38
Avaliação da Avaliação da Aprendizagem Aprendizagem Prof. Ivanderson Pereira da Silva

ApresentaçãO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ApresentaçãO

Avaliação da Avaliação da

AprendizagemAprendizagem

Prof. Ivanderson Pereira da Silva

Page 2: ApresentaçãO

SumárioSumário

Avaliação na Visão de Jussara Avaliação na Visão de Jussara HoffmannHoffmann

Avaliação MediadoraAvaliação Mediadora

Avaliação na visão de Cipriano Avaliação na visão de Cipriano LuckesiLuckesi

AvaliaAvaliação da Aprendizagem escolarção da Aprendizagem escolar

Page 3: ApresentaçãO

Avaliação da Avaliação da

Aprendizagem segundo a Aprendizagem segundo a

visão de Cipriano Luckesi visão de Cipriano Luckesi

(1995)(1995)

Page 4: ApresentaçãO

““juízo de qualidade sobre dados relevantes, juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão” tendo em vista uma tomada de decisão” (1995, p. 69)(1995, p. 69)

Page 5: ApresentaçãO

Discutiremos a questão da avaliação do Discutiremos a questão da avaliação do aluno relacionada à questão da aluno relacionada à questão da democratização do ensino, perguntando se democratização do ensino, perguntando se a atual prática da avaliação da a atual prática da avaliação da aprendizagem escolar está a favor ou contra aprendizagem escolar está a favor ou contra a democratização do ensino (Luckesi, 1995, a democratização do ensino (Luckesi, 1995, p. 60.).p. 60.).

Page 6: ApresentaçãO

Conforme Luckesi, no ritual pedagógico Conforme Luckesi, no ritual pedagógico podemos verificar a freqüente incidência podemos verificar a freqüente incidência de tais momentos: a prática avaliativa se de tais momentos: a prática avaliativa se dá a partir do momento que um dá a partir do momento que um determinado conteúdo é dado como determinado conteúdo é dado como encerrado. É nesse momento que se encerrado. É nesse momento que se prepara o que poderíamos denominar de prepara o que poderíamos denominar de ‘instrumento avaliativo’. (‘instrumento avaliativo’. ( SCHOPF, ) SCHOPF, )

Page 7: ApresentaçãO

Próximo do final da unidade de ensino, o Próximo do final da unidade de ensino, o professor formula o seu instrumento de professor formula o seu instrumento de avaliação, a partir de diversas variáveis: avaliação, a partir de diversas variáveis: conteúdo que o professor ensinou conteúdo que o professor ensinou efetivamente; conteúdos que o professor efetivamente; conteúdos que o professor não ensinou, mas que deu por suposto ter não ensinou, mas que deu por suposto ter ensinado; conteúdos “extras” que o ensinado; conteúdos “extras” que o professor inclui no momento da elaboração professor inclui no momento da elaboração do teste, para torná-lo mais difícil; o humor do teste, para torná-lo mais difícil; o humor do professor em relação à turma que ele do professor em relação à turma que ele tem pela frente; a disciplina ou a indisciplina tem pela frente; a disciplina ou a indisciplina social desses alunos (Ibidem, p. 67).social desses alunos (Ibidem, p. 67).

Page 8: ApresentaçãO

Após recolhimento das respostas, os Após recolhimento das respostas, os professores corrigem as mesmas e professores corrigem as mesmas e atribuem-lhe um valor (em notas ou em atribuem-lhe um valor (em notas ou em conceitos), que deve corresponder ao conceitos), que deve corresponder ao nível qualitativo da aprendizagem nível qualitativo da aprendizagem manifestada pelo aluno (Luckesi, 1995, p. manifestada pelo aluno (Luckesi, 1995, p. 68.). 68.).

Page 9: ApresentaçãO

Ainda, por vezes, se acrescentam ‘pontos Ainda, por vezes, se acrescentam ‘pontos a mais’ ou ‘pontos a menos’ ao aluno, a a mais’ ou ‘pontos a menos’ ao aluno, a depender de sua conduta em sala de aula. depender de sua conduta em sala de aula. Esses podem decorrer de condutas Esses podem decorrer de condutas inteligentes em relação a matéria inteligentes em relação a matéria ensinada, podem decorrer de atitudes ensinada, podem decorrer de atitudes disciplinares, podem corresponder a disciplinares, podem corresponder a condutas responsáveis ou não dos alunos condutas responsáveis ou não dos alunos etc. (Ibidem, p.68).etc. (Ibidem, p.68).

Page 10: ApresentaçãO

Mas e a democratização do Mas e a democratização do

ensino???ensino???

