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Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 84-85

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ObsessivoObsessão

ObcecadoObecação

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bênçãoórfãoórgãoorégãos

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o casal, o par = singular

eram = plural

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condenada à mortecondenada a degredo em Angola

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Na primeira estrofe deste poema de Fernando Pessoa (ortónimo),

Na primeira estrofe do poema,

Na primeira estrofe,

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Os dois momentos temporais são caracterizados por …

Um dos sentidos produzidos pela interrogação «Que faço eu no mundo?» …

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PessoaO heterónimo de PessoaPessoa ortónimo

Sujeito poéticoEu do textoSujeito líricoSujeito

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Registo corrente

O poeta não sabe o que fazer à vida

O poeta vê uma luz ao fundo do túnel

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Falta de articulação (através da correta pontuação) entre citações e texto próprio.

Usar mais os parênteses, os travessões.

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1. Os momentos temporais

representados na primeira estrofe do poema são a noite (passado recente), caracterizada como um tempo longo de vigília, de insónia — «Em toda a noite o sono não veio» (v. 1) — e a madrugada (instante presente), que «[r]aia do fundo / Do horizonte, encoberta e fria» (vv. 2-3).

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2. A interrogação «Que faço eu no

mundo?» (v. 4) exprime o autoquestionamento desesperado do «eu» sobre o seu papel no mundo, sobre o valor da sua existência, que nenhum condicionalismo (a noite ou a aurora, a treva ou a luz) consegue alterar. A longa insónia fragiliza-o, acentua a consciência da solidão e a angústia do «eu» em relação a uma vida sem perspetivas.

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3. Os três primeiros versos da terceira

estrofe representam a noite como o lugar onde emerge a «manhã», que, se o «símbolo» valesse («Nem o símbolo ao menos vale» — v. 3), poderia trazer ao «eu» alguma esperança. Porém, dada essa impossibilidade, o sujeito «já nada espera» (v. 18). O desespero da insónia noturna não encontra na «manhã» que se levanta a esperança que o símbolo promete, «por tantas vezes ter esperado em vão» (v. 17).

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4. O sentimento de «horror» referido no verso

8 resulta do facto de o sujeito poético, «Por tantas vezes ter esperado em vão», ter concluído que cada novo dia lhe traz sempre a mesma desilusão de verificar que, depois da «febre vã da vigília», depois de uma noite de insónia e desespero angus-tiante, nada se altera, por mais radiosa que seja a manhã: «o novo dia» traz-lhe, sempre, «o mesmo dia do fim/ Do mundo e da dor — / Um dia igual aos outros», como se, na sua alma, fosse sempre noite.

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TPC — Ao longo desta ou da próxima semana, envia-me (ou dá-me impressa) a primeira versão do tepecê sobre Memorial do Convento que explico em Gaveta de Nuvens.

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500 a 700 palavras

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Ver bem as instruções e o meu exemplo.

Referências completas, quer da composição quer de Memorial (ver como faço eu);

Pôr o link no texto (junto das referências, por exemplo) e não no mail — preferir vídeos originais, ou até oficiais, dos cantores (evitar versões editadas por populares);

Tentarem focar-se num dado passo da obra (eu escolhi a morte de Francisco Marques).

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Não reproduzir a letra da canção toda a seguida no final do vosso texto.

Citações da canção devem ser articuladas com o vosso texto.

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«Construção» (Chico Buarque / Chico Buarque), Construção, 1971

José Saramago, Memorial do Convento, 13.ª edição, Lisboa, Caminho, 1984, pp.

256-261

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Mensagem

Ortónimo• eu fragmentado• fingimento poético• dor de pensar• nostalgia da infância• sonho

Heterónimos

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Esboço de léxico porventura útil para respostas a grupos I o «eu» poético / o «eu» lírico / o sujeito poético / o sujeito lírico / o poeta / [o narrador] / ... trecho / texto / excerto / passagem / passo / período / parágrafo / segmento / frase / expressão / estrofe / terceto / quadra / quintilha / dístico / sextilha / verso / ... trata de / aborda / conota / denota / remete para / implica / evoca / alude a / refere / traduz / significa / assinala / menciona / exprime / traça / esboça / desenha / perfila / desenha / marca / vinca / acentua / sublinha / sugere / insinua / salienta / valoriza / desvaloriza / prefere / pretere / favorece / desfavorece / privilegia /prejudica / enumera / elenca / estabelece / distingue / ... infere-se / conjectura-se / adivinha-se / percebe-se / nota-se / é percetível / é notório / evidencia-se / é evidente / apercebemo-nos de que /... oposição / paralelismo / contraste / simetria / tema agregador / assunto / leitmotiv / binómio / motivo / símbolo / direção / vetor / linha de sentido / tópico / alusão / ...  Entretanto, / Acrescente-se que / Note-se ainda que / Diga-se também / É de notar / Por outro lado, / Na verdade, / Com efeito, / ... 

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1. Identifique o recurso estilístico presente no primeiro verso da primeira estrofe.

1. O recurso estilístico presente no primeiro verso da primeira estrofe é a apóstrofe. («Ó sino da minha aldeia»)

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1.1. Retire do texto elementos deíticos que nos remetam para a concretização de um diálogo.

1.1 Os elementos que evidenciam a existência do diálogo entre o sujeito poético e o sino são os pronomes pessoais na primeira pessoa «me, mim», os determinantes possessivos «tua, teu» e as formas verbais «tanjas, soas».

