Upload
ricardo-santos
View
355
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
© LNEC 2012 © LNEC 2012
PROGRESSÃO DA EROSÃO INTERNA EM BARRAGENS
DE ATERRO
Ricardo [email protected]
Bolseiro de DoutoramentoDepartamento de Geotecnia
Núcleo de barragens e obras de aterro
© LNEC 2012 Fonte: ICOLD
Relevância das barragens de aterro
© LNEC 2012
Galgamento46%Erosão
interna 48%
Instabilidade de taludes
4%
Sismo2%
Modos de rotura das barragens de aterro
Fonte: Foster, Fell e Spannagle (2000)
© LNEC 2012
Fuga de água a jusantedo núcleo e início de
erosão regressiva
FASE 1INICIAÇÃO
Continuação da erosão paramontante do núcleo
Ausência ou funcionamentoincorrecto do filtro subvertical
FASE 2CONTINUAÇÃO/FILTRAGEM
FASE 3PROGRESSÃO PARA EROSÃO TUBULAR
Progressão da erosão para aformação de um canal até ao
paramento de montante Albufeira vazia
Corte transversal pela brecha
Rotura dabarragem
B
B'Vista B-B'
Brecha na barragem
FASE 4FORMAÇÃO DE BRECHA
FASE 4FORMAÇÃO DE BRECHA
Fases do processo de erosão interna
© LNEC 2012
FASE 1 - INICIAÇÃO DA EROSÃO
FASE 3 - PROGRESSÃO PARA EROSÃO TUBULAR• E
rodibilidade do solo
• Capacidade do material permanecer com tubo aberto
• Limitação do caudal por materiais de montante
FASE 4 - FORMAÇÃO DE BRECHA
Fases do processo de erosão interna
© LNEC 2012
Tunbridge Dam, Tasmânia, Austrália, 11/28/2008Fonte: Jeffery Farrar (2008)
Progressão para erosão tubular
© LNEC 2012
Fonte: Hanson e Hunt (USDA, 2007)
Progressão para erosão tubular
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada
l/h
Válvula de controlo
Cota variável entre300 mm e 1100 mm
Piezómetro demontante
˜ 200 mm
Dreno
Régua
Tanque de jusante
Dreno
Piezómetro dejusante
Purgade ar
Purgade ar
Cascalho uniforme limpo comparticulas de 20 mm a 30 mm
Medidor de caudalelectromagnético
Câmara dePerspex deMontante
Furopré-formadoØ6 mm
Tanque de montanteabastecido por reservatório
elevado de grande capacidade
Solo compactadono molde Proctor
Câmara de Perspexde Jusante
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada
> Furo no final do ensaio
© LNEC 2012
tempo (s)
Cau
dal (l
/h)
Ensaios HETCaudais percolados através dos furos pré-formados
-
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 12000200
280
360
440
520
600
680
760
840
920
1000
004a
005
006a008
009 010
011
012a
013Ensaios HET
004a005006a008009010011012a013
Ensaio de erosão por fuga concentrada> Evolução dos caudais nos ensaios com progressão da erosão
© LNEC 2012 Tempo (s)
Est
imat
iva
do
diâ
met
ro d
o f
uro
pré
-fo
rmad
o, D
t (m
m)
dDt/dt
(mm
/seg
)
Tests - HET.xlsODL_HET008-CALC
0 500 1000 1500 2000 2500 30006 0.0015
8 0.003
10 0.0045
12 0.006
14 0.0075
16 0.009
18 0.0105
Ensaio 008Estimativa do diâmetro do furo, Dt(mm)y=6.199+0.00647x-3.03510-6x2+7.67210-10x3
dDt/dt
Ensaio de erosão por fuga concentrada> Mecânica dos fluidos → Evolução do diâmetro do furo
2d t
t
dD
dt
. . .4t
t w t
Dg i
Tensão de corte
Taxa de erosão
© LNEC 2012 (N/m2)
(k
g/m
2 /s)
Tests - HET.xlsODL_HET008-CALC
75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 3500
0.001
0.002
0.003
0.004
0.005
0.006
0.007
0.008
0.009
0.01
c=153.5 N/m2
ker=5.87x10-5 s/m; IHET=4.24
.
