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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS (LICENCIATURA À DISTÂNCIA) MARLENE ENEAS DA SILVA FALCÃO A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES JOÃO PESSOA PB 2014

A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS

(LICENCIATURA À DISTÂNCIA)

MARLENE ENEAS DA SILVA FALCÃO

A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE

APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS

MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

JOÃO PESSOA – PB

2014

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MARLENE ENEAS DA SILVA FALCÃO

A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE

APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS

MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do Certificado de Conclusão do Curso de Graduação em Ciências Naturais (Licenciatura à Distância), pela Universidade Federal da Paraíba. Orientadora: Profª. Dra. Evaneide Ferreira Silva. Coorientadora: Profª. Esp.

Jailma Simone Gonçalves Leite.

JOÃO PESSOA – PB

2014

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MARLENE ENEAS DA SILVA FALCÃO

A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE

APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS

MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do Grau de Graduação em Ciências

Naturais. E aprovada em sua forma final pela Universidade Federal da Paraíba na

modalidade à distância.

Data: ____/____/____

________________________________________________

Profa. Dra. Evaneide Ferreira Silva

(Orientadora)

__________________________________________________

Prof.

Examinador

__________________________________________________

Prof.

Examinador

JOÃO PESSOA – PB

2014

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O método de educação pode se prolongar a vida toda, sendo que o período escolar representa o fundamento no qual a estrutura da vida pode se apoiar e crescer.

Robert H. Jackson

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me concedido a graça de concluir este curso, pois, sem a minha fé e a minha perseverança não chegaria a lugar nenhum.

Aos meus pais, Raimunda Izabel da Silva (In memória) e José Eneas da Silva, que, com seu jeito simples de ser, sempre me incentivou a estudar e lutar pelos meus objetivos.

Ao meu querido esposo Eduardo, pelo incentivo a prosseguir, mostrando-me que eu sou capaz de superar minhas dificuldades.

As minhas amadas filhas Isabel e Maria Eduarda pela compreensão de por muitas vezes, está atarefada com os trabalhos acadêmica e não pude dar-lhes a atenção devida, vocês é a razão do meu viver.

Aos meus irmãos que sempre me apoiaram.

A Minha querida Evanalba Arnaud, (nenê, minha mãe do coração), o meu muito obrigado, pela força e confiança depositada em minha pessoa.

A Rejane Maria Lira de Araújo, minha amiga querida, pela força e incentivo.

Aos meus colegas e amigos Alessandro, Isabel Lucena e em especial a Leilany Campos

pela força e troca de conhecimentos e buscas de soluções para superar nossas dificuldades durante o curso.

A professora orientadora Drª. Evaneide Ferreira, por ter sido fundamental nesse processo , compartilhando, mostrando-me que era possível. Você é muito especial!É

muito mais que uma professora e orientadora, é uma amiga, que levarei por toda á vida.

A coorientadora professora Jailma Simone Gonçalves Leite compreensão e pela amizade.

Aos professores, alunos e responsáveis pelas Escolas Municipais “Aruanda” e Colégio “Polígono”, pelo acolhimento e respeito.

Ao tutor presencial José Vieira por está sempre dispostos a nos orientar a respeitos dos assuntos relacionados ao curso.

Aos meus queridos professores (as) e tutores a distância da plataforma, que contribuíram com seus ensinamentos para minha formação, pois, através de seus conhecimentos me ajudaram a superar muitas dificuldades no decorrer de todo o curso.

Agradeço também, a coordenadora do curso, Drª. Maria de Lourdes Pereira e ao secretário do curso, Cristiano Lelis, pelo apoio.

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RESUMO

As aulas práticas experimentais quando bem utilizadas, estabelecem uma ligação no processo de ensino/aprendizagem em ciências, por estimular e despertar interesse nos

alunos, facilitando dessa forma a compreensão dos conteúdos estudados. No entanto muitos docentes contrapõem em usar este método pedagógico, sendo que por muitas vezes alguns professores usam de maneira demonstrativa, não contribuindo para a

construção da aprendizagem significativa. Buscou-se então com essa investigação e diante desse cenário analisar professores e alunos de duas diferentes instituições de

ensino, sendo uma escola pública e uma escola particular, ambas estão localizadas na cidade de João Pessoa/PB, com o objetivo de analisar como as atividades experimentais estão sendo desenvolvidas e expostas em sala de aula nestas diferentes modalidades. Os

resultados, não são muito promissores, pois apesar de alguns docentes mostrarem de forma evidente sobre a forma como a experimentação deve ser utilizada em sala de aula,

a maioria não utiliza essa ferramenta pedagógica. Quanto aos alunos, estes entendem a experimentação de forma bastante positiva e de muita utilidade para entender conceitos. Para esta finalidade realizou-se uma entrevista com os docentes e aplicaram-se

questionários aos discentes, além da realização de duas aulas práticas nas duas escolas em estudo. Os questionários aplicados aos docentes revelaram que elas entendem e

admitem a necessidade de se aplicar atividades experimentais nas aulas de ciências. Quanto aos eventos aplicados aos discentes, ficou constatado que mais de 80% gostam da disciplina de ciências e das atividades experimentais, embora a maioria afirme sentir

dificuldades em entender os conteúdos. Embora poucos discentes tenham discordado da necessidade de um laboratório na escola, mais de 60% concordaram que é indispensável

este espaço. Os resultados ainda evidenciam um maior desempenho na aprendizagem dos discentes, através de aulas práticas experimentais nas duas escolas analisadas.

Palavras-chave: Experimentação. Ensino de Ciências. Aprendizagem.

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ABSTRACT

Experimental practical classes when used properly, provide a link in the teaching / learning process in science, to stimulate and arouse interest in students, thus facilitating

understanding of the content studied. However many teachers opposed to using this teaching method, and for some teachers often use a demonstrative way, not contributing

to the construction of meaningful learning. Then we tried with this investigation and in this scenario to analyze teachers and students of two different educational institutions, being a public school and a private school, both are located in the city of João Pessoa /

PB, with the aim of analyzing how activities experimental are being developed and exposed in the classroom in these different modalities. The results are not very

promising, because although some teachers to show clearly on how the testing should be used in the classroom, most do not use this educational tool. As for students, they understand the trial very positively and very useful for understanding concepts. For this

purpose, an interview was held with teachers and questionnaires were applied to students, in addition to holding two practical classes in two schools in the study. The

questionnaire to teachers revealed that they understand and acknowledge the need to apply experimental activities in science classes. As applied to events to students, it was found that more than 80% like the discipline of science and experimental activities,

although most states have difficulties in understanding the content. While few students have disagreed with the need for a laboratory school, over 60% agreed that it is essential

that space. The results also show a greater learning performance of students, through experimental practice classes in two schools analyzed.

Keywords: Experimentation. Science Teaching. Learning.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................11

2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................15

2.1 BREVE RELATO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NO

BRASIL................................................................................................. ..........13

2.2 UMA ABORDAGEM DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

NATURAIS......................................................................... ...........................15

2.3 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ATRAVÉS DA ANÁLISE POR MEIO DA

TEORIA E DA PRÁTICA....................................................... ........................17

2.4 AS EXPERIMENTAÇÕES DE CUNHO

INVESTIGATIVO........................................................................... ...............19

2.5 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DO MÉTODO

EXPERIMENTAL............................................................................................20

2.6 OS PCNs DE CIÊNCIAS NATURAIS E A

EXPERIMENTAÇÃO........................................................................... ..........22

3 METODOLOGIA...............................................................................................24

3.1 TIPO DE PESQUISA............................................................................. .........24

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRAS........................................................................25

3.3 AMBIENTES DA PESQUISA........................................................................26

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS................................................26

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................30

4.1 ANÁLISE E RESULTADOS DA ENTREVISTA COM OS PROFESSORES DE

CIÊNCIAS NATURAIS....................................................................................30

4.2 ANÁLISE E RESULTADOS DAS AULAS PRÁTICAS NAS ESCOLAS

MAGIA DO SABER E QUADRANTE................................................... ....... 32

4.3 ANÁLISE E RESULTADOS DO PRÉ-TESTE COM OS

ALUNOS................................................................................................. .......41

5 CONCLUSÕES...................................................................................................46

6 REFLEXÕES......................................................................................................48

7 REFERÊNCIAS………………………………………..………………………50

8 APÊNDICES………………………………………………………………...…55

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 e 2 - Escola “Magia” Colégio “Quadrante”.....................................................27

Figura 3 e 4 - Entrevista com os Professores de Ciências Naturais - Aplicação dos Questionários Pré-teste....................................................................................................29

Figura 5 e 6 - Aulas ministradas - Aplicação dos Questionários Pós-teste....................29

Figura 7 e 8 - Gostam da disciplina de Ciências Naturais e por quê?............................30

Figura 9 e 10 - Dificuldades na disciplina de Ciências Naturais? Se sim,

quais?...............................................................................................................................30

Figura 9 e 10 - Dificuldades na disciplina de Ciências Naturais? Se sim,

quais?...............................................................................................................................32

Figura 11 e 12 - Transcrição de um aluno da escola “Magia do Saber” - Transcrição de um aluno da escola “Quadrante”.....................................................................................35

Figura 13 e 14 - Gostam da disciplina de Ciências Naturais e por quê?........................36

Figura 15 - Transcrição de um aluno da escola “Magia do Saber”................................37

Figura 16 - Transcrição de um aluno da escola “Quadrante”.........................................37

Figura 17 - Nas aulas de Ciências Naturais você desenvolve atividades experimentais (aulas práticas)?...............................................................................................................38

Figura 18 e 19 - As atividades experimentais desenvolvidas em sala de aula estimularam o seu entusiasmo pelo conteúdo abordado e pela disciplina de Ciências

Naturais? Por quê?...........................................................................................................38

Figura 20 e 21 - Você gosta de atividades práticas? Por quê?.......................................39

Figura 22 - O que entendem por atividade experimental...............................................40

Figura 23 e 24 - Em sua opinião, para a realização de experimentos nas aulas de Ciências Naturais é indispensável à instituição escolar possuir um laboratório equipado

específico?.......................................................................................................................41

Figuras 25 e 26 - A função da experimentação é facilitar a compreensão do conteúdo abordado despertando os discentes para a curiosidade e interesse pelo estudo...............................................................................................................................42

Figuras 27 e 28 – Vocês gostam de aulas práticas?........................................................43

Figura 29 e 30 – Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus conhecimentos?...............................................................................................................44

Figuras 31 e 32- Quais os conteúdos de Ciências Naturais, você acredita que aprenderia melhor através de uma aula prática?................................................................................45

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Figura 33 - Na aula prática sobre sistema circulatório, você observou se existiram mudanças nos batimentos cardíacos de uma pessoa em repouso e após uma atividade

física? Por quê?................................................................................................................46 Figura 34 - Após o experimento vocês conseguiram compreender a importância do

cálcio na estrutura óssea de um determinado corpo?..............................................................................................................................47

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1 INTRODUÇÃO

Diante das exigências de uma nova sociedade, as informações científicas e

tecnológicas tornam-se essenciais na construção da formação de indivíduos críticos e

aptos a compreender o mundo e suas transformações atuais, pois frente a esse cenário

exigem-se cada vez mais dos educadores e dos gestores escolares estratégias didáticas

diversificadas para possibilitar um ensino de qualidade que ofereça para os discentes

uma aprendizagem dinâmica, crítica e integradora.

Com isso, o ensino de Ciências Naturais tem por finalidade facilitar o

desenvolvimento de diferentes habilidades para que o discente possa raciocinar

criticamente diante dos problemas apresentados e discutidos em sala de aula, permitindo

dessa forma, posicionar mediante suas decisões e questionamentos acerca das reflexões

do dia a dia para que fora da escola tenham as suas indagações.

