possuem, sendo assim, essa condição de acesso não será
possível, ela será excluída das possibilidades de interação medida fora do ambiente
escolar.
Para Kenski (2014, p.43),
Assim como na guerra, a tecnologia também é essencial para a educação. Ou melhor, educação e tecnologias são indissociáveis. Segundo o dicionário Aurélio, a educação diz respeito ao "processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social".
Não se pode deixar de caracterizar objetivo, o contexto e o papel do adulto,
bem como refletirmos sobre os processos envolvidos, podendo ou não, ser um
instrumento a capacitar as crianças, conceder suas escolhas com critérios que
qualifiquem as situações de aprendizagem.
Vale destacar que atualmente há uma disseminação geral das tecnologias da
informação e comunicação, elas estão presentes e influenciam a vida social. Neste
sentido não se pode negar o relacionamento entre o conhecimento no campo da
informática e os demais campos do saber humano. Trata-se de uma nova forma de
linguagem e de comunicação, um novo código: a linguagem digital. Sua história é
como a história das demais formas de comunicação que surgiram anteriormente e
para as quais os seres humanos mostraram resistência.
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As tecnologias educacionais e o seu uso tem ocasionado inúmeras
discussões permeadas em torno dos prós e contras. Nota-se, nos últimos anos em
especial, mudanças em vários setores da sociedade impulsionadas pelo
desenvolvimento da tecnologia.
Kenski (2014, p.43), explica,
Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que uma mera assimilação certificada de saberes, muito mais do que preparar consumidores ou treinar pessoas para a utilização das tecnologias de informação e comunicação.
As tecnologias da informação ou novas tecnologias da informação e
comunicação são o resultado da fusão de três vertentes técnicas: a informática, as
telecomunicações e as mídias eletrônicas. Elas criaram um encantamento no meio
educacional; novas possibilidades.
As novas tecnologias podem ser classificadas em mídia, multimídia e
hipermídia. A mídia caracteriza-se por poucos elementos, como por exemplo, o
rádio, o toca fitas que transmitem apenas som, ou seja, é só áudio; a televisão de
antena também é uma mídia e já possibilita som e imagem. A hipermídia são os
documentos que incorporam texto, imagem e som de maneira não linear.
A multimídia, ancorada na palavra latina significa vários meios, integra vários
elementos ou aparatos que podem ser elementos ou dispositivos diferentes
interconectados apresentados como módulos ou como um único produto
denominado, geralmente, de computador multimídia.
A Web tem sido uma fonte acessível para pesquisa, através dela se tem
acesso a bibliotecas, banco de dados, fóruns, possibilidade de conversações
telefônicas e de videoconferências. É importante frisar que o computador, e os
demais aparatos tecnológicos, na sociedade atual, são vistos como bens
necessários dentro das escolas e também nos lares e o mais importante é saber
operá-los.
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2.1 AS DIFICULDADES DO PROFESSOR FAZER USO DAS TECNOLOGIAS
Um dos grandes desafios que os professores brasileiros enfrentam está na
necessidade de saber lidar pedagogicamente com alunos que já possuem
conhecimentos avançados e acesso pleno às últimas inovações tecnológicas aos
que se encontram em plena exclusão tecnológica; das instituições de ensino
equipadas com as mais modernas tecnologias digitais, aos espaços educacionais
precários e com recursos mínimos para o exercício da função docente. O desafio
maior, no entanto, ainda se encontra na própria formação profissional para enfrentar
esses e tantos outros problemas.
De acordo com JORDÃO, (2009 apud GOMES, 2012, p. 01),
O professor é o primeiro ator que deve mudar sua forma de pensar e agir na educação, pois existe uma grande tendência de repetição, em sala de aula, dos modelos que funcionaram na aprendizagem deste. Por este motivo, a formação do professor deve ocorrer de forma permanente e para a vida toda. Sempre surgirão novos recursos, novas tecnologias e novas estratégias de ensino e aprendizagem.
Neste pensamento, compreende-se que professores bem formados
conseguem ter segurança para administrar a diversidade de seus alunos e, junto
com eles, aproveitar o progresso e as experiências de uns e garantir, ao mesmo
tempo, o acesso e o uso criterioso das tecnologias pelos outros.
O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a transformar o
isolamento, a indiferença e a alienação com que costumeiramente os alunos
frequentam as salas de aula, em interesse e colaboração, por meio dos quais eles
aprendam a aprender, a respeitar, a aceitar, a serem pessoas melhores e cidadãos
participativos.
Neste sentido o professor e aluno formam equipes de trabalho e passam a ser
parceiros de um mesmo processo de construção do conhecimento e
aprofundamento do conhecimento: aproveitar o interesse natural dos jovens
estudantes pelas tecnologias e utilizá-las para transformar a sala de aula em espaço
de aprendizagem ativa e de reflexão coletiva; capacitar os alunos não apenas para
lidar com as novas exigências do mundo do trabalho, mas, principalmente, para a
produção e manipulação das informações e para o posicionamento crítico diante
dessa nova realidade.
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Portanto, a relação professor-aluno pode ser profundamente alterada pelo
uso das TICs, em especial se estas forem utilizadas intensamente. Na resolução de
um problema, na realização de um projeto, na coleta e análise de dados sobre um
determinado assunto, o professor realiza um mergulho junto com os alunos, para
poder responder a suas dúvidas e questões. A proximidade com os alunos ajuda-o a
compreender suas ideias, olhar o conhecimento de novas perspectivas e a aprender
também. As TICs proporcionam um novo tipo de interação do professor com os
alunos. Possibilitam a criação de novas formas de integração do professor com a
organização escolar e com outros professores.
O relacionamento entre os professores também pode ser alterado, com a
adoção de formas de trabalho colaborativo via internet. Criam-se parcerias entre
professores de outras escolas e países, com diferentes culturas e realidades sociais.
A troca de mensagens e documentos, a criação de páginas coletivas, a interação
com organizações profissionais, o acompanhamento do que ocorre em outras
realidades mudam a maneira de pensar e de fazer educação.
Nessa nova realidade, professores e alunos precisam dominar diferentes
linguagens, que vão da fluência tecnológica ao domínio de idiomas, para que
possam sair do cerco fechado da sala de aula e do ambiente escolar para
conectarem-se com o mundo.
Como diz Kenski (2014 apud PONTE, 2004, p. 104-105),
O professor, em suma, tem de ser um explorador capaz de perceber o que lhe pode interessar, e de aprender, por si só ou em conjunto com os colegas mais próximos, a tirar partido das respectivas potencialidades. Tal como o aluno, o professor acaba por ter de estar sempre a aprender. Desse modo, aproxima-se dos seus alunos. Deixa de ser a autoridade incontestada do saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe (o que está longe de constituir uma modificação menor do seu papel profissional).
