Upload
j-c
View
586
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
processos e objetivos da alfabetização ciman 2013
Citation preview
ENCONTRO ENTRE PAIS E EDUCADORES
1º ANO - 2013
MÃE CANGURU FILHO CANGURU
AMOR
• DIÁLOGO• AFETO• RESPEITO• LIMITE• AUTONOMIA
BASE
CONFIANÇA
INSEGURANÇA
“Quando guri, eu tinha de me calar à mesa: Só os grandes falavam. Agora, tenho de ficar calado para que as crianças falem”.
Mário Quitana
SUCESSO
Na minha época, a alfabetização era tão diferente!
Como o CIMAN trabalha a alfabetização?Quando meu(minha) filho(a) vai começar a ler e
a escrever?Por que meu(minha) filho(a) traz tarefas para casa que envolvem a escrita se ele ainda não
está totalmente alfabetizado?Eu vi, no mural da sala do meu filho, algumas produções de crianças com palavras escritas
“errado”. Por que isso não é corrigido?Meu filho, quando vai escrever do “seu jeito”,
deixa de colocar algumas letras na palavra. Por que isso acontece?
Como devo orientar as tarefas de casa?
OBJETIVOS DA REUNIÃO
1- APRESENTAR COMO ENTENDEMOS
A ALFABETIZAÇÃO NO COLÉGIO CIMAN
OBJETIVOS DA REUNIÃO
2- COMPARTILHAR ALGUMAS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO
UTILIZADAS NO CIMAN
OBJETIVOS DA REUNIÃO 3- SUGERIR AÇÕES E
POSTURAS (PARA A FAMÍLIA) QUE PODEM COLABORAR
COM O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
7Fundamentos
Paradigma
ComportamentoResultado
VER
FAZEROBTER
Franklimcovey.comr
1CONCEPÇÕES
(VER)
COMO ENTENDEMOS A ALFABETIZAÇÃO NO COLÉGIO CIMAN?
DURANTE ALGUM TEMPO, ERA IMPOSSÍVEL FALAR DE
ALFABETIZAÇÃO SEM FALAR EM PERÍODO PREPARATÓRIO E EM
TORNAR A CRIANÇA PRONTA PARA A APRENDIZAGEM (“PRÉ-ESCOLA”)
PARADIGMA ANTERIOR ACREDITAVA-SE QUE
O TREINO DE HABILIDADES, AS “APRENDIZAGENS PRÉVIAS”, E OS PRÉ-REQUISITOS DARIAM LUGAR ÀS “VERDADEIRAS” APRENDIZAGENS (POSTERIORES).
CONSTRUTIVISMO
A DIFERENÇA FUNDAMENTAL JÁ NÃO SE SITUAVA ENTRE APRENDIZAGENS PRÉVIAS OU PRÉ-REQUISITOS QUE
DARIAM LUGAR A APRENDIZAGENS POSTERIORES.
QUEBRA DE PARADIGMACONSTRUTIVISMO
APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS (NORMATIVAS)
xAPRENDIZAGENS
NÃO CONVENCIONAIS ( NÃO NORMATIVAS)
“SENDO CAPAZES DE ACEITAR COMO APRENDIZAGENS AS RESPOSTAS NÃO NORMATIVAS
DAS CRIANÇAS, ENTÃO, PODÍAMOS VER QUAIS OS
ANTECEDENTES QUE FAZIAM PARTE DA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO.” Ana Teberosky
O TRABALHO PEDAGÓGICO DO CIMAN, INCLUSIVE DO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO, TEM O FOCO
NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA.
A APRENDIZAGEM É ENTENDIDA COM UM
PROCESSO CONTÍNUO DE DESENVOLVIMENTO.
“...POR TRÁS DA MÃO QUE PEGA O LÁPIS,
DOS OLHOS QUE OLHAM, DOS OUVIDOS QUE ESCUTAM,
HÁ UMA CRIANÇA QUE PENSA" (EMÍLIA FERREIRO)
ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
1- DESVENDAR O SISTEMA ALFABÉTICO DE ESCRITA, OU SEJA,
DESCOBRIR COMO É POSSÍVEL, COM UM NÚMERO LIMITADO DE LETRAS (O ALFABETO), REPRESENTAR UM NÚMERO INFINITO DE PALAVRAS.
ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
2- COMPREENDER A TRANSFORMAÇÃO DE MARCAS
GRÁFICAS EM LINGUAGEM (O ATO DE LER ENVOLVE A
DECOFICAÇÃO E A ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADO).
