1_7 Página 1 Matérias > História > História Geral > Antiguidade Oriental > Introdução ANTIGÜIDADE ORIENTAL As mais antigas civilizações da história surgiram na Antigüidade Oriental entre os anos 4.000 a.C. e 2.000 a.C. Foram as chamadas civilizações hidráulicas. As Principais civilizações da Antigüidade Oriental foram: egípcios (Vale do Nilo) ● mesopotâmicos (Vale do Tigre e Eufrates) ● hebreus (Vale do Jordão) fenícios (Líbano atual) ● persas (Planalto do Irã) ● hindus (Planície Indo-gangética) ● chineses (Vales do Tang-tse e Huang Ho). ● Estas civilizações apresentaram características comuns como a escrita, a arquitetura monumental, a agricultura extensiva, a domesticação de animais, a metalurgia, a escultura, a pintura em cerâmica, a divisão da sociedade em classes e a religião organizada (estruturada com sacerdotes, lugares para reverenciar os deuses e assim por diante). A invenção da escrita permitiu ao homem registrar e difundir idéias, descobertas e acontecimentos que ocorriam ao seu redor. Esse avanço é responsável por grandes progressos científicos e tecnológicos que possibilitaram o surgimento de civilizações mais complexas. Exemplos de tipo de escrita: Suméria - cuneiforme (gravação de figuras com estilete sobre tábua de argila) ● Egito - hieroglífica (com ideogramas) ● Fenícia (atual Líbano) Fonético - (alfabeto) ● Matérias > História > História Geral > Antiguidade Oriental > Introdução file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (1 of 610) [05/10/2001 22:27:01]
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Oriental > Introduo 1_7 Pgina 1 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo ANTIGIDADE
ORIENTAL As mais antigas civilizaes da histria surgiram na
Antigidade Oriental entre os anos 4.000 a.C. e 2.000 a.C. Foram as
chamadas civilizaes hidrulicas. As Principais civilizaes da
Antigidade Oriental foram: q egpcios (Vale do Nilo) q mesopotmicos
(Vale do Tigre e Eufrates) q hebreus (Vale do Jordo) fencios (Lbano
atual) q persas (Planalto do Ir) q hindus (Plancie Indo-gangtica) q
chineses (Vales do Tang-tse e Huang Ho). Estas civilizaes
apresentaram caractersticas comuns como a escrita, a arquitetura
monumental, a agricultura extensiva, a domesticao de animais, a
metalurgia, a escultura, a pintura em cermica, a diviso da
sociedade em classes e a religio organizada (estruturada com
sacerdotes, lugares para reverenciar os deuses e assim por diante).
A inveno da escrita permitiu ao homem registrar e difundir idias,
descobertas e acontecimentos que ocorriam ao seu redor. Esse avano
responsvel por grandes progressos cientficos e tecnolgicos que
possibilitaram o surgimento de civilizaes mais complexas. Exemplos
de tipo de escrita: q Sumria - cuneiforme (gravao de figuras com
estilete sobre tbua de argila) q Egito - hieroglfica (com
ideogramas) q Fencia (atual Lbano) Fontico -
(alfabeto)file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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2. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Apesar da fixao dos diversos grupos humanos
em reas prximas aos rios (abastecimento de gua e comunicao) ter
ocorrido em regies distintas, a maioria das civilizaes da
Antigidade se desenvolveu no Crescente Frtil. Esta rea possui a
forma de arco e estende-se do Vale do Jordo Mesopotmia, alm de
abrigar os rios Tigres e Eufrates. A revoluo agrcola e a fixao de
grupos humanos em locais determinados ocorreram simultaneamente no
Crescente Frtil. Neste mesmo perodo outras civilizaes se
desenvolveram s margens dos rios Nilo (egpcia), Amarelo (chinesa),
Indo e Gnges (paquistanesa e indiana). Pgina 2 Matrias > Histria
> Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS
ECONMICOS Predomnio da agricultura de subsistncia e de regadio,
devido ao aumento das comunidades ribeirinhas que tornaram-se
conhecidas como civilizaes hidrulicas. Neste perodo, a construo de
canais de irrigao que permitiam levar a gua onde fosse necessria
era de grande importncia. Principal atividade: Cultivo de cereais.
Comrcio e artesanato eram atividades secundrias. Exceo: fencios,
dedicados predominantemente ao comrcio martimo (talassocracia no
Mediterrneo). ASPECTOS SOCIAIS Predomnio da sociedade estamental;
nessa, cada grupo social tem uma posio e uma funo definida. A posio
social determinada pela hereditariedade. A estrutura esttica (no h
mobilidade social) e hierrquica, sendo vinculada s atividades
econmicas. Regime de trabalho: A maior parcela da comunidade
trabalhava sob um regime de servido coletiva . As Comunidades
camponesas produziam excedentes agrcolas entregues ao Estado sob a
forma de impostos (os camponeses no eram escravos j que viviam em
comunidades, produziam seus prprios alimentos e construam
suasfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (2 of
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3. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo moradias). Diviso da sociedade: q Soberano e
aristocracia (nobres e sacerdotes) q Grupos intermedirios
(burocratas, militares, mercadores e artesos). q Camponeses q
Escravos utilizados na construo de obras pblicas (obras de irrigao,
templos, palcios e outros). Excees: q Fencios, sociedade de classes
(hierarquia baseada na riqueza mvel). q Hindus, sociedade de castas
(de origem religiosa e absolutamente impermevel). Pgina 3 Matrias
> Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental >
Introduo Particularidades e diferenas dos modelos econmicos e
sociais: Mesopotmia Egito Vale do Sul da sia, Norte da China, Tigre
e Nilo Plancie Indo-gangtica o Hwang Ho Eufrates Fara e os Nobreza
= O rei, a classe sacerdotes da famlia real, aristocrtica e a
Soberano e famlia real, altos Falta de evidncias burocracia estatal
aristocracia oficiais do sacerdotes, faziam parte da palcio
oficiais reais nobreza guerreira Sociedade relativamente Clientes =
Grupos aberta; Comrcio com a cidados livres Artesos/escultores
intermedi- habilidade + Mesopotmia, Sul da ndia trabalhando
comerciantes rios ambio = e Afeganisto para a nobreza mobilidade
social Camponeses = Plebe = servos, cidados livres Fazendeiros
plebeus Camponeses pequenas proprietrios de (servos) propriedades
terras de
terrasfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (3
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4. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Escravos eram prisioneiros de guerra;
camponeses eram submetidos a Escravos recrutamento escravos
escravos forado tanto para servios militares como para grupos de
trabalhos Pgina 4 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS RELIGIOSOS Predomnio do
politesmo (acreditavam na existncia de inmeros deuses). Os deuses
tinham estreitos vnculos com as atividades e as foras da Natureza.