Em síntese, o professor precisa ter consciência de que sua ação profissional
competente não será substituída pelas tecnologias. Elas, ao contrário, ampliam o
seu campo de atuação para além da escola clássica. O espaço profissional dos
professores, em um mundo em rede, amplia-se em vez de se extinguir. Novas
qualificações para esses professores são exigidas, mas, ao mesmo tempo, novas
oportunidades de ensino se apresentam.
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Os projetos de educação permanente, as diversas instituições e cursos que
podem ser oferecidos para todos os níveis e para todas as idades, a
internacionalização do ensino - através das redes - criam novas oportunidades
educacionais. A ação docente mediada pelas tecnologias é uma ação partilhada. Já
não depende apenas de um único professor, isolado em sua sala de aula, mas das
interações que forem possíveis para o desenvolvimento das situações de ensino.
Alunos, professores e tecnologias interagindo com o mesmo objetivo geram
um movimento revolucionário de descobertas e aprendizados. Essa formulação já
mostra que a instrumentação técnica é uma parte muito pequena do aprendizado
docente para a ação bem-sucedida na mediação entre educação e tecnologias.
Vale ressaltar que nos dias atuais o maior problema não está na dificuldade
de domínio das competências para uso das TICs pelos professores. O grande
desafio está em encontrar formas produtivas e viáveis de integrar as TICs no
processo de ensino-aprendizagem, no quadro dos currículos atuais, da situação
profissional dos professores e das condições concretas de atuação em cada escola.
Segundo Kenski (2003 apud Kenski, 2012, p. 111),
A interação proporcionada pelas "telas" amplia as possibilidades de comunicação com outros espaços de saber. As informações fluem de todos os lados e podem ser acessadas e trabalhadas por todos: professores, alunos e pelos que, pelos mais diferenciados motivos, se encontram excluídos das escolas e dos campi: jovens, velhos, doentes, estrangeiros, moradores distantes, trabalhadores em tempo integral, curiosos, tímidos, donas de casa...pessoas.
É relevante mostrar que não é possível impor aos professores a continuidade
da autoformação, sem lhes dar a remuneração, o tempo e as tecnologias
necessárias para a sua realização. As imposições de mudança na ação docente
precisam ser acompanhadas da plena reformulação do processo educacional.
Mudar o professor para atuar no mesmo esquema profissional, na mesma
escola deficitária em muitos sentidos, com grandes grupos de alunos e mínima
disponibilidade tecnológica, é querer ver naufragar toda a proposta de mudança e de
melhoria da qualidade da educação.
A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro
de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui, entre
19
outros, um razoável conhecimento de uso do computador, das redes e de demais
suportes midiáticos como rádio, televisão, vídeo, dentre outras, em variadas e
diferenciadas atividades de aprendizagem.
É preciso saber utilizá-los adequadamente e identificar quais as melhores
maneiras de usar as tecnologias para abordar um determinado tema ou projeto
específico ou refletir sobre eles, de maneira a aliar as especificidades do suporte
pedagógico do qual não se exclui nem a clássica aula expositiva nem, muito menos,
o livro, ao objetivo maior da qualidade de aprendizagem de seus alunos.
É preciso reiterar, no entanto, que as mudanças pessoais feitas pelo
professor para alcançar seus objetivos de melhoria profissional são fundamentais, se
a ênfase do processo de tecnologias da sociedade recai na importância da
educação, a importância de educadores bem qualificados e reconhecidos
profissionalmente toma-se condição primordial de ação.
O acesso ao conhecimento proporcionado pelas tecnologias digitais de
informação e comunicação pode oferecer caminhos para essas novas propostas
educacionais, bem mais adequadas aos novos tempos sociais. “As velozes
transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à
tarefa de ensinar e aprender. É preciso que se esteja em permanente estado de
aprendizagem e de adaptação ao novo”. (KENSKI, 2002).
Não basta, no entanto, o uso de novas tecnologias, máquinas e equipamentos
para fazermos a reformulação necessária na educação. Isso até poderia ser
dispensável se a opção for privilegiarmos nas situações educacionais a principal
condição para a concretização dessas propostas: o estímulo para a interação, a
troca, a comunicação significativa entre todos os participantes.
Mais ainda, o mais importante é que essas pessoas estejam reunidas em um
determinado espaço com o objetivo maior de aprender juntas. Esse é o ponto de
partida para o início de um novo modelo educacional diferenciado, que é a formação
de comunidades de aprendizagem.
Não basta que o professor, queira formar com seus alunos uma comunidade.
É preciso que todos queiram, que haja amadurecimento, comprometimento,
disciplina e valores comuns, para que possamos criar um processo que nos leve a
20
alcançar os princípios de uma comunidade de aprendizagem. Trata-se de uma nova
cultura educacional, que rompe com os tempos rígidos das disciplinas e com os
espaços formais das salas de aula presenciais. Um tempo de aprender
colaborativamente, respeitando as diferenças pessoais, os diferentes estilos de
aprendizagem e fortalecendo o compromisso com a própria maneira de aprender e
com a aprendizagem dos demais.
2.2 ESCOLA X TECNOLOGIA: UM DESAFIO CONSTANTE
É importante ressaltar que atualmente as maiorias das escolas contam com
laboratório de informática, porém, poucas são aquelas que os alunos têm acesso,
isso se deve ao fato de que as escolas não contam com profissionais qualificados
neste novo meio de comunicação e tecnologia importante no ensino aprendizagem
dos alunos.
Pois, sabe-se que com a chegada das mídias e as inovações tecnológicas na
educação, percebe-se que grande parte dos educadores se pergunta: como ajudar
os educandos sem sabermos quando iremos usar esses recursos e qual a finalidade
de utilizá-los?
Segundo Masetto (2000 apud BATISTA, 2012, p. 15) diz que:
(...) o professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que se explicite em atitudes que intervenham para promover o pensamento do aluno, programar seus projetos, compartilhar problemas sem apresentar soluções, ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir erros.
Nesse sentido é importante destacar que os educadores terão que conhecer
pelo menos o básico, dos equipamentos ou das mídias, que poderão ser usadas
durante as aulas. Mas, antes disso, é bom ressaltar que não é necessário ter
domínio total e nem conhecimento amplo sobre as novas tecnologias, porque
através de seu uso vai adquirindo segurança e aprendendo fazendo.
Nessa perspectiva, cabe ao professor, como pesquisador, procurar entender
as utilidades desses equipamentos e ferramentas tecnológicas, bem como procurar
desenvolver habilidades para a utilização desses recursos tecnológicos. Assim,
mediante a responsabilidade que o professor tem de conhecer e possuir técnicas
pedagógicas para a utilização na sua prática.
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Valente (2002 apud BATISTA, 2012, p. 16) comenta:
O domínio das técnicas acontece por necessidade e exigências do pedagogo e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagogo, construindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua complexidade técnica e pedagógica.
