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Professor Ulisses Vakirtzis

Ação supervisora: tendências e práticas

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Professor Ulisses Vakirtzis

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O exercício competente do supervisor escolar exige domínio dos conhecimentos relativos a administração escolar, como fundamentais e, além disso, que seja feita a necessária articulação com a realidade vivida no cotidiano das escolas, em especial com os sujeitos que ali atuam e, que, portanto, assuma o compromisso com o bem comum.

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A supervisão escolar pertence a um conjunto de meios para a

realização do processo educativo, tendo como fim a formação

humana.

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Controle da qualidade da educação Acompanhar o projeto pedagógico da escolas exige uma proximidade física e política do supervisor escolar. Ao assumir a postura de agente, a partir do conhecimento da realidade de cada unidade escolar, o supervisor pode se colocar a serviço da elaboração, da execução e da avaliação desse projeto.

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A superação do distanciamento com o cotidiano escolar do diretor escolar, do coordenador pedagógico ou do supervisor escolar, está no exercício proposto no conceito de “educação como prática de liberdade” presente nas obras de Paulo Freire. Temos que superar a ingenuidade e desencadear ações reflexivas, de mudanças e instaurar novas formas de ser e estar no mundo e com o mundo.

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Pedagogia Freireana A Pedagogia Freireana traz como cerne a educação com prática questionadora e problematizadora da condição humana, que visa sua transformação e libertação. É na categoria da dialogicidade que os educadores tomam o currículo a reflexão sobre a condição humana.

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Construir juntos implica o estabelecimento de relações verdadeiramente democráticas, a construção de relações mais horizontais e o rompimento do “poder” característico das

estruturas hierárquicas verticalizadas que sustentam a lógica da produção de mercado.

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Lei nº11.229, de 26 de junho de 1992

Cria o cargo de Supervisor Escolar, providos por indicação e em 1995 surge o primeiro concurso de ingresso e acesso .

Na perspectiva do acompanhamento das atividades das unidades educacionais, o Supervisor Escolar necessita de um processo de formação político-pedagógico permanente.

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A Ação Supervisora deve ser exercida por todos os profissionais da educação nos níveis local, intermediário e central do sistema de ensino e deve ser articulada com as

ações do Supervisor Escolar.

(Portaria nº4070, de 23/10/2000, aprova a Indicação nº01/2000 que instituiu a ação supervisora e o papel do

Supervisor escolar na Rede Municipal de São Paulo)

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A Supervisão Escolar e a ação supervisora da Rede Municipal de São Paulo poderá contribuir significativamente com o processo ensino-aprendizagem e com o direito na uma educação com qualidade social para todas as crianças, se construída numa perspectiva crítico-emancipatória.

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Condicionantes básicos para uma escola com qualidade social da educação

• Gestão em educação: existência de compromisso dos gestores com a educação pública (conhecimento técnico, ético e político do seu fazer, cumprimento de suas atribuições profissionais, respeito às decisões tomadas nos coletivos da unidade educacional).

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• Gestão democrática: existência de um compromisso tácito de respeito à participação da comunidade educativa na discussão, encaminhamentos e tomada de decisões.

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• Trabalho coletivo: existência de um grupo de educadores comprometido com o fazer coletivo e que assuma os projetos como seus.

• Projeto Político Pedagógico: existência de um projeto que seja a alma que anima o corpo que se movimenta e atua em sua comunidade.

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• Lideranças: existência de lideranças que podem ser tanto gestores, quanto os professores ou outros trabalhadores em educação.

• Enraizamento na comunidade: existência de abertura da escola ao seu entorno, permitindo o seu reconhecimento como pública.

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A Ação Supervisora, antigamente pautada na inspeção e fiscalização deve assumir para si uma

tarefa de assessoria.

Os resultados educacionais aparecem quando um todo funciona.

Quando a Ação Supervisora consegue colocar-se “junto” da unidade educacional pode contribuir para

que as engrenagens se encaixem.

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Supervisão Escolar e o EJA

Cabe ao Supervisor escolar estimular a prática democrática para a tomada de decisão da escola em relação aos cursos de EJA, onde os sujeitos sejam ouvidos e sua contribuição, realmente, seja levada em conta. Numa prática que legitime o discurso da inclusão.

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A ação supervisora na práxis educacional vê-se hoje situada no contexto das aceleradas mudanças

culturais, políticas, sociais e tecnológicas que ora acontecem na sociedade e impactam diretamente a instituição escolar, trazendo-lhe novas demandas e exigindo novas competências dos profissionais da

educação, entre eles, de modo mais intenso, o supervisor escolar.

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Formação no conceito ação-reflexão-ação

• Relação teoria-prática;

• Interdisciplinaridade;

• Estudo da realidade local da unidades escolares.

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Termos de Visita de Supervisão São considerados como documentos oficiais, de acordo com a Portaria nº1.358/07, que dispõe sobre os livros e

documentos oficiais no âmbito da unidades educacionais da RME-SP.

Eles contêm o registro das orientações da supervisão e demais autoridades, na sua ação cotidiana, e da

Supervisão Escolar quando das visitas às unidades educacionais sob sua responsabilidade.

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O Supervisor Escolar em seu papel formativo terá o desafio de participar da construção do PPP da

escola, de forma a buscar caminhos para a intermediação entre os aspectos políticos e

pedagógicos em um contexto em que o conhecimento ganha novos significados,

transformando o horário coletivo de formação em um espaço de construção de saberes.

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O Supervisor Escolar, ao exercer um papel de mediador, necessita dosar as suas ações de modo a não se sobrepor às unidades educacionais, nem tampouco abandoná-las ou omitir-se no seu papel de educador. Pode ser um questionador das práticas instituídas, um provocador de movimento.

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Concluindo... O sentido da dimensão administrativa deve sempre estar a serviço da dimensão pedagógica. Essa dicotomia pode ser superada pela ideia de que a convivência escolar permeia estes dois pressupostos, estas duas ações.

Podemos ser agentes para a transformação da concepção de supervisão escolar, participando da construção de um papel coletivo e pedagógico.