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1 ATUALIDADES Prof. Elvis John ESTUDO DIRIGIDO Aluno (a): Nº 01 Data: Turma: - 2º EM CHAVISMO A VINGANÇA DE BOLÍVAR Texto original de Parag Khanna. O Segundo Mundo (Resumo de Elvis John O. Ribeiro) Os países esquizofrênicos do Segundo Mundo são também os Estados que determinarão o equilíbrio do poder no séc. XXI entre os três principais impérios do mundo EUA, a União Europeia e a China - a medida que cada um se valer das alavancas da globalização para exercer sua própria força gravitacional (Khanna, Parag. O Segundo Mundo). 1. HISTÓRICO POLÍTICO E ECONÔMICO: O sonho de Bolívar não se realizou, pois a Gran Colômbia se desmembrou em numerosas repúblicas revolucionárias. A América Latina ficou sem um polo único de poder arregimentador, o que muito contribuiu para a longevidade da hegemonia hemisférica dos EUA. (Khanna, p. 193). É a Venezuela, e não a China ou a Europa, que encarna de forma mais eloquente a morte da Doutrina Monroe. (p.192) O petróleo faz o diferencial na Venezuela, ela poderia ser um catalizador diplomático na América Latina, mas as prioridades não apontam para este sentido. Problemas econômicos da Venezuela (p. 194): - Concentrou sua capacidade produção/extração de recursos naturais, e valoriza a moeda a ponto de comprometer a competitividade de seus produtos industriais no mercado externo (Doença Holandesa). Ocorreu o mesmo com a Holanda quando da descoberta de gás na década de 1960.

CHAVISMO - ATUALIDADES - Prof. Elvis John

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ATUALIDADES

Prof. Elvis John ESTUDO DIRIGIDO

Aluno (a): Nº 01

Data: Turma: - 2º EM

CHAVISMO – A VINGANÇA DE BOLÍVAR

Texto original de Parag Khanna. O Segundo Mundo

(Resumo de Elvis John O. Ribeiro)

Os países esquizofrênicos do Segundo Mundo são também os

Estados que determinarão o equilíbrio do poder no séc. XXI

entre os três principais impérios do mundo – EUA, a União

Europeia e a China - a medida que cada um se valer das

alavancas da globalização para exercer sua própria força

gravitacional (Khanna, Parag. O Segundo Mundo).

1. HISTÓRICO POLÍTICO E ECONÔMICO:

O sonho de Bolívar não se realizou, pois a Gran Colômbia se desmembrou em numerosas

repúblicas revolucionárias. A América Latina ficou sem um polo único de poder arregimentador, o

que muito contribuiu para a longevidade da hegemonia hemisférica dos EUA. (Khanna, p. 193).

É a Venezuela, e não a China ou a Europa, que encarna de forma mais eloquente a morte da

Doutrina Monroe. (p.192)

O petróleo faz o diferencial na Venezuela, ela poderia ser um catalizador diplomático na América

Latina, mas as prioridades não apontam para este sentido.

Problemas econômicos da Venezuela (p. 194):

- Concentrou sua capacidade produção/extração de recursos naturais, e valoriza a moeda a ponto de

comprometer a competitividade de seus produtos industriais no mercado externo (Doença

Holandesa). Ocorreu o mesmo com a Holanda quando da descoberta de gás na década de 1960.

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- Depois da 2ª Guerra Mundial comerciantes e trabalhadores espanhóis, italianos e portugueses

imigraram para a Venezuela (terra de oportunidades) e deram origem a parte da classe média do

país.

- Na década de 1950 o petróleo, explorados pelas corporações internacionais e pelas oligarquias

locais, impulsionam o pais rumo ao 1º mundo.

- Na América do Sul o maior problema não é a falta de recursos, mas os incentivos políticos.

-Ocorre o enriquecimento das oligarquias público-privadas - enriqueciam cada vez mais e as

corporações tomavam o lugar da sociedade como principal clientela.

- Na década de 1980 ocorre a queda dos preços do petróleo agravando o déficit, a dívida entrou

numa espiral ascendente, a produção oscilou, os capitais fugiram, a inflação se acelerou e aumentou

a capitação de empréstimos no exterior.

- Nas palavras de Juan Pablo Perez Alfonso, fundador da OPEP, a Venezuela estava “se afogando

no excremento do diabo”.

2. HOJE:

É marcante a Política de personalidades que caracteriza a América Latina, os líderes fortes

sempre se impõem em detrimento da força das instituições.

- Hugo Chávez é um regime híbrido (segundo Javier Corrales, professor de ciências políticas nos

EUA). Personalidade “narcisista-leninista”. É um nacionalista de esquerda eleito pela 1ª vez em

1998 após uma tentativa de golpe em 1992.