Excees: q Monotesmo: hebreus e egpcios durante o reinado do Fara
Amenfis IV q Dualismo: persas (zoroastrismo). Modelos Religiosos :
Egito Mesopotmia Sul da sia, Norte da China, Vale do Nilo Tigre e
Eufrates Plancie Indo-gangtica o Hwang Ho Fara - considerado uma
divindade em Hierarquia de forma humana, Rei adorado como um
divindades (maiores e Importncia da fertilidade provando que os
intermedirio entre os menores) de acordo = culto deusa me deuses se
deuses e os homens com suas funes importavam com a populao Crena em
vida Divindades imortais e aps a morte, Imagens de deuses em Culto
s figuras reais poderosas, mas com reflexo da natureza quadros de
argila, figuras falecidas, base do culto caractersticas humanas
cclica das estaes de animais em argila aos ancestrais (hbitos e
emoes) e
enchentesfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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5. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pirmides so Lendas e crenas smbolos da
populares histria da Confucionismo = crena eternidade da vida
criao, humanos com secular na conduta tica e aps a morte e do
caractersticas divinas, na harmonia social poder espiritual e
enchentes temporal do Fara Curto perodo de Taosmo = filosofia que
monotesmo = culto preza o viver em Sacerdcio influente ao deus Sol
harmonia com as leis da (Amon-Ra) natureza Pgina 5 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
ASPECTOS POLTICOS Estado fortemente centralizado que possua as
terras e controlava a mo-de-obra. A religio justificava o poder
absoluto do governante, por isto, neste perodo, havia predomnio das
monarquias despticas (absolutas) de carter teocrtico. Teocracia uma
forma de governo na qual a autoridade, proveniente de um Deus,
exercida por seus representantes na terra. O Egito Antigo foi um
dos exemplos mais extremados de teocracia. Exceo: Fencios,
organizados em cidades-estados monrquicas ou republicanas,
controladas por oligarquias mercantis. Modelos Polticos: Egito
Mesopotmia Sul da sia, Norte da China, Vale do Nilo Tigre e
Eufrates Plancie Indo-gangtica o Hwang Ho Governo centralizado, O
Fara; rei-deus Cidades-estado chefiadas Pequenos reinos feudais
cidades planejadas, com como ditador por guerreiros que se
posteriormente unidos prdios e servios absoluto: Teocracia tornaram
reis pela dinastia de Zhou pblicos Seqncia de imprios, Monarquia
Autocracia altamente alguns formados por centralizada e
centralizada e unificao grupos locais e outros hereditria por Chin
por invasores Perodo Dinstico, idia Longa srie de Nmero cada vez
maior da permisso dos deuses dinastias familiares de cdigos legais
para
governarfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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6. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pgina 6 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Introduo ASPECTOS CULTURAIS
Forte influncia religiosa na vida cultural, principalmente entre
egpcios e hebreus. Desenvolvimento cientfico mais importante entre
os egpcios (Matemtica e Medicina) e entre os caldeus (Matemtica e
Astronomia). Arte principal: Arquitetura, tendo a Escultura e a
Pintura como artes auxiliares. Escrita predominantemente ideogrfica
(no Egito: hierglifos; na Mesopotmia: cuneiformes). Criao da
escrita fontica pelos fencios. Direito baseado no princpio de
Talio. Primeiro conjunto de leis escritas: Cdigo de Hamurabi
(Mesopotmia). MEIO AMBIENTE E SEUS IMPACTOS As civilizaes
existentes nesse perodo tinham muitos pontos em comum. Entretanto,
as condies ambientais e naturais nas quais viveram fizeram com que
cada um desses grupos se desenvolvesse de forma nica e
independente. Egito Mesopotmia Sul da sia, Norte da China, O Vale
do Nilo Tigre e Eufrates Plancie Indo-gangtica o Hwang Ho Enchentes
brandas Enchentes violentas Enchentes e previsveis = Enchentes
peridicas = renovao = pessimismo, medo = renovao e possibilidades e
fertilizao do solo de desastres fertilizao do solo criativas e
positivas Muitas regies Muito tributrio = montanhosas e Clima rido
= Clima subtropical-mido = cidades-estado semidesrticas: bom
estoque de dificuldades no estoque de dispersas = desunio
assentamentos alimentos alimentos e guerras apenas nas margens dos
rios Enchentes violentas Rio facilmente Regies pantanosas Montanhas
do Himalaia = proteo = construo de navegvel = unio = irrigao usada
contra invernos rigorosos diques para controlar poltica e cultural
para drenagem as guas Falta de pedras para Mones (ventos) e
derretimento Montanhas e Desertos = construo = da neve =
suprimentos abundantes desertos = isolamento estruturas de cana e
de gua isolamento cultural de tijolos de
argilafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (6
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7. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Abundncia de Contato com o Oriente Mdio a
pedras = arquitetura noroeste permanente Pgina 7 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental > Introduo
CONTRIBUIES E REALIZAES DAS CIVILIZAES DA ANTIGIDADE ORIENTAL
Sociedade Regio / Perodo Contribuies / Realizaes Cidades-estado,
matemtica (base 60 e sistemas de Mesopotmia meridional Sumrios
latitude), veculos com rodas, zigurates (templos), (3500-2300
a.C.). escrita cuneiforme, escolas. Irrigao para controlar o rio,
expanso de terras Vale do Nilo (Egito) cultivveis, calendrio,
medicina, monarquia Egpcios (3100-1200 a.C.) hereditria e
centralizada, escrita pictogrfica (hierglifos), tumbas nas
pirmides, mumificao. Mesopotmia Cdigo de leis de Hamurbi, unificao
de toda Babilnicos (1900-1600 a.C.) regio mesopotmica. Turquia e
Sria Hititas Metalurgia (ferro) (1800-1200 a.C.) Navegao martima,
alfabeto fontico, comrcio Fencios Lbano atual (1400-800 a.C.)
alm-mar. Norte da Mesopotmia Sociedade militarista, engenheiros
militares, Assrios (900-612 a.C.) imprio armado da Mesopotmia ao
Egito. Ldios Turquia (700-550 a.C.) Cunhagem de moedas, sistema
monetrio. Monotesmo - conceito de um Deus nico, os 10
Hebreus/Judeus/ Terra de Cana / atual Israel Mandamentos, a criao
de um cdigo de valores Israelitas (2.000 a.C.-79 d.C.) ticos e
morais; O Velho Testamento. Astronomia, fases lunares = 4 semanas
por ms, ano Caldees Mesopotmia (612-539 d.C.) solar preciso,
astrologia: Zodaco. Amplo sistema de estradas, unificao de um povo
Persas Ir atual (1200-330 d.C.) vasto em um nico imprio, perodo de
paz e de tolerncia, regras
claras.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (7
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8. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo 2_5 Pgina 1 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Oriental > EgitoEGITOA Civilizao
egpcia data do ano de 4.000 a.C., permanecendo relativamente estvel
por 35 sculos, apesar deinmeras invases das quais foi vtima.Em
1822, o francs Jean Franois Champollion decifrou a antiga escrita
egpcia tornando possvel o acesso direto sfontes de informao
egpcias. At ento, o conhecimento sobre o Egito era obtido atravs de
historiadores daAntigidade greco-romana.O MEIO AMBIENTE E SEUS
IMPACTOSLocalizado no nordeste africano de clima semi-rido e chuvas
escassas ao longo do ano, o vale do rio Nilo um osisem meio a uma
regio desrtica. Durante a poca das cheias, o rio depositava em suas
margens uma lama frtil na qualdurante a vazante eram cultivados
cereais e hortalias.O rio Nilo essencial para a sobrevivncia do
Egito. A interao entre a ao humana e o meio ambiente evidente
nahistria da civilizao egpcia, pois graas abundncia de suas guas
era possvel irrigar as margens durante o perododas cheias. A
necessidade da construo de canais para irrigao e de barragens para
armazenar gua prximo splantaes foi responsvel pelo aparecimento do
Estado centralizado.Nilo > agricultura de regadio > construo
de obras de irrigao que exigiam forte centralizao do poder
>monarquia teocrticaEVOLUO HISTRICAA histria poltica do Egito
Antigo tradicionalmente dividida em duas pocas:Pr-Dinstica (at 3200
a.C.): ausncia de centralizao poltica.Populao organizada em nomos
(comunidades primitivas) independentes da autoridade central que
era chefiada pelosmonarcas. A unificao dos nomos se deu em meados
do ano 3000 a.C., perodo em que se consolidaram a economiaagrcola,
a escrita e a tcnica de trabalho com metais como cobre e ouro.Dois
reinos Alto Egito (sul) e Baixo Egito (norte) surgiram por volta de
3500 a.C. em conseqncia da necessidade dese unir esforos para a
construo de obras hidrulicas.Dinstica: forte centralizao
polticaMens, rei do Alto Egito, subjugou em 3200 a.C. o Baixo
Egito. Promoveu a unificao poltica das duas terras sob umamonarquia
centralizada na imagem do fara, dando incio ao Antigo Imprio, Mens
tornou-se o primeiro fara. Osnomarcas passaram a ser governadores
subordinados autoridade faranica.
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9. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pgina 2 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Egito PERODOS DA POCA DINSTICA
A poca Dinstica dividida em trs perodos: Antigo Imprio (3200 a.C.
2300 a.C.) Capital: Mnfis Foi inventada a escrita hieroglfica.