O aluno, quando fora da escola aprimoram uma serie de explicações diante dos

fenômenos naturais e tecnológicos que pode conduzir uma lógica interna diferente das

Ciências Naturais, embora por muitas vezes possa a ela se assemelhar. De certo modo

esses esclarecimentos estão ligados à curiosidade e respostas dos alunos, pois e nela que

se encontra o ponto de partida para o desenvolvimento da construção e da compreensão

dos fenômenos naturais que as instituições escolares desenvolvem (PCN/ CIÊNCIAS

NATURAIS 1997 p.117).

Dessa forma, os discentes entram na escola trazendo seus conhecimentos prévios

sobre conteúdos relacionados à disciplina de Ciências, valendo salientar que esses não

devem ser descartados e nem ignorados pelo docente, pois servirão de embasamento

para a construção da compreensão acerca dos fenômenos naturais. As atribuições dos

docentes ao utilizarem a experimentação em aulas de Ciências é fazer com que os

discentes sintam-se incentivados e estimulados ao explicar alguns fenômenos,

promovendo a construção do conhecimento através da instrumentalização dessa prática

de ensino para almejar os objetivos da aprendizagem desejada mediante os conceitos

científicos. Na visão de Delizoicov e Angotti (1991, p. 22): “na aprendizagem de

Ciências Naturais, as atividades experimentais devem ser garantidas de maneira a evitar

que a relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia”.

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Segundo Calore Santos (2004, p.59-61), ao adotar um novo olhar no ensino de

Ciências na elaboração das aulas até a sua apresentação: “o docente coloca o discente

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mais próximo do processo de construção da ciência, conduzindo-o a ampliar uma

compreensão própria do mundo inato sem perder a noção dos princípios científicos”.

Somando-se a isso, as concepções experimentais levam os discentes a serem

protagonistas do processo de investigação, de manejar materiais e instrumentos

laboratoriais, a colocar em ordem suas observações e ideias e ao entendimento de

conceitos científico básico.

Podendo também despertar no discente um grande empenho e esforço, as

atividades práticas oferecem momentos ricos de oportunidades no processo de

aprendizagem. Mas, para que essas ações de planejamento se concretizem os estudiosos

mencionam ser necessário que o ensino de Ciências Naturais intercorra a partir de

atividades práticas, onde os alunos, mediante essas atividades, sejam capazes de desafiar

e vivenciar o processo de reconstrução do conhecimento relembrando e organizando

uma ação mental, para que com isso chegue a uma conclusão, a um processo

investigativo, para que o conhecimento aconteça numa interação contínua entre a teoria,

prática, ação, observação, comparação e sistematização (FRIZZO E MARIN 1997,

p.14).

Desse modo, trabalhar experimentação em sala de aula exige do professor um

compromisso de um domínio metodológico para que a experimentação seja realizada de

forma adequada e se transforma em uma estratégia auxiliadora para facilitar o

ensino/aprendizagem. Observa-se que muitos professores se omitem em realizar nas

aulas de Ciências a experimentação com insegurança de não conseguir bons êxitos no

manuseio dos experimentos, uma vez que, as atividades experimentais exigem dos

mesmos planejamentos para que possa favorecer o aprendizado do aluno, fornecendo

meios de motivá-los e promovendo situações de compreensão e interpretação dos

fenômenos que intercorre no seu dia a dia.

Diante desse cenário, para a realização da investigação científica, foram

analisados professores e alunos de duas diferentes instituições de ensino, sendo uma

pública e outra privada, ambas localizadas na cidade de João Pessoa/PB. Para isso essa

pesquisa teve como objetivo geral analisar como as atividades experimentais estão

sendo desenvolvidas e explanadas em sala de aula de duas diferentes modalidades de

instituição de ensino, de modo que venha desenvolver o interesse do discente no ensino

de Ciências Naturais. E como objetivos específicos, identificar as dificuldades dos

professores em desenvolver atividades experimentais em sala de aula nas duas

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modalidades de instituição de ensino; reconhecer as reais necessidades desses docentes

com base no ensino de conceitos científicos mediante a exposição e uso de

experimentação em aulas de ciências que possa aguçar a curiosidade dos discentes;

analisar o uso de experimentos como fator problematizador na construção do

conhecimento crítico e criativo do aluno nas referidas escolas. Para que dessa forma

possa conhecer o desafio de trabalhar e desenvolver a prática da experimentação no

ensino de Ciências Naturais, através de experiências referentes aos conteúdos

abordados, que de forma direta auxiliem na construção do conhecimento dos discentes.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BREVE RELATO DO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NO BRASIL

O ensino de Ciências Naturais durante sua história no ensino fundamental, tem

se conduzido por diferentes orientações que ainda hoje se manifesta nas salas de aula,

mesmo que resumidamente, vale ressaltar fatos ainda reais do ensino tradicional em

algumas instituições de ensino que não perdem sua relevância.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 4.024/61, as aulas de Ciências

Naturais só eram aplicadas no ensino secundário (antigo ginasial), mostrando um

cenário dominado pelo ensino tradicional, ainda que com muito interesse os esforços de

transformação estivessem em processo. Cabia aos professores à tarefa da transmissão

dos conhecimentos acumulados pela humanidade, através de aulas expositivas, e cabia

aos alunos absorver as informações.

A partir de 1971, com a promulgação da Lei n. 5.692, o ensino de Ciências

Naturais passou a ser de caráter obrigatório em todo o primeiro grau completo. Dentro

desse cenário o conhecimento científico era neutro e não se tinha em questão a verdade

científica. Valorizava-se a quantidade de conteúdos aplicados e trabalhados em sala de

aula e um dos principais recursos de aprendizagem e avaliação eram os questionários

aplicados para os alunos, que os mesmos tinham que deter seus conhecimentos nas

ideias apresentadas e nos livros didáticos selecionados pelo professor. Essa abordagem

foi criticada por Paulo Freire quando o mesmo fazia uma analogia comparando o ensino

tradicional, como depósito bancário, dizendo que:

O relato os transforma em vasilhas, em reservatórios a serem cheios pelo

docente. Quanto mais vá enchendo os reservatórios com seus depósitos, tanto

melhor docente será. Quanto mais se deixe de maneira obediente encher,

tanto melhores docentes serão (FREIRE, 1970, p. 58).

Na visão do autor a sala de aula era vista como o único lugar de educação formal

como também o único local que o aluno poderia obter seus conhecimentos. As ações

propostas para o ensino de Ciências discutidas para a conclusão da lei designavam-se

pelas necessidades de uma mudança no currículo para responder aos avanços do

conhecimento científico e a influência de uma escola nova.

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Assim, essas mudanças mudaram o eixo das questões pedagógicas e dos

aspectos lógicos para perspectivas psicológicos, passando a valorizar a participação

dinâmica e crítica do aluno no processo de ensino/aprendizagem, pois de acordo com

Montessori (1965, p. 309) os professores devem despertar um desejo, provocar e excitar

o aluno para que o mesmo “tenha o interesse pelas manifestações dos fenômenos

naturais em geral, levando-o a amar a natureza e a sentir a ansiosa expectativa de todo

àquele que aguarda o resultado de uma experiência que preparou com cuidado e

carinho”.

Propunha dentro desse cenário que os objetivos predominantes informativos

dessem também posição aos objetivos formativos, ou seja, que as atividades

experimentais passassem a ter um papel representativo como um importante elemento

para a compreensão de novos conceitos. Com isso as atividades práticas passaram a ter

papel marcante no desenvolvimento de projetos e cursos de formação de professores, no

qual os próprios indivíduos são capazes de gerir os seus próprios ofícios. O incentivo

atual, segundo Nóvoa (1992, p.27) encontra-se na:

Valorização de paradigmas de formação que promovam a preparação de

professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio

desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas na

execução das políticas educativas.

Diante desses fatos o objetivo do ensino de Ciências Naturais passou a ser o de

oferecer condições ao aluno para que ele possa identificar situações problemas a partir

de observações sobre fatos e com isso levantando hipóteses de forma que pudessem tirar

suas próprias conclusões. Dessa forma de acordo com BRASIL (1997, p.20) o aluno

passa a ser capaz de ‘redescobrir’ o já publicado pela ciência e é capaz de reconhecer a

vivência científica compreendida então como o método científico, um segmento rígido

de etapas preestabelecidas.

Mais adiante, nos anos 80, surge a preocupação de pesquisas ligadas à

investigação das pré-concepções das crianças sobre os fenômenos naturais e suas

ligações com os conceitos científicos. Uma interessante linha de pesquisa próximo aos

conceitos evidentes são os que norteiam as ideias piagentinas, que segundo ele a

inteligência que só é possível identificar através da presença de objetos, não se pode

afirmar que é inteligência propriamente dita. Segundo Piaget (1986, p.23) a inteligência:

Não surge, de modo algum, num dado momento do desenvolvimento mental,

como um mecanismo completamente montado e radicalmente diferente dos

que o precederam. Apresenta, pelo contrário uma continuidade admirável

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com os processos adquiridos ou mesmo inatos respeitantes à associação

habitual e ao reflexo, processos sobre os quais ela se baseia ao mesmo tempo

em que os utiliza.

O autor relata em sua concepção que as crianças e adolescentes se baseiam a

concepções científicas de outros períodos, como é o caso das explicações baseadas no

lamarquiana que admite as mudanças dos caracteres em uma espécie são determinadas

pelo esforço próprio do indivíduo em resposta a pressões do ambiente, sendo passadas à

prole, constituindo o principal fator evolutivo e das concepções baseadas nas

aristotélicas para o deslocamento dos corpos. Além disso, a compreensão didática a

investigação das concepções alternativas e o paradigma de aprendizagem por mudanças

concretas pressupõem que a aprendizagem surge do envolvimento participativo e ativo

do aluno na construção dos conhecimentos prévios.

2.2 UMA ABORDAGEM DIDÁTICA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE

CIÊNCIAS NATURAIS

A ligação teoria e prática têm sido observadas e trabalhadas pelos educadores

como um único sentido, em que a pratica fundamenta a teoria, pois “o desafio que se

apresenta é o de propiciar um ambiente que permita o diálogo entre a teoria e o

experimento, sem estabelecer entre eles uma hierarquia e uma regra de procedência”

(AMARAL; SILVA, 2000, p. 130-140).

Os educadores deploram a falta de condições para trabalharem com a

experimentação em sala de aula, tendo como fator primordial dessa deploração o

número elevado de alunos nas turmas, e a falta de adequação das infraestruturas das

instituições escolares. Com isso, pode-se acrescentar também a falta de compreensão

sobre o real papel da experimentação na aprendizagem dos alunos. De acordo com

Hodson (1994, p.299-313), “o trabalho experimental deve estimular o desenvolvimento

conceitual, fazendo com que os estudantes explorem, elaborem e supervisionem suas

ideias, comparando-as com a ideia científica”, desse modo os alunos poderão ter

atribuições importantes na propagação do desenvolvimento intelectual, pois os mesmos

precisam trabalhar mais a reflexão do que o trabalho prático propriamente dito.

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Em meio aos obstáculos já apontados anteriormente em trabalhar aulas

experimentais em sala de aula, evidencia-se também o modo limitado de flexões com

que os professores preparam seus planos de aula e realiza a rotina do trabalho prático.

São notórios que as atividades experimentais não se asseguram por si só, os

resultados das aplicações desejadas no processo de ensino/aprendizagem. No

entendimento de Giordan (1999, p. 43-49), “a experimentação desperta o interesse entre

alunos de diversos níveis de escolarização”. Para o autor as aulas experimentais deixam

os alunos motivados e os professores afirmam que os mesmos conseguem aprender com

mais facilidade e enfatiza que a explicação dos resultados experimentais sob a

compreensão exclusiva é algo comum, que ocorre como resultado imediato da

realização dos experimentos.

Ressalta-se que, as restrições das atividades práticas diversificadas nas

atividades científicas são preocupantes, sobretudo, pelo modo inadequado e sua

inabilidade para o acesso a aprendizados importantes. Na visão de Santos (2006, p.

