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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL E AUDITORIA – TEORIA E EXERCÍCIOS TRF 1ª REGIÃO - ANALISTA - ESPECIALIDADE CONTADORIA PROFESSORES: OTÁVIO SOUZA E PAULO VERÇOSA 1 AULA 08 – AUDITORIA - 3/4 Voltamos, turma!!!! Como vão os estudos? A aula anterior foi mais pesada, não foi? Essa será mais tranquila. Como dito na aula anterior, é importante perceber que as aulas serão caracterizadas pelos detalhamentos e aprofundamentos dos conceitos apresentados nas aulas anteriores, os quais são a base de quase tudo sobre auditoria. Desta forma, vocês perceberão que irei repetir alguns comentários e assuntos, já que, para aprofundarmos, temos que algumas vezes remetermos nossas explicações à base do conhecimento. Ok, tranquilo? De acordo com o nosso cronograma, apontado na aula demo, temos que tratar de forma detalhada dos seguintes assuntos nessa aula: (Instrumentos de trabalho) Procedimentos e Técnicas de Auditoria. Bem, o que significa isso? Será o seguinte: Veremos com mais profundidade os seguintes temas relacionados à auditoria independente: 1) Planejamento da auditoria; 2) Risco de auditoria; 3) Relevância; 4) Procedimentos de auditoria; 5) Amostragem; 6) Contingências; 7) Supervisão e controle de qualidade; Nas aulas anteriores tivemos um entendimento de tudo isso e mais um pouco. Contudo, nesses topicos há a necessidade de nos aprofundarmos mais. Nos outros que já estudamos e que não iremos detalhar aqui é porque já deu para termos uma boa noção. Ok? Tranquilo? Pessoal, faremos um pequeno ajuste para melhor distribuir a aula. Deixaremos de comentar o item 4 (Procedimentos de Auditoria) nessa aula para comentar na próxima. O comentário do tópico 4 será juntamente com o que está previsto na aula seguinte. Ok? Então vamos começar a detalhar tais assuntos!!!!

CONTABILIDADE GERAL E AUDITORIA 08

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AULA 08 – AUDITORIA - 3/4

Voltamos, turma!!!! Como vão os estudos?

A aula anterior foi mais pesada, não foi? Essa será mais tranquila.

Como dito na aula anterior, é importante perceber que as aulas serão caracterizadas pelosdetalhamentos e aprofundamentos dos conceitos apresentados nas aulas anteriores, os quaissão a base de quase tudo sobre auditoria. Desta forma, vocês perceberão que irei repetiralguns comentários e assuntos, já que, para aprofundarmos, temos que algumas vezesremetermos nossas explicações à base do conhecimento.

Ok, tranquilo?

De acordo com o nosso cronograma, apontado na aula demo, temos que tratar de formadetalhada dos seguintes assuntos nessa aula: (Instrumentos de trabalho) Procedimentos eTécnicas de Auditoria.

Bem, o que significa isso? Será o seguinte: Veremos com mais profundidade os seguintestemas relacionados à auditoria independente:

1) Planejamento da auditoria; 2) Risco de auditoria; 3) Relevância; 4) Procedimentos de auditoria; 5) Amostragem; 6) Contingências; 7) Supervisão e controle de qualidade;

Nas aulas anteriores tivemos um entendimento de tudo isso e mais um pouco. Contudo, nessestopicos há a necessidade de nos aprofundarmos mais. Nos outros que já estudamos e que nãoiremos detalhar aqui é porque já deu para termos uma boa noção. Ok? Tranquilo?

Pessoal, faremos um pequeno ajuste para melhor distribuir a aula. Deixaremos de comentar oitem 4 (Procedimentos de Auditoria) nessa aula para comentar na próxima. O comentário dotópico 4 será juntamente com o que está previsto na aula seguinte. Ok?

Então vamos começar a detalhar tais assuntos!!!!

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Planejamento de Auditoria

Como já dito anteriormente, o objetivo do auditor, nesse momento, é planejar a auditoriade forma a realizá-la de maneira eficaz. (ou seja, como tudo na vida, busca-se otimizar otrabalho com o planejamento) O planejamento da auditoria envolve a definição deestratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.

Turma, vale lembrar que a natureza e a extensão das atividades de planejamento variamconforme o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas circunstâncias queocorrem durante o trabalho de auditoria. Ok?

Acerca da estratégia global de auditoria, o auditor deve estabelecer uma que defina oalcance (o que auditar), a época (quando auditar ou qual melhor momento de auditar) e adireção da auditoria (melhor caminho a ser tomado para atingir seus objetivos), paraorientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ou seja, de forma direta e clara, aestratégia global orienta o desenvolvimento do plano de auditoria. Ok?

Turma, ao definir a estratégia global (alcance, época e direção da auditoria), o auditordeve:

(a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance;

(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época daauditoria e a natureza das comunicações requeridas; (c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativospara orientar os esforços da equipe do trabalho;

(d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e,quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizadospelo sócio do trabalho para a entidade; e

(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários pararealizar o trabalho.

O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo daconclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como:

(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros daequipe com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialistaem temas complexos;

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(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membrosda equipe alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão darevisão do trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou oorçamento de horas de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco;

(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária deauditoria ou em determinada data-base de corte; e

(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo,para quando estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer asrevisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devemser realizadas revisões de controle de qualidade do trabalho.

Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoriapara tratar dos diversos temas identificados na estratégia global de auditoria, levando-se emconta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursosdo auditor. A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhadonão são necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamenterelacionados, uma vez que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro. Ok?Tranquilo até aqui?

Passada a explicação da estratégia global e adentrando agora no plano de auditoria, éimportante saber que o auditor deve incluir, ao desenvolver o plano de auditoria, adescrição de:

(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados de avaliação derisco, conforme estabelecido na NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos deDistorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Ambiente;

(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoriaplanejados no nível de afirmação, conforme previsto na NBC TA 330 – Resposta doAuditor aos Riscos Avaliados;

(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalhoesteja em conformidade com as normas de auditoria.

É importante saber que o plano de auditoria é a tarefa preliminar traçada pelo auditor,que se caracteriza pela previsão dos trabalhos que devem ser executados em cadaserviço, a fim de que este cumpra integralmente suas finalidades dentro das normascientíficas da contabilidade e da técnica de auditoria.

O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto queinclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem

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realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos deauditoria ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho édesenvolvido.

É importante destacar que, em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ouna evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditorpode ter que modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza,a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados,considerando a revisão dos riscos avaliados.

Importante atentar também que o auditor deve atualizar e alterar a estratégia global deauditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria. Ok?Lembro que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processocontínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusãoda auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual.

Assim, o planejamento pode e deve ser modificado, toda vez que se encontram fatosnovos que mudem o conhecimento inicial do auditor.

Em resumo, poderemos dizer que a realização de um planejamento para os trabalhos deAuditoria Externa tem por objetivo garantir que o auditor faça tudo aquilo que deva fazer,evite retrabalho, evite focar atenção em áreas de menor risco e cumpra todos os requisitosexigidos pelas Normas.

Planejar exige que se conheça a empresa que se está auditando. No processo do planejamento,o primeiro passo é conhecer a empresa, ou seja, saber o ramo que ela atua, quais são seusprincipais clientes, principais fornecedores, seus concorrentes, o processo produtivo, seusistema de controle interno.

Pessoal, todo o planejamento é documentado no Plano de Auditoria e detalhado nosprogramas de trabalho. No Plano de Auditoria é apresentada uma visão geral do que o AuditorExterno planeja fazer e esta visão geral é detalhada nos programas de auditoria. Tranquilo?

