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Ano Letivo de 2013-2014 Economia C Elementos do Grupo: Docente: A mundialização económica

A globalização e a regionalização económica do mundo andré torres e renata ribeiro

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Ano Letivo de 2013-2014

Economia C

Elementos do Grupo:

Docente:

A mundialização económica

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Introdução

Neste trabalho da disciplina de Economia C, foi-nos proposto o

desenvolvimento de um trabalho no qual abordássemos a temática

relacionada com a “Globalização e a Regionalização Económica do

Mundo”.

Ao longo do trabalho o grupo pretende, enumerar as diferentes

vertentes da mundialização, o processo de evolução da mundialização

em curso, os diferentes fatores e tipos de globalização e por último

explicar a diferença existente entre os conceitos de mundialização e

globalização, que por vezes é confundido.

O trabalho está dividido em 3 partes, sendo que na primeira parte

iremos abordar toda a temática relacionada com a mundialização, na

segunda parte optamos por aprofundar a globalização e numa terceira

parte que se encontra inserida na 2.ª parte iremos abordar os tipos de

globalização existentes.

Para realizarmos este trabalho o grupo usou como principais

fontes o livro adotado, Economia C 12.ºANO, e o acesso a fontes de

Internet.

Para concluir, ao realizar o trabalho o grupo espera não só

alcançar os objetivos pré-definidos, como também os requisitos da

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professora e obter uma pesquisa sólida e sustentável de conhecimento

acerca do tema em estudo.

Índice

Introdução ............................................................................................................................................... 2

Índice ........................................................................................................................................................ 3

Parte I - Mundialização ....................................................................................................................... 4

Noção e Evolução ........................................................................................................................ 5

Parte II –

Globalização…………………………………………………………………………….…………...8

Noção…………………………………………….………………..…………………………………………8

Fatores………………………………….……………………………..…………………………………….9

Tipos

Transnacionalização da produção……..………………………….………..………..………13

Globalização Financeira….………………………………………….…………………………….15

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Globalização Cultural…………….……………………………………….…………………….….17

Conclusão…………………………………………………………………………………………………………..1

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Bibliografia…………………………………………………………………………………………………………

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Netografi.a…………………………………………………………………………………………………………1

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Parte I – Mundialização

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Noção e Evolução A mundialização corresponde ao

fenómeno caracterizado pela livre

circulação de bens, serviços e capitais, pela mundialização das empresas, pela existência

de um mercado financeiro global e pelo enfraquecimento da regulação dos mercados e da

atividade económica pelos Estados nacionais.

Tal como se entende a mundialização não corresponde a um fenómeno único, e ao longo

do estudo da mundialização vamos encontrando vertentes como a mundialização de

trocas, a mundialização das empresas, a globalização financeira e o enfraquecimento das

regulações estatais nacionais. A seguir passamos a explicar em que cada um consiste.

A mundialização de trocas corresponde à crescente abertura das economias aos

mercados externos e o crescimento do comércio internacional, que por sua vez se

baseia na livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas;

A mundialização das empresas deve-se às empresas irem estabelecer os

seus segmentos do processo produtivo em território extra nacional,

conseguindo aproveitar determinados fatores competitivos como os

fatores produtivos a custos mais baixos. Isto leva a que a localização de

produção dos bens não corresponda, na maioria das situações, à localização de

venda dos produtos, o que leva a que não haja entraves à circulação de bens.

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A globalização financeira corresponde à intensificação da livre circulação de

capitais e na criação de um mercado financeiro mundial. O financiamento tornou-

se mais rápido e mais barato, devido à supressão de mecanismos de controlo e dos

constrangimentos legais mas, em contrapartida, os riscos aumentaram.

O enfraquecimento das regulações estatais nacionais simboliza a

transferência contínua da função reguladora dos mercados da atividade

económica dos Estados Nacionais para entidades plurinacionais, como o

Banco Central Europeu e Organização Mundial do Comércio. Ao BCE

corresponde o controlo da zona Euro, por sua vez à OMC foi atribuída a

regulação dos mercados a nível mundial. Desta forma passa a existir uma

maior integração regional e mundial, onde podemos destacar identidades como a

União Europeia, que não se limita unicamente às questões relacionadas com o

domínio da economia e dos mercados, mas também relacionado nos domínios

sociais, políticos e culturais; e a NAFTA, um bloco de apoio económico formado

pelos EUA, Canadá e México, na qual se procurava um ajustamento das economias

dos países membros e permitir uma maior competitividade entre os países.