223), “as aulas experimentais devem primar pelo desenvolvimento da criatividade em

relação aos resultados obtidos nas práticas, os quais não precisam ser obrigatoriamente,

os esperados”. Tendo o objetivo de buscar a discussão das ideias propostas e assim

favorecer o desenvolvimento da observação, argumentação, e do fenômeno em estudo.

Ainda do ponto de vista de Hodson (1994, p. 299-313) a prática experimental é

“Pensar, raciocinar ou discorrer com sutileza e aplicar”. Os professores podem aplicar

demasiadamente como algo normal, baseado na ideia de que servirão de ajuda para

alcançar os objetivos propostos e aplicá-las sem explorar o potencial dos experimentos e

dos próprios alunos.

Dentro dessa visão nota-se que os objetivos estabelecidos para a aprendizagem

a partir da aplicação de aulas experimentais estão predestinados ao fracasso, caso o

professor incorpore as atividades práticas baseadas exclusivamente na técnica, ou seja,

tecnicista, dentro do ensino de ciências. A compreensão das atividades práticas

experimentais, como já citadas anteriormente, tem se apoiado na convicção de haver

uma ordem científica que utilize um grupo de pessoas conseguintes característicos e

possa permite a comprovação do conhecimento, nesse sentido apoiando-se em Barberá e

Valdéz (1996, p. 365), é provável afirmar que:

O conhecimento de procedimentos é, ainda, considerado como aspecto

fundamental das atividades experimentais, em muitos estabelecimentos

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escolares, em detrimento da reflexão e do conhecimento de conceitos que

a experimentação pode favorecer. Os alunos aprendem, muitas vezes, a

manipular equipamentos, fazer medidas e observações, mas restam

lacunas sobre conceitos importantes que deveriam ser elaborados.

Nesse sentido, as atividades onde o aluno se reprime só na manipulação de

materiais ou na observação, certamente não conseguirão demonstrar o caráter cognitivo,

ou seja, aqueles que participam pouco na elaboração das hipóteses, na opinião das

ideias, na análise das variáveis, entre outras. Geralmente essas atividades experimentais

apresentam uma estrutura definida e estruturada e com isso passa a dificultar a

participação do aluno. Pode-se dizer que as aulas práticas podem ter um grande poder

de desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos, se for conduzida de forma

favorável ao seu entendimento e o seu pensamento lógico, podendo dessa forma levá-

los a uma aprendizagem significativa e alcançarem resultados satisfatórios de suas

habilidades.

2.3 A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA ATRAVÉS DA ANÁLISE POR MEIO DA TEORIA E

DA PRÁTICA

A finalidade do ensino experimental está ligada com o conhecimento da

necessidade de assumir, pelo professor, uma posição determinada sobre como orientar e

aprender ciências. A postura do educador deve ser segundo Longhini e Nardi (2007) de

um “pesquisador desde o início de sua formação docente”, para que possa ajudar o

aluno na investigação, desenvolvimento e mudanças de sua compreensão sobre

determinados fenômenos que fazem parte das concepções científicas. Os alunos devem

ser instigados para explorarem suas opiniões em determinadas situações, e serem

incentivados a faze reflexões sobre seu próprio potencial através de suas ideias para que

possam explicar os fenômenos e observações levantadas nas aulas experimentais, pois

segundo André (2002, p.19) é sutil em suas palavras ao dizer que “o educador que tem

acesso à pesquisa sobre sua prática tem maiores chances de desenvolver uma

profissionalidade autônoma e responsável”, sendo dessa forma capaz de transmitir de

maneira eficaz as informações adequadas para os alunos.

Sabe-se que diante da experimentação realizada em aulas de ciências, a ajuda

pedagógica e de suma importância para que haja mediações e teoremas que contribuam

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nos processos de interação e que haja dinamismo que caracterize a prática da atividade

experimental. E que essa ajuda, do educador, deve ser explorada a reflexão empírica a

problematização para que o experimento seja tematizado e contextualizado.

Na visão de Mortimer et al. (2000, p.273) alega que “não adianta realizar

atividades práticas em sala de aula se as mesmas não favorecerem o instante da

discussão teórico/prático”. Ocorrendo de modo analógico essa discussão os alunos

passam a transcenderem os seus conhecimentos a nível fenomenológico e os

conhecimentos do dia a dia.

É comum observar a prática de aulas que se detém a determinados

procedimentos experimentais, limitada a roteiros prontos e a discussão puramente

teórica, sem as devidas explicações. O educador deve primeiramente valorizar o modo

de pensar de cada indivíduo, ao invés de construir uma só ideia, e com isso diminuir as

relações entre a teoria e a prática mediante a interação dos mesmos que compõe o

ensino aprendizagem, pois dentro desse entendimento “os conceitos da ciência tornam-

se construções que foram criadas e impostas sobre os fenômenos para interpretá-los e

explicá-los, com grandes esforços intelectuais”. (DRIVER et al, 1999, p. 31-40).

Nesse entendimento o autor Matthews (1994, cap.7) “o uso da prática efetua

uma vasta análise de trabalhos indicando que a maioria deles sobrevaloriza o papel do

aluno na construção de conhecimento, em detrimento de elementos pertencentes ao

mundo físico”, levando em consideração a importância da complexidade da união entre

a teoria e a prática de ensino/aprendizagem ligados a ciências.

Para que os alunos tenham acesso aos sistemas de conhecimento da ciência, o

processo de construção do conhecimento tem que ultrapassar a investigação

empírica pessoal. Quem aprende precisa ter acesso não apenas às

experiências físicas, mas também aos conceitos e modelos da ciência

convencional (DRIVER et. al., 1999 p.31).

Portanto, o desafio encontra-se em orientar os alunos a se aprimorarem dos

modelos propostos pelo autor, reconhecendo que as aplicabilidades do domínio das

ideias sejam aplicadas pelos próprios aprendizes, juntamente com a intervenção do

professor para fornecer explicações dos experimentos como também disponibilizar as

ferramentas necessárias.

É necessário levar em conta que os fenômenos relativos ao Ensino de Ciências

não devem ser limitados ao que pode ser elaborado na sala de aula ou no laboratório, e

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sim oferecer negociações de significados do ponto de vista da opinião dos alunos, como

descritos por Machado (1999, p. 200) quando diz que:

As experiências de vida e as eventualidades do mundo social, ao serem

inseridas na sala de aula, facilitam que as linhas como conceitos funcionem

nas relações sociais possam possibilitar experiências aos alunos, e que são

poucas as limitações encontradas dentro das escolas, pois as escolas seguem

os mesmos modelos arquitetônicos.

O pesquisador Lawrence Stenhouse (1995, p. 27) acredita que todo professor

deve assumir seu lado experimentador no seu dia a dia e transformar a sala de aula em

laboratório, ou seja, o professor deve assumir um papel de aprendiz. E que o

profissional da educação deve lançar mão de estratégias variadas até obter as melhores

soluções para garantir a aprendizagem dos alunos. E ainda afirma que condições ideais,

todos seriam capazes de criar o próprio currículo, adequado à realidade e às

necessidades da garotada.

Dessa forma as instituições escolares ao separarem o contexto teórico do prático

cooperam para que o aprendizado dos alunos seja diminuído, juntamente com o

intelecto e a contribuição para a melhoria da qualidade do ensino.

2.4 AS EXPERIMENTAÇÕES DE CUNHO INVESTIGATIVO

A utilização das atividades experimentais, como ponto de partida, para

desenvolver no aluno a assimilação de conceitos, é uma maneira de levá-lo a participar

de sua maneira de aprender. Para Carvalho et al (1995, p.120) “o aluno deve sair de uma

posição passiva e começar a ver e a agir sobre seu objeto de estudo, entrelaçando

relações entre os acontecimentos do experimento”, pois só assim se chega a uma

explicação causal acerca dos resultados de suas ações ou interações.

Desse modo, para que a experimentação aplicada em aulas de Ciências possa

ser considerada uma atividade de investigação cientifica o aluno não deve se limitar a

simples observações ou uma manipulação de objetos, mas sim, reprimir-se a

características de trabalhos científicos. De acordo com a compreensão de Carvalho et

al.(1998, p.200), “a solução de um problema pela experimentação deve abranger

também reflexões, relatos, discussões, ponderações e explicações particulares de uma

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investigação científica”. A experiência de procedimentos e comportamentos torna-se

dentro do método de aprendizagem, tão importante, tal qual a aprendizagem de

conceitos.

Aplicar hipóteses, organizar experiências, realizá-las, apanhar dados,

investigar resultados, isto é, enfrentar trabalhos de laboratório como ‘projetos

de investigação’ beneficiar a motivação dos alunos, fazendo-os assumir

atitudes, tais como interesse, desejo de experimentar algo novo, habituar-se a

duvidar de certas afirmações, a comparar resultados, a obterem mudanças

conceituais, metodológicas e posicionamento (LEWIN; LOMASCÓLO,

1998, p.147).

As atividades experimentais facilitam a intuição de que o conhecimento

científico se realiza por meio de um sistema dinâmico e aberto que convoca o aluno a

compartilhar da construção do seu próprio conhecimento. Dessa forma, Gil e Castro

(1996, p.155) utilizam das seguintes argumentações para descrever algumas

perspectivas importantes de atividades científicas que podem ser conhecidas em uma

atividade experimental de investigação tais como: expor situações problemas; favorecer

a mediação dos alunos sobre a importância e o interesse das condições propostas e

desenvolver análise de cunho qualitativo e significativo que ajude os alunos a

compreenderem e aceitar as propostas planejadas e consequentemente formular

perguntas eficientes sobre o que se investiga. Assim, fica evidente a reflexão sobre a

elaboração de hipóteses como tarefa central da investigação cientifica, sendo esse um

método de sobrepor à abordagem das situações claras às pré-concepções dos alunos.

2.5 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DO MÉTODO

EXPERIMENTAL

Quando o ensino de Ciência é realizado através da investigação significa que

ele se torna inovador e passa então a mudar o foco da dinâmica das aulas ministradas

pelos professores deixando dessa forma de ser uma pura transição de conteúdos

elaborados. E, ao mudar o foco, outras reflexões se fazem necessárias, como por

exemplo, um novo olhar no sentido de agir, e reconsiderar as estratégias metodológicas

utilizadas nas aulas de Ciências Naturais e também, revisar as pressuposições do

trabalho executado. Diante desse exposto, o professor ao tomar para si esse papel, será

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obrigado a acompanhar as discussões, afrontar novas questões, discutir e conduzir o

processo de ensino/aprendizagem do aluno. Na opinião de Schnetzler (1995, p. 30):

O educador precisa saber reconhecer as percepções prévias de seus alunos

sobre o fenômeno ou conceito em estudo. Em função dessas percepções

precisa planejar desenvolver e avaliar atividades e procedimentos de ensino

até que venham promover a evolução conceitual nos alunos em direção às

ideias cientificamente aceita. Enfim, ele deve atuar como professor-

pesquisador.

Assim a experimentação no ensino de Ciências Naturais é de suma importância

durante a realização das aulas, não apenas porque desperta a importância da Ciência nos

alunos, mas sim, por inúmeras outros argumentos de interesse do próprio professor.

Segundo Vasconcelos et al. (2002) “a aproximação com a prática pode ser considerada

não só como ferramenta do ensino de ciências na problematização dos conteúdos

estudados, como também ser utilizada como um fim em si só”, e com isso enfatizando a

necessidade de mudança de atitude com a natureza e seus recursos, possuindo dessa

forma uma relevância disciplinar de profunda significância no âmbito social.

