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Interpretação de Texto e Redação Oficial Profª Maria Tereza

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Interpretação de Texto

e Redação Oficial

Profª Maria Tereza

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Interpretação de Texto e Redação Oficial

Professora: Maria Tereza

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ÚLTIMO EDITAL

Compreensão e Interpretação de textos.

Tipologia textual.

Homônimos e parônimos.

Redação Oficial.

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Interpretação de Texto

Leitura, análise e interpretação de texto.

PROCEDIMENTOS

1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;

2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, etc.);

3. leitura do enunciado.

EXEMPLIFICANDO

NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC

Pós-11/9

Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.

Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade.

A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua.

(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

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1. Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo – é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros.

2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetição da expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”, por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônica baseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, a qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.

3. Trata-se de uma CRÔNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista.

4. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A tragédia de 11 de setembro” (totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.

5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e verbais).

6. Identificação das palavras-chave no texto.

7. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.

1. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela

a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas. (preâmbulo / véspera da História).

b) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais drásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA).

c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de solidariedade. (cotidiano de Nova York).

d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido / oportunidade do novo começo).

e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo.

Anotações

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8. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos do texto (IDEIA CENTRAL).

SABESP-ANALISTA DE GESTÃO – 2012 – FCC

EXEMPLIFICANDO

Inferno e paraíso

Por certo, existe o Carnaval. Mas a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha corresponde, em boa medida, a um preconceito, quando se tomam em comparação os padrões vigentes nas sociedades europeias, por exemplo.

Já se a métrica for a realidade de países asiáticos, não há razão para tomar como especialmente infelizes as declarações do empresário taiwanês Terry Gou, presidente da Foxconn, a respeito da operosidade dos brasileiros.

O Brasil – país em que a empresa de componentes eletrônicos planeja investir uma soma bilionária para fabricar telefones e tablets –, tem grande potencial, disse Terry Gou numa entrevista à TV taiwanesa. Mas os brasileiros “não trabalham tanto, pois estão num paraíso”, acrescentou o investidor.

(Folha de S.Paulo. Editoriais. A2 opinião. Domingo, 26 de fevereiro de 2012. p. 2 – Adaptado)

2. No primeiro parágrafo, quando o autor

a) vale-se da expressão Por certo, está tornando patente que a frase constitui uma resposta ao empresário taiwanês, que supostamente pôs em dúvida essa expressão cultural brasileira, o carnaval.

b) emprega a expressão uma espécie de, está antecipando o detalhamento que fará do grupo a que pertence o Brasil em função de seus hábitos culturais.

c) refere-se ao Carnaval, está apresentando um fato que poderia, em parte, ser tomado como justificativa para a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha.

d) menciona um preconceito, está expressando seu entendimento de que a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha é um prejulgamento absolutamente inaceitável.

e) cita os padrões vigentes nas sociedades europeias, está remetendo a uma base de comparação que considera sinônimo de excelência.

Anotações

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ERROS COMUNS

EXTRAPOLAÇÃOOcorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.

REDUÇÃOÉ o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias.

EXEMPLIFICANDOSABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014

A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.

Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas por enclaves fechados e espaços exclusivos.

(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)

3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas

a) cujos habitantes se sentirão ameaçados. b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania. c) de transformação social. d) de grande aglomeração humana.e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.

Comentário:

a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação social.c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação social.e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De eoutro lado [...] por

enclaves fechados e espaços exclusivos.

Anotações

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ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS

1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA.

Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-lo mais fácil ao entendimento.

Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.

Exemplo:- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.

EXEMPLIFICANDO

BB – 2012Adeus, caligrafia

01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.

O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhaspráticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma“boa letra” – já dada como anacronismo.O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não deprotestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “Aescrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degradaa palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizadatem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heideggerreclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas deescrever.Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudosrealizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cercade 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete essesnovos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria parameninos e a costura para as meninas.As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letrade mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. Aescrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. Aprática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas aoprocessamento visual.Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientistaRoberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos commovimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as defundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever amão?” – indaga. O tempo dirá.

(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

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4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em

a) As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedente.b) o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos.c) pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepção.d) por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do teclado.e) implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural.

SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos.

(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)

5. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo a) da religião.b) do trabalho.c) da geografia.d) da medicina.e) do esporte.

Anotações

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2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS:

• advérbios e expressões totalizantes; • expressões enfáticas; • expressões restritivas.

EXEMPLIFICANDO

Advérbios e Expressões Totalizantes

BB – 2012

Adeus, caligrafia

01.02.03.04.05.06.07.08.09.10.11.12.13.14.15.16.17.18.19.20.21.22.23.24.25.26.27.28.29.

O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhaspráticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma“boa letra” – já dada como anacronismo.O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não deprotestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “Aescrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degradaa palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizadatem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heideggerreclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas deescrever.Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudosrealizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cercade 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete essesnovos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria parameninos e a costura para as meninas.As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letrade mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. Aescrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. Aprática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas aoprocessamento visual.Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientistaRoberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos commovimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividadesmotoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as defundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever amão?” – indaga. O tempo dirá.

(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)

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6. (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo Martin Heidegger e do neurocientista Roberto Lent

a) são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízo para certas áreas neuronais.

b) são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo para as atividades culturais, como viu o filósofo.

c) baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passo que o outro avalia as implicações biológicas.

d) opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundo reconhece tão somente efeitos positivos.

e) aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocesso para as atividades culturais da humanidade.

7. (12240) Atente para as seguintes afirmações.

I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de comunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.

II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade a exclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares.

III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono da caligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.

Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em

a) I.b) II.c) III.d) II e III.e) I e II.

Anotações

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Expressões enfáticas

8. (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,

a) gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra a escrita mecanizada. (não contemporâneo)

b) teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas. c) provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como

indispensável ter “boa letra”. d) repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que

emocional.e) granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação

neurológica.

TJ-RJ – 2013

Expressões restritivas

Receita de casa

Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos profissionais achem que não.

Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão, um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério das coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques, as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que outrora andaram em caminhos longe.

(Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância)

9. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa

a) destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da família vê sentido em preservar.

b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempo morto, ali acumulados.

c) reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questão de não esquecer.

d) resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dos antepassados, ali recolhida e administrada.

e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um desses museus que a ninguém mais interessa visitar.

Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...

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EXEMPLIFICANDO

TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo e espaço.

Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.

(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)

10. Considere.

I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.

II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum modo, conectados à realidade.

III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredita-se que seja possível.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) II.e) III.

Anotações

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AS QUESTÕES PROPOSTAS

Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual.e

InferênciaObserve a seguinte frase:A água voltou. Já podemos lavar a roupa.Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:

a) que a água voltou;b) que a roupa pode ser lavada.

Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito, que havia faltado água e que havia roupa suja.

INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.

Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.

EXEMPLIFICANDO

TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o

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bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

11. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de

a) dissimulação.b) lisura.c) observação.d) condescendência.e) intolerância.

EXTRATEXTUALIDADE

A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo de mundo.

EXEMPLIFICANDO

TJ-RJ – 2012

A Era do Automóvel

E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aos pôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...]Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.

(João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)

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12. (12237) A afirmativa correta é

a) a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio de Janeiro.

b) João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.c) a elegância dos hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do

texto.d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de

veículos.e) a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio.

TIPOLOGIA TEXTUAL

Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.

EXEMPLIFICANDO

BB - 2012

13. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em

I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever.

II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.

III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.

Atende ao enunciado APENAS o que consta em

a) I.b) II.c) III.d) I e II.e) II e III.

Anotações

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Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.

EXEMPLIFICANDOTRE-SP - 2012Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem, ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e se reproduzem em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo com o estudo, a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal pode levar ao desaparecimento de diversas espécies.

O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos de produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat natural − ou até substituí-lo.

Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos, ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, por causa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisador Marcelo Gonçalves Campolin.

A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −, para serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreas protegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até mesmo a desaparecer”, prevê o professor.

(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações)

14. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que

a) no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo proposto pelo pesquisador.

b) o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.

c) o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.

d) o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo, que são retomadas nos seguintes.

e) as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido determinado com precisão o objetivo do estudo.

Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.

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Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as defendam e comprovem.

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – 2012

Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa antes demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças necessárias de fora.

Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.

São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar.”

A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.”

Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213

15. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido

a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.

b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião crítica sobre a cidade que a acolheu.

c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas da época em que o autor compunha.

d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas favoráveis a respeito do compositor.

e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.

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Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – 2012 O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os portugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europa desde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característica que faz com que religião e teatro de bonecos se misturem desde a origem.

Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos. Histórias e linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadas de geração para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principal característica o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e o enredo não são fixos.

Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O rural é o mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, e cujo universo social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os humildes e as autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novas personagens e circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém um enredo, embora não abra mão do improviso.

(Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, no 21, p. 46-49, com adaptações)

16. (12227) Fica evidente no texto que

a) os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da necessária participação do público em momentos específicos.

b) o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente consegue criar personagens e cenas citadinas.

c) as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.

d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas apresentações a um público participante.

e) o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos e de gosto de seu público tradicional.

Anotações

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Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo.

EXEMPLIFICANDO

17. Considere as afirmações.

I – O texto verbal é, predominantemente, injuntivo.

II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular, exigindo do leitor conhecimento prévio.

III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) I, II e III.

Anotações

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GÊNEROS TEXTUAIS

EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.

EXEMPLIFICANDO

TST-2012

Cursos

Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se contra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que o aluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à velha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento que ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita, retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as fragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem graduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que emerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior de segunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência. Mas, no geral, resta muito que avançar.

À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhores cursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempo inteiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta a doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos aqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos indicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a aulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à vontade a biblioteca e os laboratórios.

No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituições pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quase um terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pela excelência.

(Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)

18. (12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos

a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.

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b) incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a supervisão do professor.

c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para os estudos, além das telessalas.

d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.

e) contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.

ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.

EXEMPLIFICANDO

TRF-2ª REGIÃO – 2012

O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.

A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.

A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de diabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. “Em movimento constante, nosso organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.”

(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)

19. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são

a) alimentação regrada e hábitos esportivos.b) sedentarismo e modalidades favoritas.c) praias e tradição dos times de futebol.d) poder aquisitivo e questões culturais.e) parques e existência de áreas planas.

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NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer.

EXEMPLIFICANDO

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”.

Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.

(Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)

20. (12211) O sentido do Texto está corretamente exposto em

a) sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.

b) Tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas.

c) Só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.

d) O conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.

e) Desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação ambiental.

Anotações

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CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente coloquial.

EXEMPLIFICANDO

SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014

“O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade.

Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio.

Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste, mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser recuperado.

(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

21. No texto, o autor

a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta. b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos. c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor. d) constata que o passado é irrecuperável. e) critica o caráter insondável das relações interpessoais.

BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.

EXEMPLIFICANDO

TRT 6ª REGIÃO PE – 2012

Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela;

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Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros.

A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”.

(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-25)

22. (12215) Atente para as afirmações abaixo.

I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de maneira inteligível.

II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.

III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem

a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) I.e) III.

PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.

CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.

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CHARGE

CARTUM

QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.

Anotações

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TEXTO LITERÁRIO

EXEMPLIFICANDOSABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.

Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

23. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é

a) fresta.b) marca.c) alma.d) solidão.e) penumbra.

SEMÂNTICA

SINONÍMIA E ANTONÍMIASinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

Porém os sinônimos podem ser

• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião

• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio

Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.

Exemplos:

mal x bemfraco x fortesubir x descer

possível x impossívelsimpático x antipático

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EXEMPLIFICANDO

SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014

“O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade.

Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio.

Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste, mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser recuperado.

(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)

24. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade. (1º parágrafo)

Considerando-se o contexto, os termos grifados acima podem ser corretamente substituídos, na ordem dada, por

a) crescente − silenciosob) verdadeira − nefastoc) legítima − implícitod) real − ilusórioe) sincera − sombrio

Anotações

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TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.

As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.

Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.

Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

25. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substituindo-se o elemento grifado por

a) inatingível.b) intacto.c) inativo.d) impalpável.e) insolente.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Denotação: significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em “estado de dicionário“.

Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades devido às associações que ela provoca.

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EXEMPLIFICANDO

SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014

A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.

Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

26. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é

a) menino.b) chão.c) testa.d) penumbra.e) tenda.

TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014

O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.

As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.

Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.

A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.

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Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)

27. Há no texto

a) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao primeiro.

b) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu.

c) crítica à forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses.

d) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida.e) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se

apresenta a eles.

28. Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo)A frase acima

a) contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar.b) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.c) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.d) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.

PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS

Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam significados diferentes.

• Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) • Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de)

ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)

apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)

aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)

arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)

ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)

bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)

cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)

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comprimento (extensão) cumprimento (saudação)

deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)

delatar (denunciar) dilatar (alargar)

descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)

descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)

despensa (local onde se guardam mantimentos)

dispensa (ato de dispensar)

docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)

emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)

eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)

eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)

esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)

estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)

flagrante (evidente) fragrante (perfumado)

fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)

fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)

imergir (afundar) emergir (vir à tona)

inflação (alta dos preços) infração (violação)

infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)

mandado (ordem judicial) mandato (procuração)

peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos)

pião (tipo de brinquedo)

precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)

ratificar (confirmar) retificar (corrigir)

recrear (divertir) recriar (criar novamente)

soar (produzir som) suar (transpirar)

sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)

sustar (suspender) suster (sustentar)

tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)

vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)

Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados diferentes.Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na pronúncia.São Jorge / São várias as causas / Homem são

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Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da vogal tônica “o” / “e”.O molho / Eu molhoA colher / Vou colherHomônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápidoAcender = pôr fogo / Ascender = subir

ALGUNS OUTROS EXEMPLOS

Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se assenta

Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante

Caçar Perseguir a caça Cassar Anular

Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção

Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura

Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas

Censo Recenseamento Senso Juízo claro

Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar

Cerrar Fechar Serrar Cortar

Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico

Círio Vela grande de cera Sírio da Síria

Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar

Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a

Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído

Incipiente Principiante Insipiente Ignorante

Intenção ou tenção

Propósito Intensão ou tensão Intensidade

Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se cortam

Laço Laçada Lasso Cansado

Maça Clava Massa Pasta

Paço Palácio Passo Passada

Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia

Cesta Recipiente de vime, palha ou outro material trançado

Sexta Dia da semana; numeral ordinal (fem.)

Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento

Sessão = reunião

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EXEMPLIFICANDO

29. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão sinônima.

a) emergir = vir à tona; imergir = mergulharb) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)c) delatar = expandir; dilatar = denunciard) deferir = diferenciar; diferir = concedere) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação

30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo.

Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.

a) discriminar – tráfico – infligiub) discriminar – tráfico – infringiuc) descriminar – tráfego – infringiud) descriminar – tráfego – infligiue) descriminar – tráfico – infringiu

31. Leia as frases abaixo.

1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi.

2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.

3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.

4 – ___________ dias que não falo com Zambeli.

Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes.

a) concerto – há – a – cessões – Há.b) conserto – a – há – sessões – Há.c) concerto – a – há – seções – A.d) concerto – a – há – sessões – Há.e) conserto – há – a – sessões – A.

Anotações

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32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).

“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.

a) mau – mal – mais – masb) mal – mal – mais – maisc) mal – mau – mas – maisd) mal – mau – mas – mase) mau – mau – mas – mais

33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses.

a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas).b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu).c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou).d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).

34. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e respectivamente, os espaços nas orações abaixo.

I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)

II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/ expectadores)

III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)

Assinale a alternativa que traz a sequência correta.

a) senso – expectadores – extratob) senso – espectadores – estratoc) censo – expectadores – estratod) senso – espectadores – extratoe) censo – espectadores – extrato

COMPREENSÃO GRAMATICAL DO TEXTO

PRONOMINALIZAÇÃO

MPE-RS – Analista do Ministério Público Estadual - Suporte Técnico - Tecnologia da Informação – FCC – 2012

Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder público tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma situação de total isonomia entre os gêneros, como parecem querer os discursos dos políticos.

Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto de educação ou de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não foi, porém, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em “The Sexual Paradox”. Para ela, não se

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pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas. Elas se materializam estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por profissões e regimes de trabalho.

35. Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo)

O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,

a) as diferenças de comportamento entre homens e mulheres.b) os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres.c) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres.d) o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho.e) o cálculo estatístico quanto às preferências femininas por determinadas profissões.

TJ-RJ – 2012

Manuel Bandeira publicou diversos textos durante o “mês modernista”, espaço aberto para o movimento no jornal carioca A Noite, em dezembro de 1925. O poeta era então assíduo frequentador do restaurante Reis, no velho centro do Rio. Eram dias de vida boêmia, e, apesar de todo o resguardo que tocava a um “tísico profissional”, Bandeira descia do morro do Curvelo ao sorvedouro da Lapa e vizinhanças, à vida pobre e corriqueira aos pés da Glória, onde a poesia se mesclava a um pouco de tudo. O poeta já não é o ser exclusivamente voltado para si mesmo, na busca da expressão da pura subjetividade, mas antes um sujeito que se abre ao mundo.

Uma tal atitude, cheia de consequências para a poesia brasileira, tinha enormes implicações. Implicava algo geral e, ao mesmo tempo, muito particular: uma abertura maior da vida do espírito para a realidade de um país largamente desconhecido de si mesmo e para a novidade de fatos palpáveis da existência material de todo dia, tal como afloravam chocantes no espaço modernizado das cidades.

A fratura da antiga convenção poética coincidia com a brecha do novo, por onde os fatos do dia penetravam no universo da arte, exigindo um tratamento artístico igualmente renovado.

(Adaptado de Davi Arrigucci. Humildade, paixão e morte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. p.92-93)

36. (12248) A atitude a que o autor se refere no início do 2º parágrafo é a de

a) desvendar os mistérios da existência por meio da poesia.b) buscar matéria poética nos fatos triviais do cotidiano.c) encontrar inspiração para o fazer artístico nos sentimentos pessoais.d) cultivar a vida boêmia como fonte de inspiração para o fazer poético.e) recorrer à criação poética para escapar das agruras do cotidiano.

Anotações

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METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC

A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni-los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração.

O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco, contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12 desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo, linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.

Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078 línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso.

Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco.

(Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações)

37. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial ... (3º parágrafo)

A expressão grifada acima estabelece relação de sentido com a afirmativa de que

a) Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada.

b) Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração.

c) ... o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles...

d) ... muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.

e) Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.

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PONTUAÇÃO

BB – 2013

Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial. Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. “O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento”, diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer.Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: “Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos”. O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata).Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII.

(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)

38. (12205) - A Companhia das Índias Orientais – a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas.

O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que

a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela Empresa.

Anotações

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FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas Públicas – FCC – 2012

Somos seres tribais que dividem o mundo em dois grupos: o “nosso” e o “deles”. Nos últimos 40 anos surgiu vasta literatura científica para explicar por que razão somos tão tribais. Que fatores em nosso passado evolutivo condicionaram a necessidade de armar coligações que não encontram justificativa na civilização moderna?Seres humanos são capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no reino animal, porque viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. Agrupar-se foi a necessidade mais premente para escapar de predadores, obter alimentos e construir abrigos seguros para criar os filhos.A própria complexidade do cérebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta às solicitações da vida comunitária. Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas vezes significou destruir outros. Quando grupos antagônicos competem por território e bens materiais, a habilidade para formar coalizões confere vantagens logísticas capazes de assegurar maior probabilidade de sobrevivência aos descendentes dos vencedores.A contrapartida do altruísmo em relação aos “nossos” é a crueldade dirigida contra os “outros”. Na violência intergrupal do passado remoto estão fincadas as raízes dos preconceitos atuais. Para nos defendermos, criamos fronteiras que agrupam alguns e separam outros em obediência a critérios de cor da pele, religião, nacionalidade, convicções políticas e até times de futebol. Demarcada a linha divisória entre “nós” e “eles”, discriminamos os que estão do lado de lá. Às vezes, com violência.

(Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptações)

39. O emprego constante de aspas, como em “nós” e “eles”,

a) aponta aspectos do comportamento individual, que resultam da semelhança de convicções políticas e religiosas.

b) assinala a permanência da colaboração entre os participantes de grupos sociais, ainda necessária no mundo moderno, mesmo que haja divergências de opinião entre eles.

c) enfatiza a impossibilidade de haver relacionamento harmonioso entre os indivíduos, principalmente em razão de escolhas pessoais diferenciadas.

d) estabelece relação direta com as situações abordadas, referentes à ligação com determinados grupos ou ao afastamento social e afetivo deles.

e) busca identificar os diversos grupos sociais, a partir de características pessoais de seus componentes e do comportamento coletivo.

BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012

40. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal. (considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam

a) citação fiel de outro autor.b) comentário explicativo.c) informação repetitiva.d) retificação necessária.e) enumeração de fatos

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Técnico Legislativo – FCC – 2012

41. A tentativa de jogar a culpa por uma situação indesejada − de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − nas costas de um único indivíduo ou grupo quase sempre inocente é uma prática tão disseminada que alguns estudiosos a consideram essencial para entender a vida em sociedade. Como é possível que explicações irracionais convençam tanta gente, apesar da falta de evidências?

− de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − (1º parágrafo) O segmento isolado por travessões

a) amplia o sentido da expressão anterior.b) reproduz citação exata da opinião de estudiosos do assunto.c) enfatiza a descrição de uma situação de calamidade.d) insiste em uma informação já apresentada.e) denota mudança no foco de interesse do parágrafo.

TEMPOS VERBAIS

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012

A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.

Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.”

(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)

42. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental ... (1º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica

a) restrição à afirmativa anterior.b) condição da realização de um fato.c) finalidade de uma ação futura.d) tempo passado em correlação com outro.e) hipótese passível de se realizar.

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43. Winston Churchill, primeiro-ministro que ...... a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, ...... mais do que todos que o país ...... os alemães.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) conduzia - acredita - venceriamb) conduziu - acreditou - venceriac) conduz - acreditavam - venceriad) conduziu - acreditaram - venceue) conduzira - acreditou - venceu

FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas Públicas – FCC – 2012

44. Pouco após chegar ao Brasil com a família real, em 1808, o piano já se tornara símbolo de status e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato não acontecia.

...o piano já se tornara símbolo de status...

O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato

a) futuro em relação a outro já passado. b) presente em relação a uma situação passada. c) anterior ao momento da fala, mas não totalmente concluído. d) passado em relação a outro fato também passado. e) incerto, que pode ou não vir a ocorrer.

45. No século 19, a elite das cidades ...... organizar saraus em suas casas, momentos em que as moças, em sua maioria, ...... suas habilidades no piano, já que ainda não ...... aparelhos eletrônicos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) costumava - demonstravam - haviab) costumavam - demonstrava - haviamc) costumava - demonstrava - haviamd) costumavam - demonstravam - haviae) costumava - demonstrava - havia

Anotações

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012

A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível. Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis pela distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento.

Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas.

*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa.

(Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)

46. Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX ...

O emprego dos tempos dos verbos grifados acima indica, respectivamente,

a) fato a se realizar no futuro e ação repetitiva no passado.b) situação presente e ação habitual também no presente.c) ação realizada no presente e situação passada, sob certa condição.d) fato habitual, repetitivo, e desejo de que uma ação se realize.e) tempo passado anterior a outro e ação contínua na época referida.

TCE-AP – Técnico de Controle Externo – FCC – 2012

47. ... que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. (2º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,

a) fato pressuposto como verdadeiro já terminado.b) ação que deverá ser tomada futuramente.c) realização de uma ideia no futuro.d) ação concluída no passado.e) fato previsto e não concretizado.

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NEXOS

METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC

A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni-los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração.

O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco, contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12 desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo, linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.

Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078 línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso.

Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco.

(Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações)

48. Por isso, caíram em desuso. (3º parágrafo)

A expressão grifada na frase acima

a) retoma as causas que resultaram na extinção de muitos falares indígenas e de idiomas estrangeiros no Brasil.

b) faz a defesa de medidas restritivas a certos idiomas, tomadas em épocas diferentes por autoridades de governo.

c) indica as condições em que ocorreu a extinção ou a diminuição do número de idiomas no território brasileiro.

d) aponta consequências da dificuldade de entendimento entre falantes de línguas diferentes num mesmo território.

e) salienta a finalidade principal da existência de múltiplas línguas, como garantia de preservação da história de um povo.

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012

A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.

Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.”

(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)

49. ... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo)

O segmento grifado acima denota

a) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto.b) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior.c) temporalidade necessária à concretização da ação prevista.d) causa que justifica o posicionamento do pesquisador.e) condição para a realização da hipótese anterior a ele.

COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO-METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC – 2012

50. Atente para os dois segmentos abaixo que compõem um período do último parágrafo do texto.

1. Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás,

2. é menos surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande potencial.

A relação que se estabelece entre ambos na frase permite concluir que o segmento

a) 1 fundamenta o que se afirma em 2. b) 2 é causa do que se afirma em 1. c) 1 exprime a finalidade do que se afirma em 2. d) 2 estabelece uma condição para a realização do que se afirma em 1. e) 1 é uma ressalva ao que se afirma em 2.