Portanto, diante de todos os fatos apresentados, se tem a necessidade de
falar mais alto para o pedagogo quanto às novas oportunidades desses
equipamentos, que estão disponíveis para os alunos e que possuem exigências do
mercado de se trabalhar com os mesmos.
Diante disso, o computador pode ser usado pelo educador para proporcionar
aos discentes o ato da pesquisa, estimulando o aluno a buscar novas fontes de
conhecimentos, a partir do plano esquematizado pelo professor, pois esses
equipamentos, além de promover a atenção do aluno para a aula, facilitam a
aprendizagem através do dinamismo com a prática contribuindo para que haja
discussões sobre o assunto abordado pelo docente entre os estudantes.
Moran (2005 apud GOMES, 2012, p. 08), contribui ao afirmar que:
Quanto mais avança a tecnologia, mais se torna importante termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.
Nesse sentido, é importante ter o entendimento de que o computador é um
meio facilitador da aprendizagem, daí, a importância de conhecer pelo menos o
básico de informática, por ser imprescindível para o seu manuseio e entendimento
de quais são as ferramentas e aplicativos que ele possui e, além disso, saber como
aproveitá-lo e para que servem ao realizar tarefas, desde as mais básicas até mais
avançadas.
Com isso, percebe-se que usar o computador como ferramenta educacional é
interdisciplinar, as áreas de conhecimento e dessa forma, encontrar metodologias
que facilitam a aprendizagem dos educandos, que poderão ser desenvolvidas,
mediante as orientações do professor, o qual deverá se preocupar em mediar o
conhecimento para uma aprendizagem significativa.
22
3. A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR
Sempre que surge uma nova tecnologia, as pessoas ficam, por algum tempo,
deslumbradas diante da novidade, passada a euforia, o que fica, no entanto, desse
processo inicial é a vontade de se apropriar de outra ferramenta tecnológica.
É importante evidenciar que são muitos os produtos que as pessoas usam
naturalmente em seu cotidiano, sabe-se também que as dificuldades para utilizá-los
são claras, talvez o indivíduo já nem os perceba como "tecnologias" que, em um
determinado momento, revolucionaram a sua maneira de pensar, sentir e agir.
Muitas outras pessoas, passam por esse mesmo processo, incorporaram
inovações em suas vidas e, hoje, não conseguem mais viver sem elas. Assim,
podemos ver que existe uma relação direta entre educação e tecnologias. Usamos
muitos tipos de tecnologias para aprender e saber mais e precisamos da educação
para aprender e saber mais sobre as tecnologias.
A maioria das tecnologias são fundamentais para o processo de ensino
aprendizagem no cotidiano escolar, vale frisar, que atualmente as escolas tem
utilizado essas tecnologias como auxílio no processo educativo, elas estão
presentes em todos os momentos do processo pedagógico, desde as matrículas dos
alunos, diário eletrônico, planejamento das disciplinas e a elaboração da proposta
curricular.
Para Moran (2013, p.30-35),
As tecnologias digitais móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional em que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros com atividades à distância, mantendo vínculos pessoais e afetivos, estando juntos virtualmente. Podemos utilizar uma parte do tempo de aprendizagem com outras formas de aulas, mais de orientação à distância. Não precisamos resolver tudo dentro da sala de aula.
A presença de uma determinada tecnologia na escola pode proporcionar
profundas mudanças na maneira de organizar o ensino. Neste contexto pode-se
perceber que o ensino de um idioma baseado exclusivamente nos livros didáticos e
na pronúncia da professora, em aulas expositivas, ela será bem diferente do mesmo
ensino realizado com apoio docente, mas com a possibilidade de diálogos,
conversas e trocas comunicativas entre os alunos, o uso de vídeo, laboratórios
interativos e o de caneta que fala inglês.
23
Da mesma forma, a organização do espaço, do tempo, o número de alunos
que compõe cada turma e os objetivos do ensino podem trazer mudanças
significativas para as maneiras como professores e alunos irão utilizar as tecnologias
em suas aulas.
Para Schlemmer (2006, p.41),
Você pode estar se perguntando: mas como se aprende a usar essas tecnologias? Com certeza não por olhar o outro mexer, ou por seguir passos pré-definidos (no início você até pode achar que isso ajude, uma apostila, com uma série de exercícios e cheia de passo a passo, mas depois percebe que só consegue fazer aquilo, daquela forma, pois não compreendeu a lógica, não entendeu o processo, apenas seguiu o material e, portanto, não desenvolveu a autonomia que é necessária para ter influência tecnológica). Para aprender é preciso mexer, é preciso agir, pensar sobre, tentar fazer diferente, estabelecer relações, discutir com outras pessoas que utilizam essa tecnologia, é preciso tentar criar algo e buscar em diferentes tecnologias elementos que ajudem você a concretizar o seu objetivo.
Nesse sentido, sabe-se que a escolha de determinado tipo de tecnologia
altera profundamente a natureza do processo educacional e a comunicação entre os
participantes. Uma classe com bastantes alunos, exige alguns recursos tecnológicos
como: microfones, projetores e laser. Muito diferente dos utilizados para o ensino
dos mesmos conteúdos para grupos pequenos, em interação permanente que
também é possível introduzir as mesmas tecnologias.
É importante ressaltar que o uso da tecnologia na educação requer, sem
dúvida, um olhar mais abrangente. Logo, é preciso que haja, nesse processo, o
envolvimento de novas formas de ensinar, aprender e de desenvolver um currículo
condizente com a sociedade tecnológica, que deve se caracterizar pela integração,
complexidade e convivência com a diversidade de linguagens e formas de
representar o conhecimento.
Nessa perspectiva, compreender as potencialidades inerentes a cada
tecnologia e suas contribuições ao processo de ensino e de aprendizagem poderá
trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um
processo de conscientização e de transformação que vai além do domínio de
tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de
educação.
24
O trabalho na escola lida o tempo todo com tecnologia, mas raramente se
ocupa de produzi-la. O que as tecnologias digitais nos trazem de especial é, com
efeito, a ampliação das possibilidades de produzir conhecimento, divulgá-los e
compartilhá-lo.
Nesse sentido, quando se fala em tecnologia na educação, logo se pensa em
computadores, internet, porém não é só isso. Tecnologia é, efetivamente, mais do
que isso. Ela se faz presente em todos os lápis que são usados pelos alunos, como
também no quadro de giz, nos livros e nas cadeiras.
Não há dúvida de que as novas tecnologias de comunicação e informação
trouxeram mudanças consideráveis e positivas para a educação. Vídeos, programas
educativos na televisão e no computador, sites educacionais, softwares
diferenciados transformam a realidade da aula tradicional, dinamizam o espaço de
ensino-aprendizagem, onde, anteriormente, predominava a lousa, o giz, o livro e a
voz do professor. Para que as TICs possam trazer alterações no processo
educativo, no entanto, elas precisam ser compreendidas e incorporadas
pedagogicamente. Isso significa que é preciso respeitar as especificidades do ensino
e da própria tecnologia para poder garantir que o seu uso, realmente, faça diferença.
