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Fontes de Informação - 2014/2 [Ciência, sistema de comunicação científica e literatura científica]

Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

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Fontes de Informação - 2014/2

[Ciência, sistema de comunicação científica e literatura científica]

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[Apresentação baseada nos documentos:] MUELLER, Suzana Pinheiro Machado. A ciência, o sistema de comunicação científica e a literatura científica. In: CAMPELLO, Bernadete Santos; CENDÓN, Beatriz Valadares; KREMER, Jeanette Marguerite(Org.). Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte, UFMG, 2003. p. 21-34. ALVES, Letícia. Informação e os sistemas de comunicação científica na Ciência da Informação. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, jun./2011. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pbcib/article/view/13135>. Acesso em: 22 ago. 2014. SOUZA, Iara Vidal Pereira de. Altmetria: métricas alternativas do impacto da comunicação científica. 2014. 104 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciência da Informação, Departamento de Instituto de Arte e Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014. Cap. 3. Disponível em: <http://eprints.rclis.org/23436/>. Acesso em: 22 ago. 2014.

GOMES, Cristina Marques. Comunicação científica: alicerces, transformações e tendências. Lisboa: LabCom Books, 2013. Disponível em: <http://ubithesis.ubi.pt/handle/10400.6/2127>. Acesso em 30 ago. 2014

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[ESQUEMA DE APRESENTAÇÃO]

- Um pouco de história...

- Sobre a ciência...

- A comunicação científica (CC) - Sistemas de CC - Literatura científica

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Pode a história influenciar a ciência?

Pode a ciência influenciar a história?

[PARA INÍCIO DE CONVERSA...]

Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio (FERREIRA, 2004)

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[ O homem não se banha duas vezes

no mesmo rio ]

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[Inteligível versus Sensível]

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[Cogito, ergo sum]

[Penso, logo existo]

Fundamentar o conhecimento em bases sólidas

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Ciência e História

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

- Até o século XVI a ciência era feita por filósofos que usavam a

argumentação e a dedução para explicar os fenômenos da natureza;

- Para que os conhecimentos resultantes de uma pesquisa

pudessem ser considerados científicos, era necessário

que as evidências fossem baseadas na observação e na

experiência empírica.

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

Conhecimento científico é aquele que se estabelece por meio de metodologia científica (regras definidas e controladas); isso aumenta a probabilidade de que a compreensão desse fenômeno seja correta.

O que faz o conhecimento ser científico?

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

A Revolução Científica deu-se contra as universidades e suas elites docentes, que ainda defendiam o saber escolástico tradicional (SOARES, 2001, p. 56). A hostilidade da elite acadêmica aos novos adeptos da nova ciência no séc. XVI favoreceu o surgimento: - academias e sociedades científicas: - de troca de ideias e divulgação das pesquisas; - do estímulo à colaboração entre os cientistas.

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

COMO OCORRIA A COMUNICAÇÃO ENTRE OS CIENTISTAS?

- pessoal (cartas);

- por livros e longos tratados.

BAIXO ÍNDICE DE PENETRAÇÃO

DIFICULDADE DE UNIVERSALIZAR O CONHECIMENTO

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

Os aspectos orais, a correspondência pessoal e os livros foram, portanto, complementados, no século XVII, pelos periódicos científicos.

JOURNAL DE SÇAVANTS PHILOSOFICAL TRANSACTIONS

(1665)

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

Journal des Sçavants (Fundado pelo francês Denis de Sallo) Segundo Houghton(1975) o objetivo era: - catalogar e dar informações úteis sobre livros publicados na Europa e resumir seus conteúdos; - divulgar experiências em física, química e anatomia que podiam servir para explicar os fenômenos naturais; - descrever invenções ou máquinas úteis e curiosas, registrar dados meteorológicos; - citar as principais decisões das cortes civis e religiosas e censuras das universidades; e - transmitir aos leitores todos os acontecimentos dignos de curiosidade dos homens.

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[SOBRE A CIÊNCIA...]

Philosophical Transactions (publicado até os dias de hoje pela Royal Society, em Londres)

- era dedicado exclusivamente ao registro de experiências científicas, não incluindo outras matérias;

- lançado com a intenção de divulgar, entre os membros da Royal Society, as

cartas enviadas por seus colegas cientistas, relatando suas pesquisas.

COM O TEMPO, O PERIÓDICO SE TORNOU O CANAL PRIVILEGIADO PARA A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA OFICIAL E O ARTIGO CIENTÍFICO SE CONSOLIDOU

COMO O FORMATO PADRÃO PARA A COMUNICAÇÃO DE PESQUISAS [o átomo da comunicação científica].

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[um pouco mais de história...]

B-29 ENOLA GAY

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PROJETO MANHATTAN

(BIG SCIENCE)

VINITI (INSTITUTO PARA

INFORMAÇÃO CIENTÍFICA)

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Neste contexto surge e se consolida a Ciência da Informação (MUELLER, 2007)

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[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

ninguém pode afirmar quando foi que se começou a fazer pesquisa científica e, por conseguinte, quando, pela primeira

vez, houve comunicação científica. A resposta a isso depende principalmente da definição que se tenha do que seja pesquisa. O termo CC, no entanto, foi empregado pela primeira vez por John Bernal, durante a primeira metade do século XX, e

assim exemplificando: a CC compreende o amplo processo de geração e transferência de informação científica (GOMES, 2013)

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INVESTIGAÇÃO RETROALIMENTAÇÃO

VIA NOVAS PESQUISAS DIVULGAÇÃO

DOS RESULTADOS

[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

[...] ato de comunicar os resultados da pesquisa entre os

pares em oposição à divulgação científica como sinônimo para divulgação para os leigos (GOMES, 2013)

Page 22: Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA [justificativa]

Para obter confiabilidade, os resultados de uma pesquisa precisam de ampla exposição ao

julgamento da comunidade científica e de sua aprovação.