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BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012

A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível. Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis pela distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento.

Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas.

*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa.

(Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)

51. Apesar de sua péssima fama ...

A observação inicial do parágrafo indica

a) opinião que confirma o que vem sendo exposto desde o início do texto. b) hipótese que introduz uma afirmativa que não poderá se realizar. c) ideia oposta à que vai ser expressa, contrariando uma possível expectativa. d) conclusão das ideias contidas em todo o desenvolvimento textual. e) retificação de um engano cometido no parágrafo anterior.

Anotações

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BANESE – Técnico Bancário – FCC – 2012

52. Muitos dos projetos sofreram modificações por causa das pressões para atender às exigências ambientais.

Quanto ao sentido da frase, o segmento grifado exprime

a) finalidade.b) condição.c) consequência.d) temporalidade.e) proporcionalidade.

REESCRITA: CLAREZA E COESÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO – Técnico Ministerial – Área Apoio Especializado – Especialidade Informática – FCC – 2012

53. O romance policial, descendente do extinto romance gótico, conserva características significativas do gênero precursor: a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

Mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa para a frase acima é

a) Originário no extinto romance gótico, no romance policial conserva-se a popularidade imensa e os meios para obtê-la, características significativas do gênero precursor.

b) Características significativas do extinto romance gótico, no qual são conservadas do romance policial, como a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

c) A popularidade imensa e os meios para obtê-la, no qual são considerados características significativas do romance policial, gênero precursor do extinto romance gótico.

d) Conservam-se no romance policial características significativas do extinto romance gótico, gênero que o precede, tais como a popularidade imensa e os meios para obtê-la.

e) Características originárias do extinto romance gótico, na qual incluem a popularidade imensa e os meios para obtê-la, conservam-se no romance policial.

54. A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar.

As frases acima estão articuladas com correção e clareza, em um único período, em

a) A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho, porquanto no meio de um bando enorme de meninos, que tínhamos viajado para ver o mar.

b) Nós tínhamos viajado para ver o mar mas, a primeira vez que eu o vi não estava sozinho: ao contrário, no meio de um bando enorme de meninos.

c) A primeira vez que vi o mar eu estava no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho, mas tinham viajado para vê-lo.

d) Eu não estava sozinho a primeira vez que vi o mar, mas no meio de um bando enorme de meninos que tinham viajado para vê-lo.

e) Quando vi pela primeira vez o mar, eu estava era no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho, que tinham viajado para ver o mar.

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TCE-SP – Auxiliar de Fiscalização Financeira – FCC – 2012

55. Esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica.

O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido.Áreas devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, por exemplo.É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, em

a) Ainda que esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica e o seu potencial elétrico desenvolvido, com áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, assim se concilia os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.

b) O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido, e com esforços no sentido de preservar a região Amazônica, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à essa exploração, em áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais.

c) Para conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, deve ser feito esforços no sentido de preservar a região Amazônica, com áreas de compensação aos efeitos dos impactos ambientais, onde esse potencial elétrico deve ser desenvolvido.

d) O potencial elétrico da região Amazônica, que deve ser desenvolvido com áreas oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, e com esforços no sentido de preservar essa região, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico.

e) É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, que deve ser desenvolvido, ao lado de esforços no sentido de preservar a região, como, por exemplo, a oferta de áreas que possam compensar os efeitos dos impactos ambientais.

TJ-RJ – Técnico Judiciário – FCC – 2012

56. As pinturas da época mostram que os escravos não ficavam acorrentados no Valongo.

Os escravos desembarcavam desnutridos e doentes. Os escravos desconheciam a nova terra. Escravos que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados. As frases acima estão articuladas com lógica, clareza e correção, sem repetições desnecessárias, em

a) Os escravos, que não ficavam acorrentados no Valongo, visto que desembarcavam desnutridos e doentes e ainda desconheciam a nova terra caso fugis sem e acabavam recapturados para ser impiedosa mente castigados, segundo as pinturas da época.

b) Os escravos, que desembarcavam desnutridos e doentes, não ficavam acorrentados no Valongo, como mostram as pinturas da época, não só porque desconheciam a nova terra como também porque aqueles que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados.

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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c) Os escravos não ficavam acorrentados no Valongo, pois desembarcados desnutridos e doentes, eles desconheciam a nova terra, além do que, os escravos que fugiam eram impiedosamente castigados conquanto fossem recapturados, é o que mostram as pinturas da época.

d) Os escravos desembarcavam no Valongo desnutridos e doentes, de acordo com o que se mostra as pinturas da época, onde eles não ficavam acorrenta dos, e desconheciam a nova terra, tanto que fugiam e acabavam recapturados, sendo impiedosamente castigados.

e) Segundo as pinturas da época, os escravos não ficavam acorrentados no Valongo e, no entanto, desnutridos e doentes, bem como desconheciam a nova terra, se eles fugiam acabavam recapturados, e ainda mais eram impiedosamente castigados.

TCE-AP – Técnico de Controle Externo – FCC – 2012

57. O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi cria do em 2002.

A área do Parque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará.

A área do Parque Nacional é coberta pela floresta tropical úmida e densa.

A região abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá.

As frases acima se articulam de modo claro, correto e com lógica no período

a) O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque que foi criado em 2002, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará.

b) A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002, onde fica o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, coberta por floresta tropical úmida e densa, e ainda as nascentes do todos os principais rios do Amapá.

c) Em 2002, a criação do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreenderam o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará com floresta tropical úmida e densa, além de nascentes de todos os principais rios do Amapá.

d) Criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, cuja área compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, é coberto pela floresta tropical úmida e densa, e abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá.

e) Numa área que está coberta não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos os principais rios do Amapá, criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará.

TRT-6 – Técnico Judiciário – FCC – 2012

58. A dança originária do Leste da Europa [...] se transformou em coqueluche. A motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

Mantendo-se a correção e a lógica, as frases acima podem ser articuladas em um único período do seguinte modo:

a) Como a dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, a motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

b) A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, embora a motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

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c) Apesar de originária do Leste da Europa a dança se transformou em coqueluche, onde a motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

d) A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche; entretanto, a motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

e) A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, cuja motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Técnico Legislativo – FCC – 2012

59. É um verdadeiro luxo, Paris. Não por causa do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa.

Mantendo-se a correção e a clareza, as frases acima podem ser articuladas em um único período do seguinte modo:

a) Paris é um verdadeiro luxo, mas não em virtude do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées; tampouco por conta das mercadorias todas, lindas, chiques e caras, pois nem penso em trazê-las para casa.

b) É um verdadeiro luxo, Paris, não, todavia, em função do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées, quando menos das mercadorias todas, lindas, chiques e caras, dado que nem penso em trazer-nas para casa.

c) É um verdadeiro luxo: Paris, ainda que não o é por conta do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées; ademais pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, por que nem penso em trazer-lhes para casa.

d) Paris é um verdadeiro luxo, conquanto que não em razão do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées, nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, não obstante pensar em não trazê-las para casa.

e) É Paris um verdadeiro luxo, porém, não pelo Louvre, pela Place Vendôme ou pela Champs-Élysées; tão pouco pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, já que se quer penso em lhes trazer para casa.

FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas Públicas – FCC – 2012

60. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, // prefeririam (os delicados) morrer.

Mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa em prosa para a frase acima está em:

a) Por achar bárbaro o espetáculo, parte das pessoas, as delicadas, preferiria morrer.b) Por acharem o espetáculo bárbaro, alguns indivíduos delicados, prefeririam morrer.c) Algumas das pessoas, onde se encontra as delicadas, prefeririam morrer, porquanto

acharem o espetáculo bárbaro.d) Boa parte das pessoas, considerando-se que sejam as delicadas, preferiria morrer, contudo

achem o espetáculo bárbaro.e) São algumas pessoas, as delicadas que, a despeito de serem confrontadas com o espetáculo

bárbaro prefeririam morrer.

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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http://http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H1072161

Gabarito: 1.D 2. C 3. D 4. (12242) A 5. B 6. (12228) C 7. (12240) E 8. (12231) D 9. (12235) B 10. C 11. A 12. (12237) A 13. (12252) A 14. (12229) C 15. (12256) D 16. (12227) D 17. D 18. (12202) C 19. (12212) D 20. (12211) E 21. D 22. (12215) E 23. A 24. C 25. B 26. E 27. E 28. E 29. A 30. A 31. D 32. C 33. D 34. D 35. B 36. (12248) B 37. B 38. (12205) C 39. D 40. B 41. A 42. E 43. B 44. D 45. A 46. E 47. E 48. A 49. B 50. A 51. C 52. C 53. D 54. D 55. E 56.B 57. D 58. D 59. A 60. A

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GABARITO COMENTADO (TEMA)

QUESTÕES 1 a 13 – FEITAS EM AULA

14. (12229)

a) errada: no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo proposto pelo pesquisador.No 2º parágrafo, apenas são mencionados os tipos de culturas da zona da pesquisa.

b) errada: o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.No 3º parágrafo, é feita a relação entre o número de espécies estudadas e as áreas nativas e cultivadas.

c) certa: o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.O 1º parágrafo – típico de uma notícia – apresenta o tema, descrevendo, brevemente, aspectos que serão abordados em sua continuidade.

d) errada: o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo, que são retomadas nos seguintes.O texto não é repetitivo, pois vai agregando dados e acrescentando informações até o final.

e) errada: as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido determinado com precisão o objetivo do estudo.O objetivo da pesquisa é claramente especificado no 1º parágrafo, e as conclusões são pertinentes.

15. (12256)

a) errada: destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.Não há referência no 1º §. O artista “exprimiu a realidade tão paulista do italiano”. Não se fala em terra da garoa. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão acerca de um fato, tecendo-se sobre ele opiniões.

b) errada: analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião crítica sobre a cidade que a acolheu.Não há análise do contexto histórico 1º §, tampouco opinião rítica sobre São Paulo.

c) errada: contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas da época em que o autor compunha.Não há exposição no 1º § de características positivas e negativas da época em que compunha Adoniran. Observe que o texto é um artigo; logo, o objetivo maior é o da reflexão acerca de um fato, tecendo-se sobre ele opiniões.

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d) certa: fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas favoráveis a respeito do compositor.Além de informar sobre o verdadeiro nome do compositor e sobre seu nome artístico, afirma ter sido “A ideia excelente”. Aqui, observa-se marca de artigo: exposição de um fato, seguida de opinião e argumento.

e) errada: critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.O autor só tece elogios.

16. (12227)

a) errada: os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da necessária participação do público em momentos específicos.O texto diz que muita coisa mudou na arte do mamulengo, como a história e a linguagem. Observe a expressão “fechada” “bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos”.

b) errada: o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente consegue criar personagens e cenas citadinas.Segundo o texto, existe a modalidade mais recente, denominada mamulengo urbano. Observe a expressão “fechada” “dificilmente”.

c) errada: as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.O mamulengo rural, que tratava de aspectos religiosos, mantêm-se ainda hoje, com as mesmas características.

d) certa: o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas apresentações a um público participante.Essa alternativa confirma o que diz o texto no final do 2º parágrafo. Trata-se de um texto, predominantemente, expositivo; nessa afirmativa, observam-se as marcas principais dessa tipologia – exposição de ideias.

e) errada: o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos e de gosto de seu público tradicional.O texto não diz nem sugere que o teatro de mamulengos esteja em declínio.

17. I – certa: observe o uso do imperativo “Brinque” – marca da injunção.

II – certa: o ditado popular que é contrariado é “Não brinque com fogo”. O leitor – a fim de apreender a totalidade da injunção – necessita conhecê-lo.

III – errada: o texto não verbal é indispensável; caso contrário, não seria possível saber qual era o produto vendido. Poder-se-ia imaginar que se tratava da venda de Coca Cola, e a coerência estaria perdida.

18. (12202) Observe que se trata de um editorial, texto que tem como características principais – além do fato de não ser assinado – a presença da opinião e o objetivo da persuasão.

a) errada: priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais. Não há, no texto, referência a relacionamento entre colegas.

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b) errada: incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a supervisão do professor.O aluno ainda não é suficientemente estimulado em relação ao uso da internet. Observe “É preciso fazer uso constante da tecnologia” [...] “usar a internet para envolver estudantes”.

c) certa: procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para os estudos, além das telessalas.No final do 3º parágrafo é destacada a afirmação feita nessa alternativa. Observe a persuasão: “procuram despertar”.

d) errada: promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado. Não há referência ao uso da telessala apenas nos momentos de concentração do aluno. Observe, além da palavra “fechada”, a afirmação “Não dá para deixar o aluno por si só”.

e) errada: contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso.O texto não menciona a existência de avaliações virtuais frequentes. Releia os dois últimos períodos do 2º parágrafo.