Construo das grandes pirmides de Giz, entre as quais as mais
conhecidas so as de Quops, Qufrem e Miquerinos. Esses monumentos,
feitos com blocos de pedras slidas, serviam de tmulos para os
faras. Tais construes exigiam avanadas tcnicas de engenharia e
grande quantidade de mo-de-obra. Invaso dos povos nmades >
fragmentao do poder Mdio Imprio (c. 2040-1580 a.C.) Durante 200
anos o Antigo Egito foi palco de guerras internas marcadas pelo
confronto entre o poder central do fara e os governantes locais
nomarcas. A partir de 2040 a.C., uma dinastia poderosa (a 12)
passou a governar o Pas iniciando o perodo mais glorioso do Antigo
Egito: o Mdio Imprio. Nesse perodo: q Capital: Tebas q Poder
poltico: o fara dividia o trono com seu filho para garantir a
sucesso ainda em vida q Poder central controlava rigorosamente todo
o pas q Estabilidade interna coincidiu com a expanso territorial q
Recenseamento da populao, das cabeas de gado e de terras arveis
visando a fixao de impostos q Dinamismo econmico Pgina
3file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (9 of
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10. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Egito Os Hicsos Rebelies de camponeses e
escravos enfraqueceram a autoridade central no final do Mdio
Imprio, permitindo aos hicsos - um povo de origem caucasiana com
grande poderio blico que havia se estabelecido no Delta do Nilo
conquistar todo o Egito (c.1700 a.c.). Os hicsos conquistaram e
controlaram o Egito at 1580 a.C. quando o chefe militar de Tebas
derrotou-os. Iniciou-se, ento, um novo perodo na histria do Egito
Antigo, que se tornou conhecido como Novo Imprio. As contribuies
dos hicsos foram: q fundio em bronze q uso de cavalos q carros de
guerra q tear vertical Novo Imprio - (c. 1580- 525 a.C.) O Egito
expulsou os hicsos conquistando, em seguida, a Sria e a Palestina.
q Capital: Tebas. q Dinastia governante descendente de militares. q
Aumento do poder dos sacerdotes e do prestgio social de militares e
burocratas. q Militarismo e expansionismo, especialmente sob o
reinado dos faras Tutms e Ramss. q Conquista da Sria, Fencia,
Palestina, Nbia, Mesopotmia, Chipre, Creta e ilhas do Mar Egeu. q
Afluxo de riqueza e escravos e aumento da atividade comercial
controlada pelo Estado. q Amenfis IV promoveu uma reforma religiosa
para diminuir a autoridade dos sacerdotes e fortalecer seu poder
implantando o monotesmo (a crena numa nica divindade) durante seu
reino. q Invases dos povos do mar (ilhas do Mediterrneo) e tribos
nmades da Lbia conseqente perda dos territrios asiticos. q Invaso
dos persas liderados por Cambises. q Fim da independncia poltica.
Com o fim de sua independncia poltica o Egito foi conquistado em
343 a.C. pelos persas. Em 332 a.C. passou a integrar o Imprio
Macednio e, a partir de 30 a.C., o Imprio
Romano.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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11. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pgina 4 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Egito ASPECTOS ECONMICOS Base
econmica: q Agricultura de regadio com cultivo de cereais (trigo,
cevada, algodo, papiro, linho) favorecida pelas obras de irrigao. q
Agricultura extensiva com um alto nvel de organizao social e
poltica. q Outras atividades econmicas: criao de animais
(pastoreio), artesanato e comrcio. ASPECTOS POLTICOS Monarquia
teocrtica: q O governante (fara) era soberano hereditrio, absoluto
e considerado uma encarnao divina. Era auxiliado pela burocracia
estatal nos negcios de Estado. q Havia uma forte centralizao do
poder com anulao dos poderes locais devido necessidade de conjugao
de esforos para as grandes construes. q O governo era proprietrio
das terras e cobrava impostos das comunidades camponesas (servido
coletiva). Os impostos podiam ser pagos via trabalho gratuito nas
obras pblicas ou com parte da produo. ASPECTOS SOCIAIS q Predomnio
das sociedades estamentais (compostas por categorias sociais, cada
uma possua sua funo e seu lugar na sociedade). q O Egito possua uma
estrutura social esttica e hierrquica vinculada s atividades
econmicas. A posio do indivduo na sociedade era determinada pela
hereditariedade (o nascimento determina a posio social do
indivduo). q A estrutura da sociedade egpcia pode ser comparada a
uma pirmide. No vrtice o fara, em seguida a alta burocracia (altos
funcionrios, sacerdotes e altos militares) e, na base, os
trabalhadores em geral . A sociedade era dividida nas seguintes
categorias sociais: q O fara e sua famlia - O fara era a autoridade
suprema em todas as reas, sendo responsvel por todos os aspectos da
vida no Antigo Egito. Controlava as obras de irrigao, a religio, os
exrcitos, promulgao e cumprimento das leis e o comrcio. Na poca de
carestia era responsabilidade
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12. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo fara alimentar a populao. q aristocracia
(nobreza e sacerdotes). A nobreza ajudava o fara a governar. q
grupos intermedirios (militares, burocratas, comerciantes e
artesos) q camponeses q escravo Os escribas, que dominavam a arte
da escrita (hierglifos), governantes e sacerdotes formavam um grupo
social distinto no Egito. Pgina 5 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Oriental > Egito ASPECTOS CULTURAIS q A
cultura era privilgio das altas camadas. q Destaque para engenharia
e arquitetura (grandes obras de irrigao, templos, palcios). q
Desenvolvimento de tcnicas de irrigao e construo de barcos. q
Desenvolvimento da tcnica de mumificao de corpos. q Conhecimento da
anatomia humana. q Avanos na Medicina. q Escrita pictogrfica
(hierglifos). q Calendrio lunar. q Avanos na Astronomia e na
Matemtica, tendo como finalidade a previso de cheias e vazantes. q
Desenvolvimento do sistema decimal. Mesmo sem conhecer o zero, os
egpcios criaram os fundamentos da Geometria e do Clculo. q
Engenharia e Artes. q Jogavam xadrez. ASPECTOS RELIGIOSOS q
Politesmo q Culto ao deus Sol q As divindades so representadas com
formas humanas (politesmo antropomrfico), com corpo de animal ou s
com a cabea de um bicho (politesmo antropozoomrfico) q Crena na
vida aps a morte (Tribunal de Osris), da a necessidade de preservar
o cadver, desenvolvimento de tcnicas de mumificao, aprimoramento de
conhecimentos mdico-anatmicos. 3_3 Pgina
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13. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Mesopotmia Mesopotmia Regio do Oriente
Mdio, localizada entre os rios Tigre e Eufrates (a palavra
Mesopotmia significa entre rios), onde se sucederam as civilizaes
dos Sumrios, Babilnicos, Assrios e Caldeus. A Mesopotmia no se
unificou sob um governo como no Egito, a regio era povoada de
cidades-estados independentes que periodicamente exerciam forte
hegemonia sobre toda a Mesopotmia. O meio ambiente e seus impactos
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a Mesopotmia pertencia ao
chamado Crescente Frtil. Ao norte, o territrio montanhoso, desrtico
e, portanto, menos frtil; j ao sul, a regio constituda por plancies
muito frteis. A aridez do clima obrigou a fixao da populao s
margens dos rios Tigre e Eufrates, cujas guas permitiram o
desenvolvimento da agricultura na regio. A construo de obras de
irrigao foi fundamental para o aproveitamento dos recursos hdricos
disponveis na rea. Alm disso, por ser uma regio de grande
fertilidade em meio regies ridas, a Mesopotmia foi vtima de
constantes invases de povos estrangeiros. Pgina 2 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Oriental >
Mesopotmia Evoluo histrica e caractersticas de cada civilizao: POVO
CARACTERSTICAS PRINCIPAIS Originrios do planalto do Ir, fixaram-se
na Caldia. Organizavam-se politicamente em cidades-estado (Ur,
Uruk, Lagash, Eridu). Em cada cidade-Estado o poder poltico era
exercido por chefes militares e religiosos (rei-sacerdotes)
chamados de patesi . SUMRIOS A religio era politesta. (antes de
2000 a.C.) O templo era no somente o centro religioso como poltico,
administrativo e financeiro. Contribuio cultural: inveno da escrita
cuneiforme : sinais abstratos em forma de cunha, feitos em tbuas de
argila. Na literatura, destaque para os poemas O Mito da Criao e A
Epopia de
Gilgamesh.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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14. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Povo de origem semita que ocupou a parte
central da Mesopotmia, realizando, por volta de 2300 a.C., durante
o reinado de Sargo I, a unificao poltica. ACADIANOS Estabeleceu sua
capital em Akkad, da o nome da civilizao acadiana. (antes de 2000
a.C. ) Disputas internas e invases estrangeiras levaram ao
desaparecimento desse Imprio. Pgina 3 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Oriental > Mesopotmia Grupo de
invasores amoritas, vindos do deserto da Arbia Capital:
Babilnia.Grande centro urbano da Antigidade Oriental, eixo econmico
e cultural da regio. Hamurbi o mais importante rei babilnico
unificou politicamente a Mesopotmia e elaborou o primeiro cdigo de
leis escritas: Cdigo de Hamurbi (compilao de PRIMEIRO IMPRIO
BABILNICO procedimentos jurdicos). Neste, est prevista a Lei do
Talio (olho por olho, dente por dente), abrange quase todos os
(2000 a.C. 1750 a.C.) aspectos da vida babilnica (comrcio,
propriedade, herana, direitos da mulher, famlia, escravido etc.).