Não basta usar a televisão ou o computador, é preciso saber usar de forma
pedagogicamente correta à tecnologia escolhida.
É preciso acentuar que as mediações feitas entre o professor e o aluno são
essenciais, o professor que auxilia o educando na busca dos caminhos que levem à
aprendizagem é um verdadeiro transmissor do saber, sabe-se que esses caminhos
são à base do processo de aprendizagem e as tecnologias vão garantir o acesso a
esses conhecimentos.
3.1 O COMPUTADOR E OS DESAFIOS COLOCADOS
O uso dos computadores na educação infantil é cada vez mais evidentes em
sala de aula. Atualmente as discussões estão mais centralizadas em sua finalidade
e na maneira como introduzir no planejamento educacional. Esse processo tem de
percorrer ainda muitas etapas para alcançar grandes resultados.
25
A grande relevância que se atribui ao uso do computador no cotidiano
escolares deve ao fato de saber quais os benefícios se obtém com a operação
dessa máquina, que se torna para o educando um ato prazeroso e instigante,
observando que a curiosidade durante os anos iniciais do ensino fundamental é
fortemente evidenciada por perguntas que, para muitas pessoas, nada significam,
mas para o pedagogo se toma uma fonte inesgotável de questionamentos que
podem ser aproveitados para a realização do planejamento educacional da escola.
Nessa perspectiva, mediante os objetivos que determinam essa visão, deve-
se primeiramente diferenciar duas coisas, usar o computador como objeto de ensino
ou utilizá-Io como ferramenta educacional. Nesse contexto, entendendo que o
educando é o sujeito da aprendizagem, verifica-se que o objeto de ensino terá o
papel de ensinar o indivíduo com o objetivo principal que é a utilização do
computador como um meio de mediar o conhecimento através das novas
tecnologias presentes no cotidiano dos educandos.
Entretanto, quanto à ferramenta educacional, devemos entendê-Ia como um
meio pelo qual o pedagogo utilizará para auxiliar nas tarefas de sala de aula,
propondo ideias e apresentando a proposta de ensino contribuindo assim, para as
descobertas que o estudante poderá fazer por meio da utilização do computador.
Então, é fato que tudo o que está em volta do estudante, proporciona
conhecimento, principalmente quando se refere ao uso do computador, nesse
sentido o educador tem a missão de buscar alternativas para que a criança aprimore
seus conhecimentos. Com esse intuito, se percebe que a informática nos anos
iniciais contribui como complemento e facilitador no processo de ensino e
aprendizagem e quando utilizada auxilia as aulas, os respectivos conteúdos
curriculares.
Portanto, fica evidente a influência com que se destaca o uso do
computadornas escolas, pela sua importância no auxílio do professor em sala de
aula, sabe-se que na realidade a situação de precariedade em escolas pública
brasileiras são comuns, essencialmente, pela falta de recursos, muitas vezes
mínimos, para oferecer as escolas tecnologias que influenciam na vida dos
educandos.
26
O autor BORBA (2001 apud BATISTA, 2012, p. 19) diz que:
O acesso à informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma “alfabetização tecnológica”. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc.
Nesse sentido, o uso do computador na escola passa a ser um direito de
todos, para o professor é uma máquina importante, uma ferramenta que o educador
precisa saber manejá-Ias bem, mas associando-as ao processo de ensino
aprendizagem das crianças.
O professor que domina o uso do computador em sala, ele com certeza ele irá
usar meios que ajudem as crianças a criar hábitos, superar dificuldades e adquirir
progressivamente autonomia em seu uso, ajudando a incorporar um meio muito
atraente, mas com o qual nem sempre podemos contar, tem o encanto do
extraordinário, mas dificilmente se integra aos processos que as crianças
conseguem dominar nessa idade.
Na escola, o professor tem o papel de facilitador no processo de
aprendizagem das crianças, uma das alternativas é saber usar as máquinas
corretamente, como aparelhos instalados adequadamente e a demarcação dos
espaços para que não haja interrupções nem interferências, os fones de ouvido são
fundamentais.
Para Staa (2011, p. 44),
O professor que tem clareza acerca dos seus objetivos certamente saberá escolher as atividades que promoverão mais aprendizagem entre os alunos que têm acesso a esses recursos. [...] Vale a pena aproveitar esse tipo de tecnologia para que os alunos reconheçam palavras e partes de palavras ou para que compreendam concretamente conceitos de quantidade, entre outros conceitos abstratos, brincando.
Propor o uso compartilhado de um mesmo computador entre duas ou três
crianças promove o diálogo e a cooperação mútua, o revezamento e a transmissão
de conhecimentos, mitigando o poder de "abdução" que tem a tela quando usada
individualmente. Outra questão básica é ter um mouse adaptado para as crianças
pequenas, ou configurá-las de tal modo que o botão direito de funções fique
27
bloqueado. Evitaremos assim alguns aborrecimentos, e elas poderão experimentar e
intervir sem a necessidade da presença permanente do adulto.
Dispor de computadores e aparelhos tecnológicos com a facilidade para uso
cotidiano na própria sala de aula permite ao professor atender a várias necessidades
e propostas que vão surgindo no transcurso da vida cotidiana.
Cabe ao professor decidir quando e como usar um determinado recurso e
isso dependerá das possibilidades que o professor, a escola ou a comunidade
dispõem. Levando-se em consideração a realidade de muitas escolas brasileiras, é
bem provável que o recurso desejável não esteja disponível e isso se agrava se
esse recurso for um equipamento tecnológico. Porém, isto não deverá ser
considerado um problema, pois existem vários materiais que este professor poderá
utilizar, de maneira criativa, no processo de ensino aprendizagem.
A escola, sem dúvida, terá de encarar a nova realidade e levar em conta os
hábitos e preferências dos alunos em suas estratégias pedagógicas, preparando os
professores para essa nova jornada, é cada vez mais importante informar e orientar
os aprendizes para que adquiram hábitos saudáveis de estudo. Limitando as fontes
de estimulação e mantendo o foco de atenção nos objetivos e conteúdos a serem
assimilados. Devem aprender a importância de fazer cada coisa em seu tempo e a
estabelecer prioridades.
Vale ressaltar que o uso do computador facilita na aprendizagem das
crianças, principalmente quando elas se apropriam dessa ferramenta útil para
resolver necessidades.
De acordo com MORAN (2000 apud PEREIRA, 2009,p.09)
Cada vez mais poderoso em recursos, velocidade, programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, ideias. Produzir novos textos, avaliações, experiências. As possibilidades vão desde seguir algo pronto (tutorial), apoiar-se em algo semi desenhado para complementá-lo até criar algo diferente, sozinho ou com outros.