19. (12212) Observe que se trata de um artigo (assinatura + opinião + persuasão).

a) errada: alimentação regrada e hábitos esportivos.Esses itens são mencionados no 3º parágrafo.

b) errada: sedentarismo e modalidades favoritas.O sedentarismo é predominante no Recife, e as modalidades favoritas são mencionadas no 1º parágrafo.

c) errada: praias e tradição dos times de futebol.Praias e tradição dos times de futebol são típicas do Rio de Janeiro.

d) certa: poder aquisitivo e questões culturais.Poder aquisitivo e questões culturais são enfatizadas no início do 2º parágrafo e retomados no trecho “Pelos mesmos motivos”... (4ª linha).

e) errada: parques e existência de áreas planas.Essas características restringem-se a Brasília.

20. (12211)

a) errada: o sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes. OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.

b) errada: tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas. “necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes” (último período); NÃO SE FALA EM DIMINUIR. Além disso, observe a expressão “fechada” “real desenvolvimento”.

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c) errada: só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.OBSERVE AS EXPRESSÕES DE CUNHO CATEGÓRICO “SÓ” E “TODOS OS”.

d) errada: o conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.NÃO HÁ TAL AFIRMAÇÃO NO TEXTO; FALA-SE EM “ATUAÇÃO HUMANA”, NÃO EM AUMENTO.

e) certa: desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação ambiental.OBSERVE 1º PERÍODO DO 2º PARÁGRAFO.

21. Observe que se trata de uma crônica (“olhar particular do cronista”).

a) errada: o cronista conceitua amor e amizade, mas não valoriza esta em detrimento daquele, julgando-o inferior.

b) errada: o cronista reproduz a fala de um filme a que assistiu; não se trata de sua opinião.c) errada: releia a última oração do texto.d) certa: releia a última oração do texto.e) errada: não há critica, e sim a “esperança de entender essa estranha melancolia, esse vazio

preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois”.

22. (12215) Observe que se trata de um breve ensaio.

I – errada: O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de maneira inteligível.

O texto não menciona outro autor de magnitude de Ovídio, apenas declara que a descrição da inveja feita por Ovídio serviu de modelo a todos os que abandonaram esse tema. Observe a palavra “fechada” “nenhum”.

II – errada: A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.

Não se pode inferir do texto que foi a partir do mito de Aglauros que surgiu a primeira explicação sobre a inveja, ou que esse mito seria desimportante sem a descrição de Ouvídio.

III – certa: Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem.

Essa alternativa reproduz a descrição feita por Ovídio sobre o que é inveja. Observe a primeira oração do segundo parágrafo.

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23. Observe – antes de tudo, o uso conotativo da palavra, típico de textos literários – o campo semântico em que se insere “fresta” (no texto, igual a “universo reduzido”): “espia”, “ranhuras”, “diminuto”, “pedrinhas”, “minúsculos”, “bonsais”, “só visíveis”.

24. A confirmação de que “genuína” poderia ser substituída por “legítima” pode ser inferida por meio da leitura do trecho “É na esperança [...] marcamos um almoço...”, que remete à “verdadeira” vontade de aproximação. Quanto à palavra “tácito”, substituível por “implícito”, é possível inferir seu significado por meio da leitura do trecho “Falamos [...] mas não muito”.

25.

a) errada: o navio entrou na zona de atuação das sereias; logo, foi atingido.b) certa: Orfeu “conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça”.c) errada: o navio continuou navegando.d) errada: a embarcação era concreta.e) errada: não houve julgamento do modo como a embarcação atravessou a zona de perigo.

26. Feita em aula.

27.

a) errada: Orfeu e Ulisses são citados no texto para que se apresentem soluções a fim de se escapar do “canto das sereias”.

b) errada: o autor não julga a atitude das sereias; apenas relata como procediam; mesmo procedimento observa-se em relação a Orfeu (observe que se pede o que “Há no texto”, não inferências).

c) errada: não há juízo de valor quanto às atitudes de Orfeu e de Ulisses.d) errada: além de não haver juízo de valor, Ulisses – a despeito da ousadia – não correu

riscos, visto que seus subordinados, que não ouviam o canto, obedeceram a ele.e) certa: a fim de refletir sobre as possíveis falhas do ser humano (fraqueza, oportunismo e

surdez) e como superá-las, o autor valeu-se do recurso da exemplificação (predominante no texto).

28.

a) errada: as sereias não eram singelas (que não revela dissimulação ou reserva); elas atraíam os navegantes pera depois devorá-los.

b) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias, não a Ulisses, que conseguiu escapar.

c) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias.d) errada: a frase refere-se aos navegantes que sucumbiam ao canto das sereias.e) certa: os navegantes que não conseguiam escapar do canto das sereias, eram por elas

seduzidos – “Ninfas de extraordinária beleza” – e depois devorados.

29. feita em aula

30. a 34. confirmar resposta nos quadros de “Parônimos” e “Homônimos”

31. feita em aula

35. e 36. feitas em aula

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37. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial ... (3º parágrafo) PATRIMÔNIO = O que é considerado como herança comum, de todos.a) errada: Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a

comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Visto que patrimônio é “herança comum, de todos”, “patrimônio Imaterial” não pode se referir a “cada homem [...] uma língua diferente”.

b) certa: Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração.Visto que patrimônio é “herança comum, de todos”, “patrimônio imaterial” refere-se à “alma de um povo”.

c) errada: ... o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles... Visto que patrimônio é “herança comum, de todos”, nada pode ficar de fora do conjunto referido.

d) errada: ... muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma. Visto que patrimônio é “herança comum, de todos”, nada pode ficar de fora do conjunto referido.

e) errada: Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.Esse – retomada. O trecho citado em (E) é posterior a “esse patrimônio imaterial”

38. feita em aula

39. feita em aula

40. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal. (considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam

a) errada: citação fiel de outro autor. Não há isolamento por aspas.b) certa: comentário explicativo. Explica como Ícaro é considerado; explicações são isoladas.c) errada: informação repetitiva. A informação é inédita; não se repete no trecho.d) errada: retificação necessária. Não há correção do que foi afirmado antes. e) errada: enumeração de fatos. Não há mais de uma afirmação.

41. A tentativa de jogar a culpa por uma situação indesejada − de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − nas costas de um único indivíduo ou grupo quase sempre inocente é uma prática tão disseminada que alguns estudiosos a consideram essencial para entender a vida em sociedade. Como é possível que explicações irracionais convençam tanta gente, apesar da falta de evidências?

− de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − (1º parágrafo) O segmento isolado por travessões

a) certa: amplia o sentido da expressão anterior. Explica (logo amplia) o sentido do vocábulo “situação”; explicações são isoladas.

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b) errada: reproduz citação exata da opinião de estudiosos do assunto. Não há isolamento por aspas.

c) errada: enfatiza a descrição de uma situação de calamidade. Não houve descrição anterior; logo, não há ênfase; além disso, a “situação” é “indesejada”, não “de calamidade”.

d) errada: insiste em uma informação já apresentada. A informação é inédita; não se repete no trecho.

e) errada: denota mudança no foco de interesse do parágrafo. Pelo contrário, detalha o foco.

42. feita em aula

43. Winston Churchill, primeiro-ministro que ...... a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, ...... mais do que todos que o país ...... os alemães.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,

a) errada: conduzia - acredita - venceriam (incoerência temporal – “conduzia / acredita”; “venceriam” – erro de concordância).

b) certa: conduziu - acreditou - venceria (Uso do Pretérito Perfeito – ação concluída e delimitada no passado; observe “Segunda Guerra Mundial” / “venceria” = hipótese).

c) errada: conduz - acreditavam - venceria (incoerência temporal – “conduz / acreditavam”; “acreditavam” – erro de concordância).

d) errada: conduziu - acreditaram - venceu (“acreditaram” – erro de concordância; “venceu” – incoerência semântica).

e) errada: conduzira - acreditou - venceu (“venceu” – incoerência semântica e temporal).

44. feita em aula

45. feita em aula

46. Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX ...

O emprego dos tempos dos verbos grifados acima indica, respectivamente,

a) errada: fato a se realizar no futuro e ação repetitiva no passado. b) errada: situação presente e ação habitual também no presente. c) errada: ação realizada no presente e situação passada, sob certa condição. d) errada: fato habitual, repetitivo, e desejo de que uma ação se realize. e) certa: tempo passado anterior a outro e ação contínua na época referida. atravessara:

pretérito mais-que-perfeito = passado do passado.permanecia: pretérito imperfeito do indicativo = ação que indica a continuidade de um acontecimento que ocorreu no passado.

47. ... que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. (2º parágrafo)

O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,

a) errada: fato pressuposto como verdadeiro já terminado.

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b) errada: ação que deverá ser tomada futuramente. c) errada: realização de uma ideia no futuro. d) errada: ação concluída no passado. e) certa: fato previsto e não concretizado. deveriam: futuro do pretérito do indicativo = ação

planejada no presente, a qual não veio a se realizar no futuro.

48. Por isso, caíram em desuso. (3º parágrafo)

A expressão grifada na frase acima

a) certa: retoma as causas que resultaram na extinção de muitos falares indígenas e de idiomas estrangeiros no Brasil. observe o uso do pronome “isso” = retomada.

b) errada: faz a defesa de medidas restritivas a certos idiomas, tomadas em épocas diferentes por autoridades de governo.

c) errada: indica as condições em que ocorreu a extinção ou a diminuição do número de idiomas no território brasileiro.

d) errada: aponta consequências da dificuldade de entendimento entre falantes de línguas diferentes num mesmo território.

e) errada: salienta a finalidade principal da existência de múltiplas línguas, como garantia de preservação da história de um povo.

49. feita em aula

50. feita em aula

51. Apesar de sua péssima fama ...

A observação inicial do parágrafo indica

a) errada: opinião que confirma o que vem sendo exposto desde o início do texto.b) errada: hipótese que introduz uma afirmativa que não poderá se realizar.c) certa: ideia oposta à que vai ser expressa, contrariando uma possível expectativa.d) errada: conclusão das ideias contidas em todo o desenvolvimento textual.e) errada: retificação de um engano cometido no parágrafo anterior.

Apesar: assinala uma ideia de oposição em relação ao outro segmento do enunciado, ocasionando uma possível quebra de expectativa.

52. feita em aula

53. feita em aula

54. A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar.

As frases acima estão articuladas com correção e clareza, em um único período, em

a) errada: A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho, porquanto no meio de um bando enorme de meninos, que tínhamos viajado para ver o mar. (porquanto = causa; “porquanto ESTAVA”; “que tinha / tinham”)

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b) errada: Nós tínhamos viajado para ver o mar mas, a primeira vez que eu o vi não estava sozinho: ao contrário, no meio de um bando enorme de meninos. (correção – “...o mar, mas, a primeira vez que eu o vi, [...] ao contrário, ESTAVA no meio...”)

c) errada: A primeira vez que vi o mar eu estava no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho, mas tinham viajado para vê-lo. (correção – “...o mar, eu estava...”; incoerência no uso da oposição “mas”).

d) certa: Eu não estava sozinho a primeira vez que vi o mar, mas no meio de um bando enorme de meninos que tinham viajado para vê-lo.

e) errada: Quando vi pela primeira vez o mar, eu estava era no meio de um bando enorme de meninos e não sozinho, que tinham viajado para ver o mar. (uso da expressão coloquial “era”; obrigatoriedade de vírgula após “meninos”).

55. Esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica.

O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido.

Áreas devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, por exemplo.

É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.

