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CONSUMO CONSCIENTE Carla Maria Martellote Viola 1 Buscando tecer uma análise a respeito das diversas influências que permeiam o consumo consciente nas esferas pública e privada, no âmbito publicitário, faz-se necessária uma avaliação dos aspectos do macroambiente em que se encontra inserido o consumidor da atualidade. Iniciando pelo Ambiente Tecnológico que está em pleno desenvolvimento, e possibilita interações dos consumidores com produtos e serviços através de e-mails, mídias sociais, mobile e da web em geral. A tecnologia da informação permite o amplo acesso aos dados sobre marcas e modelos de produtos quanto ao binômio interesse e necessidade em curto espaço de tempo. A maioria dos consumidores modernos possui algum tipo de experiência digital, tais como foto, música, vídeo, mapa e GPS através de um telefone celular, smartphone ou tablet. De acordo com estudo apresentado pela Pyramid Research, o mercado de publicidade online na América Latina deve expandir e registrar um volume de US$ 2.6 bilhões em 2013, diante dos US$ 549 milhões registrados em 2008. Essa categoria será responsável por 9% da receita total do mercado de publicidade, diante dos 2% atuais, informa o estudo. O mercado total de publicidade na América Latina irá se expandir e deve alcançar o valor de US$ 31 bilhões em 2013, diante dos US$ 24 bilhões registrado em 2008, ainda segundo a Pyramid. O volume de B2C (Negócios para o Consumidor) em Comércio Eletrônico está próximo dos US$ 13 bilhões e o estudo prevê crescimento de 33% para os próximos cinco anos, como resultado de números de usuários de internet e de vendas online que continuarão crescendo. A internet já alcançou o posto de terceiro veículo de maior alcance no Brasil, superado apenas por rádio e TV. O apelo visual da publicidade na internet está tentador e extremista ao lançar mão de uma nova estratégia publicitária chamada remarketing, que é o recurso que permite que a empresa alcance as pessoas que visitaram seu site anteriormente e exiba para elas anúncios 1 Graduada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Hélio Alonso e em Direito pela Universidade Santa Úrsula. Pós-Graduada em Gestão da Comunicação pelo Instituto de Gestão em Comunicação/FACHA e cursando Direito do Consumidor e Responsabilidade Civil pela AVM/Candido Mendes email: [email protected]

Artigo consumo consciente

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CONSUMO CONSCIENTE

Carla Maria Martellote Viola1

Buscando tecer uma análise a respeito das diversas influências que permeiam o

consumo consciente nas esferas pública e privada, no âmbito publicitário, faz-se necessária

uma avaliação dos aspectos do macroambiente em que se encontra inserido o consumidor da

atualidade.

Iniciando pelo Ambiente Tecnológico que está em pleno desenvolvimento, e possibilita

interações dos consumidores com produtos e serviços através de e-mails, mídias sociais,

mobile e da web em geral. A tecnologia da informação permite o amplo acesso aos dados

sobre marcas e modelos de produtos quanto ao binômio interesse e necessidade em curto

espaço de tempo. A maioria dos consumidores modernos possui algum tipo de experiência

digital, tais como foto, música, vídeo, mapa e GPS através de um telefone celular, smartphone

ou tablet.

De acordo com estudo apresentado pela Pyramid Research, o mercado de publicidade

online na América Latina deve expandir e registrar um volume de US$ 2.6 bilhões em 2013,

diante dos US$ 549 milhões registrados em 2008. Essa categoria será responsável por 9% da

receita total do mercado de publicidade, diante dos 2% atuais, informa o estudo. O mercado

total de publicidade na América Latina irá se expandir e deve alcançar o valor de US$ 31

bilhões em 2013, diante dos US$ 24 bilhões registrado em 2008, ainda segundo a Pyramid.

O volume de B2C (Negócios para o Consumidor) em Comércio Eletrônico está próximo

dos US$ 13 bilhões e o estudo prevê crescimento de 33% para os próximos cinco anos, como

resultado de números de usuários de internet e de vendas online que continuarão crescendo.

A internet já alcançou o posto de terceiro veículo de maior alcance no Brasil, superado

apenas por rádio e TV.