O processo de evolução da mundialização não remota para o século XX, unicamente

associado às inovações tecnológicas, embora estas tenham sido fundamentais para o

estado de mundialização em que se encontra a sociedade. Por exemplo a mundialização

das trocas comerciais remete-nos para o século XVI, na época do mercantilismo, ou seja,

em que as trocas comerciais eram realizadas pelo mar.

Assim, o processo de evolução da mundialização do mundo assenta em fases como:

A 1º Europeização do Mundo que corresponde à expansão da economia europeia

para além do mar mediterrâneo, e desta forma verificou-se a colonização europeia

dos territórios ocupados na época dos descobrimentos que originaram novas rotas

de comércio. Os países colonizados passaram a fornecer mão-de-obra barata e uma

abundância de recursos naturais sem igual.

Verifica-se a progressiva penetração e ocupação do continente africano, asiático e

americano. Á crescente influência da Europa no mundo dá-se o nome de

europeização.

A Revolução Industrial ocorrida em Inglaterra no século XVIII, e através da qual

foram implementadas um conjunto de transformações

ocorridas ao nível dos bens, processos produtivos,

modelos organizativos e no posicionamento

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competitivo das empresas e países. Com isto engloba fatores como o aumento da

produção industrial, investimento e da população, assim como o uso de novas

fontes de energia, como o vapor.

A 2.ª revolução industrial, com principal foco nos transportes devido à nova fonte

de energia, eletricidade, assim como surgiu devido a um novo material produtivo,

o aço.

Esta intensificou as trocas comercias, aumentou os movimentos migratórios e uma

saída de capitais muito mais flexível face à época anterior vivida pela sociedade.

A abertura das economias na 2.ª metade do século XX, ao passo que na 1.ª metade

assistimos à elaboração e aplicação de medidas protecionistas, movimentação

migratória bastante restrita e uma grave crise e guerra a nível mundial.

A partir de 1945 assiste-se a uma aceleração da mundialização económica, dando-

se a 3.ª Revolução Industrial, que se carateriza pelo desenvolvimento das novas

tecnologias da informação, TIC, e a sua aplicação na atividade económica, que por

sua vez contribuem para uma maior circulação e difusão dos produtos e processos

e posteriormente pela liberalização do comércio mundial, em que as várias

entidades existentes – BIRD, GATT, CEE – procuram eliminar os obstáculos ao

comércio e por isso favorecer da livre circulação de bens, serviços, capitais e

pessoas.

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Parte II – Globalização

Noção O conceito de Globalização está intimamente relacionado com o conceito de

Mundialização, uma vez que é o processo através do qual o fenómeno da mundialização é

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alargado do domínio económico para os domínios social, político e cultural, atingido todos

os atores sociais.

As sociedades atuais assentam na internacionalização e liberalização das trocas e na

integração das economias. Os vários espaços nacionais integram-se num único espaço, o

mundo. Isto, por sua vez, contribui para o crescimento do comércio internacional e

acentuarem a sua dimensão mundial.

Assim o grupo irá inicialmente apresentar os fatores que contribuíram para a crescente

globalização e consequente integração, o que não invalida que estes fatores se apresentem

como caraterísticas eminentes ou tipos de globalização.

Fatores da globalização

No contexto da relação globalizada há uma maior interdependência entre os diferentes

agentes económicos, permitindo uma maior movimentação de capitais, podendo integrar

vários tipos de investimento, entre eles, o investimento direto e o investimento de

carteira, os empréstimos e as operações de crédito. O Investimento direto traduz-se na

aquisição de empresas e abertura de filiais. Alguns dos países com maior PIB localizam a

sua atividade produtiva em zona em que as matérias-primas e os funcionários são pagos

de uma forma miserável, entre outros fatores de investimento atrativos. Um exemplo

desta situação são as multinacionais, em que a maioria destas empresas tem as suas sedes

localizadas nos EUA, Europa e Japão, dando origem ao chamado ‘Tríade’.

Contudo este poder tem sido constatado nos últimos tempos pelas empresas chinesas e

indianas que não só tem mão-de-obra barata, como trazem os seus produtos a preços

bastante competitivos, pela combinação de diversos factores.