Nessa perspectiva, Podem-se fazer várias atividades com os educando,
através do uso do computador, como criar textos para incorporá-los à simbolização e
cartazesda sala de aula, cartas e mensagens às famílias ou aos colegas, cadernos
28
individuais com nomes, número de telefone, endereços ou dados considerados
convenientes, conforme os usos que surgem e o nível em se encontram.
Além disso, podem ser criadas listas de coisas, receitas, fórmulas de
experiências, etc. Podem-se incorporar ícones, imagens, desenhos, textos, enfim,
abrir novas possibilidades em relação às demandas e motivações que forem
surgindo. O professor pode usar várias ferramentas em sala de aula, como o
computador, microfone, projetor de vídeo e amplificadores adequados.
3.2 QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA TECNOLOGIA
Inseridas em uma sociedade totalmente informatizada e tecnológica, é
imprescindível utilizar o computador a favor dos processos de ensino e
aprendizagem, sendo que se estas forem utilizadas adequadamente podem
expandir progressivamente o processo educativo.
Sendo assim, as tecnologias podem ser usadas como recursos didático-
pedagógicos, desde que os professores pesquisem e utilizem as ferramentas
oferecidas por tais tecnologias, e que se adaptem a sua proposta de ensino com
vistas a atingir os objetivos educacionais e a formação dos educandos.
As novas tecnologias trazem consigo um novo desafio para educação, pois
implicam a discussão de um novo pensar para as condutas tão conhecidas da
prática educativa. Arnaud (2005 apud NUNES, 2009 p. 32-33) também argumenta
sobre a possibilidade de um novo pensar a partir da inserção da tecnologia ao
ensino, expondo que:
A questão tecnológica, a meu ver, para além do mero aspecto material e instrumental, constitui-se numa rede de significados na qual o ser humano está implicado. Assim, parece-me que se tornou extremamente necessário compreender a lógica e funcionamento desta rede, como metáfora inspiradora ou arquétipo de um novo pensar/agir na prática pedagógica, especialmente, na práxis curricular.
Vale salientar que a tecnologia aliada ao contexto educacional vem
conduzindo novos caminhos ao processo de ensino e aprendizagem,
proporcionando a todos os educandos envolvidos nos processos educativos a
oportunidade de integrar-se a atual sociedade da informação.
29
Em consideração à atual sociedade da informação, a utilização do
computador no ambiente escolar surge hoje como uma precisão para a consolidação
de uma nova pedagogia, inovadora e que atenda às demandas e anseios desta
sociedade.
Os computadores, se utilizados adequadamente enquanto ferramentas
mediadoras das tecnologias da informação favorecem novas maneiras de
construção do conhecimento, por meio da integração de movimento, luz, som,
imagem, filme, vídeo, conduzindo a novas e eficazes práticas pedagógicas em favor
dos processos de ensino e aprendizagem.
A utilização das tecnologias em sala de aula junto ao contexto escolar
promove, também, a criticidade, para que o aluno se posicione diante do que é
apresentado na tela do computador, além de desenvolver a curiosidade para buscar
novas explicações ou conhecimentos, criatividade para se expressar e refletir.
O sentido principal da utilização da tecnologia nos processos de ensinar e
aprender são as oportunidades de experimentar a construção do conhecimento, que
pode ser proporcionada por essas ferramentas tecnologias. A forma como essa
construção ocorre, depende do modo como o conteúdo é apresentado, da
metodologia adotada para o ensino e dos recursos disponíveis para a construção da
aprendizagem, de maneira que o aluno produza significado ao que lhe está sendo
apresentado.
A sala de aula será, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada, um
espaço importante, mas que combina com outros espaços para ampliar as
possibilidades de atividades de aprendizagem. Nesse sentido, a sala de aula deve
ter boas condições e tecnologias para que aconteça a aprendizagem. Nesse
pensamento, Perrenoud (2000 apud MORAN, 2004, p.348) “As novas tecnologias
podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos
contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de aprendizagens
ricas, complexas, diversificadas”.
Portanto, é importante que a escola possa contar com um laboratório
conectado à Internet, pois o mesmo é um espaço importante para que todos os
alunos e os professores organizem atividades de pesquisa em conjunto. O professor
30
pode orientá-los a fazer pesquisa na Internet, a encontrar os materiais mais
significativos para a área de conhecimento que ele vai trabalhar com os alunos.
Ensinar a pesquisar na internet ajuda muito aos alunos na realização de atividades
virtuais, depois, a sentirem-se seguros na pesquisa individual e grupal.
A Internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida
no cotidiano. Cada vez mais, resolvemos mais problemas conectados à internet. Na
educação, porém, sempre colocamos dificuldades para a mudança, para o novo,
sempre achamos justificativas para a questão que vamos mudando mais os
equipamentos do que os procedimentos.
As tecnologias são meios que nos permitem realizar atividades de
aprendizagem de formas diferentes às de antes. Podemos aprender bastante, com
métodos que envolvam as tecnologias em sala de aula.
31
4. INTERVENÇÃO SOCIOESCOLAR: a nova tecnologia no cotidiano escolar
Esta intervenção foi realizado na escola Municipal Manoel Tarquino no
período de 07 à 11 de dezembro de 2015. O mesmo encontra-se localizado na Rua
Principal, S/N, no distrito de São José, distrito de Touros/RN, tendo como ato de
criação 398/96. Vale salientar que a construção do prédio da escola teve início
durante a administração do Exmo. Sr. Prefeito José Américo de Souza no ano de
1962.
Em relação à estrutura física da escola, a mesma conta com 03 (três) salas
de aula; 01 (uma) secretaria; 01 (uma) cozinha; 02 (duas) banheiros para os alunos;
01 (um) depósito; 01 (uma) área de circulação; 01 (um) anexo com 2 (duas) salas, 2
(dois) banheiros, 1 (uma) cozinha e 1 (um) depósito.
Vale salientar que as 3 (três) salas de aulas contam com 3 (três) quadros
brancos; 28 (vinte e oito) mesas com cadeiras azuis; 21 (vinte e um) carteiras para
estudantes; 03 (três) ventiladores de parede; 02 (dois) ventiladores de parede
quebrados; 02 (dois) ventiladores de pé; 01 (um) ventilador de mesa; 01 (um)
estante; 01 (um) armário fechado; 01 (um) mesa pequena e 01 (uma) TV 29 p.
A secretaria da escola conta: 02 (dois) computadores pregão 23/2012; 02
(duas) mesas para computadores; 01 (uma) cadeira giratória; 01 (um) mesa para
impressora; 02 (duas) impressoras a lazer; 01 (projetor) projetor multimídia; 02 (dois)
notebook; 03 (três) bandeiras (Município, Estado e Brasil); 02 (dois) DVD; 02 (dois)
caixas de som amplificado; 01 (uma) filmadora; 01(uma) câmera digital; 01 (uma)
furadeira; 02 (dois) microfone; 01 (um) cadeira de roda; 01 (um) birô.