Sem sua literatura, uma área científica não poderá existir, pois, sem o aval dos seus pares,

o conhecimento resultante da pesquisa conduzida pelos cientistas não será validada,

por isso não será considerado científico (ZIMAN apud MUELLER, 2003)

LITERATURA CIENTÍFICA

Page 23: Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

LITERATURA CIENTÍFICA

[características]

[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

1. Explosão bibliográfica

2. Diversificação nos formatos (apresentação e divulgação)

3. Eliminação das barreiras de acesso

4. Rápida obsolescência

5. Interdisciplinaridade

6. Colaboração

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[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

FLUXO DE INFORMAÇÃO

Caminho percorrido pela pesquisa, desde que nasce uma ideia na mente de um pesquisador, passa pelo ponto mais alto que é a publicação formal dos resultados, geralmente em um artigo científico, e continua até que a informação sobre este artigo possa ser recuperada na literatura secundária ou apareça como citações em outros trabalhos. (MUELLER, 2007)

FORMAIS INFORMAIS

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Início da Pesquisa

Relatório Preliminar

Pesquisa Completa

Seminários, colóquios, etc.

Manuscrito submetido

para revisão

Publicação Periódica

Relatório Conferência

Anais, Proceedings

Aceite

Artigo publicado no fascículo

corrente

Artigo em índices e sumários

Distribuição de preprints

Artigo em Annual Review

Índices de Proceedings

[MODELO GARVEY E GRIFFITH]

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[MODELO GARVEY E GRIFFITH]

CANAIS FORMAIS CANAIS INFORMAIS

Públicos Restritos

Informação é de fácil recuperação

Informação é de difícil recuperação

Informação mais antiga Informação mais recente

Monitorados Geralmente não monitorados

Voltados para o usuário Usuário e autor se confundem

Maior redundância Menor redundância

Interação indireta Interação direta

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[MODELO GARVEY E GRIFFITH]

Com base no modelo de Garvey e Griffith, os documentos (ou fontes) produzidos ao longo do processo de pesquisa podem ser classificados:

CARACTERÍSTICA TIPOLOGIA

PRIMÁRIOS

Produzidos com a interferência direta do

autor

-Relatórios Técnicos; -Trabalhos apresentados em congressos; - Teses e dissertações; - Patentes; - Normas técnicas; - Artigo Científico.

Page 28: Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

[MODELO GARVEY E GRIFFITH]

CARACTERÍSTICA TIPOLOGIA

SECUNDÁRIOS

- Facilitar o uso do conhecimento disperso

nas fontes primárias;

- Apresentar a informação filtrada e organizada conforme um arranjo

definido

- Enciclopédias; - Dicionários; - Manuais; - Tabelas; - Revisões de literatura; - Tratados; - Livros-textos; - Anuários

Page 29: Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

[MODELO GARVEY E GRIFFITH]

CARACTERÍSTICA TIPOLOGIA

TERCIÁRIOS

Guiar o usuário às fontes primárias e às fontes

secundárias

- Bibliografias; - Serviços de indexação e resumo; - Catálogos coletivos; - Guias de literatura; - Diretórios.

Page 30: Ciência, Sistema de Comunicação Científica e Literatura Científica

[COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA]

Estas distinções [CANAIS FORMAIS E INFORMAIS] refletem a configuração do modelo tradicional da comunicação científica, em que os canais formais eram geralmente impressos e a comunicação informal era predominantemente oral. O ambiente eletrônico, porém, abarca tanto canais formais e informais e os modifica. (SOUZA, 2014)

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PRODUTORES

FORMAL

USUÁRIOS

BD PREPRINTS

INFORMAL

E-MAIL, LISTA DE

DISCUSSÃO, BLOGS, FÓRUNS,

CONFERENCE CALL REDES SOCIAIS

FERRAMETAS DE BUSCA / METABUSCADORES / BIBLIOTECAS VIRTUAIS

E-JOURNALS PERIÓDICOS

ELETRÔNICOS

TESES E DISSERTAÇÕES

EDITOR PEER-REVIEW

REDES SOCIAIS

E-LIBRARIES

SERVIÇO DE INDEXAÇÃO E

RESUMO

REPOSITÓRIOS INSTITUIÇÕES

REDES SOCIAIS

ÍNDICES E RESUMOS

OPACs DICIONÁRIOS E

TESAUROS

FONTES PRIMÁRIAS

FONTES SECUNDÁRIAS

FONTES TERCIÁRIAS

BIBLIOGRAFIAS ESPECIALIZADAS

Seleção Produção

Distribuição

Análise e Armazenamento

Disseminação

Evolução Compreensão Consolidação

Modelo Søndergaard; Andersen; Hjørland (2003) - adaptado