Baseado no entendimento de Kovaliczn (1999) não se deve encarar as

experimentais como uma prática pela prática, de forma utilitarista, mas como uma

prática que transforme de acordo com a realidade, com objetivos bem definidos, ou seja,

a efetivação da práxis. Essas articulações experimentais são importantes, uma vez que

os conteúdos de Ciências encontram-se atrelados a uma ciência experimental, de

afirmação cientifica ligada a pressupostos teóricos, e com isso, a concepção da

utilização de experimentos é difundida com uma enorme estratégia para o ensino.

Além disso, sabe-se que todos os conteúdos de Ciências apresentam uma ideia

de que as aulas práticas, quando se consolidam apenas em mostrar para os alunos

ilustrações ou a comprovação de teorias já estudadas, ficam limitadas e não é favorável

a construção do conhecimento para o aluno. Isso geralmente ocorre quando a maior

parte das aulas em laboratórios é para os alunos manipularem os apetrechos e preparar

soluções e outras. Essas práticas contribuem muito pouco para o conhecimento e o

relacionamento dos mesmos na sociedade. Para Delizoicov e Angotti (1991, p. 22), ao

estudar Ciências Naturais, “as atividades experimentais devem ser garantidas de

maneira a evitar que a relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia”.

Compartilhando desse entendimento os autores Arruda e Laburu (1998 p. 73)

explicam que existe uma grande necessidade de juntar a teoria com a realidade. E assim

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24

tornando a ciência numa troca entre experimento e teoria, onde ambos não existam um

fim a ser alcançado, mas os fatos e os experimentos, adequando à realidade.

As atividades experimentais que exigem do aluno atitudes mecânicas durante o

seu desenvolvimento cognitivo, mostra que o professor oferece objetivos de

competências mecânicas, ao invés de oferecer objetivos que os levem a compreensão

dos fatos reais da Ciência e o desenvolvimento de suas atitudes. Em uma de suas

argumentações o autor Bizzo (2002, p.75) nos conduz ao seguinte entendimento:

Os experimentos, por si só não assegura a aprendizagem, o mesmo não é

suficiente para modificar e transformar a forma de pensar dos alunos, o que

exige um acompanhamento permanente do professor, que deve procurar

quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados

encontrados e propor se necessário, uma nova situação de desafio.

Desse modo, as atividades experimentais que se pretende executar em aulas de

Ciências devem ser desenvolvidas sob a habilidade e orientação do professor, para que

possa oferece condições de testar suas ideias sobre os fenômenos científicos do seu

entorno.

2.6 OS PCNs DE CIÊNCIAS NATURAIS E A EXPERIMENTAÇÃO

Sabe-se que a educação cumpre um papel de transformação dentro da sociedade.

Estudos mostram que um dos renomados autores clássicos, como Freire (1996, p.168)

relata que nas instituições escolares são ensinados valores que os alunos levam para

toda vida. Assim as aulas experimentais na realidade educacional brasileira enfrentam

grandes problemas, seja pela escassez de materiais, estruturas físicas e até mesmo pela

falta de formação continuada de professores, sem contar com a falta de incentivos e

aperfeiçoamentos inovados. Mas não se pode deixar que esses fatores sejam usados

como desculpas para um ensino de Ciências de má qualidade.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) o experimento

usado pelas unidades escolares atualmente são os constituídos por atividades que o

professor acompanha um protocolo, um guia ou até mesmo uma receita, assim explica o

fenômeno consequente do experimento. O professor exibe para os alunos, e os mesmos

observam e seguem os resultados. Mesmo quando o professor demonstra o experimento

o aluno pode ter uma participação essencial, desde que o educador exija o auxílio dos

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alunos e deixe-o manipular os materiais e de suas opiniões sobre os possíveis resultados

do experimento (BRASIL 2001, p. 122).

Os PCNs evidência que a aplicação do experimento em sala de aula torna-se

importante quando os alunos podem preparar os materiais para serem manipulados por

eles, participar da atividade. Assim o educador deve ter uma atenção maior na

realização das atividades, e isso deve ser analisando com os alunos e fazendo com que

eles compreendam o que se pode realizar, dessa forma cumprindo o protocolo do

professor que estará sempre participando passo a passo o experimento (BRASIL, 2001,

p.123).

Neste contexto, os PCNs também relatam os desafios da experimentação

principalmente quando os alunos são os próprios construtores. Portanto a atuação dos

professores se torna maior na situação seguinte, devem ser argumentadas com os alunos

suas qualidades próprias que estão abandonadas, é de suma importância que o professor

dialogue com a sala sobre os elementos que serão de extrema necessidade para cada tipo

de experimento e também como irão atuar testando as hipóteses que foram necessárias,

por fim colhendo e relacionando os resultados (BRASIL, 2001, p. 123).

Os experimentos em sala de aula se tornam mais importantes quando os alunos

estão ativos e participativos na construção e confecção de acordo com seu protocolo. Os

PCNs menciona também que os alunos devem realizar por si só as ações sobre os

materiais e resultados, ordenando e preparando situações problemas para que sejam

preparadas anotações do que foi realizando (BRASIL, 2001, p. 123).

Portanto os PCNs destacam que é comum os alunos apresentarem suas ideias, e

assim os mesmos mudam os experimentos manipulados que são protocolados e que é

necessário incentivar a discussão das mesmas, e poderem colocar em prática, sempre

que for possível, pois adotar essa postura em sala de aula não é perda de tempo em

trabalhos como esse.

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3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

A elaboração dessa pesquisa buscou conhecer dentro do contexto escolar, a

proposta da experimentação problematizadora nas aulas de Ciências Naturais, visando

dessa forma, a valorização da discussão, das trocas de informações, do confronto de

ideias entre os alunos e das concepções dos professores, pois de acordo com Francisco

Júnior et al. (2008, p. 34), “o conhecimento é uma construção social e coletiva, o que

exige do aluno a interação e a reflexão”.

Desse modo, a investigação se classifica como uma pesquisa de natureza

aplicada com uma aproximação real quantitativa e qualitativa, que de acordo com

Martinelli (1994, p. 34) “a abordagem quantitativa quando não exclusiva, serve de

fundamento ao conhecimento produzido pela pesquisa qualitativa”. Com uma

abordagem de cunho explicativo por meio de uma pesquisa participante através de aulas

práticas, questionários pré-teste e pós-teste e entrevistas semi-estruturadas com os

professores que na concepção de Gil (2011), a entrevista como técnica de investigação

do real se caracteriza pelo contato direto entre o pesquisador e o sujeito da pesquisa. O

referido autor ainda ressalta que o uso do questionário é uma técnica de aprimoramento

do real, compostas por questões, com o intuito de obter informações.

3.2 POPULAÇÃO DA PESQUISA

A população pesquisada foram dois professores, que no ato da pesquisa foram

analisados mediante entrevistas semi-estruturadas com o intuito de analisar como os

mesmos estão desenvolvendo as aulas experimentais em sala de aula; os professores

lecionam a disciplina de Ciências Naturais no ensino fundamental II, sendo dois de uma

escola pública e dois de uma escola particular, ambos do sexo feminino, com idade na

faixa etária de 30 a 48 anos, que foram selecionados de forma casual, não possuindo

nenhum grau de proximidade com o pesquisador e cinquenta alunos do 8º ano do ensino

fundamental II, em escolas previamente selecionadas, sendo uma pública e a outra

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particular, por meio da aplicação de aulas práticas e questionários pré e pós-testes com

questões objetivas e subjetivas como processo de adequação do real, para a obtenção de

informações relativas ao tema abordado na pesquisa. Os referidos que participaram da

pesquisa possuíam idades variando entre 14 a 17 anos de ambos os sexos. Os mesmos

foram escolhidos de forma aleatória e pela disponibilidade de participarem da aula

prática e de responderem os questionários.

3.3 AMBIENTES DA PESQUISA

A pesquisa foi elaborada em duas escolas. Na Escola Municipal “Magia do

Saber” (FIGURA 1) na cidade de João Pessoa/PB, situada à Rua Eurídice Felix Cabral

nº S/N, bairro dos Bancários a qual atende atualmente 450 alunos, sendo 164

matriculados no Ensino Fundamental I e 283 no Ensino Fundamental II, nos turnos

manhã e tarde. A mesma conta com 24 professores, 01 diretora, 01 orientadora escolar e

01 supervisora. E no Colégio Particular “Quadrante” (FIGURA 2), também na mesma

cidade, situada à Rua Paulino do Santo Coelho nº 31, bairro cidade universitária.

Atualmente atende 812 alunos, sendo 258 matriculados no Ensino Fundamental I, 314

no Ensino Fundamental II e 240 no Ensino Médio, distribuídos nos turnos manhã e

tarde. A referida escola conta com 60 professores, 02 diretores, 02 orientadores

escolares e 02 supervisores.

Figura 1 e 2 - Escolas “Magia do Saber” e Colégio “Quadrante”

Fonte: Arquivo pessoal

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Ambas possuem o Projeto Político Pedagógico (PPP), que através dos

rudimentos democráticos apontados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) de 1996 que se pode encontrar o aporte legal das instituições escolares

para produção da sua proposta pedagógica, pois é considerado um documento que, por

natureza, reclama elaboração coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar.

Exatamente por ser a tradução formal do projeto pedagógico da escola, não pode

destituir da participação de ninguém em sua formulação.

Por esse motivo, não é documento que se elabore às pressas, mas exige que se

disponha de certo tempo, para admitir que o processo participativo – retardado, quase

sempre – possa acontecer. Tornando-se dessa forma um importante documento de

informações para o funcionamento da escola, nele encontram-se as funções das escolas,

suas atribuições e composição dos segmentos e setores da unidade escolar. (RES.

CEED/RS- 1998 N° 236 – JUSTIFICATIVA. p. 7).

É notório vermos que, a construção do PPP possa surtir efeito não é

obrigatoriamente necessário induzir os gestores escolares e os funcionários a

trabalharem mais, mas sim, dar oportunidades que lhe proporcione aprender a pensar e

modelar um projeto pedagógico sistemático.

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Nessa etapa é importante que o pesquisador tenha entendimento investigativo

para transformar situações imprevisíveis em oportunidades a fim de colher que seja de

suma importância para o estudo. Dessa forma a investigação científica foi executada em

quatro momentos:

1º momento: realizou-se a entrevista individualmente com os docentes de

Ciências Naturais do ensino fundamental (APÊNICE I) das escolas supracitadas.

Ressalta-se que esse método representa uma das principais técnicas de coleta de dados

utilizadas nas análises qualitativas, que para Bogdan e Biklen (1994, p. 134) as

entrevistas têm como objetivo de “recolher dados descritivos na linguagem do próprio

individuo, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a

maneira como os indivíduos decifram aspectos do mundo”, pois tal procedimento

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possibilita e permite uma maior proximidade do entrevistado como o pesquisador,

(FIGURA 3 e 4).

Figura 3 e 4 - Entrevista com os Professores de Ciências Naturais das escolas “Magia

do Saber” e “Quadrante”

2º momento: Nesse momento a pesquisa optou pelo uso do questionário

(APENDICE II) pré-teste para os docentes do ensino fundamental II (8º ano) com

cinquenta alunos das duas escolas já citadas anteriormente (FIGURA 5 e 6). Como

sabemos, o questionário busca respostas em vários aspectos da realidade do aluno. As

perguntas poderão conter segundo Gil (1999, p.132), “conteúdo sobre a realidade,

atitudes, comportamentos, sentimentos, padrões de desempenho, comportamento

presente ou passado”, entre outros.

Figura 5 e 6 - Aplicação dos Questionários Pré-teste para os discentes das escolas

“Magia do Saber” e “Quadrante”.

ZZ

Fonte: Arquivo pessoal

Fonte: Arquivo pessoal

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3º momento: foram aplicadas duas aulas práticas, uma na escola municipal

“Magia do Saber” com o tema central “Sistema Circulatório” (APÊNICE III) e outra

aula em uma escola particular “Quadrante” com o tema central “Esqueleto e Estrutura

Óssea” (APÊNICE IV).