Na cozinha 01 (um) freezer; 01 (uma) geladeira; 01 (um) armário; 01 (um)
fogão industrial de 04 bocas; 02 (dois) botijões de gás; 03 (três) tachos (01 pequeno,
01 médio e 01 grande); 01 (uma) cuscuzeira; 02 (duas) frigideiras; 01 (um)
liquidificador industrial; 01 (um) liquidificador doméstico; 01 (uma) panela de
pressão; 01 (um) escorredor de arroz; 01 (uma) chaleira e 01 (um) kit de panelas (1
pequena, 1 média e 1 grande);
A área de circulação conta com 02 (dois) armários fechado g/p; 01 (um)
armário com 9 portas; 01(um) bebedouro; 01 (uma) mesa redonda com 05 cadeiras
e 01 (um) cantinho de leitura.
32
O anexo conta com 02 (duas) salas de aula; 02 (dois) banheiros; 01 (uma)
cozinha; 01 (um) depósito; 02 (dois) quadros brancos; 01(dois) ventilador de parede;
01 (um) ventilador de pé; 01 (um) ventilador de mesa; 26 (vinte e seis) mesas com
cadeiras; 02 (duas) mesas de pingpong; 02 (duas) cadeiras plásticas; 01 (um) TV
20p; 10 (dez) mesinhas; 22 (vinte e duas) cadeiras pequenas; 01 (um) armário de
madeira; 01 (uma) geladeira; 01 (um) freezer; 01 (um) fogão 4 bocas e 02 (duas)
estantes.
A escola municipal Manoel Tarquino é responsável pela oferta da Educação
Básica, no nível fundamental. Atende do 1º ao 9º ano e a Educação Infantil. Sendo
que a modalidade de Ensino Infantil é atendida em prédio anexo CEMEI - Centro
Educacional Municipal de Ensino Infantil, mas vinculado constitucionalmente a esta
unidade escolar.
Essa instituição de ensino onde foi realizada a intervenção foi possível
perceber as situações econômicas dos alunos, ou seja, percebe-se que sua situação
tem sido precária, os estudos não são prioridades, não está em primeiro plano para
as famílias. A escolaridade dos pais dos alunos varia do analfabetismo ao curso
superior, mas constata-se que o percentual de pais com nível superior é mínimo, a
maioria concentra-se em níveis de escolarização do ensino anos iniciais ou sem
escolarização, pois a maior parte dos habitantes não terminou o Ensino
Fundamental I.
A participação dos pais na escola é ainda uma meta a ser aprimorada pela
instituição, assim afirmou a gestora da escola, embora a maioria participe das
reuniões destinadas a discussões sobre interesse geral ou quando se trata
exclusivamente de questões pedagógicas, ou seja, sobre o rendimento escolar dos
filhos falta mais interesse.
A escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca
do desenvolvimento social para atender as necessidades de formação dos alunos
que vivem na zona rural, atendendo as expectativas das vivências diárias desses
grupos de alunos. Assim a escola passa necessariamente pelo entendimento de
contemplar e intensificar os saberes das práticas pedagógicas no atendimento à
Educação do Campo, privilegiando as características desse tipo de educação. Pois o
conceito da escola em torno da educação passa pelo princípio de que ela deve
funcionar como um local de produção e socialização cultural, valorizando os
33
saberes, visando o pleno desenvolvimento do aluno, neste distrito, existem uma
escola pública, um posto de saúde, vários comércios de pequeno porte.
A comunidade é dividida em dois tipos de religião, Católicos e Evangélicos. A
perspectiva pedagógica adotada pela escola no tocante ao ensino é o proposto
sócio construtivista, por ser a que melhor atende a filosofia da instituição e
implementa o trabalho do professor numa abordagem de interdisciplinaridade, o que
contribui para atingir o objetivo de desenvolver um trabalho de qualidade na
educação.
A abordagem sócio construtivista considera o sujeito (cognoscente) e o objeto
(o conhecimento) integrados num determinado contexto social. O sujeito, por meio
da mediação do professor, constrói significados por meio de representações
mentais, isto é, constrói um conhecimento crítico da realidade/objeto através de uma
síntese integrada de suas experiências anteriores, da visão social e da
representação do objeto, criando novas relações.
A escola tem sua estrutura aberta para as atividades curriculares no período
das 7h as 17h30m. Essas atividades são divididas em dois turnos, com os seguintes
horários; matutino: 7h às 11h 30m e o vespertino: 13h às 17h 30m. Os professores
desenvolvem suas funções no período diário de quatro horas e meia e a equipe da
gestão escolar é composta pelo diretor administrativo em suas funções.
Os alunos do turno matutino são recepcionados e recebidos pelos
professores, sendo que durante o turno vespertino estes, são recepcionados pelo
porteiro da escola. A saída dos alunos da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano da
sala de aula é organizada pelo professor e A.S.G em fila indiana e orienta os
educandos na lavagem das mãos e no recebimento do lanche. Para melhor
funcionamento durante todo o intervalo tanto o professor quanto o A.S.G realiza
monitoramento aos alunos com a intenção de evitar conflitos, propondo jogos e
brincadeiras mais saudáveis e adequadas ao ambiente escolar. No turno vespertino
com as turmas do 6º ao 9º ano, a rotina acontece com horários de aula de 50 min.
Sendo que após o 3º horários todas as turmas são liberadas conforme o toque do
sinal de encerramento das aulas. Os alunos organizam-se em fila única e recebem o
lanche, retomando suas atividades após 20 min. de intervalo até às 17h30min.
Em relação as reuniões, a primeira do ano letivo ocorre em forma de
assembleia em que todos os pais dos alunos da Educação Infantil e 1º ao 9º ano são
convidados na perspectiva de repassar informações, comunicar e apresentar o
34
professor que lecionará cada turma e outras informações pertinentes ao
desenvolvimento das atividades letivas. Outras reuniões ocorrem no decorrer do ano
letivo bimestralmente.
O planejamento é fundamental no desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Nesta escola planejar torna possível definir o que se pretende alcançar, prever
situações e obter recursos (materiais ou humanos), organizar as atividades, dividir
tarefas para facilitar o trabalho, avaliar com o objetivo de replanejar determinadas
atividades e criar outras.
No entanto o planejamento da escola está a serviço do conjunto de
professores que o realizam constantemente um planejamento a fim de serem fontes
de consultas ao longo do ano, para atender as necessidades práticas dos
professores e as necessidades dos alunos, além de permitir a observação de
atividades que proporcionaram aprendizagens e aqueles que precisam ser
melhoradas, proporcionar uma avaliação constante do processo de ensino e
aprendizagem oferecido, o planejamento como ferramenta do trabalho pedagógico
deve auxiliar os professores no alcance das aprendizagens esperadas, de modo que
o ensino-aprendizagem em projetos, sequências didáticas ou atividades
permanentes, dependendo do que for mais adequado para o trabalho com a turma
e/ou alunos.
