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Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 116-117

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Campo de OuriqueCampolide

Ourique (Alentejo)

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lenda do milagre: XIV

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70E calcula agora quão miseráveis e

quão perdidos andaríamos todos, por climas e mares desconhecidos, e sob céus inclementes, inimigos da natureza humana; já tão quebrantados pelas privações e tempestades, e tão cansados do longo esperar, quanto dispostos a desesperar de todo, 

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71 vendo já putrefactos e avariados os

mantimentos, tornados nocivos e perniciosos para os nossos enfraquecidos organismos, e não colhendo, além disso, uma alegria que nos alimentasse a esperança, embora iludindo-nos! Cuidas tu que, se este grupo de militares, que me acompanha, não fosse português, porventura persistiria tanto tempo na obediência ao seu rei e ao seu comandante?

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72 Cuidas que se não teriam já revoltado

contra o seu capitão, se ele os contrariasse, fazendo-se piratas, levados pelo desespero, pela fome e pela cólera? Grandemente experimentados estão eles já, por certo, visto que nem as grandes fadigas a que têm sido submetidos os fizeram desviar daquela alta virtude portuguesa que consiste na firme lealdade e na obediência. 

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86Podes agora avaliar, ó rei, se houve

um dia no mundo homens que se atrevessem a semelhante expedição. Supões acaso que tanto Eneias como Ulisses houvessem dilatado a tal ponto as suas viagens? Ousou alguém, por mais versos que a seu respeito se escrevessem, ver, do profundo mar, a oitava parte do que eu tenho visto a poder de valor e de ciência, e do que espero ver ainda?

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89deixem-nos fantasiar e inventar ventos soltos dos odres, Calipsos enamoradas, Harpias que lhes conspurquem a comida, e descidas aos ; que, por muito que se aperfeiçoem nessas mentirosas fábulas, tão bem delineadas, as verdades e cruas que eu venho de contar sobrepujam todos esses sublimes poemas». 

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90Todos os ouvintes, extasiados,

pendiam ainda da boca do eloquente Capitão quando ele pôs termo à extensa narração dos altos, grandes e sublimes feitos dos portugueses. Então, o rei de Melinde elogiou o ânimo nobilíssimo dos reis de Portugal, notabilizados em tantas guerras, e a histórica valentia, a lealdade de coração e a nobreza do povo português.

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92Quão doce não é o louvor e a justa

glória dos nossos feitos, quando os vemos proclamados! Todo o homem de nobre sentimentos se esforça por vencer ou igualar em fama os antepassados ilustres. As emulações produzidas pela história dos outros dão lugar, muitas vezes, a gloriosos feitos. A quem se propõe à prática de obras valiosas, muito o incita e estimula o louvor alheio.

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93, 1-4Alexandre Magno tinha em menos

apreço os feitos gloriosos de Aquiles na guerra que os maviosos versos do seu cantor. Só a estes encarecia e fazia jus.  

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94, 1-4Vasco da Gama esforçou-se por

mostrar que essas antigas expedições navais exalçadas por todo mundo não merecem tamanha glória e tão alta fama como a sua, que assombrou o céu e a terra.  

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95, 1-6A terra portuguesa produz também

Cipiões, Césares, Alexandres e Augustos; mas não lhes concede, a esses heróis, aqueles dotes cuja falta os torna rudes e incultos. Octaviano, entre as mais angustiosas conjunturas, compunha versos eruditos e formosos.

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97Enfim, não houve general romano,

grego, ou mesmo bárbaro, que não fosse ao mesmo tempo ilustrado e sabedor; só entre os portugueses não acontece assim. Não o digo sem vergonha; porque o motivo de não serem muitos heróis portugueses cantados em poemas é não serem os versos apreciados por eles, pois que quem desconhece a arte poética não pode amá-la. 

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99Pode o nosso Gama agradecer às

Musas portuguesas o intenso amor da pátria que as levou a dar aos seus descendentes fama e nomeada, cantando os seus gloriosos e bélicos trabalhos; visto que nem ele, nem quem da sua geração usa o seu nome, usufrui tanto a amizade de Calíope, ou das ninfas do Tejo, que estas se dignassem abandonar as telas de oiro para o glorificarem. 