Ambas com objetivos específicos de: medir pulsação e frequência cardíaca e

compará-la; relacionar a circulação ao funcionamento do corpo; reconhecer o

funcionamento da circulação sanguínea através na prática uma atividade física (corrida

de curta distância). Salienta-se que nesse momento os alunos puderam vivenciar a

prática do conteúdo teórico abordado em sala de aula conforme demonstra abaixo,

(Figura 7 e 8).

Figura 7 e 8 - Aulas práticas ministradas nas escolas “Magia do Saber” e “Quadrante”

4º momento: foi aplicado o questionário pós-teste nas escolas pesquisadas

(APÊNICE V), que teve o intuito de contribuir para que os alunos expressassem suas

opiniões e discutissem sobre as aulas experimentais, como também suas aplicações em

aulas de Ciências Naturais, (FIGURA 9 e 10).

Figura 9 e 10 - Aplicações dos Questionários Pós-teste nas escolas “Magia do Saber” e

Colégio “Quadrante”

Fonte: Arquivo pessoal

Fonte: Arquivo pessoal

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Ressalta-se que com a aplicação do pós-teste foram alcançados os dados que

possibilitaram reconhecer o real valor de trabalhar aulas experimentais dentro da prática

pedagógica durante o processo de ensino/aprendizagem.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi realizada uma pesquisa participante, para a coleta de dados de caráter

quantitativo e qualitativo, provindo do método dedutivo por meio de entrevistas semi-

estruturadas com os professores de Ciências Naturais e de questionários pré e pós-testes

de múltipla escolha, com duas turmas do 8º ano do ensino fundamental de uma escola

pública e uma escola particular, ambas na cidade de João Pessoa.

A exibição dos dados ocorreu através de aulas práticas e de gráficos, seguidos

de investigações críticas dos resultados os quais tinham como finalidade de notificar se

a didática aplicada nas escolas estava dentro dos critérios segundo os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs). Os dados foram pesquisados estatisticamente, para a

classificação das frequências relativas, ligados às perguntas introduzidas nos

questionários.

4.1 RESULTADOS E ANÁLISE DA ENTREVISTA COM OS PROFESSORES DE

CIÊNCIAS NATURAIS

Realizou-se a entrevista individualmente com questões semi-estruturas, através

de um modelo de questionário (APENDICE I) igual para ambas, dentro de uma

abordagem linear e com respostas previstas, pois segundo Gil (2006, p. 117) “é a

técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formulam

perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. A

entrevista é, portanto, uma forma de interação social”. Podendo se transformar em uma

simples conversa com um tema especifico onde se pode seguir uma ordem através de

um questionário.

Ao entrevistar a professora A (da escola pública), foi perguntado se ela poderia

conceituar atividade experimental. Sua resposta foi clara e objetiva: “atividades práticas

desenvolvidas a partir dos conceitos teóricos abordados em aulas teórica”. A professora

B (da escola particular) disse que: “como um ato de realizar experimentos com a

intenção de demonstrar como algo funciona, a veracidade ou eficiência de um processo

ou procedimento”.

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Em seguida foi questionado se elas poderiam dizer a diferença entre atividades

experimentais e aulas de laboratórios, ambas responderam que não existia diferença.

Foram questionados com elas, quais seriam os fatores que despertavam mais

interesse para promover atividades experimentais dentro da escola. A professora A

respondeu que seria “a participação de todos na atividade, a manipulação de materiais, a

dinâmica dos experimentos e seus resultados obtidos”. Já a professora B em sua

entrevista disse: “maior facilidade para aprender a teoria vivenciada na prática”.

Perguntou-se também, qual a finalidade de aplicar uma atividade experimental?

A professora A respondeu que era “permitir o aprendizado do aluno de forma mais

dinâmica e participativa”, já a professora B disse que era a de “aplicar na prática as

teorias aplicadas em sala de aula com o intuito de facilitar a aprendizagem”. Na opinião

de Praia et al. (2002 p. 253), “as aulas experimentais, o uso das investigações,

transforma os alunos em indivíduos mais participantes na construção de seus

conhecimentos”, ordenando, dessa forma, um maior esforço mental, pois os alunos

estarão praticando a utilização de conceitos, metodologias experimentais, ou seja,

utilizando uma postura mais próxima das metodologias científicas atuais.

Quando questionadas se as mesmas conseguiriam perceber mudança de

comportamento em seus alunos quando eles estão em sala de aula e quando eles estão

no laboratório. A professora A disse o seguinte: “bem, a escola não possui laboratório,

porém, existem atividades experimentais que podemos realizar em sala de aula e, isso,

torna os alunos mais interessados, curiosos e de certo modo facilita o aprendizado”. A

professora B respondeu que “sim, desperta mais o interesse e absorve melhor os

conhecimentos aplicados nas aulas teóricas”.

Perguntou-se também se as professoras costumam, durante suas aulas, avaliar

as atividades experimentais ou só as teóricas? A professora “A” respondeu que “na

maioria das vezes as aulas teóricas, pois, são as mais aplicadas na escola”. Já a

professora “B” disse que “a avaliação é continua em todas as atividades, tanto nas aulas

teóricas como nas aulas práticas”. Na concepção de Luckesi (2005, p. 4) a avaliação

deve ser, “pontual, diagnóstica, inclusiva, democrática e dialógica”, pois é um

acompanhamento constante em busca de melhores resultados, que são organizados,

aplicados e respondidos de acordo com os objetivos propostos das ações de ensino-

aprendizagem.

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4.2 RESULTADOS E ANÁLISE DAS AULAS PRÁTICAS NAS ESCOLAS MAGIA DO

SABER E QUADRANTE

A aula realizada nas escolas “Magia do Saber” e “Quadrante” foram sobre

Sistema Circulatório e Esqueleto e Estrutura Óssea. Em um primeiro momento e dias

diferentes foram trabalhados através de discussões os conhecimentos prévios dos alunos

quanto ao tema abordado. Após essa etapa foi aplicado o experimento em sala de aula

onde se observou durante a realização do mesma a interação entre aluno, conteúdo e

professor.

Nesta etapa foram propostos conteúdos apropriados às necessidades da

aprendizagem dos alunos e as atividades práticas foram de suma importância e

proveitosas, pois foi possível fazer uma pequena retomada de conhecimentos já

trabalhados em aulas anteriores como ponto estratégico de partida, pela professora

titular. Uma vez que o tempo proposto durante as aulas foi bem organizado para que os

alunos pudessem fazer anotações, exporem suas possíveis dúvidas e analisarem os

problemas quanto ao experimento proposto.

Deste modo, o material exposto para a realização do experimento, como

também a instrução planejada antes e durante, imputou uma responsabilidade maior

para os alunos na medida em que esses materiais de estudo oferecem oportunidades para

que os mesmos se envolvam no processo da capacidade de adquirir ou de absorver

conhecimentos, sendo este, comumente discutido como elemento que facilita a

aquisição de uma forma clara (WILLIAMS, 2001 p. 31).

Com isso, foram obtidos os objetivos propostos de curto prazo dos conteúdos

em questão e as atividades foram entendidas por todos os alunos de forma criativa e

dinâmica. Além disso, as informações obtidas durante o processo de

ensino/aprendizagem foram suficientes para promover o senso crítico dos mesmos, pois

quando o professor é reflexivo, em uma escola também reflexiva, as aulas passam a

serem planejadas dentro de uma proposta pedagógica condizente que criam condições

de reflexão individual e coletiva. Portanto as aulas práticas não podem ficar só nos

planos de aulas, elas tem que serem aplicadas de verdade pelos professores

(ALARCÃO, 2005, p.44).

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35

4.3 RESULTADOS E ANÁLISE DO PRÉ-TESTE COM OS ALUNOS

De acordo com os dados obtidos pela aplicação dos questionários pré-teste

(APENDICE II) nas escolas de João Pessoa-PB, foi constatado que a análise realizada

remeteu-se a uma estatística de perguntas pré-estabelecidas, uma vez que o objetivo era

analisar e avaliar como as atividades experimentais estão sendo desenvolvidas e

explanadas em sala de aula de duas diferentes modalidades de instituição de ensino,

pública e privada, de modo que venha desenvolver o interesse do discente no ensino de

Ciências Naturais.

As respostas analisadas ressaltaram diversas características relevantes no

contexto do questionário pré-teste em foco (APÊNDICE II) proporcionando tanto o

aperfeiçoamento do instrumento de pesquisa como o reconhecimento de diversos fatores

importantes a esta temática.

A primeira questão do pré-teste foi se os alunos gostam da disciplina de

Ciências Naturais e por quê? Como pode ser observada na Figura 11, dos 26

respondentes da escola “Magia do Saber”, 87% disseram que gostavam da disciplina e

13% não gostam. Entretanto, no colégio “Quadrante” observado na Figura 12, dos 24

respondentes da escola “Polígono”, 83% disseram gostar da disciplina e 17% disseram

não gostar da disciplina de Ciências Naturais (FIGURAS 7 e 8).

Figura 11 e 12 - Gostam da disciplina de Ciências Naturais e por quê?

Disciplina

Fonte: autora (2014)

Sim

87%

Não

13%

Escola "Magia do Saber"

Gosta da disciplina de Ciências

Naturais?

Sim

83%

Não

17%

Colégio "Quadrante"

Gosta da disciplina de Ciências

Naturais?

Page 36: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

36

Os alunos que disseram gostarem da disciplina eram por que, na visão destes,

“estuda o corpo humano” e os que disseram não gostam responderam: é porque acham

que as aulas ”não interessantes”. Nota-se um percentual bem satisfatório em ambas as

escolas de alunos que gosta da disciplina de Ciências, pois de acordo com Pierson e

Hosoume (1997, p.86) afirma que a nossa sociedade atual não é apenas tecnológica

pelos aparatos e instrumentos que incorporam o nosso dia-a-dia, mas principalmente,

pela forma através da qual passamos a ver e interpretar as coisas à nossa volta, as

explicações que procuramos dar aos fenômenos a cada momento.

Com relação às dificuldades foi perguntado a eles se sente algum tipo de

dificuldade na disciplina de Ciências Naturais, e quais? Como ilustra as Figuras 13 e 14,

os seguintes resultados foram obtidos: 69% dos alunos da escola “Magia do Saber”

responderam que não sentem dificuldades na disciplina, enquanto 23% responderam

que sentem dificuldades na disciplina.

Ressalta-se que alguns estavam tímidos de falar que não conseguiram entender e

outros disseram que não ligam muito, pois não gostam da disciplina e nem a maneira

como a professora explica. Já, 8% não quiseram responder essa pergunta. No colégio

“Quadrante” 72% dos alunos disse gostar da disciplina e 28% sentem dificuldades

porque não conseguem entender a explicação da professora.

Figura 13 e 14 - Gostam da disciplina de Ciências Naturais e por quê?

Dificuldades na disciplina de Ciências Naturais

Fonte: autora (2014)

Sim

23%

Não

69%

Não

respond

eram

8%

Escola "Magia do Saber"

Você sente dificuldade na disciplina

de Ciências Naturais?

Sim

72%

Não

28%

Colégio "Quadrante"

Você sente dificuldade na disciplina

de Ciências Naturais?

Page 37: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

37

Portanto, nota-se uma linguagem técnica utilizada pelo professor de Ciências e

que dificulta o aprendizado do aluno. E através do uso da mesma o aluno se sente

tímido e constrangido para questionar suas dúvidas, de acordo com as concepções de

Piaget (2001, p.21) a cooperação e a comunicação entre professor/aluno é importante

para que o aluno entenda os conteúdos expostos durante a aula.

Ainda de acordo com os dados acima, observa-se que os alunos apresentam em

suas respostas aspectos que denotam a não compreensão dos conteúdos da disciplina,

apesar de uma porcentagem muito pequena não entenderem, é um pouco preocupante,

como comprovando em uma das respostas transcritas na Figura 15:

Figura 15 - Transcrição de um aluno da escola “Magia do Saber”

Observa-se de acordo com essa opinião que o aluno da escola “Quadrante”

também sente um pouco de dificuldade em alguns assuntos abordados pela professora,

que pode ser observado na Figura 16 abaixo.

