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Ailton Pinheiro Moreira

Concepções de linguagem e sua implicação para o ensino de línguas

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Ailton Pinheiro Moreira

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“A linguagem é, assim, a forma propriamente humana da comunicação, da relação com o

mundo e com os outros, da vida social e política, do pensamento e das artes.”

(Chauí, 2006, p. 148)

O poder da linguagem.

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Chauí (2003) aponta a filosofia como a gênese dos estudos sobre

a linguagem.

Na Grécia: A linguagem é natural aos homens ou é uma convenção

social?

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Aristóteles: Apenas o homem é um animal

político, isto é, social e cívico, porque somente

ele é dotado da capacidade de

comunicação através da linguagem. (Chauí, 2003,

p. 147).

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Rousseau

“A palavra distingue os homens dos animais. A linguagem distingue as nações

entre si. Não se sabe de onde é um homem até que ele tenha falado”.

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Platão

Fedro: A linguagem é um pharmakon.

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Pharmakon = Poção.

Poção = remédio, veneno e cosmético.

(Chauí, 2003, p. 147)

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Hjelmslev

“O instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos,

com o qual influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana”.

(Chauí, 2003, p. 147)

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Séculos mais tarde

Novas concepções emergem. Alinguagem passa a ser entendida como capacidade de expressão

inata aos seres humanos.

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Noam Chomsky

Linguagem: capacidade de expressão inata aos seres

humanos

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LAD

Language Acquisition Device

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Critical Period

The hypothesis claims that there is an ideal "window" of time to acquire language in a linguistically rich environment, after which further language acquisition becomes much

more difficult and effortful.

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Caixa negra localizada no cérebro humano responsável por conter os princípios universais a

todas as línguas.

Posteriormente:

Universal Grammar (UG)

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Linguagem

Verbal e não verbal

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Linguagem não verbal

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A linguagem humana serve para a comunicação. Mas o

que é comunicação?

Funções da linguagem

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De acordo com Roman O. Jakobson:

(1) referential, (2) emotive (3) conative("Come here"), (4) phatic ("Hello?"), (5)

metalingual ("What do you mean by 'krill'?"), and (6) poetic ("Smurf")

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Função Informativa ou Referencial

“Water boils at 100 degrees.”

"The Earth is round.”

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Função Emotiva

"Yuck!“

“Ouch!”

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Função Conativa

“Go away!”

“Do not leave the room!”

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Função Fática

“Hello!”

“Are you listening?”

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Função Metalinguística

“What is ‘plurge’?”

“What do you mean by ‘slouch’?”

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Função Poética

He took my soul and bound itWith cords of iron wire

Seven times round He wound itWith the cords of my desire.

"Rejected" by Lord Alfred Douglas, Lyrics, 1935.

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CLT – Communicative Language Teaching – Richards e Rodgers

(2001)

Vê a comunicação como função primordial para o uso

da língua.

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CommuicativeLanguage

A habilidade de interpretar e enunciar comportamentos sociais de maneira

apropriada, mediante o desenvolvimento ativo do aprendiz na produção da língua alvo, é

entendido como competência comunicativa. (Canale e Swain, 1980).

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Habilidades necessárias

Vocabulário e gramática (competência linguística);

Adaptação de determinadas expressões a contextos sociais específicos (competência sociolinguística);

Iniciar a manter o curso de uma conversação (competência discursiva);

Corrigir falhas durante diálogos (competência estratégica).

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CLT

Doughty e Long (2003): princípios metodológicos como uma lista de

características da língua alvo elaboradas para facilitar a aquisição

da língua.

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Atitudes e concepções do professor

Kato (1995) diz que o professor e suas atitudes e concepções são decisivos, no processo de

aprendizagem, para se configurar o tipo de intervenção nesse processo.

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Os benefícios de se conhecer as concepções

de linguagem.

Travaglia (1997) destaca que a concepção de linguagem e a de língua altera em muito o

modo de estruturar o trabalho com a língua em termos de ensino e considera essa questão tão importante quanto a postura que se tem em

relação à educação.

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A opção política no ato de ensinar línguas

Geraldi (1997a) afirma que toda e qualquer metodologia de ensino articula uma opção política com os mecanismos utilizados em sala de aula. Por sua vez, a opção política

envolve uma teoria de compreensão da realidade, aí incluída uma concepção de linguagem que dá resposta ao para que

ensinamos o que ensinamos.

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Linguagens