As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, em

a) errada: Ainda que esforços devem ser feitos no sentido de preservar a região Amazônica e o seu potencial elétrico desenvolvido, com áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, assim se concilia os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia. (“Ainda que” = oposição, que não se verifica no trecho; correção: “devam”, e não “devem”; “assim” = conclusão, que não se verifica no trecho; correção: “conciliam”, e não “concilia”).

b) errada: O potencial elétrico da Amazônia deve ser desenvolvido, e com esforços no sentido de preservar a região Amazônica, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à essa exploração, em áreas que devem ser oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais. (“e” inadequado: não há relação de soma ou de oposição; não há crase antes de “essa”; a relação estabelecida entre as duas últimas orações não existe no trecho original).

c) errada: Para conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, deve ser feito esforços no sentido de preservar a região Amazônica, com áreas de compensação aos efeitos dos impactos ambientais, onde esse potencial elétrico deve ser desenvolvido. (não relação de finalidade – “para”; faltou crase em “à exploração”; “devem”, e não “deve”; a relação estabelecida entre as duas últimas orações não existe no trecho original).

d) errada: O potencial elétrico da região Amazônica, que deve ser desenvolvido com áreas oferecidas como compensação aos efeitos dos impactos ambientais, e com esforços no sentido de preservar essa região, sendo preciso conciliar os objetivos que se contrapõem a exploração do potencial hidrelétrico. (total inversão das relações estabelecidas no trecho original).

e) certa: É preciso conciliar os objetivos que se contrapõem à exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, que deve ser desenvolvido, ao lado de esforços no sentido de preservar a região, como, por exemplo, a oferta de áreas que possam compensar os efeitos dos impactos ambientais.

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56. As pinturas da época mostram que os escravos não ficavam acorrentados no Valongo.

Os escravos desembarcavam desnutridos e doentes.Os escravos desconheciam a nova terra.Escravos que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados.

As frases acima estão articuladas com lógica, clareza e correção, sem repetições desnecessárias, em

a) errada: Os escravos, que não ficavam acorrentados no Valongo, visto que desembarcavam desnutridos e doentes e ainda desconheciam a nova terra caso fugissem e acabavam recapturados para ser impiedosamente castigados, segundo as pinturas da época. (a relação de causa entre a segunda e terceira orações não ocorre no trecho original; a relação de condição entre a quarta e quinta orações não existe no trecho original; não há a relação de finalidade – “para ser” – no trecho original).

b) certa: Os escravos, que desembarcavam desnutridos e doentes, não ficavam acorrentados no Valongo, como mostram as pinturas da época, não só porque desconheciam a nova terra como também porque aqueles que fugiam e acabavam recapturados eram impiedosamente castigados.

c) errada: Os escravos não ficavam acorrentados no Valongo, pois desembarcados desnutridos e doentes, eles desconheciam a nova terra, além do que, os escravos que fugiam eram impiedosamente castigados conquanto fossem recapturados, é o que mostram as pinturas da época. (não há relação de causa – “pois” – no trecho original; não há relação de soma – “além do que” – no trecho original; vírgula errada depois de “além do que”; não há relação de concessão – “conquanto” – no trecho original).

d) errada: Os escravos desembarcavam no Valongo desnutridos e doentes, de acordo com o que se mostra as pinturas da época, onde eles não ficavam acorrentados, e desconheciam a nova terra, tanto que fugiam e acabavam recapturados, sendo impiedosamente castigados. (“mostram as pinturas da época”, e não “se mostra as pinturas da época”; “onde” = lugar, e não “época”; não ficavam acorrentados à época; não há relação de consequência – “tanto que”).

e) errada: Segundo as pinturas da época, os escravos não ficavam acorrentados no Valongo e, no entanto, desnutridos e doentes, bem como desconheciam a novaterra, se eles fugiam acabavam recapturados, e ainda mais eram impiedosamente castigados. (excetuando-se a relação de conformidade inicial, todas as demais relações estão erradas; “fugissem”, e não “fugiam”; “acabariam”, e não “acabavam”).

57. O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi cria do em 2002.

A área do Parque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará.

A área do Parque Nacional é coberta pela floresta tropical úmida e densa.

A região abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá.

As frases acima se articulam de modo claro, correto e com lógica no período

a) errada: O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque que foi criado em 2002, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará. (ausência de vírgula após “Tumucumaque”; sem vírgula depois de “Amapá”; a reescrita criou um trecho fragmentado, visto que não há oração principal – sem nexo coesivo).

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b) errada: A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002, onde fica o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, coberta por floresta tropical úmida e densa, e ainda as nascentes do todos os principais rios do Amapá. (“foi criada”, e não “foi criado”; o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará não ficam no parque, e sim o contrário; “ficam”, e não “fica”).

c) errada: Em 2002, a criação do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreenderam o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará com floresta tropical úmida e densa, além de nascentes de todos os principais rios do Amapá. (o erro de concordância “compreenderam” – o correto seria “compreende” – já seria suficiente para invalidar a reescrita).

d) certa: Criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, cuja área compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, é coberto pela floresta tropical úmida e densa e abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá.

e) errada: Numa área que está coberta não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos os principais rios do Amapá, criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará. (a quebra de paralelismo semântico em “coberta não só pela floresta [...] mas também as nascentes”, bem como a ilogicidade em “Amapá, criado em 2002” são suficientes para invalidar a reescrita).

58. A dança originária do Leste da Europa [...] se transformou em coqueluche. A motivação para esse sucesso nada tinha de musical...Mantendo-se a correção e a lógica, as frases acima podem ser articuladas em um único período do seguinte modo:

a) errada: Como a dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, a motivação para esse sucesso nada tinha de musical... (não há relação de causa – “Como”).

b) errada: A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, embora a motivação para esse sucesso nada tinha de musical... (erro na forma verbal “tinha”; correto = “tivesse”).

c) errada: Apesar de originária do Leste da Europa a dança se transformou em coqueluche, onde a motivação para esse sucesso nada tinha de musical... (não há relação de concessão – “Apesar”; deveria haver vírgula após “Europa”; erro no uso de “onde” = só para lugar).

d) certa: A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche; entretanto, a motivação para esse sucesso nada tinha de musical...

e) errada: A dança originária do Leste da Europa se transformou em coqueluche, cuja motivação para esse sucesso nada tinha de musical... (erro no uso de “cuja”, visto que não há relação de posse entre “coqueluche” e “motivação”).

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59. É um verdadeiro luxo, Paris. Não por causa do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa.

Mantendo-se a correção e a clareza, as frases acima podem ser articuladas em um único período do seguinte modo:

a) certa: Paris é um verdadeiro luxo, mas não em virtude do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées; tampouco por conta das mercadorias todas, lindas, chiques e caras, pois nem penso em trazê-las para casa.

b) errada: É um verdadeiro luxo, Paris, não, todavia, em função do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées, quando menos das mercadorias todas, lindas, chiques e caras, dado que nem penso em trazer-nas para casa. (erros: necessidade de ponto-e-vírgula após “Paris”; “quanto menos”, e não “quando menos”; “trazê-las”, e não “trazer-nas”).

c) errada: É um verdadeiro luxo: Paris, ainda que não o é por conta do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées; ademais pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, por que nem penso em trazer-lhes para casa. (erros: uso de dois-pontos antes de “Paris”; “seja”, e não “é”; “mas, sim,”, e não “ademais = soma”; “lhes” = OI, mas o verbo “trazer” é VTD ou VTDI).

d) errada: Paris é um verdadeiro luxo, conquanto que não em razão do Louvre, da Place Vendôme ou da Champs-Élysées, nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, não obstante pensar em não trazê-las para casa. (erros: “conquanto”, e não “conquanto que”; equívoco no uso de “não obstante” e no tempo verbal “pensar”).

e) errada: É Paris um verdadeiro luxo, porém, não pelo Louvre, pela Place Vendôme ou pela Champs-Élysées; tão pouco pelas mercadorias todas, lindas, chiques e caras, já que se quer penso em lhes trazer para casa. (erros: vírgula depois de “porém”; “tampouco”, e não “tão pouco”; “sequer”, e não “se quer”; “já que” = causa, relação não existente no trecho original; uso errado de “lhes”).

60. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, // prefeririam (os delicados) morrer.

Mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa em prosa para a frase acima está em:

a) certa: Por achar bárbaro o espetáculo, parte das pessoas, as delicadas, preferiria morrer. b) errada: Por acharem o espetáculo bárbaro, alguns indivíduos delicados, prefeririam morrer.

(a ausência de isolamento de “delicados” altera a relação: de explicação para restrição; não há vírgula após “delicados”).

c) errada: Algumas das pessoas, onde se encontra as delicadas, prefeririam morrer, porquanto acharem o espetáculo bárbaro. (onde = só para lugar; “encontram”, e não “encontra”; “acham”, e não “acharem”).

d) errada: Boa parte das pessoas, considerando-se que sejam as delicadas, preferiria morrer, contudo achem o espetáculo bárbaro. (a relação original é de causa, não de oposição – “contudo”; “acham”, e não “achem”).

e) errada: São algumas pessoas, as delicadas que, a despeito de serem confrontadas com o espetáculo bárbaro prefeririam morrer. (mau emprego da vírgula – “as delicadas, que”; não há relação de concessão – “a despeito de”).

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Redação Oficial

Correspondência Oficial: maneira pela qual o Poder Público (artigo 37 da Constituição: “administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios) redige atos normativos e comunicações.

Características (atributos decorrentes da Constituição)

• Impessoalidade: ausência de impressões individuais de quem comunica; tratamento homogêneo e impessoal do destinatário.

• Uso do padrão culto de linguagem: observação das regras da gramática formal e emprego de vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma (ausência de diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas). O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

• Clareza: ausência de duplicidade de interpretações; ausência de vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão.

• Concisão: transmissão de um máximo de informações com um mínimo de palavras. • Formalidade: obediência a certas regras de forma; certa formalidade de tratamento;

polidez, civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. • Uniformidade: atenção a todas as características da redação oficial e cuidado com a

apresentação dos textos (clareza da digitação, uso de papéis uniformes para o texto definitivo e correta diagramação do texto).

• Emissor: um único comunicador - o Serviço Público. • Receptor: o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro)

– ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

EXEMPLIFICANDO

SERGIPE GÁS – 2010

1. (34144) A maneira pela qual o poder público redige atos normativos e comunicações denomina-se redaçãoa) empresarial.b) oficial.c) governamental.d) mercadológica.e) estadual.

Anotações

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TCE-MG – Redator de Acórdão – 20072. A frase ISENTA de ambiguidade é

a) Por buscar de maneira excessiva a perfeição até nas tarefas mais banais, o responsável pelo registro de processos advertiu duramente o funcionário.

b) Ao fazer discursos, habituara-se a observar o semblante dos ouvintes, que, assim julgava, espelhava as emoções que vivenciavam.

c) O deputado tinha interesse pessoal na causa dos habitantes da vila, mas conteve o entusiasmo para inibir qualquer frustração de suas expectativas.

d) O recém-eleito porta-voz do grupo, que já havia feito uma consulta formal à Procuradoria, resumiu em poucas palavras os obstáculos a serem superados.

e) Coube a mim a apresentação da parte inicial do relatório, que me prontifiquei a revisar, porque me consideraram mais familiarizado com o jargão técnico.

BB – Escriturário – 20113. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é

a) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.

b) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal especializado em serviços gerais para os departamentos que foram recentemente criados.

c) Estou encaminhando a presença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete.

d) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltaram um número grande de servidores para os andamentos do serviço.

e) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais providências vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

Pronomes de Tratamento

1. Concordância dos pronomes de tratamento • concordância verbal, nominal e pronominal: embora se refiram à segunda pessoa gramatical

(à pessoa com quem se fala ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa.

Ex.: “Vossa Excelência conhece o assunto”. / “Vossa Senhoria nomeará seu substituto.”

• adjetivos referidos a esses pronomes: gênero gramatical coincide com o sexo da pessoa a que se refere.

Ex.: “Vossa Excelência está atarefado.” / “Vossa Excelência está atarefada.”

Anotações

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Pronomes de Tratamento

com quem se fala(vossa/s ...)

de quem se fala(sua/s...)

verbo e pronome na 3ªpessoa: Vossa (Sua)Excelência pronunciaráseu discurso.adjetivo – sexo dapessoa a que se refere:Vossa (sua) Excelênciaestá satisfeito(a).

Pronomes de TratamentoVossa Excelência autoridades do Poder Executivo,

Legislativo e Judiciário.

vocativo:1 – Excelentíssimo Senhor (chefes do Poder);2 – Senhor + cargo (demais).

Vossa Senhoria demais autoridades e particulares.vocativo: senhor.

2. Emprego dos Pronomes de Tratamento (uso consagrado)

• Vossa Excelênciaa) autoridades do Poder Executivo (Presidente da República; Vice-Presidente da República;

Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais).

b) autoridades do Poder Legislativo (Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais).

c) autoridades do Poder Judiciário (Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar, Delegados*).

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• A Lei nº 12.830/2013 dispõe no art. 3º que “O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.”

Obs. 1: a vereadores, conforme Manual de Redação da Presidência da República, não é dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem as autoridades legislati-vas. Logo, o pronome a ser usado é “Vossa Senhoria”.