Nunca é demais lembrar que o auditor ao longo de seus trabalhos desenvolve papéis detrabalho. Nessa fase inicial de planejamento também não é diferente!!! Portanto, o auditordeve documentar em seus papéis de trabalho:

(a) a estratégia global de auditoria; (b) o plano de auditoria; e (c) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global de auditoria ouno plano de auditoria durante o trabalho de auditoria, e as razões dessas alterações.

Ok? Compreendido? Vamos somente detalhar um pouco mais essa documentação.

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A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões-chaveconsideradas necessárias para planejar adequadamente a auditoria e comunicar temasimportantes à equipe de trabalho. Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia globalde auditoria na forma de memorando contendo as decisões-chave relativas ao alcance global,a época e a condução da auditoria.

A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e extensãoplanejadas dos procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais deauditoria. Também serve para registrar o apropriado planejamento dos procedimentos deauditoria que podem ser revisados e aprovados antes da sua aplicação. O auditor pode utilizarprogramas de auditoria padrão ou listas de verificação de conclusão da auditoria, adaptados deforma a refletirem as circunstâncias particulares do trabalho.

O registro das mudanças significativas na estratégia global de auditoria e no plano deauditoria, e respectivas mudanças na natureza, época e extensão planejadas dosprocedimentos de auditoria explica o motivo de mudanças significativas, a estratégiaglobal e o plano de auditoria adotado para a auditoria. Também reflete a respostaapropriada a mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria.

Tranquilo? Acabamos de ver o que há de mais importante sobre planejamento de auditoria,pessoal. Vamos para as dicas!!!

O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneiraeficaz. O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global parao trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.

A natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o portee a complexidade da entidade.

Acerca da estratégia global de auditoria, o auditor deve estabelecer uma quedefina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar odesenvolvimento do plano de auditoria. Ou seja, de forma direta e clara, aestratégia global orienta o desenvolvimento do plano de auditoria.

A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado nãosão necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamenterelacionados.

O plano de auditoria é a tarefa preliminar traçada pelo auditor, que secaracteriza pela previsão dos trabalhos que devem ser executados em cadaserviço, a fim de que este cumpra integralmente suas finalidades dentro dasnormas científicas da contabilidade e da técnica de auditoria.

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O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria vistoque inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aserem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

É importante destacar que, em decorrência de imprevistos, mudanças nascondições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos deauditoria, o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o plano deauditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentosadicionais de auditoria planejados, considerando a revisão dos riscos avaliados.

Importante atentar também que o auditor deve atualizar e alterar a estratégiaglobal de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso daauditoria. Ok? Lembro que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria,mas um processo contínuo e iterativo.

Vamos exercitar e ver como isso já foi cobrado em prova.

Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Contabilidade

Identificar os problemas potenciais da entidade e também a legislação aplicável à entidade éum dos objetivos do planejamento de auditoria.

( ) Certo ( ) Errado

Claro, pessoal!!! Está Certo!!

Prova: FGV - 2010 - SEA-AP - Auditor da Receita do Estado - Prova 2

A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.

a) é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e aextensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe detrabalho.

b) trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta anecessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos doauditor.

c) deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados deavaliação de risco.

d) deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria.

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e) deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.

Podemos perceber que da lera A a D as informações estão coerentes com o que estudamos,não é verdade? A letra E está meio esquisita, não está? O plano de auditoria deve serdesenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado? Não tem nada a ver!!!! Oplano de auditoria já é parte do planejamento, não é verdade? Logo, na medida em que oplano de auditoria é desenvolvido o planejamento já está sendo efetuado. Gabarito Letra E.

Prova: CESPE - 2008 - TCU - Analista de Controle Externo - Auditoria Governamental -Prova 2

Segundo a orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construiruma visão geral do objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis,recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia não sejam levadas em conta, a fim de seevitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem caracterizar-se pelaisenção e pela objetividade.

( ) Certo ( ) Errado

Errado, pessoal!!! Vocês acham isso coerente, sem nem mesmo saber da matéria daria parafazer a questão. Deve-se buscar todo tido de informação sobre a empresa para facilitar noplanejamento.

Vamos mudar de assunto agora!!!!

Risco de auditoria

Também já vimos os aspectos gerais dos riscos. De acorco com o que vimos, de forma geral,o risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamenteinadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. Ok?

Pessoal, como base para a opinião do auditor, ou seja, para a emissão da opinião do auditor, asNBC TAs exigem que ele obtenha segurança razoável de que as demonstrações contábeiscomo um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraudeou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguidoquando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nívelaceitavelmente baixo o risco de auditoria (isto é, o risco de que o auditor expresse umaopinião inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorçãorelevante). Tranquilo?

Turma, a grande preocupação do auditor é emitir uma opinião errada, ou seja, emitir umrelatório (parecer) sem ressalva quando deveria ter uma ressalva, ou vice-versa. Para isso ele

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deve, na fase de planejamento, conhecendo a empresa auditada, determinar as áreas ou contasem que há maior probabilidade de que erros possam acontecer (nível específico) e focar suaatenção e seus testes nestas áreas. Vamos seguir em frente!

Nós já vimos os conceitos a seguir, mas acho salutar repetir conceitos que são importantes.Desta forma, destaco os principais conceitos de riscos que são questionados em prova:

a) Risco de auditoria: Risco de que o auditor expresse uma opinião inadequadaquando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco deauditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

b) Risco de distorção relevante: Risco de que as demonstrações contábeiscontenham divergências relevantes antes da auditoria. Consiste em doiscomponentes, descritos a seguir:

(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de umatransação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante,individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração dequaisquer controles relacionados; (é a possibilidade de ter erro, caso não existacontroles)

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em umaafirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e quepossa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, nãoseja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno daentidade. (não existe controle ou existe um controle e ele não funcionaadequadamente)

c) Risco de detecção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditorpara reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectemuma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjuntocom outras distorções. (risco do auditor não encontrar um erro)

Pessoal, vamos detalhar esses conceitos? Está na hora!!!

Risco de Auditoria

Como acabamos de dizer, o risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevantee do risco de detecção. A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoriapara a obtenção de informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas aolongo de toda a auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamentoprofissional que uma questão passível de mensuração precisa.

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Destaco, que para fins das NBC TAs, o risco de auditoria não inclui o risco de que oauditor possa expressar uma opinião de que as demonstrações contábeis contêmdistorção relevante quando esse não é o caso. Esse risco geralmente é insignificante.

Risco de Distorções Relevante

Turma, os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis:

• no nível geral da demonstração contábil; e • no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis e divulgações.

Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-se aosriscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada às demonstraçõescontábeis como um todo e que afetam potencialmente muitas afirmações.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que sedetermine a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais de auditorianecessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. Essaevidência possibilita ao auditor expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis emum nível aceitavelmente baixo de risco de auditoria. Os auditores usam várias abordagenspara cumprir o objetivo de avaliar os riscos de distorção relevante. Por exemplo, o auditorpode fazer uso de um modelo que expresse a relação geral dos componentes do risco deauditoria em termos matemáticos para chegar a um nível aceitável de risco de detecção.Alguns auditores julgam tal modelo útil no planejamento de procedimentos de auditoria.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em dois componentes:risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco de controle são riscos daentidade; eles existem independentemente da auditoria das demonstrações contábeis.

O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas detransações, saldos contábeis e divulgações do que para outras. Por exemplo, ele pode sermais alto para cálculos complexos ou contas compostas de valores derivados de estimativascontábeis sujeitas à incerteza significativa de estimativa. Circunstâncias externas que dãoorigem a riscos de negócios também podem influenciar o risco inerente. Por exemplo,desenvolvimentos tecnológicos podem tornar obsoleto um produto específico, tornando assimo estoque mais suscetível de distorção em relação à superavaliação. Fatores na entidade e noseu ambiente, relacionados às várias ou todas as classes de transações, saldos contábeis oudivulgações também podem influenciar o risco inerente relacionado a uma afirmaçãoespecífica. Tais fatores podem incluir, por exemplo, falta de capital de giro suficiente para acontinuidade das operações ou um setor em declínio caracterizado por um grande número defalências.