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2. Faça o levantamento das caracterís-ticas do toque do sino.

2. O toque do sino é dolente, lento, triste e vibrante. 

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2.1 Explique o seu efeito no sujeito poético.

2.1 O toque do sino não é indiferente ao sujeito poético, atingindo-o no âmago — «Cada tua badalada / Soa dentro da minha alma». Assim, cada badalada desperta no sujeito poético reminiscências e nostalgia de um passado distante, real ou imaginário — «Sinto mais longe o passado, / Sinto a saudade mais perto».

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3. Há um processo de identificação entre o toque do sino e o sujeito poético. Explique-o.

3. A caracterização que o sujeito poético faz do sino corresponde ao seu estado de espírito, daí haver uma identificação entre os dois. Tal como o toque do sino, o sujeito poético sente-se dolente, triste e, apesar de errante, tem sempre presente cada badalada. O som do toque do sino é-lhe tão familiar que «a primeira pancada / Tem um som de repetida».

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4. Explicite a relação existente entre o sino e o sonho na terceira estrofe.

4. Entre o sino e o sonho estabelece-se uma relação de comparação. Assim, o toque do sino remete o sujeito poético, tal como o sonho, para um tempo distante, de tal forma que o toque que ele ouve não é o físico, mas o do seu sonho.

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1.1 O sentido que a evocação do sino desperta no sujeito poético é

a. a audição.b. a visão.c. o tato.

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1.2 O modificador do nome apositivo usado para qualificar o sino, na primeira quadra, funciona como

Ó sino da minha aldeia, dolente na tarde calma, cada tua badalada soa dentro da minha alma.

a. metáfora da cadência do sino.b. hipálage do sujeito poético.c. hipérbole da calma da tarde. 

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1.3 Com os versos «Soa dentro da minha alma» (v.4) e «Soas-me na alma distante» (v. 12) o sujeito poético destaca

a. as consequências de cada «badalada» na sua orientação na «aldeia».b. os efeitos da audição do sino na sua conceção do tempo psicológico.c. os resultados da audição do sino na sua perceção do tempo cronológico.

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1.4 Na segunda estrofe, o eu lírico afirma que «[...] a primeira pancada / Tem um som de repetida» (vv. 7-8), pois

a. desperta as suas memórias, propiciando uma vivência «repetida» pela lembrança.b. produz eco na sua cabeça.c. suscita-lhe sempre o mesmo pensamento. 

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1.5 No contexto em que ocorre, o adjetivo «errante» (v. 10) concorre para a caracterização do sujeito poético enquanto alguém que

a. comete continuamente os mesmos erros.b. possui uma natureza inconstante e sem rumo na vida.c. procura uma orientação para a sua existência.

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1.6 A aliteração de sons nasais ao longo do poema [«dolente», «dentro», «lento», «som», «tão», «pancada», «tanjas», «tem», «sem-pre», «errante», «mim», «distante», «quando»,«vibrante», «sinto», etc.] contribui para

a. reproduzir a intensidade das badaladas do sino.b. transmitir de forma suave o estado de espírito do sujeito da enunciação.c. sugerir linguisticamente a envolvência provocada pelo toque cadente do sino.

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«Ó sino da minha aldeia»(Fernando Pessoa / Popular [«Fado das horas»])

Ó sino da minha aldeia,Dolente na tarde calma,Cada tua badaladaSoa dentro da minha alma. 

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E é tão lento o teu soar,Tão como triste da vida,Que já a primeira pancadaTem o som de repetida. 

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Por mais que me tanjas pertoQuando passo, sempre errante,És para mim como um sonho.Soas-me na alma distante. 

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A cada pancada tuaVibrante no céu aberto,Sinto mais longe o passado,Sinto a saudade mais perto.

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1. O sujeito poético encontra-se

perturbado por questões de foro existencial («Que fiz eu da vida?», v. 1; «Que é dele?», v. 10). Paralelamente, denuncia-se um «eu» triste («Triste de quem é assim», v. 4), consequência da permanente e inquietante consciência. A «angústia sem remédio» (v. 5) assalta-o, despertando-lhe um sentimento de saudade de um passado mítico tranquilizador.

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2. Os sentimentos vivenciados num dia

chuvoso são disfóricos, aspeto que se associa à angústia e perturbação do eu poético, conforme comprova todo o texto. Repare-se que no último verso do poema o sujeito lírico manifesta o desejo de a chuva abrandar, ou seja, a vontade de menos sofrer («Se ao menos chovesse menos!»). 

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3. A fragmentação do «eu» verifica-se no

penúltimo verso («De mim, 'stou de mim partido»). Aqui, o «eu» denuncia a desintegração que sente; revela a inconsis-tência do seu ser, a sua fragilidade, a sua frustração. 

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4. A referência à chuva está presente no

primeiro e último verso, assim como nesses se depreende o estado de angústia do sujeito poético.

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TPC — À medida que for devolvendo, já corrigidas por mim, as primeiras versões da análise-comentário de Canção/Memorial, lança no ficheiro word as alterações que sugeri e envia-mo com o texto já alterado (Convento corrigido de Heliodoro do 12.º 0.º). Entretanto, como tenho multiplamente pedido, aproveita para terminar leitura de Memorial.

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