Figura 16 - Transcrição de um aluno da escola “Quadrante”

Outro ponto observado também é que uma minoria de discentes não quiseram

responder quais seriam essas dificuldades. Quanto à pergunta, se nas aulas de Ciências

Naturais eles desenvolvem atividades experimentais, as respostas foram as seguintes:

100% dos alunos da escola “Magia do Saber” disseram que não tinham aulas práticas.

Contudo, os alunos do colégio “Quadrante”, 92% responderam que não, e 8 %

responderam que sim (FIGURA 17).

Page 38: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

38

Figura 17 - Nas aulas de Ciências Naturais você desenvolve atividades experimentais

(aulas práticas)?

Observa-se nesse questionamento que o pouco convívio com as práticas

experimentais faz com que os alunos não tenham afinidade com as mesmas, porém o

desejo de conviver com essas práticas ficaram evidentes. Em relação à pergunta sobre o

que eles achavam das aulas práticas quando desenvolvidas em sala de aula, se elas

estimulavam o seu entusiasmo pelo conteúdo abordado e pela disciplina de Ciências

Naturais, e Por que, as respostas foram:

Figura 18 e 19- As atividades experimentais desenvolvidas em sala de aula

estimularam o seu entusiasmo pelo conteúdo abordado e pela disciplina de Ciências Naturais? Por quê?

Desenvolvimento de aulas práticas

As atividades experimentais estimula o entusiasmo pela disciplina

Fonte: autora (2014)

Fonte: autora (2014)

Sim

62%

Não

38%

Escola "Magia do Saber"

As atividades experimentais desenvolvidas em sala de aula

estimularam o seu entusiasmo pelo

conteúdo abordado e pela

disciplina de Ciências Naturais?

Sim

17%

Não

75%

Não

respond

eran

8%

Colégio "Quadrante"

As atividades experimentais desenvolvidas em sala de aula

estimularam o seu entusiasmo pelo

conteúdo abordado e pela

disciplina de Ciências Naturais?

sim

8%

Não

92%

Colégio Quadrante"

Nas aulas de Ciências Naturais você desenvolve atividades

experimentais (aulas práticas)?

Page 39: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

39

Diante das observações comprovou-se que as atividades experimentais é uma

maneira de alterar a realidade do aprendizado do aluno em um contexto próprio.

Existindo o interesse tanto do professor como do aluno, haverá a motivação e o

engajamento para que possa ocorrer uma definição precisa dos termos a serem

trabalhados nas aulas de ciências.

Laburu (2006, p. 382) demonstra que as atividades experimentais podem servir

de poderoso estímulo, impulso e incentivo como componente primordial para despertar

ou manter o interesse dos alunos nos conteúdos de ciências trabalhados. White (1996,

p.761) também discute que essas atividades predispõe o aluno à aprendizagem, atuando

na parte emocional de sua estrutura mental. Dessa forma, podemos dizer que as aulas

experimentais estimulam e direcionam a atenção do aluno para o tema cientifico que

será abordado na sala de aula.

Quando perguntado se eles gostam de atividades práticas, os resultados foram

os seguintes: 88% dos participantes da escola “Magia do Saber” responderam que

gostam de aulas práticas e 12% dizem não gostar de aulas práticas. 83% dos

participantes do colégio “Quadrante” responderam que gostam de atividades

experimentais, 13% não gostam e 4% não responderam essa pergunta.

Figura 20 e 21 - Você gosta de atividades práticas? Por quê?

Atividades práticas

Fonte: autora (2014)

Sim88%

Não12%

Escola "Magia do Saber"

Você gosta de atividades práticas?

Sim83%

Não13%

Não respon

derm

4%

Colégio "Quadrante"

Você gosta de atividades práticas?

Page 40: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

40

Observa-se tanto na Figura 20 como na Figura 21, que o pouco contato que

eles têm com aulas experimentais, faz com que a minoria não respondam ou até mesmo

não gostem de aulas práticas. O professor deve fazer com que os alunos percebam e

adquira a prática experimental de conceitos científicos, explorar também os conceitos

teóricos, favorecer para os mesmos a interação teoria/realidade e para assumissem “uma

capacidade de compreender que a ciência contemporânea não é apenas experimentação,

mas sim, teoria e experiência, realizada e interpretada à luz de teorias” (BUNGE, 1974,

p. 10).

Outro ponto abordado no questionário pré-teste foi o que eles entendiam por

atividade experimental, com relação a essa questão os respondentes emitiram diferentes

respostas espontâneas e poucos responderam. Algumas das respostas podem ser

observadas na Figura 22.

Figura 22 - O que entendem por atividade experimental

Escola “Magia do Saber”

Respostas

Colégio “Quadrante”

Respostas

É abordada a teoria para a prática

Nela é testado nosso aprendizado

Sair do dia a dia É a prática do aprendizado

Momento que você entra em contato com a ciência

Todos juntos para ver como funciona a teoria na prática

Estudar a prática dos conteúdos

Aula mais divertida e interativa para um melhor aprendizado

Observa-se que 6% dos alunos da escola “Magia do Saber” responderam algo

sobre atividade experimental e 46% não souberam ou não quiseram responder o que

Conceito de atividades experimentais

Fonte: autora (2014)

Page 41: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

41

entendiam por atividades experimentais. No colégio “Quadrante” 8% citou algum

conceito sobre atividades práticas e 40% não responderam. Portanto, fica evidente que

86% dos respondentes não conseguiram dizer o que entende por atividades

experimentais.

Na pergunta seguinte foi questionado se na opinião deles, para a realização de

experimentos nas aulas de Ciências Naturais é indispensável à instituição escolar

possuir um laboratório equipado específico, observa-se que 92% dos alunos da escola

“Magia do Saber” responderam que a escola precisa de um laboratório específico para

as aulas de Ciências Naturais, e 4% disseram que não é preciso um laboratório

especifico, enquanto 4% não responderam (FIGURA 19). Por outro lado, 69% dos

alunos do colégio “Quadrante” disseram que é preciso de um laboratório específicos e

31% afirmaram que não, como pode ser observado na Figura 23 e 24.

Figura 23 e 24 - Em sua opinião, para a realização de experimentos nas aulas de Ciências Naturais é indispensável à instituição escolar possuir um laboratório equipado específico?

Sabe-se que não é preciso que as escolas possuam de laboratórios específicos.

O professor pode, em sala de aula, elaborar metodologias de aulas práticas e realizá-las.

É indispensável à instituição escolar possuir um laboratório equipado específico

Fonte: autora (2014)

Sim69%

Não31%

Colégio "Quadrante"

Em sua opinião, para a realização de experimentos nas aulas de

Ciências Naturais é indispensável

à instituição escolar possuir um

laboratório equipado específico?

Sim92%

Não4%

Não respon

deram

4%

Escola "Magia do Saber"

Em sua opinião, para a realização de experimentos nas

aulas de Ciências Naturais é

indispensável à instituição

escolar possuir um laboratório equipado específico?

Page 42: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

42

Mas, para que ocorra a aprendizagem significativa é preciso à contextualização e a

problematização das situações discutidas em sala de aula, pois é essencial para que todo

o trabalho desenvolvido com os alunos não tenha um caráter apenas ilustrativo, e cabe

ao professor orientar e direcionar o aluno na execução dos experimentos. Para Ausubel

(1963, p. 58), a aprendizagem significativa é o mecanismo da percepção humana, por

excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias e informações

representadas em qualquer campo de conhecimento.

A questão seguinte procurou relatar se a função da experimentação é facilitar a

compreensão do conteúdo abordado despertando os discentes para a curiosidade e

interesse pelo estudo, ou seja, adaptar a teoria à realidade. Como respostas 88% dos

alunos da escola “Magia do Saber” afirmou que sim, 8% disseram que não e 4% não

quiseram responder. Todavia, 69% dos respondentes do colégio “Quadrante” disseram

que sim e 31% disseram que não, Figuras 25 e 26.

Figuras 25 e 26 - A função da experimentação é facilitar a compreensão do

conteúdo abordado despertando os discentes para a curiosidade e interesse pelo estudo.

Observa-se que a maioria dos alunos entende que a função da experimentação é

facilitar a compreensão do conteúdo, pois segundo o Weels apud Galiazzi e Perez

A função da experimentação é facilitar a compreensão do conteúdo estudado

Fonte: autora (2014)

69%

31%

Colégio "Quadrante"

A função da experimentação é facilitar a compreensão do

conteúdo abordado despertando

os discentes para a curiosidade e

interesse pelo estudo.

Sim

Não

Sim

88%

Não

4%

Não

respond

eram

8%

Escola "Magia do Saber"

A função da experimentação é facilitar a compreensão do

conteúdo abordado despertando

os discentes para a curiosidade e

interesse pelo estudo.

Page 43: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

43

(1999, p. 326), a experimentação deve ser introduzida dentro da sala de aula com o

objetivo de levar o aluno à reflexão entre prática e teoria, pois é importante salientar que

a explicação do conhecimento não se restringe somente ao início da atividade

experimental, ocorrem-nos diferentes momentos em sala de aula, o que exige atenção

permanente do professor (LIMA e MARCONDES 2005, p.1).

É essencial entender que as atividades experimentais além de sua função ela

deve também ser fundamentada não só na observação, mas na teoria, na mediação do

sujeito, nas questões sociais e culturais com a finalidade de mostrar o desenvolvimento

do aluno mediante a problematização das observações em aulas práticas e o diálogo.

4.4 RESULTADOS E ANÁLISE DO PÓS-TESTE COM OS ALUNOS

Com relação à primeira questão do questionário (FIGURA 27 e 28) do pós-

teste da escola “Magia do Saber”, (APÊNDICE V) foi perguntado aos alunos se gostam

de aula prática, as respostas foram as seguintes: o percentual de 80%, afirmaram gostar

das aulas práticas e 20% não gostam. No colégio “Quadrante” 96% dos respondentes

disse gostar de aulas práticas e 4% disseram não gostarem.

Figuras 27 e 28 – Vocês gostam de aulas práticas?

Gostam de aulas praticas?

Fonte: autora (2014)

Sim

80%

Não

20%

Escola "Magia do Saber"

Vocês gostam de aulas práticas?

Sim

96%

Não

4%

Escola "Quadrante"

Vocês gostam de aulas práticas?

Page 44: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

44

Observa-se nesse questionamento que mesmo não tendo muito aulas práticas,

os alunos gostam. Nota-se, portanto, a falta da prática docente, pois segundo Cruz

(2005, p. 192), ao falarmos da prática docente se está “exigindo que falemos de sujeitos

que possuem um ofício, o saber de uma arte, a arte de ensinar, e que produzem e

utilizam saberes próprios do seu oficio no seu trabalho cotidiano nas escolas”.

Em outra questão objetiva do questionário, expostos nas Figuras 29 e 30, foram

abordados se as aulas práticas ajudam a aprimorar os conhecimentos dos mesmos.

Como resultado obtido, 80% dos respondentes da escola “Magia do Saber” disseram

que sim, 20% afirmaram que não. Por outro lado, dos discentes do colégio “Quadrante”,

96% responderam que sim e 4% que não.

Figura 29 e 30 – Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus

conhecimentos?

Ainda dentro da análise da questão, observa-se um número grande de aceitação

das aulas práticas no aprimoramento do conhecimento, possibilitando dessa forma a

suposição de que os demais não compreendem o real valor de aulas experimentais.

Ficou ressaltado que os alunos em alguns momentos demonstraram evidências de que

nas aulas experimentais a resolução e explicações dos conteúdos são mais bem

detalhadas, facilitando o entendimento e a compreensão dos temas abordados.