O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos), daimplementação e da manutenção do controle interno pela administração no tratamento

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dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivos da entidade, que sãorelevantes para a elaboração das demonstrações contábeis da entidade. Contudo, ocontrole interno, independentemente da qualidade da sua estrutura e operação, podereduzir, mas não eliminar, os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis,por causa das limitações inerentes ao controle interno. Essas limitações incluem, porexemplo, a possibilidade de erros ou equívocos humanos, ou de controles contornados porconluio ou burla inapropriada da administração. Portanto, algum risco de controle sempreexiste. As NBC TAs oferecem as condições nas quais existe a exigência, ou a possibilidade deescolha pelo auditor, de testar a eficácia dos controles na determinação da natureza, época eextensão de procedimentos substantivos a serem executados (NBC TA 330 – Resposta doAuditor aos Riscos Avaliados, itens 7 a 17).

As NBC TAs geralmente não se referem ao risco inerente e ao risco de controleseparadamente, mas a uma avaliação combinada dos “riscos de distorção relevante”. Contudo,o auditor pode fazer avaliações separadas ou combinadas do risco inerente e do risco decontrole, dependendo das técnicas de auditoria ou metodologias e considerações práticas. Aavaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em termos quantitativos,como porcentagens, ou em termos não quantitativos. De qualquer forma, a necessidadede que o auditor faça avaliações apropriadas é mais importante do que as diferentesabordagens pelas quais elas são feitas.

A NBC TA 315 estabelece exigências e fornece orientação sobre a identificação e avaliaçãodos riscos de distorção relevante nos níveis de demonstração contábil e de afirmação.

Risco de detecção

Turma, para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecçãotem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nível daafirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevante que oauditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e, portanto,mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.

O risco de detecção se relaciona com a natureza, a época e a extensão dos procedimentosque são determinados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível baixoaceitável. Portanto, é uma função da eficácia do procedimento de auditoria e de suaaplicação pelo auditor. Assuntos como:

• planejamento adequado; • designação apropriada de pessoal para a equipe de trabalho; • aplicação de ceticismo profissional; e • supervisão e revisão do trabalho de auditoria executado

ajudam a aprimorar a eficácia do procedimento de auditoria e de sua aplicação e reduzem apossibilidade de que o auditor possa selecionar um procedimento de auditoria inadequado,

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aplicar erroneamente um procedimento de auditoria apropriado ou interpretar erroneamente osresultados da auditoria.

O risco de detecção só pode ser reduzido, não eliminado, devido às limitações inerentesde uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.

Resumo das Dicas!

O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opiniãotecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamenteincorretas.

Risco de auditoria: Risco de que o auditor expresse uma opinião inadequadaquando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco deauditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Risco de distorção relevante: Risco de que as demonstrações contábeiscontenham divergências relevantes antes da auditoria. Consiste em doiscomponentes, descritos a seguir: (i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de umatransação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante,individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração dequaisquer controles relacionados; (é a possibilidade de ter erro, caso não existacontroles) (ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em umaafirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e quepossa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, nãoseja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno daentidade. (não existe controle ou existe um controle e ele não funcionaadequadamente)

Risco de detecção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditorpara reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectemuma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjuntocom outras distorções. (risco do auditor não encontrar um erro)

A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a obtençãode informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao longo detoda a auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamentoprofissional que uma questão passível de mensuração precisa.

Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: • no nível geral da demonstração contábil; e

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• no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis edivulgações.

Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-seaos riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada àsdemonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitasafirmações.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que sedetermine a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais deauditoria necessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada esuficiente.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em doiscomponentes: risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco decontrole são riscos da entidade; eles existem independentemente da auditoria dasdemonstrações contábeis.

O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas detransações, saldos contábeis e divulgações do que para outras.

O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos),da implementação e da manutenção do controle interno pela administração notratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivosda entidade, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeisda entidade.

A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em termosquantitativos, como porcentagens, ou em termos não quantitativos. De qualquerforma, a necessidade de que o auditor faça avaliações apropriadas é maisimportante do que as diferentes abordagens pelas quais elas são feitas.

Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecçãotem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nívelda afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevanteque o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e,portanto, mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.

O risco de detecção só pode ser reduzido, não eliminado, devido às limitaçõesinerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.

Agora, questões!!!

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Prova: CESPE - 2010 - SAD-PE - Analista de Controle Interno – Finanças Públicas

Para efeito de avaliação de risco de auditoria, o planejamento auditorial deve ser um processopermanente, que se renova a cada procedimento, com base nos resultados apurados em cadaetapa da execução do trabalho. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que

a) o risco de detecção ocorre quando o auditor, ao aplicar os procedimentos de auditoria, nãopercebe ou identifica os erros.

b) os riscos de auditoria podem ser classificados segundo os diferentes tipos de entidades.

c) o risco é explícito quando o erro ou irregularidade não é detectável pelo sistema de controleinterno.

d) os procedimentos específicos para a identificação de riscos devem ser estabelecidos eaplicados pelo auditor durante a realização dos exames.

e) erros e irregularidades encontrados nos registros e nas demonstrações contábeis constituemos chamados riscos inevitáveis.

Pessoal, está fácil essa questão!!! Letra A está bem de acordo com o que vimos!!!! O resto dasopções são informações aleatórias sem nexo algum!!! Cuidado com termos que as bancastentam nos confundir, tais como: risco inevitável, risco explícito etc.

Prova: FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - Prova 2

A sazonalidade, a concorrência, as condições econômicas do país e outros riscos dos produtosou serviços são fatores que podem contribuir, nas auditorias, para o risco

a) do sistema de controle da empresa.

b) de integridade da gerência.

c) de imagem.

d) operacional.

e) financeiro.

Em nossa aula não vimos com muita clareza esses conceitos, mas é um tipo de questão queprecisamos utilizar o bom senso. Essa questão também não envolve os conceitos de riscos de

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auditoria, envolve outros riscos relacionados à operação das entidades que talvez influencie aauditoria.

Pelo cabeçalho da questão podemos chegar à conclusão de que a resposta é a letra D!!! Pois, asazonalidade, a concorrência, as condições econômicas do país e outros riscos dos produtosou serviço são fatores relacionados à operação da empresa, não é verdade? Esses fatores têmhaver com o sistema de controle? Integridade da gerência? Imagem? Em minha opiniãonão!!!! E em relação ao financeiro? Talvez sim, talvez não. Logo se o opercaional é certeza eo financeiro não é certeza, a resposta é letra D!

Prova: CESPE - 2009 - TCE-AC - Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis

Acerca dos riscos de auditoria, assinale a opção correta.

a) A análise inicial desses riscos deve ser feita durante a execução dos trabalhos de auditoria.

b) São formados por três componentes básicos: os riscos inerentes, de controle e de detecção.

c) Em nível geral, a auditoria deve limitar-se aos saldos ou à natureza das contas e ao volume das transações.

d) A avaliação desses riscos, em nível específico, leva em consideração critérios subjetivos oupessoais.

e) O risco de a aplicação dos procedimentos de auditoria levar o auditor a concluir pelainexistência de incorreção é denominado risco de controle.

E aí pessoal??? O risco de auditoria é uma função do risco de detecção e o risco de distorçãorelevante? E o risco de distorçõ relevante é subdivido em risco de controle e risco inerente? Aresposta é sim para as duas perguntas, logo, o gabarito é letra B!!!

Vamos seguir com nossa aula!!!!