Retomando a vertente dos investimentos, os investimentos de carteira correspondem à

aquisição de títulos como ações e obrigações por não residentes, internacionalizando-se

através das novas tecnologias de informação e comunicação.

Com as operações de crédito há uma maior facilidade na aquisição de bens produzidos e

comercializados fora do nosso território nacional, e por último assistimos aos

empréstimos que podem ser obtidos ou concedidos pelos Estados, relativamente à

situação financeira de cada estado consoante o valor das balanças, e pelas empresas ou

paras as empresas.

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Neste contexto globalizado e com a intensificação da existência multinacionais e

transnacionais e no sentido de conseguir atrair o Investimento Externo, os Estados devem

criar linhas de crédito facilitadas e com taxas de juro ativas baixas, possibilitar uma

variedade de recursos naturais existentes e um conjunto de políticas favoráveis à situação.

Este investimento irá traduzir-se numa melhoria das condições de vida da população, pois

criará mais postos de empregos, uma maior obtenção de impostos por parte do estado

para poder aplicá-los na satisfação das necessidades colectivas no sentido de contribuir

para a formação contínua dos trabalhadores e por último, devido à criação de emprego,

gerará mais poder de compra à população, permitindo-lhes satisfazer as necessidades

individuais.

Um outro aspeto que caracteriza e que contribui para uma globalização mais consistente é

a intensificação dos movimentos migratórios, uma vez que estes estão muito associados ao

mercado de trabalho e às condições de vida. Neste aspecto devemos ter em conta as

motivações, as crenças e os ideias que cada individuo tem para então podermos classificar

o movimento migratório.

Podemos assistir ao êxodo rural, uma migração interna que

consiste na passagem de uma zona rural para uma zona urbana, na

procura de melhores condições de vida, obtidos pela crescente

urbanização e terciarização da economia; de outra forma

assistimos ao movimento dos refugiados que corresponde a uma

população que decide ‘fugir’ do seu país para outro devido a

conflitos internos, ou determinados receios como perseguições por

motivos raciais ou religiosos e por último a emigração, que consiste

na saída de indivíduos para outro, cuja finalidade é viver nesse

país, e posteriormente a imigração, que consiste na entrada de população proveniente de

um país, na qual a finalidade é fixar-se temporariamente ou definitivamente.

Embora sejam todos muito frequentes, devido à constante regulação da vida em sociedade

o que nos últimos anos mais se verificou foi a última situação referida, nomeadamente a da

saída de população europeia para o continente americano na 2.ª

metade do século XIX, por outro lado na 2.ª metade do século XX

assistiu-se mais à saída de população dos PED para os PD, na

expectativa de encontrar melhores condições de vida e nos últimos

anos os trabalhadores mais qualificados têm emigrado de forma a sua

formação ser aproveitada, uma vez que nos países provenientes o

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emprego não absorve a mão-de-obra disponível, e obter melhores condições de vida.

Relativamente a Portugal nos últimos anos tem servido como ponto de abrigo para os

cidadãos provenientes dos PALOP, do Brasil e dos países da Europa de Leste.

Um último fator que contribui imenso para a crescente globalização e consequente

redução das atitudes etnocentristas é o aumento de fluxos do turismo, intimamente

relacionado com o aumento dos fluxos de informação.

Dentro do fluxo do turismo podemos destacar como principais medidas impulsionadoras o

aumento do poder de compra das famílias, o serviço de segurança social que defende um

período de férias, a evolução dos transportes e por último a difusão dos meios de

informação.

Quando colocamos em análise a evolução dos meios de informação, facilmente

percebemos que à medida que os meios de comunicação iam evoluindo havia uma clara

evolução e alteração da sociedade, quer quanto às necessidades quer quanto aos meios de

conhecimento de determinadas situações. As novas tecnologias da informação e da

comunicação possibilitaram a ligação do mundo e aumentaram a capacidade de processar

a informação, assim como possibilitou às empresas reajustarem as suas técnicas de

marketing e aumentarem a sua presença na vida das pessoas.