As aulas práticas aprimoram o conhecimento

Fonte: autora (2014)

Sim

80%

Não

20%

Escola "Magia do Saber"

Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus

conhecimantos?

Sim

96%

Não

4%

Colégio "Quadrante"

Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus

conhecimentos?

Page 45: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

45

Em outra pergunta foi questionado com os alunos, quais conteúdos de Ciências

Naturais, você acreditaria que aprenderia melhor através de uma aula

experimental?(FIGURAS 31 e 32). Os resultados revelaram que, 28% dos respondentes

da escola “Magia do Saber” disseram ser “mistura de gases”, 24% responderam que

seria o “estudo do corpo humano”, 20% não responderam, 12% disseram que seria

“todos os conteúdos”, 8% responderam que aprenderiam melhor através de aulas

práticas o conteúdo “água” e 8% disseram que seria o estudo dos “planetas”.

Figuras 31 e 32- Quais os conteúdos de Ciências Naturais, você acredita que

aprenderia melhor através de uma aula prática?

Nesse questionamento observa-se que os alunos mostram uma variedade de

opções de conteúdos estabelecidos para ser trabalhado em sala de aula. Cabe ao

professor, usar metodologias adequadas para diversificar e dar qualidade as aulas de

ciências e não ficar atrelados a métodos tradicionais, mas sim, alcançar através das aulas

práticas uma aprendizagem significativa e com objetivos que possam explanar ideias e

concepções desenvolvidas nas aulas teóricas, pois os alunos podem ‘ver na prática’ o

que acontece na teoria, ou aprender a utilizar algum instrumento ou técnica de

laboratório específica, (BORGES 1997, p. 3).

Aprendendo melhor através de aulas práticas

Fonte: autora (2014)

8%

24%

28%

8%

12%

20%

Escola "Magia do Saber"

Quais os conteúdos de Ciências Naturais, voce acredita que

aprenderia melhor através de

uma aula prática?

Água

Corpo humano

Mistura de gases

O Planeta

Todos os

conteúdosNão

responderam

71%

16%

6%7%

Colégio "Quadrante"

Quai os conteúdos d Ciências Naturais voce acredita que

aprenderia melhor através de

aulas práticas?

Corpo

humano

As plantas

Os animais

Todos

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46

No mesmo questionamento, 71% dos respondentes do colégio “Quadrante”

responderam que aprenderiam melhor através de aulas práticas o conteúdo “corpo

humano”, 16% dos respondentes disseram “as plantas”, 7% seria todos os conteúdos, e

6% seria o tema “os animais”. Observa-se que esses resultados tornam mais sólidos a

necessidade de se trabalhar em sala de aula com metodologias inovadoras. Sabe-se que

o ensino de ciências se torna mais reforçado quando o aluno passa a ser um sujeito

constituído por seu grupo social, que deve lidar com diferentes conhecimentos,

interpretando-os a partir de suas ideias e valores (OLIVEIRA 1997, p.37).

Sabemos que para ser aplicados conteúdos de ciências através de aulas práticas

não é preciso que os docentes vinculem o ensino com práticas com a existência de salas

adequadas, materiais específicos e instalações apropriadas, que na maioria das vezes

não estão disponibilizadas nas escolas públicas.

Quando perguntado aos alunos da escola “Magia do Saber”, de acordo com o

conteúdo abordado durante a aula prática em sala de aula (APÊNDICE III), se os

mesmos observaram se existiram mudanças nos batimentos cardíacos de uma pessoa em

repouso e após uma atividade física, e o porquê dessa mudança. 92% dos respondentes

disseram que sim, 8% disseram que não.

Figura 33 - Na aula prática sobre sistema circulatório, você observou se existiram

mudanças nos batimentos cardíacos de uma pessoa em repouso e após uma atividade física? Por

quê?

As aulas práticas sobre sistema Circulatório

Fonte: autora (2014)

Sim

92%

Não

8%

Escola "Magia do Saber"

Na aula prática sobre sistema circulatatório, você observou se

existiu mudanças nos batimentos

cardiaços de uma pessoa em repouso

e após uma atividade física? Por que?

Page 47: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

47

No colégio “Quadrante” foi perguntado aos alunos, de acordo com o conteúdo

da aula prática (APÊNDICE IV), se os mesmos após o experimento conseguiram

compreender a importância do cálcio na estrutura óssea de um determinado corpo. Para

esta questão, de acordo com a Figura 31, foi obtido o seguinte resultado: 99%

responderam que ficou mais fácil a compreensão do conteúdo abordado na prática, 1%

disse que não.

Figura 34 - Após o experimento vocês conseguiram compreender a importância do

cálcio na estrutura óssea de um determinado corpo?

Observa-se que a maioria dos pesquisados apontam que há um esclarecimento de

dúvidas, ou seja, nas aulas experimentais ocorre um segmento dialogal maior do que em

aulas teóricas, deixando evidente que as aulas se tornam mais dinâmicas, interessantes e

ajudam a entender melhor a matéria em estudo.

Observou-se que durante a aula experimental a comunicação dos alunos foi de

suma importância para esclarecer suas dúvidas e que neste sentido houve trocas de

ideias. Na explicação de Krasilchik (2000, p.5), as aulas práticas são motivadoras da

aprendizagem, e podem levar os alunos ao desenvolvimento de habilidades técnicas e

principalmente auxiliando a fixação, o conhecimento sobre os fenômenos e fatos.

As aulas práticas sobre esqueleto e estrutura óssea

Fonte: autora (2014)

Sim99%

Não1%

Colégio "Quadrante"

Após o experimento vocês conseguiram compreender a

importância do cálcio na estrutura

óssea de um determinado corpo?

Page 48: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

48

O que se observa, a partir dessa afirmação do autor, é que se deve existir uma

mudança no modo de transmissão de conteúdo, ressaltando uma nova postura do

professor, pois ficou evidente que aulas práticas tornam mais fácil o

ensino/aprendizagem.

Page 49: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

49

5 CONCLUSÕES

Diante desta pesquisa foi possível verificar que as professoras entrevistadas

tinham uma visão contextual da experimentação em sala de aula, e isso é visto como

fator positivo, pois significa que os mesmos não estão pensando de um modo fechado,

tradicional, mas, também não tem a prática da utilização, acreditando que reproduzir

experimentos ou aplicar aulas práticas possa resolver os problemas do

ensino/aprendizagem de Ciências.

Os docentes concordam com as transcendências da realidade das aulas, deixando

evidente que realizam sempre que podem. Porém, sabe-se que é necessário delimitar

que tipo de experimento se encaixa no ensino, e com isso, estudar, deliberar as

diferentes práticas experimentais, e como elas devem ser aplicadas com precisão nos

conceitos teóricos em sala de aula.

Assim, observou-se que existe uma necessidade de uma formação continuada

que leve o professor a refletir sobre a aplicação da experimentação em sala de aula, pois

se percebe na análise da entrevista que os mesmos usam essa prática quando podem e

tem conceitos simplismos sobre aulas práticas, deixando o aluno confuso e desmotivado

por não terem o hábito de unir a teoria com a prática.

Dessa forma é importante repensar a formação dos futuros profissionais da

educação, e promover estratégias de formação continuada para que os alunos não sintam

certas dificuldades no aprendizado, pois se observou que na opinião dos alunos a

experimentação amplia o aprendizado e torna as aulas mais prazerosas e dinâmicas,

quando o docente relaciona a teoria com a prática, contudo para que isso possa ocorrer,

em sala de aula, esta prática fica desenvolvida e aplicada de forma correta.

A aplicação de aulas práticas é de extrema importância para a construção do

conhecimento científico dos alunos, e por isso é que se torna importante para o ensino

de Ciências Naturais. Uma vez que a partir dos resultados obtidos, ficou evidenciado

que a maioria dos discentes gosta da disciplina de ciências e quando os professores

utilizam em suas aulas experimentos em sala de aula, eles se interessam e ficam

estimulados para estudarem os temas científicos abordados.

Constatou-se que 80% dos alunos da escola “Magia do Saber” e 96% dos

alunos do colégio “Quadrante” disseram que as aulas práticas ajudam a aprimorar os

conhecimentos possibilitando dessa forma a suposição das dificuldades de elaborarem

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conceitos. Ficando claro que os alunos em alguns momentos demonstraram evidências

de que nas aulas experimentais a resolução e explicações dos conteúdos são mais bem

detalhadas, facilitando o entendimento e a compreensão dos temas abordados.

Page 51: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

51

REFLEXÕES

Durante o período que realizei as pesquisas nas escolas, encontrei algumas

dificuldades, tanto por parte dos gestores, como também dos professores. Muitas das

escolas que procurei aplicar as pesquisas, não aceitaram que a mesma fosse realizada,

creio, que com receio do que iria encontrar. De fato, depois de uma longa jornada a

procura das escolas nas quais pudesse aplicar a pesquisa científica, enfim, encontrei-as.

Achei melhor começar aplicando uma entrevista com os professores, para

sondar o como eles trabalhavam e de que forma. Foi decepcionante para minha futura

carreia que desejo almejar. As mesmas não tinham o hábito de aplicar aulas práticas, por

alegarem não terem tempo de prepara-las, já estavam se sentindo cansadas por atuarem

o bastante tempo nas escolas.

Percebi por alguns instantes que elas ainda estão atreladas ao método

tradicional, até mesmo na escola particular, onde eu acharia que séria um pouco

diferente. O que observei é que os professores não estão dispostos a inovar suas aulas,

seja por falta de habilidades, seja por puro comodismo. Ao concluir a pesquisa percebi

que de fato, as maiorias dos alunos nunca tiveram uma aula prática experimental.

Em ambas as escolas foram aplicadas questionários pré-teste e pós-teste, nos

quais observei que a realidade é bem próxima uma da outra, em relação às aulas

experimentais, quanto à escola da rede pública, quanto a da rede privada de ensino não

tem o hábito de inserir aulas experimentais com seus alunos.

O assunto trabalhado pela professora regente da escola pública “Magia do

saber” (nome fictício) foi sobre o Sistema Circulatório. Sendo assim preparei um

experimento para a turma relacionado com o tema abordado em sala. Já na escola da

rede privada de ensino, ”Quadrante” (nome fictício) o assunto trabalhado pela

professora regente foi sobre, Esqueleto e Estrutura Óssea. Assim, foi pude desenvolver

em sala os experimentos sobre a temática apresentada em sala.

A meu ver, o professor deve ser entendido como um agente de educação

integral, cujas habilidades, conhecimentos e atitudes em relação ao aluno são o centro

da eficácia do processo educativo. Ainda tentei mostrar para esses professores de

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52

Ciências que estamos diante de uma sociedade que apresenta um processo acelerado de

mudanças, onde a escola deve educar para tornar seus educandos cidadãos criativos,

participativos, críticos e atuantes.

Observei também, mesmo não tendo muito acesso que, nem sempre a gestão da

escola tem uma prática que venha ao encontro dessa realidade de participação e não

cobram muito dos professores para que eles tenham uma postura renovada capazes de

levar o novo, o diferente para melhorar o aprendizado do aluno, pois diante desses fatos

sabemos que o professor deve promover um trabalho coletivo e delegar funções que

tenha envolvimento onde todos tenham uma postura voltada para a motivação.

O professor deve assumir uma postura renovada, coisas que não consegui ver

nas escolas, pois segundo Paulo Freire (2007, p.11), os mesmos devem estar

“convencidos de que os educadores libertadores não são missionários, não são técnicos,

não são meros professores. Têm de se tornar, cada vez mais, militantes”. Devem ser

militantes no sentido político dessa palavra. Algo mais que um ativista. Um militante é

um ativista crítico.

Sabe-se que esse método renovado de ensino tem-se uma aproximação do

mundo real, ou seja, contexto, cotidiano e teoria, que dessa forma possam ser analisados

os fenômenos, integrando e interagindo para os alunos consigam entender conceitos.