Hamurbi realizou uma reforma religiosa, instituindo o culto a
Marduk, principal divindade em honra de quem foi construdo um
imponente zigurate. Rebelies internas e invases que levaram a um
enfraquecimento do Imprio e fragmentao do poder. Ocupou o norte da
Mesopotmia, perto do curso superior do rio Tigre, regio rica em
madeira e minrio (cobre e ferro). Capital: Assur. Principal
atividade econmica: pastoreio e comrcio. Grande parte da riqueza
vinha do saque das regies conquistadas; existia uma espcie de
sistema bancrio. Militarismo: Usavam cavalos e armas de ferro e
passaram para a histria como o povo mais guerreiro da antiguidade.
IMPRIO ASSRIO Formao de um Imprio. Conquista da Mesopotmia, da Sria
e da Palestina. (1300 a.C. 612a.C.) Crueldade com os derrotados de
guerra (esfolamento vivo nas pedras, corte de orelhas, rgos
genitais e narizes); escravizao dos sobreviventes. Governante mais
conhecido: Assurbanipal, ampliou
asfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (14 of
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15. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo fronteiras do imprio; ordenou a construo da
principal biblioteca da Antigidade Oriental em Nneve, reunindo
importante acervo cultural. Morreu em 631 a.C. passando a ocorrer
revoltas dos povos dominados que, chefiados pelos caldeus de
Nabopolasar, derrubaram o imprio por volta de 612 a.C. Origem
semita; derrotando assrios, estabeleceu seu poder sobre a
Mesopotmia. Capital: Babilnia. Com o rei Nabucodonosor II o imprio
babilnico atingiu seu apogeu. Ampliou as fronteiras do reino,
dominando a Fencia e a Sria.Vitria sobre o Egito, ocupao do Reino
de Jud e Jerusalm com escravizao dos hebreus (O Cativeiro SEGUNDO
IMPRIO BABILNICO da Babilnia). (612 a.C. 539 a.C.) Construo de
grandes obras pblicas: templos e palcios; zigurate (imponente
construo em forma de torre com degraus , conhecido como a torre de
Babel) e os famosos Jardins Suspensos da Babilnia. Com a morte de
Nabucodonosor II h o enfraquecimento do reino, tornando-se alvo da
expanso persa. Chefiados por Ciro I, os persas invadiram e
dominaram a Mesopotmia, que se tornou uma provncia do Imprio Persa.
4_1 Pgina 1 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Oriental > Fencia Fencia A Fencia corresponde
atualmente regio do Lbano. De recursos naturais escassos, alm do
clima rido e solo pouco apropriado atividade agrcola, sua localizao
geogrfica favoreceu fundamentalmente a navegao e o comrcio. Essa
vocao martima dos fencios contou ainda com a ajuda das abundantes
florestas de cedro, madeira adequada para a fabricao de embarcaes,
presentes em seu territrio. Os fencios no conheceram, na
Antigidade, a centralizao poltica, organizando-se segundo
cidades-estados; unidades autnomas do ponto de vista econmico e
administrativo, sendo que as que mais se destacaram foram Biblos,
Tiro e Sidon. A principal classe da sociedade fencia, pelas prprias
atividades econmicas dessa civilizao, era formada pelos
comerciantes e armadores que controlavam a vida econmica e poltica
das cidades-estado. A expanso das atividades comerciais levou os
fencios a controlar a navegao no Mediterrneo, onde fundaram
diversas colnias e feitorias. Entre elas destacam-se Palermo, na
Siclia, Cdis e Mlaga, na Espanha, e, principalmente, Cartago, no
norte da frica. A cultura fencia, dado o carter aberto de
suafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (15 of
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16. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo organizao scio-econmica, assimilou diversos
componentes de outras culturas. Cabe, destacar, sua mais importante
contribuio para a cultura ocidental: a inveno do alfabeto com 22
letras, matriz de nossa escrita atual. 5_24 Pgina 1 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia
Grcia Chamamos de civilizao grega, ou civilizao helnica aquela que
se desenvolveu a partir do extremo sul da Pennsula Balcnica (a
Grcia atual) e se difundiu pelas ilhas do Mar Egeu, costa ocidental
da sia Menor, litoral do Mar Negro e por certos pontos africanos e
europeus do Mediterrneo. As origens da civilizao helnica so
encontradas nos primitivos povos que habitavam a Pennsula Balcnica,
os pelasgos, na civilizao egia e nos povos indo-europeus (aqueus,
jnios, elios e drios) que, desde mais ou menos 2.000 a.C. comearam
a penetrar nos Blcs. A CIVILIZAO EGIA A civilizao egia
desenvolveu-se, originalmente, nos muitos arquiplagos do Mar Egeu e
teve como principal centro a ilha de Creta, da tambm ser conhecida
por civilizao cretense. Os egeus chegaram a ocupar tambm as costas
ocidentais da sia Menor e a parte meridional dos Blcs. A exigidade
das terras arveis e das reservas minerais e a facilidade para a
navegao (muitas enseadas naturais e ilhas prximas umas das outras)
fizeram com que os egeus se notabilizassem como um povo de
navegadores. O comrcio martimo foi a base de sua economia.
Conseqentemente, a civilizao egia caracterizou-se por um notvel
desenvolvimento urbano, sendo que dentre suas cidades a mais
importante foi Cnossos, cujos reis recebiam o ttulo de
Minos.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (16
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17. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Cada cidade tinha, provavelmente, o estatuto
de uma cidade-estado, ou seja tinha sua autonomia e soberania
poltica. provvel que essas muitas cidades-estados tenham formado
uma espcie de federao, sob a liderana efetiva de Cnossos.
Parece-nos fora de dvida que os Minos (reis de Cnossos) exerciam
uma efetiva hegemonia sobre os povos egeus. Alguns historiadores
chegam a designar essa civilizao como civilizao minica. Pgina 2
Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica
> Grcia As relaes das cidades-estados do Egeu eram pacficas, j
que no existiam resqucios arqueolgicos de fortificaes em nenhuma
delas. J nas cidades egias do sul da Pennsula Balcnica encontramos
fortificaes, o que demonstra a preocupao defensiva gerada pelas
sucessivas ondas de povos indo-europeus que l foram chegando.