O exemplo mais significativo deste processo é a Internet, na medida em que veio

contribuir para a criação de uma rede mundial de comunicações. A internet possibilitou o

contacto imediato, possibilitou a aplicação das técnicas informáticas na actividade

económica e atualmente funciona como uma base de conhecimento abundante sobre as

diferentes áreas e vertentes da vida e humana e em sociedade. Inevitavelmente assiste-se

a uma decrescente importância do sector secundário e passa haver uma maior

terciarização, ou seja atividade económica passa a dever-se em grande parte aos serviços

prestados.

As novas tecnologias vieram introduzir uma série de mudanças no seio da actividade

económica, nomeadamente quanto à nova formação requisitada dos trabalhadores,

extinguem-se uma série de profissões e cria-se uma série de novas, em que há uma maior

flexibilidade quer quanto ao sítio de trabalho quer quanto ao horário e por último o ideal

de ‘emprego para toda avida’ acaba, pois com a crescente evolução dos meios de

informação e as novas necessidades diárias é necessário

estar em constante evolução e formação académica de

forma a podermos acompanhar a evolução verificada nos

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fatores tecnológicos.

Tipos de Globalização

Transnacionalização da produção

Ao longo do tempo a designação de multinacional deixou de existir e passou a existir a

designação de empresas transnacionais, apresentando características como a implantação

em vários países, uma política global da empresa, uma consequente atuação a nível

mundial, uma grande capacidade de inovação e por último localiza-se onde a sua

vantagem comparativa é maior. Com isto procuram obter vantagens ao usar matérias-

primas abundantes a baixo custo, da dimensão conseguida e dos encargos salariais

reduzidos e através da combinação destes e outros fatores aumentar a sua

competitividade nos mercados internacionais.

Todo este fenómeno implica determinadas vantagens e desvantagens, podemos destacar

como principal vantagem da globalização a possibilidade de os PED se desenvolverem de

forma mais rápida e aumentar os seus comportamentos regulares, vendo o fenómeno de

um ponto de vista negativo podemos destacar que a criação dum mercado livre sem

restrições tem beneficiado as empresas multinacionais, penalizando a atividade realiza

pelas empresas locais, que devido aos custos superiores de produção não conseguem de

forma alguma competir com as de nível mundial. A este processo dá-se o nome de

transnacionalização da produção.

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Assim a transnacionalização da produção age como uma caraterística da globalização, na

medida em que consiste na localização dos processos produtivos em diferentes espaços

geográficos, em função, também como já foi disse, dos níveis de rentabilidade oferecidos.

Esta caraterística assenta sobretudo na criação de filiais, algo que foi explicado logo no

início da parte relativa aos fatores da globalização.

Dentro deste contexto atual de globalização, é muito comum que estas empresas

produzam cada parte de um produto em países diferentes, obtendo o produto final através

da junção tecnológico dos produtos parcelares produzidos, cujo objetivo é reduzir custos

de produção, portanto estas empresas possuem influência que transcende a economia,

pois elas interferem em governos e nas relações entre países. Atualmente estima-se que

existam em funcionamento cerca de 40 mil empresas transnacionais, muitas originadas de

países desenvolvidos, porém existem ainda corporações oriundas do Brasil, Coreia do Sul,

Índia e México, ou seja, países com economias emergentes.

Assim quanto a esta característica conclui-se que o termo multinacional está

progressivamente a ser substituído pelo termo "transnacional", por ser mais abrangente.

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Globalização Financeira

Naturalmente, o sector financeiro não escapou a este fenómeno, o que implica que

atualmente se possa afirmar que a globalização financeira é uma realidade.

Como globalização financeira entende-se o processo de integração dos mercados

financeiros locais aos mercados internacionais. Por outras palavras as necessidades de

financiamento internacionais, decorrentes da mundialização das trocas e da globalização

das atividades económicas, criaram as condições para o surgimento de um mercado

financeiro global. Sendo assim passa pela criação de um mercado da moeda a nível

mundial, o qual deve assegurar a melhor colocação do capital e proporcionar a melhor

rentabilidade.

Os recursos obtidos para o Investimento Direto realizado nas empresas multinacionais

devem-se aos elevados níveis de poupança de alguns países, sendo que a transferência

destes capitais, já explicitados, são feitos por intermédios, nomeadamente os bancos. Todo

este processo é facilitado pelas TICS, uma vez que o seu desenvolvimento possibilitou a

ligação em rede das praças financeiras, permitindo ao investidor movimentar o seu capital

de uma bolsa para outra, numa curta unidade de tempo. Comprar e vender ações nas

várias Bolsas mundiais, através da comunicação eletrónica, é um exemplo da importância

da Internet na globalização financeira

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Este tipo de globalização pode estar associado a três tipos de caraterísticas.