Relevância;

Pessoal, acerca dos conceitos de relevância, é importante saber que esses conceitos não têmsidos cobrados na prova de forma isolada. Ou seja, não tem sido cobrado ultimamente deforma direta o conceito de relevância. O que se busca é combinar esse termo com outrassituações. Por exemplo, identificamos passagens da seguinte forma: procedimentos em menosde 100% dos itens de população relevante; impropriedades e irregularidades relevantes; entreoutros. Nesses exemplos o termo relevante foi utilizado em segundo plano, mas para entendera idéia central deveria saber o que é relevante.

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Desta forma, aqui somente explicarei e destacarei o que já comentamos de forma geral.Acrescentarei muito pouco, pois não temos visto maiores cobranças em provas acerca dessetema. Ok? Vamos lá!

Algo relevante, como já dito na aula anterior, em termos gerais, é algo importante.Conceitualmente, uma informação é relevante (importante) se sua omissão ou distorçãopuder influenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto dasdemonstrações contábeis.

A relevância consiste em determinar um valor que o auditor entender faria com que o usuárioda informação contábil mudaria sua opinião caso a conhecesse. Este montante é determinadona fase de planejamento.

Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que oseventos relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados.

A relevância deve ser considerada pelo auditor quando:

a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria;

b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e classificação das contas;

c) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informação contábil.

Dicas para revisão!!

Uma informação é relevante (importante) se sua omissão ou distorção puderinfluenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto dasdemonstrações contábeis.

Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de queos eventos relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejamidentificados.

A relevância deve ser considerada pelo auditor quando: a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos deauditoria; b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e classificação das contas; c) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informaçãocontábil.

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É isso! Pessoal, normalmente, o termo relevante é utilizado, como vimos, em conjunto com orisco, com os testes, entre outros. Logo, as questões vão ser identificadas em outros tópicos.Nesse aqui não foram identificadas questões recentes que mereçam nossa atenção.

Aqui, pessoal, como dito, eu não identifiquei nenhuma questão recente que fosse clara sobre otema e interessante de comentar. Vamos tocar nossa aula!!

Amostragem;

O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar umabase razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra éselecionada.

Mas, turma, vocês sabem o que é amostragem em auditoria e o que é população? Vamos veresses conceitos!! Para fins das normas de auditoria:

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira que todas asunidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas paraproporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda apopulação.

Já a população é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada esobre o qual o auditor deseja concluir.

Tranquilo? Entendido? Percebam que o auditor também se preocupa com os riscos inerentes àamostragem. Desta forma, para fins das normas de auditoria:

Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra,pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento deauditoria. Ok? Importante saber que o risco de amostragem pode levar a dois tipos deconclusões errôneas:

(a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes doque realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificadadistorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado comesse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável queleve a uma opinião de auditoria não apropriada.

(b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes doque realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorçãorelevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta aeficiência da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional paraestabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.

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Pessoal, há os seguintes termos também utilizados em auditoria que devemos saber, os quaissão: Risco não resultante da amostragem, anomalia e unidade de amostragem. Sobre essestermos explico que:

(a) Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a umaconclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco deamostragem.

(b) Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativode distorção ou desvio em uma população.

(c) Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem umapopulação. As unidades de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo,cheques relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de crédito emextratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou unidadesmonetárias.

Legal? Estão compreendendo? Acho que está tranquilo até aqui. Vamos aprofundar nossotema!!!

Pessoal, como já dito, a amostragem pode ser dividida em dois tipos: em amostragemestatística e em amostragem não estatística.

Amostragem estatística tem as seguintes características:

(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e

(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindoa mensuração do risco de amostragem.

Já a abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é consideradauma amostragem não estatística.

Turma, o nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta otamanho da amostra exigida. Destaco que o tamanho da amostra pode ser determinadomediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por meio do exercício dojulgamento profissional. Ou seja, se ele quer correr risco, seleciona uma amostra pequena, senão quer correr risco, seleciona uma amostra grande.

Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cadaunidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Já pelaamostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.

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Lembrem que quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve sero tamanho da amostra. Ok?

Seguindo nosso estudo sobre amostragem, existem os termos: estratificação, distorçãotolerável e taxa tolerável de desvio que são utilizados comumente ao se utilizar a amostragem.Mas, o que é exatamente cada termo desses? Vamos aprender? Vamos lá!!

(a) Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cadauma sendo um grupo de unidades de amostragem com característicassemelhantes (geralmente valor monetário).

(b) Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter umnível adequado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido peladistorção real na população. Ao definir uma amostra, o auditor determina adistorção tolerável para avaliar o risco de que o conjunto de distorçõesindividualmente irrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeisapresentem distorções relevantes e forneça margem para possíveis distorções nãodetectadas. A distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que oda materialidade na execução da auditoria.

(c) Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controlesinternos previstos, definida pelo auditor para obter um nível adequado desegurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desviona população.

Em prova, não é nada difícil cobrar essas definições na forma em que estão. Logo, saibamexatamente o que significa os termos que venho destacando ao longo das aulas, ok? O termoestratificação já pergutaram várias vezes, os outros não tenho visto, mas é uma boa opção paraas bancas.

Bem, aprendemos os vários conceitos relacionados à amostragem, aprendemos os tipos deamostragem o objetivo da amostragem etc. Vamos adentrar agora como definir a amostra, otamanho e a seleção dessa mostra. Ok?

Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens para teste

Definição da Amostra

Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade doprocedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada aamostra. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir orisco de amostragem a um nível mínimo aceitável. O auditor deve selecionar itens para aamostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesmachance de ser selecionada.

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Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a seremalcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins. Aconsideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as eventuais condições dedesvio ou distorção ou outras características relacionadas com essa evidência de auditoriaajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou distorção e qual população usar para aamostragem.

O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho daamostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deveser o tamanho da amostra.

Uma vez definida a amostra, o tamanho e a seleção, o auditor deve desenvolver a avaliação doresultado da amostragem em auditoria. Desta forma, o auditor deve avaliar:

(a) os resultados da amostra; e

(b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusõessobre a população que foi testada.

A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria emrelação a algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar aconcluir sobre a população da qual a amostra é retirada. Lembro que a amostragem emauditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatísticacomo a estatística.

A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística éuma questão de julgamento do auditor, cabe ressaltar que o tamanho da amostra não éum critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas.

Tamanho

O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com baseem estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional.

Seleção dos itens para teste

Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cadaunidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pelaamostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluirquanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione umaamostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens daamostra que tenham características típicas da população.

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Os métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória, seleçãosistemática e seleção ao acaso, entre outros. Vamos ver os principais métodos paraselecionar amostras. Os principais são os seguintes:

(a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como,por exemplo, tabelas de números aleatórios). Seleção aleatória ou randômica é aque assegura que todos os itens da população ou do estrato fixado tenhamidêntica possibilidade de serem escolhidos. Na seleção aleatória ou randômica,utiliza-se, como dito, tabelas de números aleatórios que determinarão quais osnúmeros dos itens a serem selecionados dentro do total da população ou dentrode uma seqüência de itens da população predeterminada pelo auditor.

(b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem napopulação é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo deamostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentrodas primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que aamostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um geradorcomputadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Aousar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as unidades deamostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo deamostragem corresponda a um padrão em particular da população.

(c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores(conforme descrito no Apêndice 1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação daamostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

(d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnicaestruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, aindaassim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (porexemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre osprimeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria seassegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção.A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística.

(e) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos dapopulação. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem deauditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que essesitens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mascaracterísticas diferentes de outros itens de outros lugares da população.Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que um procedimentode auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de

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seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferênciasválidas sobre toda a população com base na amostra.