O apelo visual da publicidade na internet está tentador e extremista ao lançar mão de

uma nova estratégia publicitária chamada remarketing, que é o recurso que permite que a

empresa alcance as pessoas que visitaram seu site anteriormente e exiba para elas anúncios 1 Graduada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Hélio Alonso e em Direito pela Universidade Santa

Úrsula. Pós-Graduada em Gestão da Comunicação pelo Instituto de Gestão em Comunicação/FACHA e

cursando Direito do Consumidor e Responsabilidade Civil pela AVM/Candido Mendes – email:

[email protected]

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relevantes quando acessam outros sites parceiros. É a perseguição tecnológica incentivando o

consumo. Depois de uma pesquisa com intenção de compra feita em um primeiro site, que

não se realizou, os demais sites acessados mostrarão estes mesmos produtos que lhe

interessam em anúncios com uma frequência implacável e abominável. São os chamados

Adwords, sistema de publicidade do buscador, que começa a mostrar banners com produtos

pesquisados e desejados pelo internauta, ou similares a estes. O remarketing oportuniza a

conexão da empresa com os clientes em potencial enquanto navegam por outros websites e

induz o retorno a seu site para conclusão da compra. Seguindo a evolução da publicidade no

mundo virtual, encontra-se o aprimoramento da total interferência desta no mundo real das

pessoas, assim como um vírus cibernético que ataca os equipamentos, a publicidade virtual

restringe insanamente a consciência humana, resultando em uma repentina exclusão dos

valores primordiais.

No que tange ao Ambiente Demográfico, é nos grandes centros urbanos que está o foco

das campanhas publicitárias com a exibição de inúmeras possibilidades e variedades de meios

para divulgar produtos e serviços, induzindo e estimulando a compra pela facilidade de acesso

à informação. Em cada esquina percorrida pelo consumidor, este é abatido com um novo

apelo publicitário. No seu dia a dia, ele está sendo bombardeado por uma gama de anúncios

em sua casa, por meio de folhetos, jornais, revistas, rádio ou televisão. Na rua são vários

elementos publicitários em seu percurso de ida e volta para trabalho e nos momentos de lazer.

O consumo é encorajado sem que as pessoas percebam: é o outdoor, o busdoor na traseira do

ônibus, o aerodoor em um dia de praia e muitos outros. Este complexo de meios tende a se

concentrar nos centros de maior população, ampliando a indução a compra.

Segundo dados do Monitor Evolution, serviço do Ibope que monitora os investimentos

dos anunciantes, agências e as categorias de produtos veiculados nos principais meios de

comunicação, cresceu o volume de gastos com publicidade no país. em 2012, os

investimentos publicitários atingiram R$ 94,9 bilhões, o que representa um crescimento de

7% na comparação com o ano anterior. Em 2011, o aumento registrado foi de 16%.

No ano passado, a TV aberta permaneceu como a primeira colocada no volume de

publicidade (54%), com R$ 51,2 bilhões de investimentos, ante R$ 46,3 bilhões investidos em

2011. Já a internet, considerando-se os portais provedores de conteúdo e propaganda,

apresentou crescimento de 21%, passando de R$ 5,3 bilhões para R$ 6,5 bilhões em

investimentos.

Entre os setores, o de Comércio e Varejo continua ocupando o topo do ranking, com

21% do total investido, o equivalente a R$ 19,6 bilhões. Na sequência aparece o setor de

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Serviços ao Consumidor (educação, hotelaria, serviços de saúde, etc), que este ano superou os

investimentos do setor de Higiene Pessoal e Beleza, com o total de R$ 8,2 bilhões investidos.

Em relação ao Ambiente Econômico, em 2011 o Brasil cresceu 2,7% e atingiu o posto

de 6ª economia mundial ao ultrapassar o Reino Unido. Com essa colocação a economia

brasileira passa a ficar atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.

Em abril deste ano a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil deram início a uma

onda de cortes nos juros oferecidos a consumidores e empresas. Em sequencia, os principais

bancos brasileiros aderiram à medida e anunciaram a diminuição de suas taxas em diferentes

linhas de crédito. A ampla divulgação deste quadro econômico corroborou para que o

consumo apresentasse um panorama bastante favorável aos olhos do consumidor. Em

setembro, o Índice de Confiança do Consumidor – ICC, que mede a sensação de segurança do

consumidor para o endividamento no curto e médio prazo, chegou a 113 pontos. A referência

é sempre de seis meses para a compra de bens duráveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos,

carros, imóveis, etc. O valor base é sempre de 100 pontos, quanto mais próximo e além de

100 pontos, mais positivo é este índice. O Brasil apresenta o melhor cenário econômico da

América Latina e está na frente dos principais países da Europa. Juros mais baixos, maior

acesso ao crédito e poder de compra são fatores que a princípio são considerados favoráveis

ao consumo, mas que adiante faz com que o consumidor não entenda como manter sua matriz

econômica em dia.