y= -0.00901 + 5.8710-5 x
Ensaio 008 vs =ker (-c), com IHET= -log(ker)
t er t ck
logHET erI k
Ker – Coeficiente de erosãotc – Tensão de corte crítica
Índice de taxa de erosão
> Estimação dos parâmetros de erodibilidade, IHET e tc
Ensaio de erosão por fuga concentrada
© LNEC 2012
GrupoÍndice de taxa de erosão, IHET
Descrição da erosão através de uma fuga
1 <2 Extremamente rápida
2 2–3 Muito rápida
3 3–4 Moderadamente rápida
4 4–5 Moderadamente lenta
5 5–6 Muito lenta
6 >6 Extremamente lenta
Ensaio de erosão por fuga concentrada> Classificação da erodibilidade em função de IHET
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada> Resultado de IHET nas curvas de compactação
Teor em água, w [%]
Pes
o v
olú
mic
o s
eco
, d
[kN
/m3 ]
IHET representado nas curvas de compactação
12 13 14 15 16 17 18 1916.5
17
17.5
18
18.5
19
19.5
20
20.5
21
Sr=100%
Sr=90%
Sr=80%Sr=70%
4.24
4.49
4.39
4.70
4.11 4.60
3.76
Curva de saturação (Gs=2.8)
4.48 4.61
Energia de compactaçãoLevePesada"Reduzida"Pesada (IHET>6)"Reduzida" (IHET>6)
© LNEC 2012
Ensaio de erosão por fuga concentrada> Resultado de tc (N/m2) nas curvas de compactação
Teor em água, w [%]
Pe
so v
olú
mic
o s
eco
, d [
kN
/m3 ]
c (N/m2) representado nas curvas de compactação
12 13 14 15 16 17 18 1916.5
17
17.5
18
18.5
19
19.5
20
20.5
21
Sr=100%
Sr=90%
Sr=80%Sr=70%
151.6
170
204.5
250.2
178.3
239.1
143.2
151.4
228
Curva de saturação (Gs=2.8)
ND = Não foi possível determinar c, dado que o furo não erodiu
Energia de compactaçãoLevePesada"Reduzida"Pesada (ND)"Reduzida" (ND)
© LNEC 2012
Limitação da progressão da erosão
> Restrição do caudal> Preenchimento do tubo de erosão
Influência de materiais a montante do núcleo
Material demontante
Erosão tubularPreenchhimento com material de montante
Filtro inexistente ou sem capacidadede reter as partículas do núcleo
Assentamento sucessivo domaterial com o arrastamento daspartículas para o interior do tubo
Núcleo
Partículas do material demontante são retidas pelo filtro
Poço
Enrocamento Enrocamento
© LNEC 2012
WAC Bennett Dam | Canadá
Altura de aterro=186 m | Comprimento= 2 kmProdução de energia elétrica= 13 biliões kWh/ano
Fonte: Steve Garner, BCHydro (2007)
Limitação da progressão da erosão
© LNEC 2012
Ensaio de limitação da progressão da erosão
P l a c a d ev i d r o a c r í l i c o
l / h
M e d i d o r d e c a u d a le l e c t r o m a g n é t i c o
V á l v u l a d ec o n t r o lo
Á g u a p r o v e n i e n t e d et a n q u e e l e v a d o
T a n q u e d e j u s a n t e
T a n q u e d e m o n t a n t e1 2 5 0 m m a 2 2 5 0 m m
2 0 0 m m
V á l v u l a d ec o n t r o lo
N ú c l e o M a t e r i a l d em o n t a n t e
P i e z o m e t r od e m o n t a n t e
P i e z ó m e t r od a i n t e r f a c e
P i e z ó m e t r od e j u s a n t e
P u r g a P u r g a
R é g u a( m m )
2 m o l a sc o n c é n t r ic a s
C â m a r ad i g i t a l C â m a r a d e
j u s a n t e
F u r op r é - f o r m a d o
2 3 0 0
2 2 0 0
2 1 0 0
2 0 0 0
1 9 0 0
1 8 0 0
4 0 0
3 0 0
2 0 0
1 0 0
5 0
© LNEC 2012
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Etapa 4
Etapa 5
Etapa 6
Etapa 7
Núcleo
Material de montante
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Etapas da assemblagem do equipamento > Compactação/furação da amostra de ensaio
© LNEC 2012
Material de montante
Núcleo
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Célula de ensaio
© LNEC 2012Tamanho das partículas (mm)
Per
cen
tag
em a
cum
ula
da
pas
sad
a em
pes
o
Per
cen
tag
em a
cum
ula
da
reti
da
em p
eso
SOIL GRADATION TYPES OF UPSTREAM ZONESMaterial with non-plastic fines
0.001 0.002 0.005 0.01 0.020.03 0.05 0.1 0.2 0.3 0.5 0.7 1 2 3 4 5 6 78 10 20 30 50 70 100
2"11/2"1"3/4"3/8"#4#10#20#40#60#100#200U.S. Standard Sieve SizesHydrometer Analysis
Silt or ClayGravelSand
CoarseFineCoarseMediumFine
0 100
20 80
40 60
60 40
80 20
100 0
Caracteristicas dos materiais a montante com finos não plásticos
Tipo D - Material com <15% finos não plásticos D2 - Material com curva granulometrica descontinua (internamente instável)Tipo E - Material com 15% a 30% finos não plasticos, capaz de suportar um canal E1 - Material oriundo da Barragem de Ribeiro Grande e Arco (< 2") E2 - Material E1 truncado ao peneiro 3/4" Tipo F - Material com >30% finos não plásticos, capaz de suportar um canal F - Material D1 truncado ao peneiro 3/8"