- “O governo pode está do outro lado da cidade ou na lua”, resmungou um morador do bairro de

Petare, em Caracas, “desde que a gente receba nosso contracheque”. O autor conclui que Chávez é

sedutor e irresponsável, pois manipulou essa massa de pobres que não se dá conta que a riqueza do

petróleo também é sua.

- “O povo é fiel a Chávez, não importa o que ela faça, pois ele deu esperança”, explica um jornalista

EM Caracas. “Os chavistas são capazes de fazer tudo por ele”. Essa é uma característica do político

populista e do culto à imagem.

- Esse caráter populista também se evidencia nas cooperativas camponesas, tomadas à força de

proprietários latifundiários ricos, que não podem ser de direito privado. Além disso, os sindicatos

foram extintos (p.195).

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Contudo, esse caráter populista, ao fazer empréstimos subsidiados, créditos agrícolas, rede de

distribuição de alimentos e programas preventivos de saúde empregando médicos cubanos, gera

uma folha de pagamento de mais de 3 milhões de pessoas (CABIDE DE VOTOS que gera

grande despesa para o Estado).

- Chávez usa os fundos do petróleo da mesma maneira que todos os outros países latino-americanos

sempre usaram, mais para servir aos seus objetivos políticos do que para efetivamente diminuir a

desigualdade (p.195/96).

- Assim, o problema é como o dinheiro público é gasto. O governo consegue QUDRUPLICAR suas

dívidas interna e externa.

- PLEBECRACIA – sua “República Bolivariana” funciona como o Paquistão de Mushamaf.

Chávez nomeia todos os governadores e prefeitos e distribui propriedades entre os oficiais da

reserva, os novos e conservadores manipuladores do poder, zelosos empenhados em salvaguardar os

status recém-conquistado.

3. FATORES DA MANUTENÇÃO DO PODER

1. Dominando ao mesmo tempo a Assembleia Nacional e o Conselho Eleitoral, ele não

enfrenta nenhum “partido do veto”. Eduardo Galeno chamou o modelo de chaves de

DEMOCRATURA – “A democracia pode ser um travesti: ela se despe e aparece um

coronel”.

2. Folha de pagamento gigantesca disponibilizando votos garantidos.

3. Aparelho midiático nas mãos do governo - tem controle das emissoras de televisão

(LEMBRAR O EPISÓDIO DA REDE GLOBO 2012).

4. Milícias de Chaves percorrem os bairros de motocicleta ou de jipe usando uniformes a prova

de bala. São afáveis com os chavistas e intimidantes aos demais.

5. O ANTIAMERICANISMO continua mantendo os líderes chavistas - demonização de

Chávez aos EUA e aos partidos de oposição ao chavismo (ajuda a manter viva a

bandeira da revolução bolivariana) (p.198).

4. RELAÇÕES CHINA/VENEZUELA

- Chávez barganha com os EUA através do petróleo (corta o fluxo de petróleo para os EUA)

redirecionando-o lentamente para a China. Vende a posse de refinarias nos EUA para investir na

Ásia.

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- A China, hoje, responde por metade dos investimentos estrangeiros na Venezuela. Vende-lhe

navios petroleiros para transporte do petróleo venezuelano por 24 mil quilômetros através do

Pacífico e perfurou poços aumentando sua capacidade de extração.

- A China também se ofereceu para enviar trabalhadores para a Venezuela a fim de ajudar na

construção milhares de casas, de uma rede de comunicação por fibra ótica e de um sistema de

irrigação.

5. RELAÇÕES CUBA/VENEZUELA

- A Venezuela fornece o petróleo a baixos custos em troca de serviços na área médica.

6. RELÇAÇÃO EUROPA/VENEZUELA

- A Europa ainda é o maior investidor na Venezuela, tanto em energia quanto em serviços. A

Espanha simpatiza, de modo geral, com o programa de maior autonomia em relação aos Estados

Unidos e é favorável à sua retórica de redenção da pobreza.

7. CONTRIBUIÇÃO DO CHAVISMO PARA OS SUL AMERICANOS

- A revolução bolivariana de Chaves despertou os líderes sul-americanos para o fato que precisam

trabalhar muito ainda estreitamente para forjar um próspero e soberano continente de Segundo

Mundo, em vez de uma Atlântida de Terceiro Mundo.

- O sonho bolivariano persistirá muito além de Chávez – ele tratou de ficar em cena o quanto pode,

para garantir que seja assim.

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

1. COMO PODEMOS DEFINER O REGIME DE GOVERNO DE HUGO CHÁVES?

2. QUAL O PAPEL GEOPOLÍTICO DA VENEZUELA NA AMÉRICA E NO MUNDO?

3. QUAIS FATORES SÃO DETERMINANTES PARA A MANUTENÇÃO DO

CHAVISMO?

4. O CHAVISMO SOBREVIVE À MORTE DE HUGO CHAVES? JUSTIFIQUE.