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AUTISMO A criança Autista As definições acerca do autismo são várias, passo de seguida a enunciar uma delas, referindo também alguns traços gerais sobre o mesmo. O autismo consiste num problema neurológico que se caracteriza por um decréscimo da comunicação e das interacções sociais. A criança autista é considerada única e não deixa de passar por todas as etapas da vida como qualquer outro ser humano. O autismo não é causado por factores de ordem psicológica, é considerada uma deficiência e não uma doença mental. O aluno portador de autismo é considerado um aluno com necessidades educativas especiais. A fisionomia destas crianças é normal, porém apresentam uma expressão facial vazia. Normalmente têm um Q.I (quo eficiente de inteligência) abaixo da média, mas não pode ser definido com uma forma de retardo mental. Áreas fortes dos autistas No que se refere às características demonstradas pelos portadores de autismo, pode-se destacar as seguintes: Em Bebé Demonstrar Indiferença Falta de interesse pelas pessoas Não dar respostas Pode ter problemas de alimentação O problema central dos autistas centra-se em três áreas essenciais: Interacção social Imaginação Comunicação Memorização de rotinas Processamento visual

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AUTISMO

A criança Autista

As definições acerca do autismo são várias, passo de seguida a enunciar uma

delas, referindo também alguns traços gerais sobre o mesmo.

O autismo consiste num problema neurológico que se caracteriza por um

decréscimo da comunicação e das interacções sociais.

A criança autista é considerada única e não deixa de passar por todas as etapas

da vida como qualquer outro ser humano. O autismo não é causado por factores de

ordem psicológica, é considerada uma deficiência e não uma doença mental. O aluno

portador de autismo é considerado um aluno com necessidades educativas especiais.

A fisionomia destas crianças é normal, porém apresentam uma expressão facial

vazia. Normalmente têm um Q.I (quo eficiente de inteligência) abaixo da média, mas

não pode ser definido com uma forma de retardo mental.

Áreas fortes dos autistas

No que se refere às características demonstradas pelos portadores de autismo,

pode-se destacar as seguintes:

Em Bebé

Demonstrar Indiferença

Falta de interesse pelas pessoas

Não dar respostas

Pode ter problemas de alimentação

O problema central dos autistas centra-se em três áreas essenciais:

Interacção social

Imaginação

Comunicação

Memorização de rotinas

Processamento visual

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AUTISMO

Não procurar contacto ocular

Até aos 12 meses

Aparecimento de comportamentos repetitivos, restritivos ou

estereotipados (bater palmas, abanar a cabeça…)

Pode ter interesse obsessivo por um determinado brinquedo ou objecto

Pode tardar em andar

Até aos 24 meses

Manifestar ausência ou dificuldade de comunicação verbal ou gestual

A linguagem pode tardar ou não aparecer

A criança pode não manifestar interesse pelas actividades que requerem a

sua autonomia

Pode dar respostas inadequadas aos estímulos sensoriais

Depois dos 2 anos

Pode não brincar normalmente

Os problemas cognitivos especialmente de linguagem são perceptíveis

Fala utilizando padrões repetitivos e não usa “sim” ou “não”, inverte

pronomes

Período dos 3 aos 6 anos

Etapa mais difícil para a criança e para os pais, pois a deficiência manifesta-

se claramente

Podem aparecer comportamentos agressivos

Dos 6 anos à adolescência

Os comportamentos mais perturbadores tendem a diminuir, mas o autismo

permanece ate ao fim da vida

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AUTISMO

Em sumo em termos gerais as características típicas dos autistas são:

Dificuldade quanto ao relacionamento com os outros

Incapacidade de estabelecer interacções sócias

Intolerância ao contacto físico

Dependência de rotinas e resistência à mudança

Comportamentos compulsivos

Repetição de palavras proferidas por outros (ecolalia)

Tendo em conta tudo o que referi anteriormente, e tendo como ponto fulcral a

individualidade de cada um, importa ressalvar a importância de realizar um bom

diagnóstico à criança autista, este só será eficaz se for realizado por equipa

interdisciplinar de profissionais, recurso à anamnese (historia de vida familiar, escolar)

realização de testes, entre outros. Tendo em conta o diagnóstico traça-se um plano de

Intervenção. Esta deve ter como objectivo fundamental tornar o individuo o mais

independente possível em todas as áreas de actuação.

No que se refere à Intervenção, é importante referir que já existem alguns

programas pré-definidos e que são muito utilizados, são eles:

TEACCH – tratamento e educação para crianças autistas e com

distúrbios de comunicação

ABA – análise aplicada do comportamento

PECS – sistema de comunicação através da troca de figuras

Existem também algumas técnicas que são bastante reconhecidas e utilizadas,

que passo de seguida a citar:

FC – comunicação facilitada

O uso do computador

AIT – integração auditiva

SI – integração sensorial

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AUTISMO

As terapias complementares são igualmente importantes neste processo de

intervenção. Estas terapias ajudam a criança a atenuar algumas lacunas a nível das

condutas de afeição, da interacção e reciprocidade.

Alguns exemplos de terapias complementares:

Psicomotricidade

Grafo motricidade

Musicoterapia

Técnicas de relaxamento

Massagem

Balneoterapia

Terapia ocupacional

Equoterapia

Além destes métodos de intervenção já definidos e elaborados, o

Psicopedagogo de seguida apresenta em traços gerais alguns meios de Intervenção.

No que se refere aos professores

Curriculum adaptado – PEI programa educativo individualizado

Inclusão em classes regulares

Planos de comportamento, ao controlo positivo do comportamento

Definição de Regras claras

O professor tem que realizar a sua avaliação baseada em objectivos

Rotinas específicas

Organização dos espaços materiais e actividades

No que diz respeito aos pais algumas estratégias a seguir

Frequentar locais públicos com o seu filho

Trabalhar a independência do seu educando (vestir, comer, beber, lavar

os dentes…)

Estabelecer rotinas que facilitem a organização do seu filho

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AUTISMO

Em suma estas crianças têm características muito especiais e particulares, e

como tal o modo como intervimos deve ser muito bem delineado e pensado.

Autoria Helena Dias