Fronteira de 15%
Fronteira de 30%
Curvas GranulométricasTipo E1Tipo D2Tipo E2Tipo FMaterial base
Tamanho das partículas (mm)
Per
cen
tag
em a
cum
ula
da
pas
sad
a em
pes
o
Per
cen
tag
em a
cum
ula
da
reti
da
em p
eso
GRANULOMETRIA DOS DIFERENTES TIPOS DE MATERIAIS A MONTANTEMateriais com finos plásticos
0.001 0.002 0.005 0.01 0.020.03 0.05 0.1 0.2 0.3 0.5 0.7 1 2 3 4 5 6 78 10 20 30 50 70 100
2"11/2"1"3/4"3/8"#4#10#20#40#60#100#200U.S. Standard Sieve SizesHydrometer Analysis
Silt or ClayGravelSand
CoarseFineCoarseMediumFine
0 100
20 80
40 60
60 40
80 20
100 0
Caracteristicas dos materiais de montante com finos com plasticidade
Tipo A - Zona de elevada permeabilidade (cascalho limpo)Tipo B - Material com 5% a 15% finos com plasticidade B1 - Material oriundo da barragem de Odelouca (material que passa peneiro de 2"), capaz de suportar um tubo aberto B2 - Material com curva descontinua (internamente instável)Tipo C - Material com >15% finos com plasticidade, capaz de suportar um tubo aberto C - Material B1 truncado ao peneiro 3/4"
Fronteira de 5%
Fronteira de 15%
Curvas GranulométricasTipo ATipo B1Ttipo B2Tipo CMaterial Base
Ensaio de limitação da progressão da erosão
© LNEC 2012 Tempo (min)
Cau
dal
(l/h
)
Pre
ssão
pie
zom
etri
ca (
cm)
Caudal e Pressão piezometrica vs TempoFLET F-01
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 221150 15
1200 30
1250 45
1300 60
1350 75
1400 90
1450 105
1500 120
1550 135
1600 150
1650 165
1700 180
1750 195
Caudal
MONT INT
JUS
Caudal (l/h)Pressão no piezometro a montante (cm)Pressão no piezometro na interface (cm)Pressão no piezometro ia jusante (cm)
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Resultados: Progressão da erosão sem restrição do caudal
Núcleo Material demontante
Df=20mm Df= 48mm
© LNEC 2012 Tempo (min)
Cau
dal
(l/h
)
Pre
ssão
pie
zom
étri
ca (
cm)
Caudal e Pressão piezométrica vs TempoFLET B1-02
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 901100 0
1200 30
1300 60
1400 90
1500 120
1600 150
1700 180
Caudal
MONT
INT
JUS
Caudal começa a estabilizar nos 1350 l/h
Água com baixa turvação no inícioÁgua aclara ao fim de 50 minutos
Caudal (l/h)Pressão piez Montante (cm)Pressão no piezómetro da interface (cm)Pressão no piezometro de jusante (cm)
Df= 26mm Df= 12mm
NúcleoMaterial demontante
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Resultados: Restrição do caudal a montante
© LNEC 2012 Tempo (min)
Cau
dal
(l/h
)
Pre
ssão
pie
zom
etri
ca (
cm)
Caudal pressão piezometrica vs TempoFLET E1-01a
0 20 40 60 80 100 120 1400 0
200 40
400 80
600 120
800 160
1000 200
1200 240
1400 280
Caudal
MONTINT
JUS
Alívio da pressão por remoção de água no piezómetro
Reabertura da torneira do piezómetro
Fecho da torneira do piezómetro intermédio
Colmatação do furo
Caudal (l/h)Pressão no piezometro a montante (cm)Pressão no piezometro na interface (cm)Pressão no piezometro a jusante (cm)
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Resultados: Caudal para por completo
Df= 14mm
NúcleoMaterial demontante
© LNEC 2012 Tempo (min)
Cau
dal
(l/h
)
Alt
ura
pie
zom
étri
ca (
cm)
Flow Rate and Piezometer Pressure vs TimeFLET F-03
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1100 0
500 100
1000 200
1500 300
2000 400
Caudal
MONT
INTJUS
Provável bloqueio do furo a montante do piezometro INT
Provável colapso progressivo do furo no material a montante
Formação de um novo caminho de erosão
Caudal (l/h)Pressão piez MONT (cm)Pressão piez INT (cm)Pressão piez JUS (cm)
Ensaio de limitação da progressão da erosão > Resultados: Erosão diminui durante um período tempo
© LNEC 2012
>O ensaio desenvolvido permite avaliar se existe restrição do escoamento e se a erosão cessa ou diminui devido à presença de um material de montante do núcleo.
>A restrição do escoamento é influênciada por algumas características do material de montante (finos plásticos ou não plásticos, % finos, % cascalho, forma da curva granulométrica, ...).
>As condições de compactação do material de montante influênciam fortemente a capacidade de restrição do escoamento e de limitação da erosão.
Conclusões
© LNEC 2012 © LNEC 2012
PROGRESSÃO DA EROSÃO INTERNA EM BARRAGENS
DE ATERRO
Ricardo [email protected]
Bolseiro de DoutoramentoDepartamento de Geotecnia
Núcleo de barragens e obras de aterro