Nossos conhecimentos acerca da civilizao egia so limitados pelo
fato de que seus sistemas de escrita ainda no foram plenamente
decifrados e, conseqentemente, temos de contentar-nos com suposies
feitas a partir de achados arqueolgicos e de documentos escritos
que j puderam ser decifrados. Entretanto, algumas afirmaes podem
ser feitas com relativa segurana: sua religio estava diretamente
ligada natureza e sua principal divindade era representada por uma
figura de mulher (a Grande deusa), que era tida como me de todos os
outros deuses e dos homens. A arte egia era viva e brilhante, plena
de humanismo e individualidade, ou seja, ela se distingue
plenamente das artes anteriores e contemporneas, mesmo porque ela
no estava a servio nem do Estado nem da religio. Embora no tenhamos
muitos elementos para conhecer a cultura egia, certo que ela
exerceu profunda influncia junto aos povos mediterrneos,
especialmente atravs dos gregos, que foram seus principais
depositrios. Por volta de 1.600 a.C., Cnossos foi destruda por uma
aliana de cidades-estados egias do sul da Grcia, lideradas por
Micenas. Pgina 3 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica >
Grciafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (17
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18. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo A CIVILIZAO MICNICA O nome de civilizao
micnica dado ao conjunto dos povos gregos (aqueus, jnios e elios)
que assimilaram a cultura egia e conquistaram boa parte dos domnios
egeus, inclusive Cnossos. A designao micnica devida ao fato de que
a cidade de Micenas e seus reis exerciam uma efetiva hegemonia
sobre os demais povos gregos. Essa hegemonia no foi estabelecida de
forma pacfica. As guerras entre as diversas cidades-estados
micnicas foram constantes, sendo que, dentre essas guerras, as mais
importantes foram entre Micenas e Tebas e entre Micenas e Tria
(esta imortalizada pela Ilada). Os micnicos, a exemplo dos egeus,
tiveram no comrcio sua atividade econmica dominante, sendo o
comrcio o principal difusor da cultura e da civilizao micnica pelo
Mediterrneo. A Ilada e a Odissia, poemas picos atribudos a Homero,
e achados arqueolgicos, constituem-se as principais fontes
histricas para o conhecimento da Histria micnica, bem como para os
primeiros tempos da civilizao helnica . A decadncia e conseqente
desaparecimento da civilizao micnica ocorreram, fundamentalmente,
devidos invaso dos drios, um povo tambm indo-europeu, altamente
belicoso e que chegou Pennsula Balcnica por volta do sculo XII a.C.
Como povo tipicamente agrrio, os drios instalaram-se nas melhores e
mais frteis terras balcnicas. Tal fato provocou um grande fluxo
migratrio, bastante desordenado, atravs do qual os povos micnicos
povoaram as terras menos frteis da Grcia, as ilhas do Egeu, partes
do litoral ocidental da sia Menor e certas regies em torno do Mar
Negro. Esse movimento migracional ficou conhecido como Dispora
Grega. O territrio da Grcia Antiga (Grcia Continental, Peloponeso
ou Grcia Peninsular e Grcia Insular) possui um relevo montanhoso
que isola , umas das outras, as poucas plancies mais ou menos
frteis l existentes. Tal situao de relevo, somada ao fato de o
litoral ser altamente propcio ao desenvolvimento da navegao (
multiplicidade de enseadas naturais propcias ao aproveitamento como
portos), ajuda a explicar a vocao mercantil da Grcia. O carter com
o qual ocorreu a Dispora Grega e o tipo de realidade geogrfica dos
territrios ocupados pelos migrantes nos ajudam a entender certos
aspectos econmicos e polticos das comunidades gregas. Cada plancie
foi ocupada por um cl cujo chefe, normalmente o mais velho dos
homens, exercia uma autoridade quase que absoluta. Inicialmente, a
terra era de todos, mas com o crescimento demogrfico, a explorao
comunal foi passando a ser insuficiente para a populao. o incio da
propriedade privada, sendo que as terras eram distribudas por um
critrio de parentesco em relao ao chefe do cl. As melhores terras
eram dadas aos parentes mais prximos, e assim por diante, at que os
parentes mais distantes nem sequer recebiam uma propriedade agrria.
Em outros termos, podemos afirmar que, com o advento da propriedade
privada, configurou-se uma estratificao social, em cujo topo
tnhamos uma aristocracia (proprietrios das melhores terras). Em
situao intermediria, tnhamos os pequenos proprietrios (em posse de
terras no to frteis). Na base, havia uma massa de trabalhadores
agrrios. importante notar que os descendentes desses primeiros
gregos (os participantes da Dispora) eram sempre homens livres. S
mais tarde viria aparecer a instituio da escravido por
dvidas.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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19. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pgina 4 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Clssica > Grcia A GRCIA ARCAICA (Sculos
VIII a VI a.C) J que a economia das diversas comunidades gregas era
tipicamente agrria, podemos entender que a propriedade da terra era
o elemento fundamental na determinao da condio scio-econmica do
indivduo, bem como de sua participao poltica na comunidade. Dentro
desses parmetros, fcil justificar o fato de que, na maioria das
cidades-estados gregas, verificamos uma progressiva concentrao de
poder nas mos da aristocracia (classe social dos grandes
proprietrios de terra). Por meio dessas informaes pode-se afirmar
que houve na Grcia uma evoluo poltica de monarquias para
oligarquias.S que o domnio poltico e econmico da aristocracia no
perdurou indefinidamente sem contestao. A concentrao da propriedade
fundiria nas mos da aristocracia, o regime de transmisso da herana
apenas para o primognito e o prprio crescimento vegetativo da
populao foram responsveis por uma crescente tenso social que
ameaava desestabilizar o domino da aristocracia. Nesse contexto
podemos entender o desencadeamento do sistema de colonizao grega no
Mediterrneo, processo que consistiu na ocupao de terras no-gregas
por povos gregos. A invaso dessas terras se concretizava com a
instalao de famlias nessas reas, esses grupos originavam novas
cidades-estados. Os gregos , no movimento colonizatrio, ocuparam
diversos pontos da sia Menor ( costa da Anatlia); a regio dos
estreitos (Mar de Mrmora e Mar Negro), onde fundaram Bizncio;
Siclia (onde fundaram, entre outras, as cidades-estados de Siracusa
e Agrigento) e no sul da Itlia (Tarento, Sbaris, Crotona e Npoles).
As colnias gregas do sul da Itlia e Siclia so conhecidas
genericamente pelo nome de Magna Grcia. As colnias mantinham
estreitas ligaes com as terras de origem dos colonos, ou seja, com
as cidades-estados na prpria Grcia. A colonizao grega no
Mediterrneo trouxe consigo diversas consequncias, dentre as quais
merecem destaque: q a helenizao cultural de diversos pontos do
Mediterrneo.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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20. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo q um intenso desenvolvimento comercial entre
as colnias e as cidades-estados da Grcia. As colnias ficavam em
regies de solo frtil, portanto, tinham uma produo agrria
diversificada e abundante, cujos excedentes eram exportados para a
Grcia. Clique no mapa para ampliar. Pgina 5 Matrias > Histria
> Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia A crescente
penetrao , na Grcia, de produtos agrcolas coloniais determinou a
decadncia do sistema agrrio tradicional. Inicialmente, os pequenos
proprietrios viram-se arruinados pela concorrncia colonial; depois,
a prpria aristocracia teve seu poderio econmico abalado.As terras
em mos da aristocracia foram sendo progressivamente aproveitadas
para o plantio da vinha e da oliva. Paralelamente, desenvolveu-se a
produo do vinho e do azeite. Configurou-se, dessa forma, uma
reciprocidade comercial: as colnias forneciam alimentos, a Grcia
fornecia vinho e azeite. O trato da vinha e da oliva exigia grandes
contingentes de mo-de-obra, fato este que contribuiu para o
crescimento da escravido. Na Grcia, alm do escravo obtido por
conquista ou compra, havia o escravo por dvidas (o devedor que no
podia pagar aquilo que devia era escravizado pelo credor como forma
de pagamento). A escravido por dvidas atingia, fundamentalmente, os
pequenos proprietrios de terra que, depois de perderem suas
propriedades, acabavam perdendo a liberdade. Verificamos que a
colonizao trouxe consigo um notvel desenvolvimento comercial que
serviu de estmulo para o incremento da vida urbana e,
conseqentemente, das atividades artesanais. A camada social
constituda por indivduos ligados a atividades urbanas (comrcio,
artesanato e funes liberais) viu-se fortalecida e multiplicou-se .