Descompartimentação dos mercados – Corresponde à extinção da especialização

das atividades entre bancos de investimento e bancos comerciais, e consequente

fim de diferenciação entre tipos de crédito, contribuindo para um mercado

financeiro mais permeável.

Desregulação da atividade financeira – Supressão de entraves à concorrência, como

concessão de créditos sem garantias, o que irá atrair novos clientes, embora

represente um maior risco para a atividade económica. Aparecimento de novos

produtos financeiros.

Desintermediação – Os bancos passam apenas a funcionar como garantia nos

financiamentos, através do alargamento do mercado de capitais a novos produtos

financeiros e a novos investidores.

Assim, conclui-se que a integração dos mercados financeiros, associada à sua

desregulação, faz com que a sua

instabilidade num determinado mercado,

geograficamente localizado, se transmita

aos restantes, uma vez que eles se

financiam entre si.

Mercado Financeiro

Mercado de acções

Mercado cambial

Mercado de obrigações

Mercado de matérias-

primas

Mercado de obrigações

(…)

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Globalização Cultural

O impacto cultural da globalização foi alvo de muita atenção.

Imagens, ideias, produtos e estilos disseminam-se hoje em dia

pelo mundo inteiro de uma forma muito mais rápida. O comércio, as novas tecnologias de

informação, os meios de comunicação internacionais e a migração global fomentaram um

fluxo, sem restrições, de cultura que transpõe as fronteiras das diversas nações.

Isto deve-se muito ao contexto da ‘aldeia global’ no seguimento da globalização dos fluxos

informativos, no sentido em que através da possibilidade de aceder a informação em

tempo real passa a haver uma maior conexão entre todos os indivíduos de qualquer parte

do mundo, contribuindo para o abandono de determinadas medidas etnocentristas.

Assim resulta num processo de aculturação, que consiste na aquisição, troca e

reinterpretação entre duas culturas diferentes, sem que nenhuma se imponha

completamente à outra,.

Os bens culturais são bastantes importantes neste processo na medida em que bens como

as séries televisivas, que são consumidos à escala mundial por povos de cultura diversas,

podem das a conhecer uma cultura, podendo mesmo, inclusive, entrar em conflito com os

códigos culturais locais.

Muitas pessoas defendem que vivemos hoje numa única ordem de informação – uma

gigantesca rede mundial, onde a informação é partilhada rapidamente, em grande quantidade

e por muitas pessoas.

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Conclusão

Atualmente vivemos num mundo globalizado, e tal realidade tem interferido diretamente

nas nossas vidas, mesmo que não percebamos, diversas mudanças aconteceram e

acontecem. Sem dúvida, as tecnologias com as quais contamos hoje geram muitos

benefícios para o nosso quotidiano, uma vez que a sociedade atual tem acesso a uma série

de produtos e serviços que facilitam sua vida e além disso, diariamente há uma

investigação contínua e sustentada, cujo principal objetivo é obter novos produtos, para se

conseguir fazer face às necessidades da sociedade.

Diante do conforto e facilidades que desfrutamos, que são provocados pela globalização,

fica claro que esse processo é irreversível, uma vez que o homem não vai regredir.

Porém, o modelo de globalização que vigora atualmente tem desencadeado resultados que

tanto se revelam positivos como se revelam negativos para a população a nível mundial.

Uma das principais consequências desse processo são as desigualdades entre os países,

visto que as diferenças vêm crescendo de forma significativa. Há uma grande disparidade

económica, tecnológica e social entre os países do planeta, ao longo do tempo o processo

de globalização tem contribuído de maneira direta para o aumento em massa da pobreza,

excluindo um número cada vez maior de pessoas.

Por outro lado o processo de globalização e de mundialização é de fundamental

importância para a atuação das empresas transnacionais, pois proporciona todo o fundo

tecnológico para os serviços de telecomunicações, transporte, investimentos, entre outros

fatores essenciais para a realização eficaz das atividades económicas em escala planetária.

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A resistência à globalização tem muitas das vezes sido feita quer ao nível popular quer ao

nível governamental. Contudo, é um processo irreversível.

Bibliografia

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