Nessa perceptiva na elaboração de um plano é preciso levar em conta: o
projeto educativo da escola: o que definiu metas a alcançar, o que destacou como
prioridades de aprendizagens, o tipo de aluno que se pretende formar;
aprendizagens que o aluno já realizou, o seu nível de conhecimento; aprendizagens
ligadas à leitura e produção de textos; resultados de pesquisas no interior da escola
sobre aprendizagem dos alunos em cada nível de ensino.
Esta intervenção tem a finalidade de observar se o docente em seu momento
pedagógico utiliza os meios tecnológicos em sala de aula, desenvolvendo
estratégias de ensino de acordo com as ferramentas tecnológicas presentes no
cotidiano dos discentes, estimulando os alunos a participarem ativamente no
processo de utilização das tecnologias do momento, aproveitamento os pontos
positivos da Tecnologia da informação (TICs).
A intervenção foi desenvolvida por meio de momentos, onde podemos
mostrar que de início fui recebida pela gestora da instituição, que me passou todos
35
informes em relação à escola, turma e a professora. Em seguida conhecemos a
professora regente na qual combinamos nossa parceria durante todas as aulas
práticas.
As atividades desenvolvidas nesta intervenção foram desenvolvidas entre os
dias 07/12 e 11/12. Na oportunidade entregamos a carta de encaminhamento a
gestão da escola, em seguida fizemos uma análise do PPP da instituição para as
devidas informações históricas e a estrutura da escola e também realizamos uma
conversa com a professora regente para traçar estratégias para esta intervenção.
No segundo da intervenção realizamos uma observação com o intuito de
averiguar a metodologia de ensino da professora titular. Foi visto a participação dos
alunos e a interação deles com o educador e como se portam em sala de aula. No
terceiro dia, a aula seguiu o planejamento diário da professora responsável pela
turma. Em um primeiro momento realizou-se a acolhida, na sequência foi feito a
chamada, depois o momento de cantar a música “A arca de noé” utilizando algumas
ferramentas tecnológicas como o som e o pen drive. Mais adiante realizamos uma
leitura compartilhada do texto “Convite” de José Paulo Paes. Em um segundo
momento apresentamos o livro “A arca de noé” foi lido o título e o nome do autor,
mostrando e explicando o sumário e os subtítulos, sendo utilizado um paradidático
para contextualizar a aula. Esta aula teve como objetivo introduzir as tecnologias em
sala de aula.
No quarto dia, realizamos e um primeiro momento a acolhida com os alunos,
na oportunidade conversamos informalmente referente à presença das tecnologias
em suas vidas. Em um segundo momento reproduzimos um vídeo a fim de
esclarecer o título do vídeo “as tecnologias estão a cada dia mais presentes no
cotidiano das pessoas”. Em um terceiro momento realizamos um ditado virtual a fim
de perceber o som do “r” e ao mesmo mostrar a letra através de meios tecnológicos
em sala de aula. Em um quarto momento foi realizado uma atividade com as
imagens do slide, onde os alunos poderam identificar a imagem com a palavra e
finalizou-se a atividade de pintura.
No quinto dia realizamos no primeiro momento a acolhida, em seguida
conversamos informalmente sobre as tecnologias presentes em suas vidas. No
segundo momento apresentamos e explicamos a finalidade de alguns exemplos das
36
tecnologias do momento, em slide. No terceiro momento para finalizar e
contextualizar as explicações, os alunos realizaram uma atividade, procuraram as
imagens e colaram na folha.
Na oportunidade finalizamos a intervenção com a entrega de uma
lembrancinha em formato de um computador, a fim de repassar aos alunos a
temática da nossa intervenção. Nesse sentido fica evidenciado que observando o
desempenho dos alunos durante as aulas, foi possível analisar que variar nos
métodos e nos recursos didáticos usados em sala de aula ajuda na motivação
destes e isso é fruto do bom senso docente.
De acordo com os PCN’s (2000, p.11-12):
“As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano, independente do espaço físico e criam necessidade de vida e convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar. A televisão, o rádio, a informática, entre outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundos antes imagináveis. [...]. Os sistemas tecnológicos na sociedade contemporânea fazem parte do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e transformação de processos e procedimentos.”
Por isso a formação continuada de professores, bem como as suas
competências tende a ampliar o seu campo de atuação, isso é fundamental para a
melhoria da qualidade de ensino. É preciso que o professor e a escola
compreendam as transformações que estão ocorrendo no mundo e tente
acompanhar a evolução desse processo.
Vale salientar que durante a intervenção foram feito alguns questionamentos
referentes às práticas pedagógicas de duas professoras, uma delas, a senhora
Joana leciona no 1º ano do ensino fundamental I e a senhora Francisca leciona em
uma turma multisseriadas (1º e 2º ano) do ensino fundamental II. Para Joana, 2015;
Utilizo de ferramentas tecnológicas para minha prática pedagógica, principalmente o uso dos slides é frequente para aplicação e ampliação dos conteúdos a serem trabalhados, ainda posso citar que faço uso de outros meios tecnológicos, como: a câmera fotográfica e celular para registrar os momentos em sala de aula.
Ainda nessa concepção, a professora Francisca também opinou em relação
ao uso de meios tecnológicos em sala de aula, como uma ferramenta de
aprendizagem em sala de aula. Para Francisca, 2015. “Sempre que necessário ao
37
assistir um vídeo, em registrar as atividades com câmera e celular, como também
uso de slides para exposição e explicação das aulas”.
Continuando com as indagações com as professoras foi questionado em
relação ao uso das tecnologias em sala de aula como recurso didático. Para Joana,
2015. “Desde que este recurso tenha um objetivo para que venha ampliar e
sistematizar os conhecimentos dos educandos e favorecendo assim a aprendizagem
significativa”. Para a professora Francisca, 2015. “Desde que venha ser trabalhado,
planejado e bem contextualizado e que os alunos possam ter uma maior
compreensão e uma melhor qualidade na aprendizagem”.
Vale salientar que na oportunidade se questionou as professoras, se elas
quanto educadora incentivam os seus alunos a realizarem pesquisa na internet ou
elas acreditam que os alunos não têm idade para utilizar essa ferramenta.
Nesse sentido, a professora Joana, 2015. “Incentivo de forma presencial em
sala de aula, mostrando a finalidade dessas fontes de pesquisa, para que serve, até
porque nem todos os alunos dispõem desses recursos tecnológicos”. Para a
professora Francisca, 2015. “O conteúdo da pesquisa já deve ter sido muito bem
trabalhado e a linguagem usada será de acordo com o nível de aprendizagem e
idade das crianças, os pais também ajudam”.