ALFABETIZAÇÃO = MUITOS DESAFIOS
APODERAR-SE DE UM SISTEMA DE GRAFIA QUE ENVOLVE RECONHECER E, PROGRESSIVAMENTE,ESTABELECER RELAÇÕES GRÁFICAS, SONORAS E ORTOGRÁFICAS.
AS CRIANÇASTêm muitos conhecimentos adquiridos ao longo da vida.
Têm histórias de vida (e de aprendizagens) diferentes.
AS CRIANÇAS
Pensam e, portanto, são capazes de pensar sobre o que precisa ser feito, sobre o que fazem ou sobre o que queriam fazer.Aprendem quando são convidadas a pensar/repensar sobre suas ações e produções.
AS CRIANÇAS
Desenvolvem “lógicas próprias” para pensar sobre a escrita..
AS CRIANÇAS
São capazes de desenvolver, progressivamente e em momentos diferentes, habilidades para utilizar o sistema alfabético da escrita.
Apropriar-se da língua escrita envolve, dentre
outras coisas, estabelecer relações entre dois
processos: ler e escrever.
Na aprendizagem desses processos, as crianças percorrem um longo caminho, passando por
diferentes momentos de elaboração.
A criança constrói HIPÓTESES, resolve problemas e elabora
conceituações sobre o escrito – um processo que permite construções
não convencionais (não normativas).
HIPÓTESES
Hipótese pré-silábicaAusência de correspondência entre letras e sons.Sem fazer nenhum tipo de análise, elas escrevem uma série de marcas gráficas (letras ou não) e depois “leem-nas”.
Hipótese silábicaA criança descobre que as partes do escrito (suas letras) podem ser controladas por meio das sílabas da palavra. As letras que utiliza podem ou não ser pertinentes sob o ponto de vista do valor sonoro; no entanto, sempre há uma correspondência entre quantidade de sílabas e quantidade de letras.
Uma letra para representar
cada sílaba...
MACHUCADA
GRALHA
Uma letra para representar
cada sílaba...
LEGAL
Uma letra para representar
cada sílaba...
MOLHAR O PINCEL
PINTAR O DESENHO
monte a torre pegue a peça se deixar a torre cair
o jogo acaba
monte a torre
se deixar a torre cair
monte a torre
se deixar a torre cair
monte a torre
se deixar a torre cair
pegue a peça pegue a peça
Uma letra para representar
cada sílaba...
O FUTURO É UMA ASTRONAVE
QUE TENTAMOS PILOTAR
O QUE ESSAS CRIANÇAS JÁ SABEM?
Hipótese Silábico-alfabético
A criança começa a superar a hipótese silábica e avança para a
hipótese alfabética, podendo “misturar” as duas hipóteses na
mesma palavra ou produção. A criança pode escolher as letras de
forma ortográfica ou fonética.
Oscilando entre usar uma letra para representar cada sílaba e a representação da sílaba completa...
CARINHOSO
DETERGENTE ELE LIMPA
DEIXA BRILHOSO
O QUE QUER DIZER?
PENTEAR A JUBA
CABELO ARREPIADO PRECISAVA PENTEAR
O QUE QUER DIZER?
ACORDA PREGUIÇA!
PRECISA ACORDAR SAIR
DA CAMA
BAFO DE ONÇA
O QUE QUER DIZER?
FEDOR NA BOCA
ESCOVE O DENTE
Oscilando entre usar uma letra para representar cada sílaba e a representação da sílaba completa...
O ESMALTE SERVE PARA PINTAR A UNHA
ELE TAMBÉM SERVE PARA
FICAR CHIQUE PARA
IR PARA UM BAILE
O QUE ESSAS CRIANÇAS JÁ SABEM?
Hipótese alfabética
Caracteriza-se pela correspondência sistemática entre letras e fonemas,
mesmo que, muitas vezes, a ortografia não seja convencional.
O QUE ESSAS CRIANÇAS JÁ SABEM?
AO APROPRIAR-SE DA HIPÓTESE ALFABÉTICA, A CRIANÇA VAI INSERINDO, PROGRESSIVAMENTE, ASPECTOS ORTOGRÁFICOS EM SUA ESCRITA.
Podemos entender o processo de aquisição da escrita pelas crianças
sob diferentes pontos de vista.
O ponto de vista mais comum é o de que a escrita é imutável e deve seguir o
modelo "correto" do adulto.
