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AVALIAÇÃO DESAFIO COTIDIANO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Avaliação

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Page 1: Avaliação

AVALIAÇÃO

DESAFIO COTIDIANO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

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Marcos Masetto

Espaço onde se constrói o conhecimento com a

participação de todos e onde se buscam respostas

para os problemas do meio onde vivemos

AULA

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EDUCAÇÃO:

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

- ERA DAS INCERTEZAS

- DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA

- GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA E CULTURAL

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

- DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMÁTICA

- GENERALIZAÇÃO DAS FONTES DE INFORMAÇÃO E DO ACESSO A ELAS

- INTERNET

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

A Aprendizagem constitui-se em um processo contínuo e

dinâmico em que se afirma, se constrói e se desconstrói.

Se faz na incerteza, com flexibilidade, aceitando novas

dúvidas, comportando a curiosidade, a criatividade que

perturba, que levanta conflitos.

Nesse cenário:

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

DESAFIOS ÀS INSTITUIÇÕES

ESCOLARES

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS:

FORMAÇÃO DA CIDADANIA

APRENDER A CONHECER

APRENDER A CONVIVER

APRENDER A FAZER

APRENDER A SER

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A cidadania não deve ser calcada em termos vagos,

marcados ideologicamente, tais como desenvolver

o espírito crítico, promover a autodeterminação dos

povos ou incentivar a solidariedade internacional.

EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

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A cidadania deve voltar-se, ao contrário, de forma

pragmática, para o nível local e associar-se

diretamente à melhoria da qualidade de vida da

cidade, do bairro ou até mesmo de uma instituição.

(Guiomar Namo de Mello)

EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

FACE A ESTE PANORAMA

QUAL O PAPEL DA ESCOLA?

Page 12: Avaliação

1º) compreender que o conhecimento se baseia na

busca de relações, que ajudem a compreender o

mundo em que vivemos, a partir de uma dimensão de

complexidade

EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Cabe à ela

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2º) Utilizar estratégias que superem a

compartimentação disciplinar, para abordar e

investigar problemas.

EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Page 14: Avaliação

Construir um novo olhar

Síntese

Análise

Transformação

Investigação

Documentação

Interpretação

Crítica

Ação

EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

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EDUCAÇÃO: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

Planejar tendo como

alicerce os processos avaliativos

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REALIDADE

MEDIDA

AVALIAÇÃO

JULGAMENTO

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A AVALIAÇÃO DEVE PARTIR DA REALIDADE E

A ELA RETORNAR PARA TRANSFORMÁ-LA. SE

NÃO REALIZAR ESSE PROCESSO, NÃO PODE

SER CONSIDERADA COMO TAL. SUA RAZÃO

DE SER TERÁ DEIXADO DE EXISTIR

(Silza Valente)

AVALIAÇÃO

Page 18: Avaliação

ABRANGÊNCIA INTERNACIONAL

AVALIAÇÃO

As avaliações são desenvolvidas com o propósito de comparar o desempenho dos estudantes de diversos países

Programa Internacional de Avaliação dos Alunos – PISA Programa Mundial de Indicadores Educacionais - WEI Laboratório Latino-Americano de Qualidade da Educação - LLECE

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DIMENSÃO SÓCIO-POLÍTICO-ECONÔMICA

ABRANGÊNCIA NACIONAL/ESTADUAL

AVALIAÇÃO

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB)

• SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR (SINAES)

• EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DO ESTUDANTE (ENADE)

• SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SAEB) /

PROVA BRASIL

• EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)

• AVA - AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR - PARANÁ

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ABRANGÊNCIA: INSTITUIÇÃO ESCOLAR

AVALIAÇÃO

• Legislação emanada dos Conselhos Estaduais de

Educação

• Características culturais do entorno social

• Experiência educacional da instituição

• (Re)Elaborações Curriculares - PP

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PROJETO PEDAGÓGICO

Avaliação do

espaço escolar

Avaliação

do(s) curso(s)

avaliação das

Disciplinas

Avaliação dos

Professores

Avaliação dos

funcionários

AVALIAÇÃO

Page 22: Avaliação

ABRANGÊNCIA:

SALA DE AULA/CAMPO DE ESTÁGIO

MODALIDADES:

DIAGNÓSTICA

FORMATIVA

SOMATIVA

AVALIAÇÃO

Page 23: Avaliação

ENSINO E AVALIAÇÃO:

CAMINHOS CRUZADOS

Page 24: Avaliação

Ensino x Avaliação

Pedagogia Tradicional

Ensino → ênfase nos conteúdos

Avaliação → Vigiar e punir.

Pedagogia Nova ou Renovada

Ensino → ênfase nos métodos

Avaliação → acompanhar, acolher.