É importante evidenciar que as professoras responderam outra questão
importante, ou seja, se elas acreditam que os recursos tecnológicos contribuem na
formação do indivíduo. Para a professora Joana, 2015.
Todavia, é importante frisar, que nem sempre devemos nos prender a tais recursos, pois existem outros meios que também contribuem para a formação do indivíduo, os quais não devem ser descartados, porém acredito que os recursos tecnológicos contribuem de maneira satisfatória para o aprendizado do aluno.
Dentro dessa perspectiva é visto que as tecnologias em sala de aula é
fundamental para o desenvolvimento dos alunos, desta feita, vale destacar que o
professor dispõe de outros meios para implementar suas aulas, sem se prender
totalmente as tecnologias.
Para a professora Francisca, 2015. “O uso das tecnologias em sala de aula
contribui muito, tanto para o lado positivo, quanto para o lado negativo, é importante
que seja enfatizado e na escola, que tudo deve ser usado, respeitando os limites”.
38
Para finalizar questionamentos as professoras durante a intervenção, se elas
enquanto educadoras acreditam que ainda existam professores que não dominam
os recursos tecnológicos existentes na escola. Para Joana, 2015.
Acredito que sim, pois muitos ainda não se conscientizaram da evolução tecnológica, e nem se quer se preocupam que muitos dos nossos alunos já dominam essas tecnologias, ou melhor, por não querer mudar sua prática pedagógica, livrando sua prática pedagógica o direito de aprendizagem do aluno.
Dentro dessa ótica se obteve bons resultados em relação aos
questionamentos ao despreparo de alguns professores na atualidade. Para a
professora Francisca, 2015.
Às vezes os alunos estão mais atualizados com relação ao manuseio de alguns recursos do que mesmo os profissionais vale salientar que alguns professores por medo de inovar, outros por viverem muitos atarefados e aqueles por modismo, não querem utilizar.
Ao término desta intervenção ficou a certeza da importância de conhecer a
realidade de uma instituição escolar. A interação com os alunos e com a professora
regente foi de extrema importância, conforme as expectativas, ficou evidente a
vivência da rotina do cotidiano escolar e a realização de diversas atividades em sala
de aula.
Esta experiência proporcionou um significado extraordinário da constituição
de um profissional da área da educação, complementando a nossa formação
acadêmica, dando subsídios para uma futura e possível atuação em sala. Diante de
toda a experiência, esta vivência na escola mostrou a importância da formação
continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos, para utilizar das
diversas ferramentas tecnológicas em benefício dos alunos.
39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho monográfico foi realizado com a finalidade de estudar o uso da
tecnologia em sala de aula, o que nos levou a fazer um estudo mais abrangente
sobre o tema em questão. De acordo com a intervenção, ficou evidente que o uso
dos recursos tecnológicos contribui para o processo de ensino/aprendizagem e que
o professor deve buscar, pouco a pouco, dominar novas tecnologias e não se deixar
dominar por elas.
É importante que o professor tenha conhecimento sobre a tecnologia hoje
disponibilizada nas escolas e também que o uso desse recurso ofereça
oportunidades tanto para alunos quanto para professores e que, no caso da má
utilização desses recursos pode ocasionar vários efeitos negativos para os
envolvidos.
A falta de conhecimento das tecnologias utilizada pelos profissionais da
educação contribui para o não funcionamento adequado dos equipamentos. São
necessários cursos de formação continuada com o objetivo de lhes proporcionarem
o domínio dessas novas ferramentas tecnológicas presentes na atualidade.
Sendo assim, é significativo a aplicação desses recursos na sala de aula, pois
eles irão contribuir para que os alunos se interessem pelos conteúdos que todas as
matérias oferecem facilitando o entendimento sobre os assuntos das disciplinas
contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem, que irá garantir uma sala de
aula dinâmica, contribuindo para mudanças positivas nas práticas pedagógicas.
Pode-se concluir que os computadores e as demais ferramentas tecnológicas
utilizadas pelo professor em sala de aula, estão sendo usados com meios de apoio,
pois quando são utilizados de forma adequada gera uma aprendizagem significativa,
há um aumento da criatividade e motivação nos alunos, ou seja, a aula se torna
dinâmica e interativa.
Portanto, as tecnologias vêm para nos proporcionar uma educação de
qualidade, no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem, pois as
vantagens são inúmeras, principalmente quando são usadas de maneira adequada
e organizada.
40
REFERÊNCIAS
BATISTA, Jerlian Adeltrudes. A importância das novas tecnologias nos anos iniciais do ensino fundamental. 2012, p. 15, 16 e 19.
COZENZA, Ramon M. O computador em sala de aula. Revista Pátio. Ano XX.
Julho/Setembro 2012. p. 12 – 15. GOMES. Maria Rosilene Maués. A formação continuada de professores e as tecnologias midiáticas na escola. 2012, p. 01, 08.
____________, Ramon M. Para entender os nativos digitais. Revista Pátio. Ano
XX. Julho/Setembro 2012. p.16 – 18. KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: O novo ritmo de informação/Vani Moreira Kenski,. – 8ª ed. – Campinas, SP: Papirus, 2012. –
(Coleção Papirus Educação). MORAN, José. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Papirus,21ª ed,2013, p. 30-35. _______,José Manuel. A contribuição das tecnologias para uma educação inovadora. Contrapontos - volume 4 - n. 2 - p. 347-356 - Itajaí, maio/ago. 2004. NUNES, Milena de Jesus. O professor e as novas tecnologias: pontuando dificuldades e apontando contribuições. 2009, p. 32-33.
PEREIRA, Bernadete Terezinha. O uso das tecnologias da informação e comunicação na prática pedagógica da escola. 2009, p. 09. SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. Revista Textual. Setembro 2006. p. 33 – 41. STAA, Betina Von. Aproveitando a tecnologia para promover o desenvolvimento das crianças. Revista Pátio. Ano XX. Julho/Setembro 2011. p.44 – 46.
41
ANEXO
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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA PLENA
QUESTIONÁRIO REALIZADO COM DUAS PROFESSORAS
Formação: _________________________________________________
Tempo de atuação: ______________ Série que leciona: _____________
01. Você costuma utilizar as novas tecnologias em sala de aula? Como?
Justifique.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
02. A informática pode ser usada como recurso didático? Justifique sua
resposta.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
03. Você como educadora incentiva os seus alunos a realizarem pesquisa na
internet ou você acredita que eles não têm idade para utilizar essa ferramenta?
Comente com suas palavras a sua opinião.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
43
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
04. Você acredita que os recursos tecnológicos contribuem na formação do
indivíduo? Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
05. Você como educadora acredita que ainda exista professores que não
dominam os recursos tecnológicos existentes na escola? Justifique.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________