Page 11: ApresentaçãO

O processo de democratização do ensino O processo de democratização do ensino passa por três pontos fundamentais: o passa por três pontos fundamentais: o acesso à educação escolar; a permanência acesso à educação escolar; a permanência do educando na instituição até uma certa do educando na instituição até uma certa terminalidade escolar; e a qualidade do terminalidade escolar; e a qualidade do ensino. (LUCKESI, 1995)ensino. (LUCKESI, 1995)

Page 12: ApresentaçãO

‘‘Acesso universal ao ensino’ é, pois, um Acesso universal ao ensino’ é, pois, um elemento essencial da democratização e elemento essencial da democratização e a porta de entrada para a realização a porta de entrada para a realização desse desejo de todos nós, que desse desejo de todos nós, que clamamos por uma sociedade clamamos por uma sociedade emancipada dos mecanismos de emancipada dos mecanismos de opressão (Luckesi, 1995, p. 62.).opressão (Luckesi, 1995, p. 62.).

Page 13: ApresentaçãO

O segundo elemento que define a O segundo elemento que define a democratização do ensino é a democratização do ensino é a ‘permanência do educando na escola e a ‘permanência do educando na escola e a conseqüente terminalidade escolar’. Ou conseqüente terminalidade escolar’. Ou seja, o aluno que teve acesso à escola seja, o aluno que teve acesso à escola deve ter a possibilidade de permanecer deve ter a possibilidade de permanecer nela até um nível de terminalidade que seja nela até um nível de terminalidade que seja significativo[...] (Ibidem, p.32).significativo[...] (Ibidem, p.32).

Page 14: ApresentaçãO

O terceiro fator que entendemos inferir no O terceiro fator que entendemos inferir no processo de democratização está afeto à processo de democratização está afeto à ‘questão da qualidade do ensino’, o que ‘questão da qualidade do ensino’, o que significa estar relacionado à questão da significa estar relacionado à questão da transmissão e da apropriação ativa dos transmissão e da apropriação ativa dos conteúdos escolares (Luckesi, 1995, p. conteúdos escolares (Luckesi, 1995, p. 64.).64.).

Page 15: ApresentaçãO

Mas então como fazer?Mas então como fazer?

Page 16: ApresentaçãO

Em primeiro lugar, há que partir para a Em primeiro lugar, há que partir para a perspectiva de uma ‘avaliação diagnóstica’. perspectiva de uma ‘avaliação diagnóstica’. Com isso, queremos dizer que a primeira Com isso, queremos dizer que a primeira coisa a ser feita, para que a avaliação sirva à coisa a ser feita, para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é mudar a sua democratização do ensino, é mudar a sua utilização de ‘classificatória’ para utilização de ‘classificatória’ para ‘diagnóstica’ (Ibidem, p.81)‘diagnóstica’ (Ibidem, p.81)..

Page 17: ApresentaçãO

Desse modo, a avaliação não seria tão-Desse modo, a avaliação não seria tão-somente um instrumento para a aprovação somente um instrumento para a aprovação ou reprovação dos alunos, mas sim um ou reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a definição de tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para a sua encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem (Luckesi, 1995, p. 81.).aprendizagem (Luckesi, 1995, p. 81.).

Page 18: ApresentaçãO

Avaliação da Aprendizagem Avaliação da Aprendizagem

segundo a visão de Jussara segundo a visão de Jussara

Hoffmann (1993)Hoffmann (1993)

Page 19: ApresentaçãO

Avaliação mediadora, uma Avaliação mediadora, uma

prática contrutivista!prática contrutivista!

Page 20: ApresentaçãO

Idéia de que nada, a rigor, está pronto, Idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se instância, como algo terminado. Ele se contitui pela interação do indivíduo com o contitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais humano, com o mundo das relações sociais (Becker, 1993, p. 88-89, apud Hoffmann, (Becker, 1993, p. 88-89, apud Hoffmann, 1993, p. 51)1993, p. 51)

Page 21: ApresentaçãO

Na teoria construtivista é essencial a Na teoria construtivista é essencial a interação entre iguais para o interação entre iguais para o desenvolvimento do conhecimento lógico-desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático. O aluno, discutindo com seus matemático. O aluno, discutindo com seus colegas, não está submetido a uma colegas, não está submetido a uma relação de autoridade como na relação relação de autoridade como na relação com o seu professor. (HOFFMANN, 1993, com o seu professor. (HOFFMANN, 1993, p. 73)p. 73)

Page 22: ApresentaçãO

Princípio maior da Avaliação Mediadora é o Princípio maior da Avaliação Mediadora é o Princípio da Reflexão-Ação (Hoffmann, 1993, Princípio da Reflexão-Ação (Hoffmann, 1993, p. 07)p. 07)

Page 23: ApresentaçãO

O sistema de avaliação tradicional, O sistema de avaliação tradicional, classificatório, assegura um ensino de classificatório, assegura um ensino de qualidade?qualidade?

A manutenção das provas e notas é garantia A manutenção das provas e notas é garantia do efetivo acompanhamento dos alunos no seu do efetivo acompanhamento dos alunos no seu processo de aprendizagem?processo de aprendizagem?