Por fim, se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoávelpara conclusões sobre a população que foi testada, o auditor pode:

• solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o potencial paradistorções adicionais e faça quaisquer ajustes necessários; ou

• ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de auditoria paramelhor alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de testes de controles, o auditorpode aumentar o tamanho da amostra, testar um controle alternativo ou modificar osrespectivos procedimentos substantivos.

Vamos para o resumo das dicas? Vamos lá!!

O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionaruma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostraé selecionada.

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menosde 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira quetodas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadaspara proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobretoda a população.

A amostragem pode ser dividida em dois tipos: em amostragem estatística e emamostragem não estatística.

Amostragem estatística tem as seguintes características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras,incluindo a mensuração do risco de amostragem.

Já a abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) éconsiderada uma amostragem não estatística.

O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta otamanho da amostra exigida. Destaco que o tamanho da amostra pode serdeterminado mediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por meiodo exercício do julgamento profissional.

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Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo quecada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de serselecionada. Já pela amostragem não estatística, o julgamento é usado paraselecionar os itens da amostra. Quanto menor o risco que o auditor está dispostoa aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cadauma sendo um grupo de unidades de amostragem com característicassemelhantes (geralmente valor monetário).

Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade doprocedimento de auditoria e as características da população da qual será retiradaa amostra. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente parareduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável. O auditor deveselecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragemda população tenha a mesma chance de ser selecionada.

A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem deamostragem não estatística como a estatística.

A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou nãoestatística é uma questão de julgamento do auditor, cabe ressaltar que o tamanhoda amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagensestatísticas e não estatísticas.

O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmulacom base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional.

Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo quecada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de serselecionada. Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado paraselecionar os itens da amostra.

Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como,por exemplo, tabelas de números aleatórios). Seleção aleatória ou randômica é aque assegura que todos os itens da população ou do estrato fixado tenhamidêntica possibilidade de serem escolhidos.

Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem napopulação é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo deamostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentrodas primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a

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amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um geradorcomputadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios.

Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores(conforme descrito no Apêndice 1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação daamostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnicaestruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, aindaassim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (porexemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre osprimeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria seassegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção.A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística.

Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos dapopulação. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem deauditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que essesitens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mascaracterísticas diferentes de outros itens de outros lugares da população.

Belezinha? Tranquilinho? Vamos fazer questões!!!!

Prova: FCC - 2010 - TCM-PA - Técnico em Informática

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a seremtestados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. Quando o auditor realiza o sorteio,sem reposição, das transações que serão auditadas, ele usa a seleção de amostra:

a) intencional. b) aleatória. c) não probabilística. d) sistemática. e) casual.

Vamos analisar. Pessoal, a letra a e c estão esquisitas não estão? Dentre os conceitos queapredemos nos restam as letras b, d e e!!! Qual então se encaixa no conceito? Vamos refletir:“O auditor faz um sorteio” isso ficaria mais próximo do aleatório e o casual, não é verdade?Bom, e qual é o gabarito? Pessoal é a letra B! Essa é a definição da amostra aleatória. No casoda casual, o auditor escolhe pela experiência dele, não escolhe com base em sorteio!!! Ok?

Prova: FCC - 2010 - TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção de Obras Públicas

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Conforme normas técnicas de auditoria independente, NÃO se refere à definição de umaamostragem de auditoria

a) a possibilidade de existência de fraude. b) os fins específicos da auditoria. c) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra. d) as condições de desvio ou distorção. e) a natureza da evidência da auditoria.

Turma, da letra B a E, vimos tudo isso!!! Só não vimos nos conceitos de amostragem aexistência de fraude, logo, o gabarito é letra A.

Prova: MOVENS - 2010 - DNPM - Especialista em Recursos Minerais - Auditoria Externa

Amostragem, em auditoria, é a aplicação de procedimentos em menos de 100% dos itens depopulação relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades tenham a mesmachance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditorconcluir sobre toda a população. Quanto à amostragem aplicada à auditoria, assinale a opçãoINCORRETA.

a) A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoriaem relação a algumas características dos itens selecionados, de modo a concluir, ou a ajudar aconcluir, acerca da população da qual a amostra é retirada, e pode ser aplicada usando-se tantoa abordagem de amostragem não estatística quanto a estatística.

b) Em relação ao tamanho da amostra, que pode ser determinado mediante aplicação defórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional, o nívelde risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostraexigido quando utilizadas bases estatísticas.

c) Para testes de controles, o auditor, ao considerar as características de uma população, fazuma avaliação da taxa esperada de desvio, com base no seu entendimento sobre os controlesrelevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da população, tendo por objetivoestabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra, sendo que, se a taxaesperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor geralmente decide não executar ostestes de controle.

d) Para os testes de detalhes, o auditor faz uma avaliação da distorção esperada na populaçãoe, se a distorção esperada for alta, pode ser apropriado fazer o exame completo ou utilizaruma amostra maior ao executar os testes de detalhes.

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e) Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória,seleção sistemática e seleção ao acaso, e à amostragem de unidade monetária, que é um tipode seleção com base em valores, na qual o tamanho, a escolha e a avaliação da amostraresultam em uma conclusão em valores monetários.

Pessoal, vocês leram bem a letra B? (...) o nível de risco de amostragem que o auditor estádisposto a aceitar não afeta o tamanho da amostra exigido quando utilizadas bases estatísticas.Perceberam a falha nessa questão? Nós aprendemos que: “O nível de risco de amostragemque o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor orisco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.” Logo,gabarito letra B!!!!

Prova: FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - Prova 2

Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria, oauditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como ummétodo de seleção de amostras denominado

a) números aleatórios.

b) amostragem de atributos.

c) amostragem sistêmica.

d) amostragem por bloco.

e) amostragem ao acaso.

Ô turma, não está difícil esssa questão!!!! A amostragem sistêmica se enquadra perfeitamente nessa denominação!!!! Gabarito Letra C!

Vamos seguir com nossa aula!!!!

Contingências;

Pessoal, assim como no tópico relevância, nesse em questão não há do que comentarmos demais profundo do que já foi ensinado. A resolução que tratava das contingências foi revogadae não saiu nada novo de forma que merecesse um aprofundamento do tema. Portanto,revisaremos o que vimos - que é o suficiente - enquanto que nada mais é publicado ecobrado!!!

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Guerreiros (as), tenham em mente que a administração da entidade é a responsável pelaadoção de políticas e procedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou divulgar,adequadamente, os passivos não-registrados e as contingências.

Pessoal, pergunto: Quando se deve registrar um passivo ou uma contingência? O passivo oucontingência deve ser registrado quando se espera que em algum momento no futuro hajadesembolso para liquidar essas obrigações. Ok? Tranquilo?

Quando da execução de procedimentos de auditoria para a identificação de passivosnão-registrados e contingências, o Auditor Independente deve obter evidências para osseguintes assuntos, claro, desde que relevantes:

a) a existência de uma condição ou uma situação circunstancial ocorrida, indicandouma incerteza com possibilidade de perdas ou ganhos para a entidade;

b) o período em que foram gerados;

c) o grau de probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável; e

d) o valor ou a extensão de perda ou ganho potencial.

Os eventos ou as condições que devem ser considerados na identificação da existência depassivos não-registrados e de contingências para a avaliação de sua adequada apresentaçãonas Demonstrações Contábeis são questões de direto conhecimento e, freqüentemente, objetode controle da administração da entidade e, portanto, seus administradores constituem-se emfonte primária de informação sobre esses eventos ou essas condições.