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1.1 (p. 174) = est. 89, v. 8. 

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1.3 Ambas as estâncias destacam o

carácter heroico das ações dos portugueses, apresentados como os únicos a empreender a difícil missão de conquistar o mar. Mesmo quando comparados com os heróis das epopeias clássicas (Eneias e Ulisses), saem vitoriosos, pois aqueles textos eram «fábulas vãs» (est. 89, v. 6), enquanto a atuação dos nautas lusitanos é «verdade» (est. 89, v. 7) e, por isso, superior a qualquer «escritura» (est. 89, v. 8).

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2.1 A desvalorização da poesia e da

cultura pelos portugueses.

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2.2

«Dá a terra Lusitana Scipiões, / Césares, Alexandros, e dá Augustos; / Mas não lhe dá, contudo, aqueles dões / Cuja falta os faz duros e robustos» = A (o poeta censura os portugueses que desprezam a poesia) 

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«Octávio, entre as maiores opressões, / Compunha versos doutos e venustos» = B (ao contrário do que sucedia na antiguidade) 

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«Em fim, não houve forte Capitão / Que não fosse também douto e ciente, / Da Lácia, Grega ou Bárbara nação» = B 

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«Sem vergonha o não digo: que a rezão / De algum não ser por versos excelente / É não se ver prezado o verso e rima: / Porque quem não sabe arte, não na estima» = A e C (o poeta afirma que é por falta de cultura que elite portuguesa despreza a arte) 

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«Que ele, nem quem na estirpe seu se chama, / Calíope não tem por tão amiga / Nem as Filhas do Tejo, que deixassem / As telas de ouro fino e que o cantassem» = A e C.

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«Que ele, nem quem na estirpe seu se chama, / Calíope não tem por tão amiga / Nem as Filhas do Tejo, que deixassem / As telas de ouro fino e que o cantassem». = A e C

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É um iogurte de coco e de ananás muita bom.genérico  

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É um iogurte de coco e de ananás muita bom.genérico

 Você está andando, Bruno.imperfetivo  

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É um iogurte de coco e de ananás muita bom.genérico 

Você está andando, Bruno.imperfetivo

 Ainda ontem estava numa cadeira de rodas e hoje eu te vejo aqui de pé.imperfetivo 

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Começo a ouvir barulho.incoativo 

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Começo a ouvir barulho.incoativo 

Veio uma luz lá do meio.perfetivo  

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Começo a ouvir barulho.incoativo

 Veio uma luz lá do meio.perfetivo

 Ela [Nossa Senhora] conhece-me.genérico 

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Os três pastorinhos já lerparam.perfetivo 

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Os três pastorinhos já lerparam.perfetivo 

Você é a nova Irmã Lúcia!genérico

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1.1. A perífrase usada para designar a

igreja de Belém associa esta ao local de nascimento de Cristo, o que remete para a ideia de que os portugueses estavam predestinados a cumprir a senda de Cristo.

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1.2A apóstrofe «ó Rei» (v. 5) destina-se a

captar a atenção do monarca de Melinde para a situação descrita, num momento de grande tensão emocional que poderia ter condicionado o sucesso da viagem. Vasco da Gama empenha-se em fazer sentir ao seu interlocutor que os portugueses não se revelam apenas fortes fisicamente, mas demonstraram grande dureza de ânimo e força de vontade para concretizar a missão incumbida pelo seu rei.

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2. «A gente da cidade» acorrera ao local

para ver partir «amigos» e «parentes» (est. 88, v. 2) ou para «ver somente» (est. 88, v. 3) e dar depois um passeio ao Centro Cultural de Belém.

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2.1. Os presentes entendiam que, sendo a

viagem um «tão longo caminho e duvidoso» (est. 89, v. 1), estaria desde logo condenada ao fracasso. Sentiam os marinheiros já «perdidos» (est. 89, v. 2) ou, na melhor das hipóteses, sabiam que não os iam «tornar a ver tão cedo» (est. 89, v. 8). As esposas já sonhavam o momento em que ficariam a sós com os seus amantes e as mães pensavam em adotar novas crianças em instituições do estado.

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TPC — Prepara a leitura em voz alta das estâncias nas pp. 178-179 (desta vez, todos devem preparar todas as estâncias).

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