Vocativo Correspondente a “Vossa Excelência”

• Chefes de Poder - Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo.Ex.: “Excelentíssimo Senhor Presidente da República” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional” / “Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”

• Demais autoridades - Senhor, seguido do cargo respectivo.Ex.: Senhor Senador / Senhor Juiz / Senhor Ministro / Senhor Governador.

Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Excelência):

A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, no 123 01.010-000 – São Paulo. SP

Obs. 2: em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD) para as autoridades da lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

• Vossa Senhoria • empregado para as demais autoridades e para particulares

Vocativo correspondente a “Vossa Senhoria”

• Senhor

Envelope (endereçamento autoridades tratadas por Vossa Senhoria):

Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 70.123 – Curitiba. PR

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Obs. 3: fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Obs. 4: doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evita-se usá-lo indiscriminadamente; é empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume de-signar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunica-ções.

Verso do Envelope

Remetente: NOME (em caixa alta) Cargo (em caixa alta e baixa) Setor de Autarquias Sul Quadra 4 - Bloco N70.070-0400 – Brasília-DF

• Vossa Magnificência • empregado, por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.

Vocativo correspondente a “Vossa Magnificência”

• Magnífico Reitor • Pronomes de tratamento para religiosos (de acordo com a hierarquia eclesiástica)

• Vossa Santidade: Papa. Vocativo Santíssimo Padre. • Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: Cardeais. Vocativo Eminentíssimo

Senhor Cardeal ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal. • Vossa Excelência Reverendíssima: Arcebispos e Bispos. • Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima: Monsenhores, Cônegos e

superiores religiosos. • Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

Obs. 5: O Manual de Redação da Presidência da República – bem como outros dele decorrentes – não apresenta vocativo para Arcebispo, Bispo, Monsenhor, Cônego, Sacerdote, Clérigo e demais religiosos. Outros manuais – de forma inconsistente – recomendam Excelentíssimo Reverendíssimo para Arcebispo e Bispo; Reverendíssimo para as demais autoridades eclesiásticas.

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Tabela de Abreviaturas

Pronome de tratamento

Abreviatura singular Abreviatura plural Usado para se dirigir a

Vossa Alteza V. A. VV. AA. Príncipes, duques

Vossa Eminência V. Em.a V. Em.as Cardeais

Vossa Excelência V. Ex.a V. Ex.as Altas autoridades

Vossa Magnificência V. Mag.a V. Mag.as Reitores de universidades

Vossa Majestade V. M. VV. MM. Reis, imperadores

Vossa Senhoria V. S.a V. S.as Tratamento cerimonioso

Obs. 6: não se abreviam os pronomes de tratamento quando os destinatários são o Presidente da República e o Papa.

EXEMPLIFICANDO

4. (34143) FCC – GOV-BA – 2013

Os pronomes de tratamento estão empregados corretamente em

a) Espera-se que, no Brasil, Sua Santidade, o Papa Francisco, seja recebido, com o devido respeito, pelos jovens.

b) O advogado assim se pronunciou perante o juiz: “Peço a Vossa Senhoria que ouça o depoimento desta nova testemunha.”

c) Senhor Chefe do Departamento de Pessoal, dirijo-me a Vossa Excelência, para solicitar o abono de minhas faltas.

d) Vossa Majestade, a rainha da Inglaterra, foi homenageada por ocasião do aniversário de seu reinado.

e) Refiro-me ao Ilustríssimo Senhor, Cardeal de Brasília, ao enviar-lhe as notícias do Conclave.

BB – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2012

5. Em uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da linguagem, deve-se atentar para o seguinte procedimento

a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no caso de tratamentos como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência.

b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de interlocutores de alta projeção na esfera política e institucional.

c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos solenidade do que os tratamentos em Vossa.

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d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará o verbo a flexionar-se na 3ª pessoa do singular.

e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades com quem se tenha contato mais amiúde.

Fechos para Comunicações

1. para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente.

2. para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente.

CUIDADO!!!!! NÃO use Cordialmente, Graciosamente.

É ERRADO ABREVIAR QUALQUER UM DESSES FECHOS: Att., Atcs.

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006

6. A questão refere-se ao Manual de Redação da Presidência da República e ao Manual de Elaboração de Textos do Senado Federal. Com base nos manuais citados, analise as afirmativas a seguir: Contemporaneamente, os fechos para comunicação, com base nos manuais citados, são

a) somente “atenciosamente” e “respeitosamente”.b) preferencialmente “atenciosamente” e “cordialmente”.c) somente “cordialmente” e “respeitosamente”.d) preferencialmente “cordialmente” e “respeitosamente”.e) somente “atenciosamente” e “cordialmente”.

Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

Ex.: (espaço para assinatura)

Nome

Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

Obs. 6: não se abreviam os pronomes de tratamento quando os destinatários são o Presidente da República e o Papa.

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OBS. 7:

• Não se empregam PRECIOSISMOS: palavras raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em desuso (“Outrossim”, “Destarte”, “Subscrevemos mui atenciosamente.”...)

• Não se empregam NEOLOGISMOS: criação de palavras. • Não se usam expressões que exprimam FAMILIARIDADE: “Prezados”, “caros”, no vocativo; • Não se utilizam expressões REDUNDANTES: “Em resposta...”; “Sem mais, subscrevemo-

nos.”; traço para a assinatura; “Vimos por meio desta...” • VERBORRAGIA E PROLIXIDADE constituem erro: “Temos a satisfação de comunicar...”;

“Nada mais havendo para o momento, ficamos à disposição para maiores informações necessárias.”; “Aproveitamos o ensejo, para protestos da mais elevada estima e consideração.”

EXEMPLIFICANDO

7. Em relação à redação de correspondências oficiais, considere as afirmações abaixo.

I – As comunicações oficiais, incluindo as assinadas pelo Presidente da República, devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da assinatura.

II – O pronome pessoal de tratamento referente ao cargo não deve ser abreviado quando tratar-se de Presidente da República e Papa.

III - A forma de tratamento e o vocativo que devem ser usados em correspondência que for dirigida a Vereador são Vossa Senhoria e Sr. Vereador, respectivamente.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas II e III.

Padrão Ofício

Ofício

Aviso FORMA SEMELHANTE / FINALIDADE DIFERENTE

Memorando

SEMELHANÇAS

1. Partes:

• tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. Exs.: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME

• local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita.Ex.: Brasília, 15 de março de 2012.

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• destinatário (o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação; no ofício, deve ser incluído também o endereço).

• assunto (resumo do teor do documento; também chamado de ementa).Ex.: Assunto: Produtividade do órgão em 2012.

• texto (padrão ofício) • evita-se o uso das formas “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me

informar que”;

Obs. 8: os parágrafos devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

• texto (mero encaminhamento de documentos) • referência ao expediente que solicitou o encaminhamento; caso contrário, informação

do motivo da comunicação (encaminhar) indicando os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado.

Ex: “Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 2012, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 2011, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”

ou

“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 2012, do Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”

• fecho. • assinatura do autor da comunicação. • identificação do signatário.

EXEMPLIFICANDO

BB – Escriturário – 2010

8. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que

a) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.b) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é expedido e a data em

que foi assinado.c) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento.d) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a formalidade que

deve haver nos expedientes oficiais.e) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez como, por exemplo, Agradeço a V. Sa. a atenção

dispensada.

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2. Forma de diagramação:

• FonteTimes New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé. Símbolos não existentes na fonte Times New Roman - fontes Symbol e Wingdings.

• Número de páginasÉ obrigatório constar a partir da segunda página.

• Tamanho da folha Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm.

• Orientação O documento deverá ser impresso como Retrato.

• Impressão Poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”). A impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações.

• Início de parágrafoO início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda.

• Espaçamento entre parágrafos Deve ser utilizado espaçamento de 2,5cm.

• Espaçamento entre linhasDeve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo (uma linha em branco).

• AlinhamentoO texto deve ser justificado.

• Margem esquerdaO campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura.

• Margem direitaO campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm.

• Margem superiorO campo destinado à margem superior terá 2 cm.

• Margem inferiorO campo destinado à margem inferior terá 2 cm.

• Armas nacionaisÉ obrigatório o uso das Armas Nacionais nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações de âmbito federal (artigo 26, inciso X, da Lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971), único emblema que figurará nos modelos padronizados. As Armas Nacionais poderão ser omitidas nos papéis e nas publicações de uso interno das repartições federais.

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EXEMPLIFICANDO

TRT 24ª – Juiz do Trabalho Substituto – 2006 (adaptada)

9. A respeito do Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.

I – Todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel ofício.

II – Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chave do conteúdo.

III – Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé.

Assinale

a) se todas as afirmativas estiverem corretas.b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.e) se nenhuma afirmativa estiver correta.

DIFERENÇAS

Finalidade

Aviso e Ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas.

1. Aviso: expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia; tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si.

Uso de vocativo seguido de vírgula.

Exemplo de AvisoAviso nº xxx/SG-PR

Brasília, xx de maio de xxxx.A Sua Excelência o Senhor[nome e cargo]

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor Ministro,

CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

[nome][cargo]

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EXEMPLIFICANDO

TCE-MG – Redator de Acórdão – 2007

10. Considerados os padrões definidos para comunicações oficiais, é correto afirmar que

a) estão em conformidade com o padrão de “Aviso” as seguintes partes de uma comunicação oficial:

A Sua Excelência o Senhor

Mário dos Santos Barbosa

Ministro de Estado das Relações Exteriores

Assunto: Seminário sobre Segurança Pública

Senhor Ministro,

.....................................................................................

.....................................................................................

Atenciosamente,

Margarida Sousa Dias

Ministra de Estado da Justiça

b) o vocativo a ser empregado em texto dirigido a autoridade que não exerce a função de Chefe de Poder é Excelentíssimo Senhor, como em “Excelentíssimo Senhor Senador da República”.

c) em correspondência encaminhada ao Presidente do Congresso Nacional, como a qualquer outro Chefe de Poder, é indispensável o tratamento digníssimo, como expressão do apreço pelo atributo pessoal do destinatário.

d) são fechos adequados a todas as modalidades de comunicação oficial, independentemente da hierarquia envolvida, “Respeitosamente” e “Atenciosamente”, mas adotado um, ou outro, na dependência do assunto tratado.

e) é desejável que o texto de um encaminhamento simples de documento observe a seguinte fórmula, com adequação aos dados específicos daquilo que se encaminha: “Honra-nos encaminhar anexa, em atendimento à solicitação feita, com a presteza habitual, pelo Sr. Chefe do Departamento de Administração, cópia do telegrama de 2 de março de 2005, do Presidente da Confederação Nacional de Atletas, a respeito de projeto de atendimento a jovens em situação de risco.

2. Ofício: expedido para e pelas demais autoridades; tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares.

Uso de vocativo seguido de vírgula.

No cabeçalho ou no rodapé: nome do órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço de correio eletrônico.

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Exemplo de Ofício

[Ministério][Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]

[Endereço para correspondência][Telefone e endereço de correio eletrônico]

Ofício nº xxxxxxx/SG-PR

Brasília, xx de maio de xxxx.

A Sua Excelência o SenhorDeputado FulanoCâmara dos DeputadosCEP – município – estado

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor Deputado,

CORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

[nome][cargo]

INSTITUTO FEDERAL XXXX Caixa Postal 000 74.001-970 – Brasília – DF 61-XXXXXXXX – [email protected]

AB / CD

Obs. 9: a numeração dos ofícios recomeça a cada ano.

Obs. 10: quando houver documentos a anexar, escreve-se a palavra anexo na margem esquerda e a sua descrição.

Ex.: Anexo: Recibo do pagamento.

Anotações:

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Obs. 11: na última linha do papel, à esquerda, devem constar as iniciais de quem re-digiu e de quem digitou o texto, separadas por uma barra. Se forem a mesma pessoa, basta colocar a barra e as iniciais.

EXEMPLIFICANDO

DPE-SP – Oficial de Defensoria Pública – 2010

11. A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é

a) o local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página.b) devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.c) deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura,

exceto se for o Presidente da República.d) o fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a

autoridade a que se destina o documento.e) é facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso

no corpo do ofício.

2.1. Ofício Circular: segue os mesmos padrões de forma e estrutura do ofício. Entretanto, é utilizado para tratar de um mesmo assunto com destinatários de diferentes setores/unidades.

Exemplo de Ofício Circular

[Ministério][Secretaria / Departamento / Setor / Entidade]

[Endereço para correspondência][Telefone e endereço de correio eletrônico]

Ofício Circular nº xxxxxxx/&&-&&Brasília, xx de maio de xxxx.

Aos SenhoresDiretores das Escolas da Rede EstadualRegião Metropolitana de ZZZZZ

Assunto: Blá-blá-blá

Senhor(a) Diretor(a),...