Dessa forma, os seguintes procedimentos devem ser executados pelo Auditor Independentecom respeito aos passivos não-registrados e às contingências:

a) indagar e discutir com a administração a respeito das políticas e dos procedimentosadotados para identificar, avaliar e contabilizar e/ou divulgar os passivos não-registrados e ascontingências;

b) obter, formalmente, da administração uma descrição das contingências na data deencerramento das Demonstrações Contábeis e para o período que abrange essa data e a datade emissão do parecer de auditoria sobre essas demonstrações, incluindo a identificação dosassuntos sob os cuidados profissionais de consultores jurídicos;

c) examinar os documentos em poder do cliente vinculados aos passivos não-registradose às contingências, incluindo correspondências e faturas de consultores jurídicos;

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d) obter representação formal da administração, contendo a lista de consultores ou assessoresjurídicos que cuidam do assunto e representação de que todas as contingências potenciais ouainda não-formalizadas, relevantes, foram divulgadas nas Demonstrações Contábeis.

Como vocês devem ter observado, tenho dado prioridade às questões do ano de 2010, pois asalterações que ocorreram são válidas a partir de 01.01.2010. Com isso, já treinamos os novosconceitos de auditoria e ficamos atualizadíssimos com o que está sendo cobrado. Mas, como aresolução de que tratava de contingências foi revogada, eu não tenho identificado questõessobre o tópico que acabamos de ver!!! Ok?

Mas, ficam a seguir as principais passagens (Dicas)!!

A administração da entidade é a responsável pela adoção de políticas eprocedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou divulgar,adequadamente, os passivos não-registrados e as contingências.

Quando da execução de procedimentos de auditoria para a identificação depassivos não-registrados e contingências, o Auditor Independente deve obterevidências para os seguintes assuntos, claro, desde que relevantes:

a) a existência de uma condição ou uma situação circunstancial ocorrida,indicando uma incerteza com possibilidade de perdas ou ganhos para a entidade; b) o período em que foram gerados; c) o grau de probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável; e d) o valor ou a extensão de perda ou ganho potencial.

Vamos seguir com nossa aula!!

Supervisão e controle de qualidade;

Pessoal, esse item atmbém não é um item muito cobrado em provas. Entendo não sernecessário adentrar muito nas legislações que tratam desse tema. Contudo, destacaremos oque há de mais provável a ser cobrado, ok? Apesar de mencionarmos o que já vimos,detacaremos novos conceitos de forma a aprofundar na medida certa.

Ressalto, que hoje há duas normas que tratam desse tema de supervisão e controle dequalidade, as quais são: Resolução CFC 1.205/09 (Controle de Qualidade da Auditoria deDemonstrações Contábeis ) e Resolução CFC 1.201/09 (Controle de Qualidade para Firmas(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes). Essas duas normas são bemextensas, e como dito, trarei aqui o que há, a meu ver, de mais importante e provável a sercobrado em prova. Vamos para a nossa matéria!

Comentários sobre Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis

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Nesse item, como já dito, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controlede qualidade no nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que:

(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas e exigências legaise regulatórias aplicáveis; e

(b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

Antes de prosseguirmos, acho interessante, nesse momento, destacar alguns conceitos que sãoutilizados ao longo dessa explicação e facilitará o entendimento de vocês ao estudarem o queestamos ensinando. Vamos aos conceitos!

-- Sócio encarregado do trabalho (as expressões “Sócio encarregado do trabalho”, “sócio” e“firma” devem ser lidos como se referissem a seus equivalentes no setor público, quandorelevante) é o sócio ou outra pessoa na firma, responsável pelo trabalho e sua execução e pelorelatório de auditoria ou outros relatórios emitidos em nome da firma, e quem, quandonecessário, tem a autoridade apropriada de um órgão profissional, legal ou regulador.

-- Revisão de controle de qualidade do trabalho é um processo estabelecido para fornecer umaavaliação objetiva, na data ou antes da data do relatório, dos julgamentos relevantes feitospela equipe de trabalho e das conclusões atingidas ao elaborar o relatório. O processo derevisão de controle de qualidade do trabalho é somente para auditoria de demonstraçõescontábeis de companhias abertas e de outros trabalhos de auditoria, se houver, para os quais afirma determinou a necessidade de revisão de controle de qualidade do trabalho.

-- Revisor de controle de qualidade do trabalho é um sócio ou outro profissional da firma,uma pessoa externa adequadamente qualificada, ou uma equipe composta por essas pessoas,nenhuma delas fazendo parte da equipe de trabalho, com experiência e autoridade suficientese apropriadas para avaliar objetivamente os julgamentos relevantes feitos pela equipe detrabalho e as conclusões atingidas para elaboração do relatório de auditoria.

-- Equipe de trabalho são todos os sócios e quadro técnico envolvidos no trabalho, assimcomo quaisquer pessoas contratadas pela firma ou uma firma da rede para executarprocedimentos de auditoria no trabalho. Isso exclui especialistas externos contratados pelafirma ou por uma firma da rede (NBC TA 620 – Utilização do Trabalho de Especialistasdefine o termo especialista do auditor, item 6(a)).

-- Firma é um único profissional ou sociedade de pessoas que atuam como auditorindependente.

-- Inspeção, em relação a trabalhos concluídos, são procedimentos projetados para fornecerevidências de cumprimento das políticas e procedimentos de controle de qualidade da firmapelas equipes de trabalho.

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-- Monitoramento é um processo que consiste na contínua consideração e avaliação dosistema de controle de qualidade da firma, incluindo a inspeção periódica de uma seleção detrabalhos concluídos, projetado para fornecer à firma segurança razoável de que seu sistemade controle de qualidade está operando de maneira efetiva. -- Sócio é qualquer pessoa com autoridade para vincular a firma à execução de serviçosprofissionais. -- Pessoal são os sócios e o quadro técnico.

-- Quadro técnico compreende profissionais, exceto sócios, incluindo quaisquer especialistasutilizados pela firma.

Passados alguns conceitos úteis, vamos detalhar o tema. O sistema de controle de qualidadeinclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:

• responsabilidades da liderança pela qualidade na firma; • exigências éticas relevantes; • aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos; • recursos humanos; • execução do trabalho; e • monitoramento.

Pessoal, o sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidadede todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado. Logo, a responsabilidadepela qualidade é do auditor sócio encarregado do trabalho. Desta forma, o sócioencarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela:

(a) direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normastécnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; e

(b) emissão do relatório apropriado nas circunstâncias.

O sócio encarregado do trabalho, também, deve assumir a responsabilidade de realizaras revisões de acordo com as políticas e procedimentos de revisão da firma em que eleatua.

Na data, ou antes, da data do relatório, o sócio encarregado do trabalho deve, por meio de umarevisão da documentação da auditoria e de discussão com a equipe de trabalho, estar satisfeitode que foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusõesobtidas e o relatório a ser emitido.

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Para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas, e para os outros trabalhosde auditoria, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controlede qualidade do trabalho, o sócio encarregado do trabalho deve:

(a) determinar que foi designado um revisor do controle de qualidade do trabalho;

(b) discutir assuntos significativos que surgem durante o trabalho de auditoria, incluindoaqueles identificados durante a revisão do controle de qualidade do trabalho, com o revisor decontrole de qualidade do trabalho; e

(c) não datar o relatório até a conclusão da revisão do controle de qualidade do trabalho.

O revisor do controle de qualidade do trabalho deve realizar uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusões atingidas ao elaboraro relatório. Essa avaliação deve envolver:

(a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho;

(b) revisão das demonstrações contábeis e do relatório proposto;

(c) revisão da documentação selecionada de auditoria relativa aos julgamentossignificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e

(d) avaliação das conclusões atingidas ao elaborar o relatório e consideração se o relatórioé apropriado.

Para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas, o revisor de controle dequalidade do trabalho, ao realizar sua revisão, deve considerar, também, o seguinte:

(a) a avaliação, pela equipe de trabalho, da independência da firma em relação ao trabalhode auditoria;

(b) se foi feita uma consulta apropriada sobre assuntos que envolvem diferenças deopinião ou outros assuntos complexos ou controversos, e as conclusões resultantes dessasconsultas; e

(c) se a documentação de auditoria selecionada para revisão reflete o trabalho realizadoem relação aos julgamentos significativos feitos e suporta as conclusões obtidas .