Percorrendo o Ambiente sociocultural que caracteriza a cultura de uma nação, incluindo

o conhecimento, as crenças, valores, comportamentos e o modo de pensar compartilhados

entre os membros de uma sociedade, encontra-se uma população com maior oportunidade de

consumir cultura, aumentando assim sua capacidade de discernimento. A classe C, cuja renda

se situa entre quatro e dez salários mínimos mensais, tornou-se o maior segmento econômico

do país, com mais de 95 milhões de pessoas, quase 50% da população (eram 37% em 2002),

segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Anuncia-se que a

pirâmide social brasileira se tornou um losango, o que tem impacto no planejamento da

indústria cultural. A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, organizada pelo Instituto Pró-

Livro, revela que o brasileiro lê 4,7 livros por ano. É um volume baixo, mas o crescimento é

expressivo. Até 2002, o número rondava sempre abaixo dos dois livros anuais. A partir deste

consumo cultural e ascensão de classe social, cerca de 104 milhões de pessoas viram sua

renda melhorar, passando a consumir mais. Atualmente, a mensagem publicitária alcança de

forma mais ampla e célere a esfera social, resultando em uma nova dimensão de valores e

atuando intensamente nos costumes e padrões do seu destinatário ao apresentar os produtos ou

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serviços e suas finalidades. Por intermédio dos efeitos que a publicidade causa nas pessoas é

que nascem novos padrões de consumo, novos estilos de vida e consequentemente afloram-se

novas necessidades, longe de serem básicas e reais, elas são as notáveis necessidades

psicossociais. A massificação da publicidade no contexto sociocultural termina por aflorar o

consumo hedonista, resultando em uma sobreposição de desejos emocionais às motivações

utilitárias, projetando um significado subjetivo nos objetos que transcende os seus atributos

reais.

Considerando ainda o Ambiente Natural que não mais prejudica o consumo, faça frio ou

calor, chova ou faça sol, hoje o consumidor possui o conforto dos centros de compras e lazer,

os famosos shoppings centers, que são concebidos publicitariamente como espaços que

refletem a dinâmica da cidade, com todas as comodidades e atrativos. São lugares onde se

acumula de forma concentrada um grande número de lojas, de grifes e de espaços estetizados

em função do entretenimento e do consumo. Também é um destino onde se criam

necessidades de moda, alimentadas pelas vitrines que expõem suas mercadorias de forma

elegante e atrativa, apoiadas por táticas sofisticadas de publicidade.

Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers – ABRASCE, o mercado de

shopping centers brasileiro registrou, em 2012, alta de 10,65% nas vendas em relação ao ano

anterior, atingindo total de R$ 119,5 bilhões. Foram 27 novos empreendimentos em operação

e uma média de 398 milhões de visitantes mensais. A previsão do número de inaugurações

para este ano de 2013 é animador, estima-se a construção de 48 shoppings, 77% a mais do que

em 2012.

No Ambiente Político a divulgação do consumo consciente se concretiza através de

medidas de conscientização do consumidor quanto à necessidade de adquirir o necessário para

sua subsistência e bem-estar.

O dia 15 de outubro foi à data escolhida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)

para se ratificar o Consumo Consciente e tem como objetivo conscientizar as pessoas do

dever de consumir menos e, assim, ajudar a contornar os problemas socioambientais causados

pelo consumo exacerbado, principalmente de produtos não retornáveis.

Em 2011 foi lançado o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), um

documento que articula as ações governamentais de forma que tanto o setor produtivo como a

sociedade brasileira obtenha padrões mais sustentáveis de produção e consumo.

Visando ainda a disseminação da preocupação governamental do consumo excessivo

versus a preservação do meio ambiente, o MMA propôs uma ação voluntária que recebeu o

nome de Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e tem sido implementada por

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diversos órgãos e instituições públicas das três esferas de governo e no âmbito dos três

poderes. Iniciada em 1999, a A3P tem como objetivo estimular os gestores públicos a

incorporar princípios e critérios de gestão ambiental em suas atividades rotineiras, levando à

economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais por meio do uso racional

dos bens públicos e da gestão adequada dos resíduos. A A3P é um convite ao engajamento

individual e coletivo para a mudança de hábitos e a difusão da ação.

Finaliza-se com o Ambiente Legal que dispõe em seus instrumentos uma real

preocupação em defender o consumidor por conta da vulnerabilidade das relações de

consumo. A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XXXII, determinou a obrigação do

Estado em promover a defesa do consumidor. Ainda em seu artigo 170 estabelece os

princípios constitucionais da ordem econômica brasileira. Dentre os princípios, nele

elencados, está a defesa do consumidor que funciona como diretriz e constitui em verdadeiro

corolário da vida econômica do País.

Buscando a efetivação destes ordenamentos jurídicos a própria Constituição, no artigo

48 do Ato das Disposições Transitórias (ADCT), estabeleceu um prazo de cento e oitenta dias

para que se promulgasse a lei protetiva dos consumidores. Apesar de ter entrado em vigor em

prazo muito superior ao estabelecido pela Carta Magna, a edição da Lei 8.078, de 11 de

setembro de 1990, o então Código de Defesa do Consumidor, é hodiernamente reconhecida

como um marco na defesa e proteção dos direitos dos consumidores.