O sucesso de um aluno na escola tradicional O sucesso de um aluno na escola tradicional representa o seu desenvolvimento máximo representa o seu desenvolvimento máximo possível?possível?

Page 24: ApresentaçãO

Sucesso na escola Sucesso na escola tradicional?tradicional?

Desenvolvimento máximo Desenvolvimento máximo possível?possível?

MemorizaçãoMemorização AprendizagemAprendizagem

Notas altasNotas altas CompreensãoCompreensão

ObediênciaObediência QuestionamentoQuestionamento

PassividadePassividade ParticipaçãoParticipação

Page 25: ApresentaçãO

Não-reprovação [...] não pode ser Não-reprovação [...] não pode ser entendida pelos professores como entendida pelos professores como uma proposta de não avaliação. uma proposta de não avaliação. (HOFFMANN, 1993, p. 21)(HOFFMANN, 1993, p. 21)

Page 26: ApresentaçãO

A questão da subjetividadeA questão da subjetividade

Page 27: ApresentaçãO

Não há como fugir, muito menos, da Não há como fugir, muito menos, da interpretação do professor no momento da interpretação do professor no momento da correção. A prova disso é que certas correção. A prova disso é que certas pesquisas demonstram a variabilidade de pesquisas demonstram a variabilidade de escores obtidos quando mais de um escores obtidos quando mais de um professor corrige uma mesma questão professor corrige uma mesma questão dissertativa de um aluno ou sua redação. dissertativa de um aluno ou sua redação. (HOFFMANN, 1993, p. 64)(HOFFMANN, 1993, p. 64)

Page 28: ApresentaçãO

O problema do gargalo na O problema do gargalo na

educação !!!!educação !!!!

Page 29: ApresentaçãO

Princípios coerentes a uma Princípios coerentes a uma

ação avaliativa mediadora:ação avaliativa mediadora:

Page 30: ApresentaçãO

Oportunizar aos alunos muitos momentos de Oportunizar aos alunos muitos momentos de expressar suas idéias (HOFFMANN, 1993, p. expressar suas idéias (HOFFMANN, 1993, p. 71)71)

Oportunizar discussão entre os alunos a partir Oportunizar discussão entre os alunos a partir de situações desencadeadoras (HOFFMANN, de situações desencadeadoras (HOFFMANN, 1993, p. 73)1993, p. 73)

Page 31: ApresentaçãO

Realizar várias tarefas individuais, Realizar várias tarefas individuais, menores e sucessivas, investigando menores e sucessivas, investigando teoricamjente, procurando entender teoricamjente, procurando entender razões para as respostas apresentadas razões para as respostas apresentadas pelo educando. (HOFFMANN, 1993, p. pelo educando. (HOFFMANN, 1993, p. 75)75)

Page 32: ApresentaçãO

Ao invés de certo/errafo e da pontuação Ao invés de certo/errafo e da pontuação tradicional, fazer comentários sobre as tradicional, fazer comentários sobre as tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizar tarefas dos alunos, auxiliando-os a localizar as dificuldades, oferecendo-lhes a as dificuldades, oferecendo-lhes a oportunidade de descobrir melhores oportunidade de descobrir melhores soluções. (HOFFMANN, 1993, p. 82)soluções. (HOFFMANN, 1993, p. 82)

Page 33: ApresentaçãO

Transformar o registros de avaliação em Transformar o registros de avaliação em anotações significativas sobre o anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu acompanhamento dos alunos em seu processo de construção do conhecimento processo de construção do conhecimento (HOFFMANN, 1993, p. 84).(HOFFMANN, 1993, p. 84).

Page 34: ApresentaçãO

Porque este discurso Porque este discurso

fica apenas no papel?fica apenas no papel?

Page 35: ApresentaçãO

Muitos fatores dificultam a superação da prática tradicional, já tão criticada, mas dentre muitos, desponta sobremaneira a crença dos educadores de todos os graus de enino na manutenção da ação avaliatva classificatória como garantia de um ensino de qualidade, que resguarde um saber competente dos alunos. Essa não é apenas a concepção vigente entre os professores, mas a creça de toda a sociedade ... (Hoffmann, 1993, p. 11)

Page 36: ApresentaçãO

“Avaliação não deve ser uma autópsia, ela deve ser uma biópsia” (autor desconhecido)

Page 37: ApresentaçãO

ObrigadoObrigado!!!!!!!!

Page 38: ApresentaçãO

LUCKESI, Cipriano. LUCKESI, Cipriano. Avaliação e Avaliação e Aprendizagem EscolarAprendizagem Escolar. 10a Ed. São Paulo: . 10a Ed. São Paulo: Cortez, 1995.Cortez, 1995.

HOFFMANN, Jussara. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora:Avaliação mediadora: uma prática em construção sa pré-escola à uma prática em construção sa pré-escola à universidade. 4a Ed. Porto Alegre: Educação e universidade. 4a Ed. Porto Alegre: Educação e realidade. 1993realidade. 1993