No caso de surgirem diferenças de opinião dentro da equipe de trabalho, com as pessoasconsultadas ou, quando aplicável, entre o sócio encarregado do trabalho e o revisor docontrole de qualidade do trabalho, a equipe de trabalho deve seguir as políticas eprocedimentos da firma para tratar e resolver as diferenças de opinião.

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Pessoal, vamos passar a comentar agora a outra resolução, vocês vão perceber que muitosconceitos são pareceidos, mas, cuidado!! Há suas peculiaridades!

Comentários sobre Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes

O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade paraobter segurança razoável que:

(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigências regulatórias elegais aplicáveis; e (b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidos pelafirma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nas circunstâncias.

A firma deve estabelecer e manter um sistema de controle de qualidade que inclua políticas eprocedimentos que tratam dos seguintes elementos:

(a) responsabilidades da liderança pela qualidade na firma; (b) exigências éticas relevantes; (c) aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de trabalhos específicos; (d) recursos humanos; (e) execução do trabalho; (f) monitoramento.

É importante a firma documentar suas políticas e procedimentos e comunicá-las ao pessoal da firma. A disseminação desse conhecimento é primordial para a qualidade dos serviços. Ok?Continuando!!

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma cultura internaque reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos. Essas políticas eprocedimentos devem requerer que o presidente da firma (sócio-gerente ou equivalente) ou, seapropriado, a diretoria executiva da firma (ou equivalente), assuma a responsabilidade finalpelo sistema de controle de qualidade da firma.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos de modo que qualquer pessoa a quem opresidente ou a diretoria executiva atribui a responsabilidade operacional pelo sistema decontrole de qualidade tenha experiência e capacidade suficiente e apropriada e autoridadenecessária, para assumir essa responsabilidade.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável deque a firma e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes.

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A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurança razoável deque ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade e compromisso com osprincípios éticos necessários para:

(a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias elegais aplicáveis; e (b) permitir à firma ou aos sócios encarregados do trabalho emitir relatório deauditoria ou outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias.

A firma deve atribuir a responsabilidade de cada trabalho a um sócio e estabelecer políticas eprocedimentos requerendo que:

(a) a identidade e o papel do sócio encarregado do trabalho sejam comunicados aosmembros chave da administração do cliente e aos responsáveis pela governança; (b) o sócio encarregado do trabalho tenha a devida competência, habilidade e autoridadepara desempenhar o papel; e (c) as responsabilidades do sócio encarregado do trabalho sejam claramente definidas e aele comunicadas.

A firma também deve estabelecer políticas e procedimentos para designar pessoal apropriadocom a competência e habilidades necessárias para:

(a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigências regulatórias e legaisaplicáveis; e (b) permitir à firma e aos sócios encarregados dos trabalhos emitirem relatórios deauditoria e outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que requeiram, para determinadostrabalhos, a revisão de controle de qualidade do trabalho que forneça uma avaliaçãoobjetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipe de trabalho e as conclusõesobtidas para elaboração do relatório de auditoria ou de outros relatórios. Essas políticase procedimentos devem:

(a) requerer a revisão do controle de qualidade do trabalho para todas as auditorias dedemonstrações contábeis de companhias abertas; (b) especificar critérios a serem usados para avaliar todas as outras auditorias e revisõesde informações contábeis históricas e outros serviços de asseguração e serviços correlatospara determinar se deve ser feita a revisão do controle de qualidade do trabalho (ver itemA41); e (c) requerer a revisão do controle de qualidade para todos os trabalhos, se for o caso, quepreenchem os critérios estabelecidos de acordo com a alínea (b).

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos especificando a natureza, época eextensão da revisão de controle de qualidade do trabalho. Essas políticas e

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procedimentos devem requerer que a data do relatório do trabalho não seja anterior aconclusão da revisão do controle de qualidade do trabalho.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para requerer que a revisão decontrole de qualidade do trabalho inclua:

(a) discussão de assuntos significativos com o sócio encarregado do trabalho; (b) revisão das demonstrações contábeis ou outras informações sobre objeto e orelatório proposto; (c) revisão da documentação do trabalho selecionada relativa a julgamentossignificativos feitos pela equipe de trabalho e das conclusões obtidas; e (d) avaliação das conclusões obtidas para elaboração do relatório e consideração seesse relatório proposto é apropriado.

Um adendo!!! Pessoal, essa última passagem é muito boa para ser cobrada em prova, vocêsnão acham? 4 itens detalhados faltando somente um que seria o falso!!! Fiquem atentos!!

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para tratar e resolver diferenças de opiniãodentro da equipe de trabalho, com as pessoas consultadas e, quando aplicável, entre o sócioencarregado do trabalho e o revisor de controle de qualidade do trabalho.

Essas políticas e procedimentos devem requerer que:

(a) as conclusões obtidas sejam documentadas e implementadas; e (b) o relatório não seja datado até o assunto ser resolvido.

Por fim, a firma deve estabelecer políticas e procedimentos para manter aconfidencialidade, custódia segura, integridade, acessibilidade e recuperabilidade dadocumentação dos trabalhos

Pessoal, exceto a questão que fizemos na aula passada sobre esse assunto, não há maisnenhuma outra que envolva os novos conceitos de supervisão e controle de qualidade. Destaforma, vamos para o nosso último tópico!!

Antes as dicas para a revisão!!

O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade nonível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que:

(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas eexigências legais e regulatórias aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

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O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidadede todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado. Logo, aresponsabilidade pela qualidade é do auditor sócio encarregado do trabalho.

O sócio encarregado do trabalho, também, deve assumir a responsabilidade derealizar as revisões de acordo com as políticas e procedimentos de revisão dafirma em que ele atua.

O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidadepara obter segurança razoável que:

(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigênciasregulatórias e legais aplicáveis; e (b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidospela firma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nascircunstâncias.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma culturainterna que reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurançarazoável de que a firma e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurançarazoável de que ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade ecompromisso com os princípios éticos necessários para: (a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigênciasregulatórias e legais aplicáveis; e (b) permitir à firma ou aos sócios encarregados do trabalho emitir relatóriode auditoria ou outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que requeiram, paradeterminados trabalhos, a revisão de controle de qualidade do trabalho queforneça uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipede trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório de auditoria oude outros relatórios.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para manter aconfidencialidade, custódia segura, integridade, acessibilidade e recuperabilidadeda documentação dos trabalhos

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DICAS CONSOLIDADAS

PLANEJAMENTO

O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneiraeficaz. O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global parao trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria.

A natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme o portee a complexidade da entidade.

Acerca da estratégia global de auditoria, o auditor deve estabelecer uma quedefina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar odesenvolvimento do plano de auditoria. Ou seja, de forma direta e clara, aestratégia global orienta o desenvolvimento do plano de auditoria.

A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado nãosão necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamenterelacionados.

O plano de auditoria é a tarefa preliminar traçada pelo auditor, que secaracteriza pela previsão dos trabalhos que devem ser executados em cadaserviço, a fim de que este cumpra integralmente suas finalidades dentro dasnormas científicas da contabilidade e da técnica de auditoria.

O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria vistoque inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aserem realizados pelos membros da equipe de trabalho.

É importante destacar que, em decorrência de imprevistos, mudanças nascondições ou na evidência de auditoria obtida na aplicação de procedimentos deauditoria, o auditor pode ter que modificar a estratégia global e o plano deauditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentosadicionais de auditoria planejados, considerando a revisão dos riscos avaliados.