Focando a publicidade veiculada pelos meios de comunicação, o CDC, dispõe no

Capítulo V, a partir do artigo 30 o tema, amparando e auxiliando a parte mais fraca dessa

relação. Corroborando com esta proteção encontra-se o Conselho de Autorregulamentação

Publicitária, CONAR, que com seu Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária

tem como missão impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao

consumidor ou as empresas e defender a liberdade de expressão comercial. Os esforços são

para combater a publicidade enganosa e abusiva.

A publicidade enganosa caracteriza-se por conter informação falsa quanto à

característica, quantidade, origem, preço ou propriedade, capaz de convencer o consumidor a

adquirir um produto ou serviço diferente do que pretendia na hora da compra. Este tipo de

publicidade é capaz de convencer o consumidor a adquirir um produto ou serviço diferente do

que pretendia na hora da compra, causando dano ao indivíduo quando se considera a

frustração, ansiedade ou lesão do consumidor ou um dano social, pelo uso massivo e indevido

de um anúncio, voltado a um determinado público. Ainda quanto à publicidade enganosa, sob

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o aspecto da omissão, é a que ocorre quando o fornecedor deixa de informar dados essenciais

do produto ou serviço, levando o consumidor a cometer um erro.

A publicidade abusiva, também tutelada pela legislação vigente, é aquela cuja

mensagem incite à violência, explore o medo ou a superstição, aproveitando-se da deficiência

de julgamento e experiência da criança, desrespeitando os valores ambientais ou que seja

capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou

segurança, também será considerada abusiva quando gerar discriminação.

Assim conclui-se que a Publicidade é o conector entre a produção e o consumo, sua

interferência é inevitável na vida do ser humano. Seu percurso está entre dois pontos,

informação e a persuasão, criando uma linha tênue entre a abundância dos bens de consumo e

o bem-estar e a autorrealização. No decorrer deste percurso instaura-se uma confusão entre a

divulgação de valores, culturas e ideologias.

Fator como a educação nos primeiros anos, determina consideravelmente o

comportamento de uma pessoa diante dos apelos consumistas ao qual ela será exposta.

Aspecto a ser avaliado e entendido é que a responsabilidade do consumidor deve ser

proporcional aos esforços aplicados na sua educação para os temas do consumo.

Constata-se relevante esforço do poder público em conscientizar a população quanto à

falta de efetividade no consumo exacerbado, bem como em normatizar a matéria para balizar

os direitos do consumidor em razão da evolução dos invólucros consumeiristas.

Avalia-se que até mesmo o consumidor consciente não está imune aos efeitos do

fenômeno semeado pela publicidade, contudo, é imperativo que alguns princípios sejam

respeitados, como o da veracidade na publicidade, o da dignidade da pessoa humana e o da

responsabilidade social.

Além do mais, cabe ao consumidor aguçar seu discernimento e avocar sua consciência

quanto aos atos de consumo e para ilustrar tal assertiva, cabe à remissão a Gilberto C. Leifert,

presidente do CONAR, que na sessão de abertura do 5º Congresso da Indústria da

Comunicação deste ano, em seu discurso, citou a advertência do filósofo John Stuart Mill

sobre a autonomia dos indivíduos e o emprego de suas faculdades para fazer escolhas: “As

faculdades humanas de percepção, julgamento, sentimento discriminativo, atividade mental e

até mesmo a preferência moral só são exercitadas quando se faz uma escolha. Aquele que só

faz alguma coisa porque é o costume não faz escolha alguma. Ele não é capaz de discernir

nem de desejar o que é melhor. As capacidades mentais e morais, assim como as musculares,

só se aperfeiçoam se forem estimuladas (...). Quem abdica de tomar as próprias decisões não

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necessita de outra faculdade. Apenas da capacidade de imitar, como os macacos. Aquele que

decide por si emprega todas as suas faculdades.”

E ainda em outro momento, com muita propriedade, sentenciou: "Os consumidores são

os senhores do mercado. Eles podem gostar do produto, mas não gostar do anúncio; podem

não gostar nem do anúncio nem do produto e desprezá-lo na gôndola do supermercado;

podem, ainda, gostar de ambos e livremente decidir consumir ou não. Tais escolhas são livres

e devem ser respeitadas.”

Consumo Consciente é o ato de adquirir e usar bens de consumo, alimentos e recursos

naturais de forma a não exceder as necessidades. Além de ser uma questão de cidadania, as

atitudes de consumo consciente ajudam a preservar o meio ambiente.

Para o exercício do consumo consciente, a atenção deve ser redobrada para certos

aspectos publicitários: o que aliena não conscientiza e o que acomoda, não incita o racional.

Você pode até acreditar que é “um”, mas será apenas “mais um”.

Page 8: Artigo consumo consciente

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