Resumindo: as necessidades da sociedade aristocrtica grega levaram
ocorrncia de uma colonizao no Mediterrneo; tal colonizao
desencadeou um desenvolvimento mercantil e uma crise agrria na
Grcia; essa crise significou um enfraquecimento econmico e poltico
da aristocracia; o desenvolvimento mercantil gerou um
fortalecimento econmico e poltico das camadas sociais urbanas. Na
Grcia, nesse perodo (sculos VIII a VI a.C.) o poder econmico
concentrava-se cada vez mais nas mos das camadas urbanas, enquanto
o poder poltico continuava monopolizado pela aristocracia
fundiria.Tal contradio, somada s crescentes tenses sociais, serviu
de vetor para uma srie de transformaes polticas que ocorreram nas
cidades-estados grega. Essas transformaes polticas aconteceram
sempre no sentido da evoluo de uma oligarquia (governo de poucos)
para uma democracia (governo de todos os cidados). Os principais
agentes dessa evoluo poltica foram os legisladores e os tiranos. Os
legisladores eram indivduos nomeados pela aristocracia para
realizarem reformas capazes de aliviar a tenso social e a contestao
poltica. Os tiranos eram lderes que tomavam o poder pela fora,
geralmente com apoio popular; uma vez no poder, os tiranos
realizavam reformas polticas e sociais mais ou menos
profundas.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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21. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo No Perodo Arcaico da histria da Grcia
(sculos VIII a VI a.C.), verificamos uma crescente urbanizao
econmica e, conseqentemente, um deslocamento do poder poltico das
mos da aristocracia fundiria para as mos das camadas urbanas. S que
tais processos no ocorreram da mesma forma e nem simultaneamente
nas diversas cidades-estados gregas. Cada cidade-estado (polis o
termo grego) da Grcia conheceu seu prprio processo evolutivo; duas
delas, Esparta e Atenas, foram as mais notveis e importantes polis
do Perodo Arcaico. Pgina 6 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Clssica > Grcia ESPARTA Esparta conheceu um
desenvolvimento e uma organizao absolutamente singulares em relao s
demais polis gregas. Essa cidade estava localizada no centro da
plancie da Lacnia, no frtil vale do rio Eurotas. Nos tempos
pr-gregos, a se desenvolvera a civilizao mecnica que, por volta de
1200 a.C., fora conquistadas pelos drios. A partir da ocupao da
Lacnia, os drios, que deram origem aos espartanos, atravs de uma
srie de guerras, foram conquistando os territrios vizinhos, dentre
os quais o mais importante foi a plancie da Messnia. O imperialismo
continental foi uma das caractersticas dominantes da histria de
Esparta. Essa cidade quase no participou do movimento colonizatrio
grego no Mediterrneo por ocupar uma regio frtil. Seu expansionismo
limitou-se ao territrio da prpria Grcia. Essa uma singularidade de
Esparta. Segundo a tradio, a organizao scio-poltica e econmica de
Esparta deve-se a uma constituio, que teria sido elaborada por um
personagem semilendrio chamado Licurgo. Na verdade, a organizao
espartana no devida obra de um nico indivduo e nem foi estabelecida
de uma s vez.; ela resultado de reformas que foram realizadas desde
a origem da polis at, mais ou menos, o sculo VI a.C., quando
adquiriu sua feio definitiva. Em seus moldes finais, a sociedade
espartana estava estratificada da seguinte maneira: Espartanos ou
Espartatas. Camada que agregava todos os indivduos que possuam
direitos polticos; provavelmente, os espartatas eram os
descendentes dos drios que haviam conquistado a Lacnia e dado
origem polis de Esparta. Hilotas Camada constituda de escravos do
Estado que descendiam, provavelmente, dos primitivos habitantes da
Lacnia (aqueles que a ocupavam quando houve a invaso dos drios).
Periecos Camada composta de indivduos livres que viviam sob a
dominao poltica dos espartatas e se dedicavam ao artesanato e
explorao de pequenas propriedades agrrias. Os periecos eram,
provavelmente, descendentes dos povos que foram sendo vencidos por
Esparta atravs de suas
guerras.file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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22. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Pgina 7 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Clssica > Grcia Os espartatas, alm de
serem os nicos a possuir direitos polticos, eram submetidos a um
regime especial de vida: o homem espartata era fundamentalmente um
soldado e sua mulher era me de outros espartatas. Para que pudessem
ser soldados, os espartatas tinham sua manuteno, bem como a de suas
famlias, assegurada pelo Estado. Cada espartata, ao completar sua
educao militar, recebia do Estado um lote de terra e uma ou mais
famlias de hilotas que trabalhavam na terra e produziam o
suficiente para a manuteno do espartata, de sua mulher (tambm uma
espartata) e de seus filhos. interessante notar que a sociedade
espartata era absolutamente democrtica (todos tinham exatamente os
mesmos direitos), os meios de produo pertenciam ao Estado, ou seja,
no havia propriedade privada dos meios de produo entre os
espartatas . Os hilotas, como j dissemos, pertenciam ao Estado e
eram cedidos aos espartatas para serem utilizados exclusivamente
pelos cidados, sendo que seu trabalho era basicamente aproveitado
no trato da terra. Os periecos, como homens livres , podiam possuir
suas prprias terras ou seus prprios meios de trabalho e
sobrevivncia. Eram obrigados a pagar tributos para o Estado e a
prestar servio militar, quando convocados. A organizao poltica de
Esparta tambm era singular, em relao s demais existentes na Grcia.
O poder poltico espartano era exercido nos seguinte termos: q A
Diarquia era constituda por dois reis que representavam as duas
famlias mais importantes de Esparta (os Europntidas e os Agadas) e
que exerciam funes religiosas e militares. q A Gersia era uma
assemblia formada por vinte e oito ancies, recrutados dentre as
famlias mais tradicionais, e mais os dois reis; a Gersia funcionava
como um tribunal julgando os infratores da lei. q A Apella era a
assemblia de todos os cidados; suas funes eram praticamente
ilimitadas; era o rgo que tomava todas as decises em ltima
instncia. q O Eforado, ou Conselho dos Cinco foros, principal rgo
executivo do governo, era formado por cinco cidados, eleitos
anualmente pela Apella, que deviam fiscalizar a observao da
Constituio e das leis. Nos parmetros dessa organizao poltica, o que
verificamos de fato que os cinco foros eram os reais detentores do
poder e, exatamente por isso, eram trocados todos os anos para que
no houvesse a possibilidade de um indivduo ou um grupo de indivduos
monopolizar o poder em carter permanente. Pgina 8 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica >
Grciafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (22
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23. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo ATENAS Atenas desenvolveu-se como sendo o
centro poltico e econmico da plancie da tica; esta regio se
comunica mais facilmente com o mar do que com o interior do
continente, em funo de seu relevo. A tica apresentava um solo
relativamente frtil, um boa reserva florestal que fornecia,
abundantemente, madeira para a construo naval, grandes reservas de
prata e chumbo, muita argila e grandes pedreiras de calcrio e
mrmore. Dentre os recursos naturais disponveis o ferro era o
material mais escasso. Primitivamente, desenvolveram-se diversas
comunidades na plancie da tica, que foram progressivamente sendo
unificadas em torno de um centro poltico instalado na Acrpole de
Atenas. Tal processo foi gradual e pacfico e recebeu o nome de
sinecismo; esse, levou instalao de uma monarquia. O fortalecimento
da aristocracia, formada por grandes proprietrios de terra, fez com
que a monarquia se transformasse, progressivamente, numa oligarquia
aristocrtica. Tal evoluo aconteceu pacificamente, atravs do
esvaziamento das funes do Basileu, que aos poucos tornou-se apenas
um chefe religioso. Simultaneamente, foram surgindo outras
magistraturas: o Polemarca, a quem competia a chefia militar; o
Arconte, responsvel pela administrao e os seis Tesmotetas , que
eram os juzes e guardies da lei.Os magistrados eram eleitos
anualmente pela Eclsia, assemblia de todos os cidados. Havia ainda
o Arepago, conselho formado exclusivamente por elementos recrutados
dentre a aristocracia, os componentes desse grupo cooperavam com os
magistrados na direo da polis. Pgina 9 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica >
Grciafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (23
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24. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Com a configurao poltica da oligarquia,
verificamos o surgimento de uma nova estratificao social que, ao
invs de ser baseada em critrios de nascimento, sustentava-se por
critrios determinados a partir das rendas e propriedades dos
indivduos. Essa estratificao ampliou o nmero de cidados e tornou
possvel aumentar os efetivos militares, e conseqentemente, o
poderio do Estado. O crescimento demogrfico, aliado a outros
fatores j mencionados, fez com que Atenas empreendesse tenazmente
uma ao colonizatria no Mediterrneo. Tal feito impulsionou as
atividades mercantis e fortaleceu as camadas urbanas; ao mesmo
tempo, as atividades agrrias conheciam uma radical transformao: o
desenvolvimento da vinicultura e das oliveiras. Um fato relevante
que ao lado da aristocracia, at ento hegemnica em termos polticos,
passa a existir uma camada social ligada s atividades mercantis
(comrcio e artesanato) , que conheceu um rpido processo de
enriquecimento passando a reivindicar uma posio mais atuante no
aparelho do Estado. O processo de desenvolvimento mercantil foi
acompanhado por uma crise agrria que atingiu, fundamentalmente, os
pequenos proprietrios que se viam empobrecidos e mesmo escravizados
por dvidas. Em sntese, havia uma crescente insatisfao popular que
pde ser utilizada pelas camadas mercantis como instrumento de
presso para a realizao de transformaes polticas. As primeiras
manifestaes para a transformao poltica ocorreram de forma pacfica.