APRENDIZAGENS CONVENCIONAIS (NORMATIVAS)
O ponto de vista da psicogênese da língua escrita
é o de que ela é um objeto de conhecimento, que leva em conta as
tentativas individuais infantis .O “erro” é construtivo – demonstra um
processo de construção. APRENDIZAGENS NÃO CONVENCIONAIS (NÃO NORMATIVAS)
Então, vamos deixar a criança fazer do seu jeito, escrever do seu jeito,
não se preocupar com os erros, deixar que ela vá aprendendo
sozinha, no seu ritmo?
NÃO!
Não é porque a criança participa de forma direta da construção do seu conhecimento que não é preciso
ensiná-la.
Nessa perspectiva, ENSINAR é organizar atividades e intervenções que favoreçam a reflexão da criança sobre a escrita, porque é pensando
que ela aprende.
AÇÃO – REFLEXÃO – AÇÃO
Aspectos em que a criança precisa pensar/refletir
quando é convidada a escrever
O que quero escrever?Como se escreve? Quantas letras usar? Quais letras usar?Como se fazem essas letras?Na segmentação dos espaços em branco.Na relação fonema-grafema.Para que/quem estou escrevendo?Quem ler o que escrevi vai entender?
2 PRÁTICAS DE
ALFABETIZAÇÃO UTILIZADAS NO CIMAN(FAZER)
SALA DE AULA
AMBIENTE ALFABETIZADOR
INVESTIR NA FORMAÇÃO DE REPERTÓRIO (identificação das letras, registro das letras, relação entre letras, palavras estáveis, vocabulários significativos,
histórias preferidas, poesias, músicas, etc..)
Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
PROMOVER ATIVIDADES QUE FAVOREÇAM O DESENVOLVIMENTO DE
UM “COMPORTAMENTO LEITOR”
Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
(escuta de textos mais elaborados – leitura em capítulos feita pela professora, leitura
compartilhada, manuseio constante de material de literatura, visita à biblioteca, leitura de
textos memorizados, consulta às listas da sala etc..)
PROMOVER ATIVIDADES QUE FAVOREÇAM O DESENVOLVIMENTO DE
UM “COMPORTAMENTO ESCRITOR”
Nessa perspectiva, ENSINAR é ...
(uso da escrita como ferramenta de comunicação, registros de diversas situações vivenciadas pela turma,
produção de textos coletivos, etc..)
O PAPEL DO PROFESSOR É PROBLEMATIZAR...
O DA CRIANÇA É PENSAR E ENCONTRAR SOLUÇÕES QUE A AJUDEM A RESOLVER O PROBLEMA. ESSE PROCESSO PERMITE A AMPLIAÇÃO DA SUA HIPÓTESE.
Exemplo de uma possibilidade de mediação pelo professor para intervir
na hipótese da criança.
B_R__ _L_TA
Escrita inicial da criança para a palavra BORBOLETA. Hipótese silábico-alfabética.
Desafio proposto pela professora —
Cada tracinho que você está vendo é uma letra que você terá que descobrir (pensando) qual é, pois faz parte dessa palavra.
Escrita final da criança. .
PARA NÍVEIS DIFERENTES, OBJETIVOS DIFERENTES.
PARA OBJETIVOS DIFERENTES, INTERVENÇÕES DIFERENTES E
DIVERSIFICADAS.
PRODUÇÕES EM DUPLA
MEDIAÇÃO DA PROFESSORA
DIVERSIFICADA
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
DIVERSIFICADA
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
1
2 3
4
P
ESCRITA BRINQUEDO DE CONSTRUÇÃO MASSINHA- O QUE COMEÇA COMO O MEU NOME?ILUTRAÇÃO DE POESIA CONHECIDA
DIVERSIFICADA
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
ATIVIDADES EM COMUM PARA TODOS
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
ATIVIDADES EM COMUM PARA TODOS
NÍVEIS DIFERENCIADOS DE EXIGÊNCIA
ATIVIDADES EM COMUM
COMO AS FAMÍLIAS PODEM AJUDAR?
(FAZER)
REVER O TRATAMENTO DADOE A FORMA DE REAGIR DIANTE DO “ERRO”
DA CRIANÇA.
Quando a criança “erra”, NÃO é interessante:
criticá-la ou demonstrar aborrecimento por ela ter “errado” (ter em mente que ela está aprendendo);compará-la com outras pessoas que “erram menos” (irmãos, colegas, primos, com a mãe ou com o pai quando eram crianças); “desautorizar” a criança e toda a sua produção por causa dos “erros” – sua produção se baseia em uma hipótese sobre a escrita (aprendizagens não
normativas / convencionais).