1. Memorando: comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna; caráter meramente administrativo ou de exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

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Característica principal: agilidade.

OBS. 12: o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos.

OBS. 13: os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.

OBS. 14: após a numeração de controle, devem constar, no máximo, três níveis de siglas: a da unidade emitente, a da imediatamente superior e a do órgão/unidade responsável pela competência regimental.

Ex.: Memorando nº xx/Seata/Coseg/Cglog

Exemplo de Memorando

Mem nº xxx/DJBrasília, xx de maio de xxxx.

Ao Senhor Chefe do Departamento de yyyyAssunto: Blá-blá-bláCORPO DO TEXTO: blá-blá-blá.

Atenciosamente,

[nome][cargo]

EXEMPLIFICANDO

TCE – Procurador de Contas – 2006 (adaptada)

12. Considere a hipótese de que o documento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segurança no trânsito do DETRAN/DF.

Memorando n.º 3/NUCETA

D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF

Assunto: ...............................................

Motoristas quanto à perigosa mistura bebida + direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em nome da descontração e da alegria próprios dos brasileiros.

Pobre e rico, jovem e velho, mulheres e homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse acabar amanhã.

Presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI, reduto dos foliões mais intempestivos, onde se verificam muitas ocorrências de trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste ano.

Como em preitos anteriores, coloco-me à disposição para o que for de seu desejo.

( ) O campo “Assunto” do documento em pauta estaria corretamente preenchido com a frase: Solicitação da presença do Grupo de Teatro do DETRAN na Praça do DI.

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( ) Não é indicada a forma de memorando para transmitir mensagens de solicitação, como a contida no texto apresentado; a modalidade correta de expediente oficial, nesse caso, seria o requerimento, uma vez que o signatário do texto solicita.

( ) Por ser expedido por um chefe de núcleo a um diretor - cargos situados em níveis hierarquicamente diferentes -, o texto em questão deve ser substituído pela modalidade ofício, mesmo se tratando de comunicação interna.

( ) Desconsiderado o espaçamento entre linhas e partes do texto, estão em conformidade com a forma e a estrutura do memorando oficial: a identificação do documento e do local de origem, a data, o vocativo, e a assinatura.

Assinale a alternativa em que esteja correta a sequência de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo.

a) V – F – F – F.b) V – V – F – F.c) V – F – V – F.d) F – F – V – V.e) F – V – F – V.

OUTROS TIPOS CORRESPONDÊNCIAS

4. Exposição de Motivos: expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente (geralmente, por um Ministro de Estado) para informá-lo de determinado assunto; propor alguma medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo. Caso envolva mais de um Ministério, é assinada por todos os Ministros é chamada de Exposição Interministerial.

Forma: modelo do padrão ofício, se o caráter for tão somente informativo – pode conter comentários se a exposição submeter à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada.

OBS. 15: Havendo necessidade de duas assinaturas, fica à esquerda a da autoridade responsável (no uso das atribuições) e à direita a do co-responsável (que fornece apoio técnico e logístico). A autoridade responsável é aquela que responde diretamente pelas competências e pelas atribuições da unidade e o co-responsável é a autoridade da unidade que fornecerá o apoio técnico e/ou logístico para o desempenho da atividade. Na maioria dos casos, o próprio documento define quem é o responsável direto e o responsável indireto.

Forma de identificação:(assinatura) (assinatura)(Nome do responsável) (Nome do co-responsável)(Cargo do signatário) (Cargo do signatário)

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

TRT 6ª Região – Analista Judiciário – Arquivologia – 2012

13. As considerações que antecedem os textos dos projetos de lei, para mostrar suas vantagens e justificar as medidas propostas, configuram a chamada

a) ordem de serviço.b) instrução normativa.c) carta declaratória.d) exposição de motivos.e) resolução de consulta.

5. Mensagem: instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública.

Forma

• indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem esquerda.

• vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda.

• texto, iniciando a 2 cm do vocativo.

OBS. 16: a mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.

EXEMPLIFICANDO

14. Considere as afirmações que seguem.

I – A comunicação de veto a projeto de lei pelo presidente da República ao presidente do Senado Federal deve ser realizada por meio de mensagem.

II – O documento utilizado por ministro de Estado que desejar convidar outro ministro para a mesa de abertura de um seminário é a mensagem.

III – A estrutura da exposição de motivos de caráter meramente informativo segue o modelo do padrão ofício.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.e) Apenas I e III.

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6. Correio Eletrônico

Forma: um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

15. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise os itens a seguir.

I – Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

II – Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, obrigatoriamente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

III – Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

Assinale

a) se nenhum item estiver corretob) se apenas os itens II e III estiverem corretos.c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.e) se todos os itens estiverem corretos.

Anotações:

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7. FaxO fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe. Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.

Estrutura

Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identificação da mensagem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:

[Órgão Expedidor][setor do órgão expedidor]

[endereço do órgão expedidor]_______________________________________________________Destinatário:_____________________________________________No do fax de destino:_____________ Data:_______/_______/_____Remetente:______________________________________________Tel. p/ contato:________ Fax/correio eletrônico:________________No de páginas: esta +______ No do documento: _________________Observações:_____________________________________________

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

16. Em relação ao Manual de Redação da Presidência da República, avalie os itens a seguir.I – O campo “assunto” do formulário de mensagem de correio eletrônico deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente.

II – Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

III – Se necessário o arquivamento de fax, pode-se fazê-lo com o próprio papel de fax, não sendo necessário fazer cópia dele.

Assinale

a) se apenas os itens I e III estiverem corretos.b) se todos os itens estiverem corretos.c) se apenas os itens II e III estiverem corretos.d) se apenas os itens I e II estiverem corretos.e) se nenhum item estiver correto.

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8. Ata: relatório escrito do que se fez ou disse em sessão de assembleia, sociedade, júri, corporação. É o registro claro e resumido das ocorrências de uma reunião de pessoas, com fim determinado.

Forma

• localizadores temporais: dia, mês, ano e hora da reunião (sempre por extenso); • espaço da reunião: local (sede da instituição, rua, número, cidade); • nome e sobrenome das pessoas presentes, com respectivas qualificações; • declarações do presidente e secretário; • assuntos tratados (ordem do dia); • fecho; • assinaturas, por extenso, do presidente, secretário e participantes da reunião.

EXEMPLIFICANDO

TRT 2ª Região – Técnico Judiciário – 2008

17. Um grupo de jornalistas tem um encontro para a escolha de alguns assuntos a serem publicados no jornal em que trabalham.

Foi redigido um documento oficial, necessário a esse tipo de encontro, que deverá obedecer a certo padrão, EXCETO que

a) deverão constar no corpo do documento o dia, o local e a hora do início do encontro.b) o fecho deverá conter necessariamente a fórmula Atenciosamente.c) serão relacionados os nomes dos participantes e de quem presidiu o encontro, além do

responsável pelo registro dos fatos e das resoluções tomadas.d) o documento só será validado pelo conhecimento de todos os participantes, que aporão

suas assinaturas após leitura do que nele consta.e) o documento será redigido em corpo único, sem parágrafos e espaços, e também sem

rasuras que, se ocorrerem, deverão ser retificadas.

9. Apostila: averbação feita abaixo dos textos ou no verso de decretos e portarias pessoais (nomeação, promoção, etc.), para que seja corrigida flagrante inexatidão material do texto original (erro na grafia de nomes próprios, lapso na especificação de datas, etc.), desde que essa correção não venha a alterar a substância do ato já publicado.

Anotações:

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Forma

• título, em maiúsculas e centralizado sobre o texto: APOSTILA; • texto, do qual deve constar a correção que está sendo feita, a ser iniciada com a remissão

ao decreto que autoriza esse procedimento; • data por extenso; • identificação do signatário, abaixo da assinatura, em maiúsculas.

10. Ordem de Serviço: uma instrução (ato interno) dada a servidor ou órgão administrativo. Encerra orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou desempenho de encargos. É o documento, o ato pelo qual se determinam providências a serem cumpridas por órgãos subordinados.

Forma

• título: Ordem de Serviço nº …...., de …... de …...................... de 20XX (Em caixa-alta e centralizado);

• texto; • nome e cargo do chefe.

11. Parecer: opinião escrita ou verbal, emitida e fundamentada por autoridade competente, acerca de determinado assunto. Assim sendo, vincula-se a uma solicitação realizada por correspondência anterior.

Forma

Segue o padrão ofício, suprimindo-se o destinatário, o vocativo e o fecho e incluindo-se o nome do interessado e o número do processo. O título deve apresentar as iniciais em caixa alta e as demais letras em caixa baixa, seguido do número sequencial do documento e da sigla da unidade que o emitiu, alinhados à esquerda. Tal documento não se encontra padronizado no Manual de Redação da Presidência da República, mas em outros tantos Manuais deste decorrentes. A “urgência urgentíssima” é um mecanismo de deliberação instantânea de matéria considerada de relevante e inadiável interesse nacional. Por ele, são dispensadas todas as formalidades regimentais - exceto as exigências de quorum, pareceres e publicações -, com o objetivo de conferir rapidez ao andamento da proposição.

EXEMPLIFICANDO

18. Baseado nas normas de correspondências oficiais, assinale a alternativa correta.

a) O Parecer é um exame apurado que se faz sobre determinado assunto, com apresentação fundamentada de solução e, conforme as circunstâncias, pode ser de opinião favorável ou contrária.

b) O título e o número do processo são sempre em letra minúscula. c) O Parecer, por ser um documento oficial sem vinculação nenhuma com outra

correspondência, tem como objetivo principal fornecer subsídio para a tomada de decisões.d) Com as exigências de quorum, pareceres e publicações, todas as demais formalidades

regimentais, entre elas os prazos, são dispensadas com a adoção da urgência urgentíssima.

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12. Portaria: empregada para formalizar nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de funcionários.

Forma

• numeração: número e data de expedição: Portaria nº ..., de ... de ... de 20XX. • título: denominação da autoridade que expede o ato, em geral já impresso no modelo

próprio. • fundamentação: citação da legislação básica, seguida da palavra RESOLVE. • texto. • assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.

13. Relatório: texto administrativo escrito para prestar conta de trabalho realizado. O relatório subsidia decisão a ser tomada pelo destinatário. Por isso, é sempre conclusivo: apresenta sugestão de caminho a ser tomado pelo superior, a quem dirigido, a partir do exame direto da situação feito pelo autor. O relatório não é simples relato do ocorrido ou presenciado (narração). Deve trazer a posição do signatário sobre a situação examinada, o que significa dizer que é um texto argumentativo.

A linguagem de um relatório deve ser clara, objetiva e concisa. Deve, ainda, apresentar a descrição das medidas adotadas.

Partes:

• registro – parte expositiva; traz dados obtidos por meio da observação direta da situação; • análise – conteúdo argumentativo; confronto entre o dado da realidade e a norma aplicável

(verificar se o que ocorre ou ocorreu está de acordo com a lei); • conclusão: segunda parte argumentativa; traz avaliação da situação (normal ou anormal,

regular ou irregular) e sugestão de providências.

14. Requerimento: documento utilizado para obter um bem, um direito ou uma declaração de uma autoridade pública. É uma petição dirigida a uma entidade oficial, organismo ou instituição por meio da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse. Em sua elaboração, usa-se linguagem objetiva; incluem-se elementos como identificação, endereço...; emprega-se a 3ª pessoa do singular e do plural; utiliza-se o Padrão Ofício, contido no Manual de Redação da Presidência da República, para linguagem, identificação, tipo de letra, dentre outras características.

Estrutura:

• Designação do órgão administrativo a que se dirige; • Identificação do requerente pela indicação do nome, estado civil, profissão, morada e

número de contribuinte; • Exposição dos fatos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente os

respectivos fundamentos de direito; • Indicação do pedido em termos claros e precisos; • Data e assinatura do requerente ou de outrem a seu rogo, se o mesmo não souber ou não

puder assinar.

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MODELO

Destinatário/invocaçãoRequerenteIdentificaçãoO que requerJustificativa(Amparo legal, se houver)Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório. (“Termos em que pede deferimento”)(Localidade e data)(Assinatura)

15. Nota Técnica: tem como finalidade oferecer subsídios e contribuições a debates, esclarecer gestores sobre a importância de determinada ação, dar orientações, no mais das vezes em atenção a consultas recebidas.

Exemplo de Nota Técnica

NOTA TÉCNICA Nº 018/2013Brasília, 09 de maio de 2013.