A prpria estrutura oligrquica, pressionada pelos setores urbanos e
populares, formou legisladores encarregados de reformas que
aplacassem a tenso scio-poltica e permitissem a continuidade do
domino aristocrtico. Dracon,o primeiro legislador, em 621 a.C.,
elaborou as primeiras leis escritas de Atenas; as leis draconianas
caracterizaram-se por sua excessiva severidade. Essas regras no
chegaram at os documentos escritos; sendo assim, tal legislao no
teve seu carter efetivamente demonstrado. Mais tarde, a simples
existncia de leis escritas coibiu a arbitrariedade com o qual os
juzes (aristocratas) julgavam os no-aristocratas. Pouco aps a
elaborao das leis draconianas, um segundo legislado, foi
constitudo: Slon. Em 594 a.C., Slon elaborou profunda reformas nas
leis de Dracon. Pgina 10 Matrias > Histria > Histria Geral
> Antiguidade Clssica > Grcia ATENAS Os principais aspectos
das reformas de Slon foram: q amenizao da severidade das leis
draconianas; q fim da escravido por dvidas; q devoluo das terras
que haviam sido tomadas pelos credores dos seus proprietrios
originais; q estabelecimento de um tamanho limite para as
propriedades agrrias; q admisso dos tetas (trabalhadores livres
no-proprietrios de terra) na Eclsia; q criao do Heliaea (tribunal
de justia do qual todos os cidados podiam participar); q as
magistraturas passaram a ser exercidas por todos os cidados. Vale a
pena destacar o fato de que, em Atenas, eram cidados apenas os
homens livres no-estrangeiros; sendo assim, os estrangeiros e os
escravos no possuam direitos civis. Slon fez com que todos os
cidados pudessem exercer as magistraturas; entretanto, na prtica,s
osfile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (24 of
610) [05/10/2001 22:27:03]
25. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo indivduos mais ricos se ocupavam das funes
dos magistrados (Basileu, Polemarco, Arconte e Tesmotetas), pois
estas exigiam dedicao exclusiva sem remunerao. As reformas de Slon
ampliaram a faixa de participao dos cidados ligados s atividades
mercantis, atenderam parcialmente os interesses das camadas
populares e aboliram a escravido por dvidas. S que essa mudanas no
foram bem aceitas nem pela aristocracia e nem pelas camadas
populares desejosas de reformas mais profundas do que as efetuadas
, grande parte da insatisfao do povo estava ligada estrutura da
propriedade fundiria.Apesar desse descontentamento proveniente de
diversas camadas sociais, no h como negar que aps as reformas de
Slon, Atenas conheceu um perodo de relativa paz social; fato este
que permitiu o desenvolvimento de uma poltica imperialista, cuja
primeira manifestao concreta foi o conjunto de lutas contra Mgara
acerca da posse de Salamino. Nessas batalhas, Pisstrato, grande
general, foi importantissmo. Em 561 a.c, com ampla base de apoio
popular, esse general tomou o poder em Atenas estabelecendo a
Tirania , governo de um tirano. Na Grcia Antiga, tirano era o
indivduo que tomava o poder pela fora das armas. Pisstrato exerceu
a Tirania de 561 a 528 a.C., ou seja, da tomada do poder at sua
morte. Com a instalao da Tirania, esse lder no extinguiu a
estrutura poltico-administrativa estabelecida por Slon, apenas
superps uma nova e superior esfera de poder, ou seja, o tirano
colocou-se acima da estrutura j existente. Pgina 11 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia
Dentre as realizaes de Pisstrato, esto: q o enfraquecimento da
aristocracia, atravs do confisco de parte substantiva de suas
terras, e a distribuio destas reas para os cidados pobres; q a
montagem de uma poderosa frota naval, objetivando o estabelecimento
da hegemonia ateniense no Mediterrneo Oriental. Com a morte de
Pisstrato, seus filhos Hiparco e Hpias o sucederam no poder. Pouco
aps essa sucesso, uma conspirao aristocrtica assassinou Hiparco,
provocando a adoo de uma poltica intensamente repressiva por parte
de Hpias. Tal forma de liderana causou uma progressiva perda das
bases polticas de Hpias, fato que acabou criando as condies
necessrias para um movimento insurrecional que derrubou a Tirania.
Com o fim dessa forma de governo, o poder foi concentrado nas mos
de um novo legislador, Clstenes, que realizou as reformas que
conduziram Atenas condio de uma Democracia. No incio de seu
governo, Clstenes sofreu uma intensa oposio da aristocracia, que se
aliou a Esparta. Os espartanos chegaram a ocupar Atenas, mas logo
foram expulsos; esse evento s contribuiu para o fortalecimento de
Clstenes e de suas pretenses reformistas. As reformas de Clstenes
instalaram em Atenas uma nova sistemtica poltica, cujas idias
fundamentais eram a igualdade poltica de todos os cidados e a
participao direta dos mesmos na mquina governamental. O principal
aspecto de suas reformas foi a criao de uma nova estrutura de
recrutamento para a participao poltica. Os cidados foram
distribudos em demos (unidades organizacionais de carter local s
quais todos os cidados eram obrigados a pertencer formalmente). O
conjunto dos demos foi distribudo em trs grupos: q o primeiro
reunia os demos da cidade de Atenas (nos quais predominavam os
indivduos ligados s atividades de comrcio e artesanato, alm dos
trabalhadores
urbanos);file:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm
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26. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo q o segundo reunia os demos do litoral (que
agregavam os navegadores e pescadores); q o terceiro reunia os
demos do interior (que agregavam os proprietrios rurais grandes e
pequenos). Pgina 12 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica > Grcia Cada um desses grupos era dividido
em dez Tritia (cada qual formada por vrios demos). Trs tritias (uma
de cada grupo) formavam uma Tribo. Essas dez tribos formavam a base
para o recrutamento poltico e militar necessrio. importante saber
que em cada tribo havia participao indistinta dos diversos estratos
sociais. Cada tribo fornecia uma unidade militar sob o comando de
um Estratego , eleito pela prpria tribo. A Boul ou Conselho dos
Quinhentos, formada por cinqenta elementos de cada tribo, passou a
ser o principal rgo executivo do governo. As funes legislativas
foram integralmente concentradas nas mos da Eclsia (assemblias de
todos os cidados). As funes judicirias pertenciam ao Heliaea
(tribunal formado por juzes eleitos anualmente, em nmero idntico
para cada tribo, pela Eclsia). Com essas reformas, todos os
cidados, independentemente de sua condio scio-econmica, passaram a
participar diretamente do exerccio do poder poltico. Com isso,
Atenas atingiu seu esplendor democrtico. S que o conceito de
cidadania era restrito aos homens livres nascidos em Atenas;
conseqentemente, mulheres, escravos e estrangeiros no tinham acesso
ao poder poltico; logo, a democracia ateniense no era o governo de
todos, e sim o governo de todos os cidados. Ainda assim, as
reformas realizadas por Clstenes reduziram muito os nveis de tenso
social e contestao poltica existentes. Pgina 13 Matrias >
Histria > Histria Geral > Antiguidade Clssica >
Grciafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (26
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27. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Civilizao Grega Arcaica (sculos VIII a VI
a.C) As bases da cultura e da civilizao grega devem ser buscadas
entre os egeus; os povos indo-europeus que deram origem nao grega
assimilaram aquilo de mais significativo produzido por esse grupo.