Quando a criança “erra” é interessante:
perceber e verbalizar o que ela “acertou”(ter em mente que ela está aprendendo);desafiá-la, por meio de questionamentos, a refletir sobre o que fez e o que pretendia fazer; fornecer informações complementares;problematizar e/ou desafiá-la a revisar sua produção e a tentar novamente;
INVISTIR NA FORMAÇÃODE
POSTURAS DE ESTUDANTEAspectos que precisam
ser valorizados:horários, presença, compromissos
e deveres (tarefas, leitura, etc..) regras da escola, etc..
TAREFAS DE CASA – 3 GRANDES OBJETIVOS
1 REVISITAR CONTEÚDOS QUE JÁ FORAM VISTOS NA ESCOLA (ACOMPANHAMENTO PELA FAMÍLIA).
2 ATUAR COM AUTONOMIA. ( FORTALECER A AUTOESTIMA. INCENTIVAR A PREOCUPAÇÃO COM A QUALIDADE DA PRODUÇÃO).
3 ASSUMIR RESPONSABILIDADES COMO ESTUDANTE (PRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO).
E NAS TAREFAS DE CASA, COMO AJUDAR?
DEFINA E PREPARE UM LOCAL ADEQUADO.ORGANIZE ROTINA (CRITÉRIOS) E HORÁRIOS.A TAREFA É DA CRIANÇA – ENSINE-A A RESPONSABILIZAR-SE POR ELA.A TAREFA É REFERENTE A ALGO QUE ELA JÁ VIVENCIOU/APRENDEU NA ESCOLA.
E NAS TAREFAS DE CASA, COMO AJUDAR?
DIFERENCIE “AJUDAR” DE “FAZER POR”. OUÇA COM ATENÇÃO E, SEMPRE QUE POSSÍVEL, “DEVOLVA” AS PERGUNTAS DA CRIANÇA SOBRE A TAREFA AO INVÉS DE DAR RESPOSTAS PRONTAS. VALORIZE AS PRODUÇÕES DA CRIANÇA. SEJA CUIDADOSO AO FAZER COMENTÁRIOS.
LEITURA
É IMPORTANTE QUE A CRIANÇA TENHA, EM DIFERENTES MOMENTOS, CONTATO COM DIVERSOS MODELOS
DE LEITOR. LEIA PARA ELA.LEIA COM ELA.
LEIA PERTO DELA.LEVE-A À LIVRARIA.
É importante ler com eles
MAIS DICAS...
QUE RESULTADOS QUEREMOS?
(OBTER)
DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA NO DECORRER DO 1o ANO
Refletir sobre o código escrito, avançar em suas hipóteses.
Reconhecer e empregar letras e fonemas adequados ao que quer escrever.
Transformar, progresivamente, a escrita “hipotética” em escrita “alfabética”.
DESAFIOS A SEREM VENCIDOS PELA CRIANÇA, NO DECORRER DO 1o ANO
Ter habilidade para se comunicar por escrito.
Ter habilidade para decodificar e interpretar textos escritos.
Ler e atribuir sentido ao que foi lido.
Associar, progressivamente, algumas características ortográficas à escrita das palavras.
Produzir textos de autoria, com uma função social definida e com “leitores de verdade” (projetos).Conhecer e utilizar alguns elementos básicos de organização textual e pontuação.
Desenvolver habilidades para revisar o que escreveu. Conhecer, identificar, traçar corretamente e utilizar a letra cursiva.
EXPRESSAR-SE POR ESCRITO
ATRIBUIR SIGNIFICADO AO QUE LÊ
O que é necessário para construir uma história de
sucesso na alfabetização?
O(A) protagonista – um(a) pequeno(a) aprendiz inteligente,
que realiza inferências, que estabelece relações, que procura
explicações, que pensa sobre o que faz.
Cenários (casa/escola)– ambientes (alfabetizadores)
ricos, estimulantes e organizados intencionalmente para que a
aprendizagem se estabeleça da melhor maneira possível.
Os (As) coprotagonistas – pais e professores que se interessam pelo(a)
pequeno(a), a quem ensinam, que dele(a) se ocupam e o(a) ajudam a crescer. Pessoas solícitas, atentas, intuitivas,
instigantes, questionadoras, exigentes (não intransigentes) e apaixonadamente
interessadas pelo que a criança faz, diz e pensa.