ÁREA: Finanças TÍTULO: Certificado Digital e a Importância para os Municípios.REFERÊNCIA(S): Cartilha SIOPS;

Comunicado CGSN/SE nº 3, de 10 de março de 2009; Portal Receita Federal do Brasil (RFB) Portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte);

CORPO DO TEXTO (BLÁ-BLÁ-BLÁ)

16. Declaração: utilizada para afirmar a existência de um fato; a existência ou não de um direito.

FormaPode-se iniciar uma declaração assim: “Declaro para fins de prova junto ao órgão tal...”, “Declaro, para os devidos fins, que...”, ...

17. Atestado: documento firmado por uma pessoa a favor de outra, asseverando a verdade acerca de determinado fato. Difere da CERTIDÃO – que atesta fatos permanentes – visto que afirma convicção sobre os transitórios.

18. Despacho: encaminhamento com decisão proferida por autoridade administrativa em matéria que lhe é submetida à apreciação. É muito empregado na tramitação de processos. Pode conter apenas: aprovo, defiro, em termos, de acordo ou ser redigido de forma mais complexa.

FormaSegue o padrão ofício, incluindo-se o nome do interessado e o número do processo e suprimindo-se o vocativo e o fecho.

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19. Edital: ato pelo qual se publica pela imprensa, ou em lugares públicos, certa notícia, fato ou ordenança que deve ser divulgada para conhecimento das pessoas nele mencionadas e de outras tantas que possam ter interesse pelo assunto.

Forma

• timbre do órgão que o expede; • título: denominação do ato: Edital nº ... de ... de 20XX; • ementa: facultativa; • texto: desenvolvimento do assunto tratado. Havendo muitos parágrafos, recomenda-se

numerá-los com algarismos arábicos, exceto o primeiro que não se numera; • local e data: se a data não for colocada junto ao título, deve aparecer após o texto; • assinatura: nome da autoridade competente, com indicação do cargo que ocupa.

20. Resolução: ato emanado de autarquias ou de grupos representativos, por meio do qual a autoridade determina, delibera, decide, ordena ou baixa uma medida. As resoluções, em geral, dizem respeito a assuntos de ordem administrativa e estabelecem normas regulamentares. Podem expedi-las os conselhos administrativos ou deliberativos, os institutos de previdência e assistência social, as assembleias legislativas.

Forma

• título: Resolução nº ..., de ... de 20XX (centralizada, em caixa alta/maiúsculas e negrito); • ementa (em negrito, alinhada a esquerda no documento); • texto (alinhado à esquerda); • assinatura e cargo de quem expede a resolução.

Anotações:

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EXEMPLIFICANDO

19. Preencha os parênteses com V (verdadeira) ou F (falsa), conforme a veracidade da informação. Após, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo.

( ) Em um requerimento, é obrigatória a citação de amparo legal à petição.

( ) Relatório é um texto no qual deve predominar a neutralidade, isto é, não se admitem posicionamentos do relator.

( ) Atestado é um documento em que se declara algo e, na correspondência oficial, seu emprego é frequente nos serviços policiais.

( ) Empregado na tramitação de processos, no despacho suprimem-se o vocativo e o fecho.

a) F – F – V – V.b) V – F – V – V.c) F – V – V – V.d) F – V – F – F.e) V – F – F – F.

NUMERAÇÃO DAS PARTES DE UMA CORRESPONDÊNCIA OFICIAL

Artigo: até o artigo nono (art. 9o), adota-se a numeração ordinal. A partir do de número 10, emprega-se o algarismo arábico correspondente, seguido de ponto-final (art. 10). Os artigos serão designados pela abreviatura “Art.” sem traço antes do início do texto. Cada artigo deve tratar de um único assunto.

Parágrafos (§§): desdobramentos dos artigos; numeração ordinal até o nono (§ 9o) e cardinal a partir do parágrafo dez (§ 10). No caso de haver apenas um parágrafo, adota-se a grafia Parágrafo único (e não “§ único”).

Incisos: elementos discriminativos de artigo se o assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio artigo ou não se mostrar adequado a constituir parágrafo. Os incisos são indicados por algarismos romanos.

Alíneas: desdobramentos dos incisos e dos parágrafos; são representadas por letras. A alínea ou letra será grafada em minúsculo e seguida de parêntese: a); b); c); etc. O desdobramento das alíneas faz-se com números cardinais, seguidos do ponto: 1.; 2.; etc.

EXEMPLIFICANDO

20. (34146) SERGIPE GÁS – 2010

Os artigos de um ato oficial são numerados por algarismos cardinais a partir doa) décimo.b) terceiro.c) vigésimo.d) segundo.e) décimo quinto.

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SIGLAS

Siglas que são pronunciáveis: no mesmo corpo do texto e somente com a inicial maiúscula. (não se usam pontos intermediários ou pontos finais)

Exemplo: Detran

Maiúsculas: siglas com quatro letras ou mais quando se pronunciar separadamente cada uma das letras ou parte delas.

Exemplo: INSS, BNDES, IBGE

Maiúsculas: siglas até três letras.

Exemplo: SUS

Siglas consagradas pelo uso: a primeira referência no texto deve ser acompanhada de explicitação de seu significado.

Exemplo: Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde (Ascom).

Manutenção da forma original: siglas que em sua origem trazem letras maiúsculas e minúsculas na estrutura.

Exemplo: CNPq

Siglas dos órgãos estrangeiros 1: as traduzidas para o português deverão seguir essa designação, e não a original.

Exemplo: Organização das Nações Unidas (ONU)

Siglas dos órgãos estrangeiros 2: mantém-se a sigla estrangeira não traduzida, mesmo que o seu nome em português não corresponda perfeitamente à sigla.

Exemplo: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) Plural: acréscimo de “s”, sem apóstrofo.

Exemplo: Organizações Não Governamentais (ONGs).

EXEMPLIFICANDO

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

21. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, assinale a alternativa em que não esteja correta a indicação de horas.

a) cinco horas.b) 20h30min.c) 22 horas.d) 19h.e) 14:30h.

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EXERCITANDO

BB – Escriturário – 2011

22. A frase cuja redação está inteiramente correta e apropriada para uma correspondência oficial é

a) É com muito prazer que encaminho à V. Exa. os convites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria, importantíssima na execução dos nossos serviços.

b) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete, para informar de que as medidas de austeridade recomendadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os atrasos dos prazos.

c) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que chegaram nossos analistas sobre as condições de funcionamento deste setor, bem como as providências a serem tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento dos prazos estipulados.

d) As ordens expressas a todos os funcionários é de que se possa estar tomando as medidas mais do que importantes para tornar nosso departamento mais eficiente, na agilização dos trâmites legais dos documentos que passam por aqui.

e) Peço com todo o respeito a V. Exa., que tomeis providências cabíveis para vir novos funcionários para esse nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agilizar todos os documentos que precisamos enviar.

DPE – Oficial de Defensoria Pública – 2010

23. A frase inteiramente correta é

a) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão nobre, para a cerimônia de apresentação das credenciais.

b) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar a ordem em que se apresentarão os conferencistas.

c) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços.

d) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no relatório que lhe entregamos.

e) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos a programação do evento.

Anotações:

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DPE – Oficial de Defensoria Pública – 2010

24. Considere o trecho do documento que encaminha um relatório ao Chefe de um setor hospitalar. Está inteiramente correto e segue as orientações da redação oficial o segmento

a) Temos o enorme prazer de encaminhar a V. Sa. no devido prazo, este relatório que nos foi solicitado na semana passada, para que tomeis conhecimento da realização dos serviços próprios deste Setor, e do que precisamos para melhorá-lo ainda mais.

b) Cabe-nos, cumprindo os devidos prazos, informar à V. Sa. de tudo o que deve ser conhecido sobre os nossos serviços de atendimento ao público neste Setor, e também, sendo-lhe possível, vossa atenção para os nossos pedidos de melhoria desse atendimento.

c) Encaminhamos a V. Sa. o relatório das atividades deste Setor, para dar-lhe conhecimento da prestação dos serviços e solicitar sua atenção quanto a algumas providências a serem tomadas no sentido de agilizar o atendimento ao público.

d) Este relatório que encaminhamos deverá informar-vos do que ocorre habitualmente em nosso Setor, é para a tomada de providências que se torna necessário no andamento dos nossos serviços e na melhoria do atendimento.

e) Para V. Sa. segue este relatório, cuja a avaliação de nosso Setor do que está sendo necessário para nossos serviços o acompanha, esperando que será tomado providências para melhorar os serviços prestados por este.

SERGAS – Secretária Executiva – 2010

25. Alguns dos princípios da redação oficial são

a) imparcialidade e objetividade.b) cortesia e parágrafos curtos.c) precisão e estilo rápido.d) estilo floreado e emprego da ortografia comercial.e) adoção de formatos padronizados e emprego da ortografia oficial.

TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012

26. Constante de correspondência oficial enviada a um Ministro de Estado, a frase redigida de modo correto e adequado é

a) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta de pauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexo à esse documento.

b) Solicitamos a Sua Excelência, Senhor Ministro, que avalies a proposta de pauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexada a este documento.

c) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalie a proposta de pauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexa a este documento.

d) Solicitamos a Vossa Senhoria, Senhor Ministro, que avalie a proposta de pauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos anexado à este documento.

e) Solicitamos a Vossa Excelência, Senhor Ministro, que avalieis a proposta de pauta para a próxima reunião ordinária, que enviamos em anexo a esse documento.

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012

27. O trecho redigido de acordo com as qualidades exigidas em um documento oficial, principalmente clareza e correção, é

a) Em obediência às normas deste Departamento, encaminhamos este relatório, que tem por objetivo informar a V. Sa. o andamento de nossos serviços durante o bimestre, em que as metas foram integralmente cumpridas.

b) Enquanto Chefe deste Departamento, devo dirigir-me à V. Sa. para que sabeis dos nossos procedimentos durante o bimestre, com a meta a ser atingida por nossos serviços, já determinada antes.

c) Devemos encaminhar a V. Sa. este relatório de que, na qualidade de Chefe do Departamento, damos conta dos nossos serviços no bimestre, feitos com toda a boa vontade de atender bem nosso público.

d) Me dirijo a V. Sa., como o Chefe deste Departamento, para informar-vos que estamos atingindo a meta prevista de realização no bimestre, em que atuamos de acordo com as regras estabelecidas.

e) Cumprimos nosso dever, como o Chefe do Departamento, para informar V. Sa. que o andamento dos nossos serviços se saiu de acordo com o que já estava sendo previsto desde o início, meta que conseguimos, felizmente, atingir.

TRE-SP – Analista Judiciário – 2006 (adaptada)

28. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir. Todas estão corretas, EXCETO

a) Devem-se escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado em todo o território nacional ou na maior parte dele, evitando o emprego de expressões regionais ou locais.

b) É necessário articular a linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto.

c) É necessário usar as palavras e expressões em seu sentido comum, salvo quando o assunto for de natureza técnica, hipótese em que se empregarão a nomenclatura e terminologia próprias da área.

d) Preferencialmente, deve-se manifestar o pensamento ou a ideia com as mpesmas palavras, podendo-se empregar a sinonímia com propósito estilístico.

e) Deve-se atentar para a construção de orações na ordem direta, evitando preciosismos, neologismos, intercalações excessivas, jargão técnico, lugares comuns, modismos e termos coloquiais.

Anotações:

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TRT-16ª REGIÃO – Técnico Judiciário - 2009

29. Considere as afirmativas seguintes sobre redação de documentos.

I – Correspondência oficial utilizada por autoridades, para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da Administração.

II – Com estrutura específica, esse documento deve, de início, ser numerado em ordem sequencial, com sigla do órgão expedidor e data.

III – Na exposição do assunto, os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e do fecho.

IV – Encerra o assunto a fórmula Atenciosamente ou Respeitosamente, seguida da assinatura e do cargo do emitente.

Trata-se de

a) parecer. b) portaria. c) ofício. d) requerimento. e) ata.

TRT-24ª REGIÃO – Juiz do Trabalho Substituto - 2006

30. Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.

I – Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo”. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

II – Em comunicações oficiais, é correto usar o vocativo “Excelentíssimo Senhor Senador”.

III. É recomendável evitar expressões como “Tenho a honra de”.

Assinale

a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.c) se todas as afirmativas estiverem corretas.d) se nenhuma afirmativa estiver correta.e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

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TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza

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Gabarito: 1. (34144) B 2. B 3. B 4. (34143) A 5. A 6. A 7. E 8. E 9. D 10. A 11. E 12. A 13. D 14. E 15. C 16. D 17. B 18. A 19. A 20. (34146) A 21. E 22. C 23. A 24. C 25. A 26. C 27. A 28. D 29. C 30. A