Não se pode deixar de frisar muitos fatores que impedem sim no desenvolvimento da

Educação Científica nas unidades escolares, como por exemplo, a falta de materiais, a

falta de estruturas adequadas, os salários e a carga horária inadequada, e tudo isso

requer políticas públicas para um maior incentivo na educação científica para que possa

ser desenvolvida.

Assim, durante o período da pesquisa refleti sobre a minha futura profissão e

aprendi que devemos introduzir a teoria do pensar dialética a prática, apontando

caminhos para um melhor aproveitamento e oferecer aos alunos sugestões e propostas

que possam melhorar cada dia sua aprendizagem para que durante a sua trajetória

estudantil eles possam elaborar conceitos e vivenciá- los.

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53

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APÊNDICES

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APÊNDICE I

ENTREVISTA COM OS DOCENTES DE CIÊNCIAS NATURAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL II (8ª ANO)

PERGUNTAS

1. Como você conceituaria atividade experimental?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2. Pra você existe diferença ente atividades experimentais (aulas práticas) e aulas

didáticas no laboratório?

Sim ( ) Não ( )

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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3. Quais os fatores que despertaram mais interesse para promover atividades

experimentais?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

4. Qual a finalidade de uma atividade experimental?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5. Você consegue perceber mudança de comportamento em seus alunos quando eles

estão em sala de aula e quando eles estão no laboratório?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

6. Você costuma durante suas aulas, avaliar as atividades experimentais ou só as aulas

teóricas?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

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APÊNDICE II

QUESTIONÁRIO PRÉ-TESTE PARA OS DISCENTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL II (8º ANO)

Escola _________________________________________________________

Aluno (a) ______________________________________________________

QUESTÕES

1. Você gosta da disciplina de Ciências Naturais?

( ) Sim ( ) Não

2. Você sente dificuldades na disciplina de Ciências naturais?

( ) Sim ( ) Não

3. Nas aulas de Ciências Naturais você desenvolve atividades experimentais (aulas

práticas)?

( ) Sim ( ) Não

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4. As atividades experimentais desenvolvidas em sala de aula estimulam o seu

entusiasmo pelo conteúdo abordado e pela disciplina de Ciências Naturais?

( ) Sim ( ) Não

5. Você gosta de atividades experimentais?

( ) Sim ( ) Não

6. O que você entende por atividade experimental?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

7. Em sua opinião para a realização de experimentos nas aulas de Ciências naturais é

indispensável à instituição escolar possuir um laboratório equipado especifico?

( ) Sim ( ) Não

8. A função da experimentação é facilitar a compreensão do conteúdo abordado,

despertando os discentes para a curiosidade e interesse pelo estudo, ou seja, adaptar a

teoria a realidade?

( ) Sim ( ) Não

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APÊNDICE III

PLANO DE AULA DA ESCOLA “MAGIA DO SABER”

INSTITUIÇÃO: Escola Municipal de Ensino Fundamental I e II “Magia do Saber”.

PROFESSOR REGENTE: Maria Marinalva de Alexandria Virgulino

PESQUISADORA: Marlene Eneas da Silva Falcão

SÉRIE: 8º ano do Ensino Fundamental II

DISCIPLINA: Ciências Naturais

Nº de aula: 01 Data 07/09/2014 Carga horária: 01 aula de 50 minutos.

Tema central: Sistema Circulatório

Objetivos:

Medir pulsação e frequência cardíaca e compará-la;

Relacionar a circulação ao funcionamento do corpo;

Reconhecer o funcionamento da circulação sanguínea através da prática uma

atividade física (corrida de curta distância).

Conteúdo a ser trabalhado: Entendendo a Circulação Sanguínea

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Comentário introdutivo

O coração e os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou

circulatório humano. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de

nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também

transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.

O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o

sangue para todo o corpo, sem parar; localizam-se no interior da cavidade torácica, entre

os dois pulmões. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e

para frente. O peso médio do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o

tamanho e o sexo da pessoa.

A circulação do sangue é contínua, passando duas vezes pelo coração (circulação dupla)

antes de fazer um ciclo completo. Pode-se dividir em:

Circulação pulmonar - É a circulação no qual o sangue que sai do coração e está rico em

gás carbônico é levado até o pulmão, onde é oxigenado e retorna ao coração.

Circulação sistêmica - É o tipo de circulação na qual o sangue oxigenado sai do coração

em direção ao corpo, irriga os tecidos onde ocorrem as trocas gasosas e ele volta para o

coração rico em gás carbônico.

Circulação pelo coração - O sangue rico em gás carbônico do corpo chega ao coração

pelas veias cava superior e inferior, entrando no átrio direito, que se contrai e envia o

sangue para o ventrículo direito, que também se contrai, bombeando este sangue para o

pulmão através da artéria pulmonar até a rede de capilares do pulmão onde ocorrerá a

troca gasosa. O pulmão recebe o gás carbônico e fornece oxigênio ao sangue, que retorna

ao coração pelas veias pulmonares, que entram no átrio esquerdo. O átrio esquerdo

bombeia o sangue para o ventrículo esquerdo, que bombeia este sangue rico em oxigênio

pela artéria aorta para o corpo, onde vai chegar ate uma rede de capilares que irrigam os

tecidos, onde o oxigênio é fornecido ás células e recebe gás carbônico, retornando ao

coração pelas veias cavas.

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Estratégias/explicações didáticas:

Para medir a pulsação (chamada também de pulso), de um aluno posicionam-se o

dedo indicador médio, durante 1 minuto, quantas vezes a artéria que está abaixo

desses dois dedos pulsa. Desta forma, mede-se a pulsação do aluno “A” em repouso

e anota quantos batimentos por minuto e em seguida após este aluno correr e voltar

a seu ponto de partida repete-se o procedimento de medição, para comparar a

diferença, ou seja, o antes e o depois da corrida.

Solicite aos alunos que registre no caderno, de acordo com o modelo abaixo:

Batimentos

Cardíacos por

minuto (bpm)

Batimentos

cardíacos

(antes da

corrida)

Batimentos

cardíacos (depois

da corrida)

Aluno A 67 85

Aluno B 75 98

Aluno C 78 105

Aluno D 81 112

Aluno E 65 90

Aluno F 81 115

Aluno G 63 88

Aluno H 72 94

Aluno I 86 119

Aluno J 69 98

Aluno K 81 111

Aluno L 70 96

Repetir o mesmo procedimento com todos os grupos.

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Avaliação:

Observar, analisar e registrar o posicionamento crítico dos alunos durante a

realização das discussões e da aula prática.

Verificar a aprendizagem dos alunos quanto dos conceitos do tema abordado

durante a aula prática;

Observar a organização dos grupos durante a execução da atividade prática a partir

dos objetivos comportamentais e procedimentais já evidenciados.

Referências:

CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais.Aprendendo com o Cotidiano. Circulação.

8º ano. Editora Moderna 3ª Edição. Vol. 04. São Paulo. Ano 2009. Páginas 73-75

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APÊNDICE IV

PLANO DE AULA DO COLÉGIO “QUADRANTE”

INSTITUIÇÃO: Colégio “Quadrante”

PROFESSOR REGENTE: Rita de Cássia N. Nunes

PESQUISADORA: Marlene Eneas da Silva Falcão

SÉRIE: 8º ano do Ensino Fundamental II

DISCIPLINA: Ciências Naturais

Nº de aula: 01 Data 14/09/2014 Carga horária: 01 aula de 50 minutos.

Tema central: Esqueleto e Estrutura Óssea

Objetivos:

Mostrar a importância do cálcio na estrutura óssea;

Classificar os ossos quanto ao seu tamanho e formato;

Diferenciar os ossos curtos, longos e chatos do esqueleto humano.

Conteúdo a ser trabalhado: Esqueleto e Estrutura óssea

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Comentário introdutivo

O esqueleto humano é formado por peças ósseas e cartilaginosas que se articulam, formando um

sistema de alavancas movimentadas pelos músculos. O corpo humano possui mais ou menos 206

ossos. Os ossos onde se fixam os músculos, portanto, eles dão pontos de apoio á musculatura e,

além disso, a estrutura óssea protege os órgãos internos, como o Crânio e a caixa torácica, que

envolvem o sistema nervoso central, pulmões, e coração respectivamente.

Os ossos são constituídos por dois tipos de compostos: os de natureza mineral e os de natureza

orgânica. Os compostos minerais, como os sais de cálcio, conferem dureza aos ossos; e os com

postos orgânicos, como a osseína, lhes dão maleabilidade. Essa maleabilidade faz com que o osso,

apesar de rígido, suporte quedas sem se quebrar, diferente do que acontece com um pedaço de giz,

que ao cair no chão se quebra em pedaços. O cálcio Ed um elemento fundamental para a formação

do esqueleto. É recomendável ingerir 1 grama, ou seja, 1000mg de cálcio diariamente. Um litro de

leite tem 1000mg desse mineral.

A classificação dos ossos pode ser feita de acordo com o seu tamanho e formato, ou seja, em longos

(tíbia, fíbula, úmero, rádio, ulna), os curtos (ossos do carpo) e chatos (ossos do crânio, esterno e

escapulo).

Estratégias/explicações didáticas:

Para realização do experimento será necessário dos seguintes que os alunos estejam munidos de:

•1 osso de galinha (coxa);

•1 lamparina;

•Fósforo;

•1 Pegador de cabo longo;

•Papel toalha.

Procedimento:

Colocar o osso com o pegador de cabo longo sobre a chama da lamparina, durante alguns minutos,

deixar esfriar e observar o aspecto do osso e quebra-lo. Observa-se que o osso que foi queimado

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causou uma descalcificação diminuindo, assim, a sua rigidez.

Avaliação:

Observar, analisar e registrar o posicionamento crítico dos alunos durante a realização das

discussões e da aula prática.

Verificar a aprendizagem dos alunos quanto dos conceitos do tema abordado durante a aula

prática;

Observar a organização dos grupos durante a execução da atividade prática a partir dos

objetivos comportamentais e procedimentais já evidenciados.

Referências:

SAE, Sistema de Apoio ao Ensino. Esqueleto e Estrutura Óssea. Ensino Fundamental II. 8º Ano. 3ª Edição. Curitiba. Ano, 2014. Páginas 02-18.

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APÊNDICE V

QUESTIONÁRIO PÓS-TESTE PARA OS DISCENTES DA ESCOLA “MAGIA DO

SABER” DO ENSINO FUNDAMENTAL (8º ANO)

Nome do Aluno (a) ________________________________________

Nome da Escola ___________________________________________

QUESTÕES

1. Vocês gostam de aulas práticas?

Sim ( )Não ( )

2. Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus conhecimentos?

Sim ( ) Não ( )

3. Quais os conteúdos de Ciências Naturais, você acredita que aprenderia melhor

através de uma aula prática?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Page 71: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4. Na aula prática sobre sistema circulatório, você observou se existiram mudanças nos

batimentos cardíacos de uma pessoa em repouso e após uma atividade física?

Sim ( )Não ( )

Page 72: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL DE CIÊNCIAS NATURAIS MEDIANTE PERCEPÇÕES DOS DOCENTES E DISCENTES

APÊNDICE VI

QUESTIONÁRIO PÓS-TESTE PARA OS DISCENTES DO COLÉGIO

“QUADRANTE” DO ENSINO FUNDAMENTAL (8º ANO)

Nome do Aluno (a) ________________________________________

Nome da Escola ___________________________________________

QUESTÕES

1. Vocês gostam de aulas práticas?

Sim ( )Não ( )

2. Em sua opinião as aulas práticas ajudam a aprimorar seus conhecimentos?

Sim ( ) Não ( )

3. Quais os conteúdos de Ciências Naturais, você acredita que aprenderia melhor

através de uma aula prática?

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4. Após o experimento vocês conseguiram compreender a importância do cálcio na

estrutura óssea de um determinado corpo?

Sim ( )Não ( )