Pedagogia Tecnicista

Ensino → ênfase nos objetivos

Avaliação → verificação do alcance dos objetivos

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Pedagogia Sócio-Cultural (Libertadora, Libertária, Histórico-crítica)

Ensino → ênfase no

contexto

Avaliação → Possibilitar a

formação do cidadão crítico/transformador

Pedagogia das Competências

Ensino →ênfase no mundo

do trabalho

Avaliação → verificar o

desenvolvimento de competências

Ensino x Avaliação

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DIFERENTES SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS À AVALIAÇÃO

Avaliar é ser justo/objetivo

Avaliar é acompanhar/amar

Modalidade: Somativa

Notas, testes, verificação, controle

Descrédito na nota, nas normas, no controle

Modalidade: Formativa

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CONFLITOS SOBRE O SIGNIFICADO DA AVALIAÇÃO

CONFLITO DE CULTURAS

INSTITUIÇÃO

ESTADO

FAMÍLIA

ALUNO

PROFESSOR

SOCIEDADE

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DIMENSÕES DO PROCESSO AVALIATIVO

ABRANGENTE - alunos, professores, equipes

pedagógica e administrativa, estrutura física da

escola, entre outros

CONTÍNUO - acompanhamento do processo

(curricular, aprendizagem etc)

MULTIDIMENSIONAL – conteúdos factuais,

conceituais, procedimentais e atitudinais

DIAGNÓSTICO - decisões sobre as ações a serem

empreendidas

INCLUSIVO - possibilitar a superação dos aspectos

deficitários

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AVALIAÇÃ0 JULGAMENTO

RAZÃO SENSIBILIDADE

ACOLHIMENTO

Page 30: Avaliação

RAZÃO

Instrumentos: entrevista, questionário, lista de checagem, portfólio, prova com questões dissertativas e/ou objetivas

DECISÕES:

Avaliação com referência a norma ou a critérios

Avaliação tendo como norte objetivos, competências ou conteúdos

Técnicas a serem utilizadas: observação, inquirição, testagem

Valores (conceitos? Notas?)

Elaboração das questões

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De maneira geral a correção é mais severa

ao final de uma série de correções do que

no começo

EFEITOS DE ORDEM E CONTRASTE

A nota de uma prova ou trabalho depende em

parte da nota atribuída anteriormente

NOTA ELEMENTOS INTERVENIENTES

Page 32: Avaliação

EFEITO DE CONTAMINAÇÃO

Opinião dos colegas

Histórico Escolar

EFEITO DE ESTEREOTIPIA

Sistematização da opinião a respeito do aluno

NOTA ELEMENTOS INTERVENIENTES

EFEITO DE HALO

Vestimenta, verbalização, atitudes com relação à instituição etc

Page 33: Avaliação

SENSIBILIDADE

DESENVOLVIMENTO DO

PROCESSO AVALIATIVO

Atitudes do professor e da administração

antes, durante e depois da aplicação dos

instrumentos de avaliação

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AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

CONTEÚDOS

• FACTUAIS- Perguntas orais e /ou escritas

(prova)

• CONCEITUAIS- Observação e prova

• PROCEDIMENTAIS- Observação e perguntas

escritas (no caso de procedimentos

cognitivos)

• ATITUDINAIS- Observação

Page 35: Avaliação

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

OBJETIVOS

Educação Infantil

Séries iniciais e finais do Ensino Fundamental

COMPETÊNCIAS E

HABILIDADES

Ensino Médio

Ensino Superior

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AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS

DE AVALIAÇÃO

Page 37: Avaliação

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Técnicas Instrumentos

Listas de checagem

Escalas de classificação

Escala de atitudes

Questionário

Entrevista Inventário

Testes padronizados

Testes construídos

pelo professor

Provas com

Itens objetivos

Provas com Itens dissertativos

Observação

Inquirição

Testagem

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EXEMPLOS DE INSTRUMENTOS PARA

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

Auto-avaliação dos alunos

Portfólio

Diário

Questões construídas pelos alunos

Relatório (individual ou em grupo)

Criação de exercícios pelos alunos

Provas

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PROVA

Dados de identificação: Institucionais

Aluno

Seleção de conteúdos, objetivos ou competências e habilidades

Preparação da tabela de especificação

Seleção de tipos e elaboração de questões

Montagem da prova

Elaboração de instruções e chave de correção

Aplicação e correção da prova

Revisão e análise das questões

Comunicação dos resultados

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO

Page 40: Avaliação

Tipos de Itens Objetivos

ESPÉCIES

Resposta curta

Resposta simples Completamento Falso - verdadeiro Associação

Múltipla escolha

Resposta única Resposta múltipla Associação Afirmação incompleta Lacuna Interpretação Asser ção e razão

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Testes de Múltipla Escolha

Normas para construção dos itens:

• Redigir 4 ou 5 opções para cada questão

• Redigir todas as opções com a mesma extensão

• Fazer todas as opções plausíveis

• Evitar incluir, no enunciado, palavras como

“todo”, “nenhum”,”somente”,”nunca”

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Testes de Múltipla Escolha

Normas para construção dos itens:

• Não incluir nas opções corretas expressões

como “às vezes, geralmente, muitas vezes, é

provável”, pois sugerem, em geral, que a

declaração é verdadeira

• Construir opções formalmente corretas do

ponto de vista gramatical: concordância entre o

tronco e as opções

• Padronizar a forma de início das opções

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Elaborar questões que não contenham informações desnecessárias

Cobrar, em cada item, apenas uma parte ou aspecto do contexto

Incluir no suporte, o máximo de palavras, a fim de tornar as opções mais resumidas

Não usar opções sinônimas nem tampouco opções que abranjam outras alternativas

Testes de Múltipla Escolha

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Não usar as alternativas “todas as respostas acima” ou “todas as respostas anteriores”

Fazer uso limitado da alternativa “nenhuma das respostas anteriores”

Destacar a negativa quando empregá-la no enunciado

Incluir no enunciado tudo o que a questão estiver pedindo

Testes de Múltipla Escolha

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Itens Discursivos

Comparados aos objetivos, são de mais fácil elaboração

Dificultam a cola

Apresentam reduzida possibilidade de acerto por sorte

Pontos Positivos

Pontos Negativos

São de difícil correção

Desfavorecem o aluno que não sabe redigir bem

Não permitem a cobrança de grande quantidade de conteúdo numa mesma prova

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Redigir o item, de tal forma que seu conteúdo fique

delimitado com precisão, não usando expressões

vagas como “comente”, “fale sobre”, “o que pensa

de”, “escreva o que sabe”

Organizar, logo após sua elaboração, a chave de

correção do item – feita com antecedência,

possibilita identificar falhas de construção

Não incluir informações desnecessárias

Normas de Construção

Itens Discursivos

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Organizar uma chave de correção (caso não tenha organizado previamente)

Corrigir questão por questão e não prova por prova. (Não interromper a correção antes de terminar a leitura de todas as questões iguais)

Fazer ajustes na chave de correção incluindo aspectos não antecipados e retirando os previstos, porém não abordados por ninguém

No caso de querer julgar as respostas pelo seu todo, agrupar, em relação à questão em pauta, as provas em ótimas, muito boas, boas, regulares, fracas e muito fracas

Normas de Correção

Itens Discursivos

Page 48: Avaliação

Corrigir as provas sem identificar os autores

Quando as provas forem numerosas, reler, de

quando em vez, uma das que já foram julgadas,

para manter o mais hegemônico possível o critério

de correção

Escrever pequenos comentários nas provas, a

fim de estabelecer pontos de referência para a

justificativa do critério de correção adotado

Normas de Correção

Itens Discursivos

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Page 50: Avaliação

UM DIA, NUMA AULA, A NOSSA PROFESSORA

ENSINOU-NOS QUE O VENTO

É SIMPLES MASSA DE AR.

E EU ACREDITEI. SE A PROFESSORA O DIZ ...

MAS NÃO COMPREENDI.

E PUS-ME A COGITAR ...

DE VOLTA PARA A ALDEIA, ONDE NINGUÉM ESTUDOU,

RESOLVI PERGUNTAR.

Autor Desconhecido

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E DISSE O ZÉ MOLEIRO – O VENTO É PÓ DE TRIGO,

SÃO VELAS A RODAR. O VENTO É UM AMIGO.

O LUÍS PESCADOR GRITOU, SEM SE CONTER:

- O VENTO FAZ AS ONDAS E FEZ MEU PAI MORRER!

O VENTO É ASSASSINO, O VENTO FAZ DOER.

- NEM SEMPRE, LEMBREI EU. LEVANTA OS PAPAGAIOS E FÁ-LOS SER ESTRELAS NUM CÉU AZUL DE SOL.

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E GEMEU A VELHINHA, NUM CANTO DO PORTAL:

- O VENTO É DOR NOS OSSOS ...

- É ROUPA NO VARAL SEQUINHA NUM INSTANTE!

AFIRMOU MINHA MÃE

CORRENDO ATAREFADA, ENTRE CASA E QUINTAL.

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MAS EXPLICOU UM VELHO JARDINEIRO:

- O VENTO, MEUS AMIGOS, DESTRUIU-ME AS

ROSEIRAS

E FEZ CAIR AS FLORES DAS MINHAS TREPADEIRAS.

O VENTO É MUITO MAU.

UM POETA SORRIU ...

- O VENTO É A BELEZA, AS SEARAS SÃO MAR

SE O VENTO AS FAZ MOVER, NO CAMPO A ONDULAR.

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ENTÃO SENTEI-ME À MESA E ESTUDEI A LIÇÃO.

JÁ SEI O QUE É O VENTO:

É DOR, É MEDO, É PÃO.

É BELEZA E CANÇÃO.

É A MORTE NO MAR.

E POR TRÁS DISSO TUDO

É UMA MASSA DE AR ...

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E EU DISSE CÁ PARA MIM

QUE A MINHA PROFESSORA

COM TUDO QUE ESTUDOU

NÃO SOUBE ENSINAR / AVALIAR

PORQUE NUNCA ESCUTOU.

Coimbra, Março de 1989