Em funo do desenvolvimento da colonizao mediterrnea,
particularmente no que diz respeito ao estabelecimento de colnias
na sia Menor, a civilizao grega entrou em contato com as civilizaes
orientais (egpcia e mesopotmica principalmente), das quais recebeu
fortes influncias. A partir desses dois fundamentos, os gregos
desenvolveram uma cultura e uma civilizao originais, que podem ser
consideradas fatores fundamentais da unidade nacional grega. Um
segundo fator dessa unidade era a religio. Os gregos praticavam um
politesmo cujos deuses, alm de serem representados com formas
humanas (Antropomorfismo), eram efetivamente humanizados em seus
comportamentos e histrias. Os deuses gregos, alm de suas virtudes,
possuam defeitos humanos. A vida dos deuses era contada atravs de
lendas (Mitologia) que, de uma certa forma, foram sistematizadas
nos poemas homricos. O templo era considerado como a casa do deus
e, por isso , merecia um cuidado arquitetnico distinto do dado as
demais edificaes gregas. Cada polis tinha seu deus principal, ao
qual era dedicado o mais imponente templo da cidade. Ainda assim,
havia alguns templos que adquiriam uma importncia que transcendia o
mbito restrito da polis. o caso do Templo de Apolo, em Delfos, cujo
orculo era consultado indistintamente por todos os gregos; tambm o
caso do Templo de Zeus, em Olmpia, onde, de quatro em quatro anos,
eram realizados os Jogos Olmpicos, atividades nas quais atletas de
toda a Grcia tomavam parte. Pgina 14 Matrias > Histria >
Histria Geral > Antiguidade Clssica > Grcia Em termos de
literatura, a poesia pica foi o primeiro ramo desenvolvido. No
perodo arcaico, os poemas homricos conheceram sua primeira edio;
nessa poca viveu Hesodo, poeta de origem campesina, cujas
principais obras so: A Teogonia, em que tentou organizar a
genealogia dos deuses e Os Trabalhadores e os Dias, em que narra o
cotidiano da vida rural grega de seu tempo. Ainda no perodo
arcaico, nasceu a poesia lrica, cujos principais representantes,
naquele momento, foram Alceu e a poetisa Safo. Nas suas origens, a
cincia e a filosofia se confundiram bastante. No perodo arcaico, a
principal preocupao dos filsofos era a de encontrar o elemento
primrio da vida, a partir do qual o mundo e o homem teriam surgido.
O primeiro dos nomes conhecidos o de Tales de Mileto, cuja maior
especulao dizia respeito formao das leis que regiam o conhecimento
da cincia abstrata. Alm disso, Tales desenvolveu uma srie de
conhecimento prticos, especialmente em Matemtica, e formulou a
teoria de que a substncia primria era a gua. Dentre os discpulos de
Tales de Mileto, merecem destaque: Anaxmenes que via no ar a
substncia primria, e Anaximandro, para quem os mundos eram
infinitos em sua perptua inter-relao. Dois outros filsofos merecem
destaque: Xenfanes, que acreditava em um nico deus que dirigia as
foras do mundo e considerava o politesmo e as lendas acerca da vida
dos deuses como simples invenes da imaginao humana, e Pitgoras de
Samo, para quem os segredos do universo esto na harmonia dos
nmeros. A arquitetura grega manifestou sua mxima produtividade e
esplendor na construo dos templos.
Parafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (27
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28. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo essa arquitetura, as idias de proporo e
harmonia eram fundamentais, partindo delas formaram-se dois estilos
bsicos: o drico (severo e funcional) e o jnico (luxuoso e
elegante). A escultura exercia um papel efetivamente independente
da arquitetura, sendo que a estaturia, trabalhada fundamentalmente
em mrmore, preocupava-se com o rigor anatmico e com a preciso dos
movimentos e detalhes. Pgina 15 Matrias > Histria > Histria
Geral > Antiguidade Clssica > Grcia AS GUERRAS MDICAS OU
GRECO PRSICAS fato notvel de que, no sculo VI a.C., as poleis
gregas da Anatlia (sia Menor) e na Magna Grcia (sul da Itlia e Ilha
da Siclia) apresentavam maior desenvolvimento econmico e cultural
que as da prpria Grcia. Destaque maior deve ser dado s principais
poleis da Anatlia: Mileto, feso, Samos e Lesbos. Estes eram, sem
dvida, os mais prsperos centros irradiadores da civilizao helnica.
O Reino Ldio fazia fronteira com as poleis gregas da Anatlia e
mantinha intensas relaes mercantis com elas. Esse contato fazia com
que a Ldia assimilasse, em larga escala, os padres culturais da
civilizao helnica; em contrapartida, o Reino Ldio foi estabelecendo
uma efetiva hegemonia poltica sobre a Anatlia.O estabelecimento da
hegemonia ldia facilmente compreensvel se levarmos em considerao no
s a inexistncia de uma unidade poltica entre as poleis gregas da
Anatlia, como tambm a existncia, muitas vezes, de intensas
rivalidades entre elas. Em 548 a.C., Ciro, rei dos persas, em sua
poltica imperialista, conquistou o Reino da Ldia e, por extenso,
estabeleceu seu domnio poltico sobre a Anatlia. A sujeio ao Imprio
Persa no alterou, substancialmente, a vida de Anatlia; entretanto,
mudou drasticamente os objetivos imperialistas persas. A partir do
estabelecimento de seu domnio sobre a Anatlia, os persas passaram a
participar, indiretamente, do comrcio mediterrneo. A insero dos
persas nos assuntos mediterrneos orientais fez com que o
imperialismo persa passasse a almejar o domnio dos Blcs. Esse
objetivo era favorecido pela fragmentao poltica da Grcia e pelas
freqentes e intensas rivalidades entre as cidades-estados da Grcia.
Entre 499 e 494 a.C., as poleis gregas da Anatlia, apoiadas por
Atenas, revoltaram-se contra o domnio persa. Esses dominadores,
tendo subjugado os povos revoltosos da Anatlia, voltaram sua ateno
para os Blcs e, nesse contexto, em 492 a.C., conquistaram a Trcia e
a Macednia, cujo governo foi entregue por Dario I a Mardnio e cuja
posse serviria de base de apoio para futuras incurses no territrio
grego. Pgina 16 Matrias > Histria > Histria Geral >
Antiguidade Clssica >
Grciafile:///C|/html_10emtudo/Historia/html_historia_total.htm (28
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29. Matrias > Histria > Histria Geral > Antiguidade
Oriental > Introduo Em 490 a.C., os persas, sob comando de
Mardnio e com apoio de Hpias, tirano deposto de Atenas, iniciaram a
invaso da Grcia Setentrional, fixando como objetivo primordial a
conquista da tica. Os gregos, graas a uma vitria na Batalha de
Maratona, conseguiram rechaar essa primeira tentativa de conquista
empreendida pelos persas; esse povo atravessou uma srie de
problemas internos em seu Imprio (revolta do Egito, morte de Dario
I e sua sucesso por Xerxes). Essa situao fez com que, por dez anos,
os persas no voltassem a ameaar diretamente o territrio grego. Esse
perodo de trgua deu aos gregos, a possibilidade de se organizarem
melhor, particularmente atravs da conscientizao de diversas
cidades-estados de que o problema persa representava uma ameaa para
toda a Grcia e no apenas para Atenas. Em 480 a.C., teve incio uma
nova campanha persa na Grcia. De imediato, Tesslia foi tomada e o
avano sobre a tica iniciado; neste, os persas foram retardados pela
passagem no desfiladeiro das Termpilas, graas ao dos espartanos sob
o comando de Lenidas.Esse atraso nas Termpilas permitiu que a
populao de tica fosse evacuada para Salamina. Quando os persas
tomaram e saquearam Atenas, ela estava despovoada. Em seguida, os
invasores pretendiam vencer, definitivamente, os grego