Importante atentar também que o auditor deve atualizar e alterar a estratégiaglobal de auditoria e o plano de auditoria sempre que necessário no curso daauditoria. Lembro que o planejamento não é uma fase isolada da auditoria, masum processo contínuo e iterativo.

RISCO

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O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opiniãotecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamenteincorretas.

Risco de auditoria: Risco de que o auditor expresse uma opinião inadequadaquando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco deauditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção.

Risco de distorção relevante: Risco de que as demonstrações contábeiscontenham divergências relevantes antes da auditoria. Consiste em doiscomponentes, descritos a seguir:

(i) risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de umatransação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção que possa ser relevante,individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração dequaisquer controles relacionados; (é a possibilidade de ter erro, caso não existacontroles)

(ii) risco de controle é o risco de que uma distorção que possa ocorrer em umaafirmação sobre uma classe de transação, saldo contábil ou divulgação e quepossa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, nãoseja prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno daentidade. (não existe controle ou existe um controle e ele não funcionaadequadamente)

Risco de detecção: é o risco de que os procedimentos executados pelo auditorpara reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectemuma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjuntocom outras distorções. (risco do auditor não encontrar um erro)

A avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para a obtençãode informações necessárias para essa finalidade e evidências obtidas ao longo detoda a auditoria. A avaliação dos riscos é antes uma questão de julgamentoprofissional que uma questão passível de mensuração precisa.

Os riscos de distorção relevante podem existir em dois níveis: • no nível geral da demonstração contábil; e • no nível da afirmação para classes de transações, saldos contábeis edivulgações.

Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil referem-seaos riscos de distorção relevante que se relacionam de forma disseminada àsdemonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente muitasafirmações.

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Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são avaliados para que sedetermine a natureza, a época e a extensão dos procedimentos adicionais deauditoria necessários para a obtenção de evidência de auditoria apropriada esuficiente.

Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação consistem em doiscomponentes: risco inerente e risco de controle. O risco inerente e o risco decontrole são riscos da entidade; eles existem independentemente da auditoria dasdemonstrações contábeis.

O risco inerente é mais alto para algumas afirmações e classes relacionadas detransações, saldos contábeis e divulgações do que para outras.

O risco de controle é uma função da eficácia do desenho (controles estabelecidos),da implementação e da manutenção do controle interno pela administração notratamento dos riscos identificados que ameaçam o cumprimento dos objetivosda entidade, que são relevantes para a elaboração das demonstrações contábeisda entidade.

A avaliação dos riscos de distorção relevante pode ser expressa em termosquantitativos, como porcentagens, ou em termos não quantitativos. De qualquerforma, a necessidade de que o auditor faça avaliações apropriadas é maisimportante do que as diferentes abordagens pelas quais elas são feitas.

Para um dado nível de risco de auditoria, o nível aceitável de risco de detecçãotem uma relação inversa com os riscos avaliados de distorção relevante no nívelda afirmação. Por exemplo, quanto maiores são os riscos de distorção relevanteque o auditor acredita existir, menor é o risco de detecção que pode ser aceito e,portanto, mais persuasivas são as evidências de auditoria exigidas.

O risco de detecção só pode ser reduzido, não eliminado, devido às limitaçõesinerentes de uma auditoria. Portanto, sempre existe risco de detecção.

RELEVÂNCIA

Uma informação é relevante (importante) se sua omissão ou distorção puderinfluenciar a decisão dos usuários dessa informação no contexto dasdemonstrações contábeis.

Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de queos eventos relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejamidentificados.

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A relevância deve ser considerada pelo auditor quando:

a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos deauditoria; b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominações e classificação das contas; c) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informaçãocontábil.

AMOSTRAGEM

O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionaruma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostraé selecionada.

Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menosde 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de maneira quetodas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadaspara proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobretoda a população.

A amostragem pode ser dividida em dois tipos: em amostragem estatística e emamostragem não estatística.

Amostragem estatística tem as seguintes características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras,incluindo a mensuração do risco de amostragem.

Já a abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) éconsiderada uma amostragem não estatística.

O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta otamanho da amostra exigida. Destaco que o tamanho da amostra pode serdeterminado mediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por meiodo exercício do julgamento profissional.

Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo quecada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de serselecionada. Já pela amostragem não estatística, o julgamento é usado paraselecionar os itens da amostra. Quanto menor o risco que o auditor está dispostoa aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra.

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Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cadauma sendo um grupo de unidades de amostragem com característicassemelhantes (geralmente valor monetário).

Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade doprocedimento de auditoria e as características da população da qual será retiradaa amostra. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente parareduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável. O auditor deveselecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragemda população tenha a mesma chance de ser selecionada.

A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem deamostragem não estatística como a estatística.

A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou nãoestatística é uma questão de julgamento do auditor, cabe ressaltar que o tamanhoda amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagensestatísticas e não estatísticas.

O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmulacom base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional.

Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo quecada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de serselecionada. Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado paraselecionar os itens da amostra.

Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como,por exemplo, tabelas de números aleatórios). Seleção aleatória ou randômica é aque assegura que todos os itens da população ou do estrato fixado tenhamidêntica possibilidade de serem escolhidos.

Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem napopulação é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo deamostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentrodas primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada.Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que aamostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um geradorcomputadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios.

Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores (conforme descrito no Apêndice 1), na qual o tamanho, a seleção e a avaliação daamostra resultam em uma conclusão em valores monetários.

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Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnicaestruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, aindaassim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (porexemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre osprimeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria seassegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção.A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística.

Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos dapopulação. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem deauditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que essesitens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mascaracterísticas diferentes de outros itens de outros lugares da população.

CONTINGÊNCIAS

A administração da entidade é a responsável pela adoção de políticas eprocedimentos para identificar, avaliar, contabilizar e/ou divulgar,adequadamente, os passivos não-registrados e as contingências.

Quando da execução de procedimentos de auditoria para a identificação depassivos não-registrados e contingências, o Auditor Independente deve obterevidências para os seguintes assuntos, claro, desde que relevantes:

a) a existência de uma condição ou uma situação circunstancial ocorrida,indicando uma incerteza com possibilidade de perdas ou ganhos para a entidade; b) o período em que foram gerados; c) o grau de probabilidade de um resultado favorável ou desfavorável; d) o valor ou a extensão de perda ou ganho potencial.

CONTROLE DE QUALIDADE

O objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade nonível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que:

(a) a auditoria está de acordo com normas profissionais e técnicas eexigências legais e regulatórias aplicáveis; e (b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela qualidadede todos os trabalhos de auditoria para os quais foi designado. Logo, aresponsabilidade pela qualidade é do auditor sócio encarregado do trabalho.

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O sócio encarregado do trabalho, também, deve assumir a responsabilidade derealizar as revisões de acordo com as políticas e procedimentos de revisão dafirma em que ele atua.

O objetivo da firma é estabelecer e manter um sistema de controle de qualidadepara obter segurança razoável que:

(a) a firma e seu pessoal cumprem as normas técnicas e as exigênciasregulatórias e legais aplicáveis; e (b) os relatórios sobre demonstrações contábeis e demais relatórios emitidospela firma e pelos sócios encarregados do trabalho são apropriados nascircunstâncias.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para promover uma culturainterna que reconheça que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurançarazoável de que a firma e seu pessoal cumprem as exigências éticas relevantes.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para fornecer segurançarazoável de que ela possui pessoal suficiente com competência, habilidade ecompromisso com os princípios éticos necessários para:

(a) executar trabalhos de acordo com normas técnicas e exigênciasregulatórias e legais aplicáveis; e (b) permitir à firma ou aos sócios encarregados do trabalho emitir relatóriode auditoria ou outros tipos de relatórios apropriados nas circunstâncias.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que requeiram, paradeterminados trabalhos, a revisão de controle de qualidade do trabalho queforneça uma avaliação objetiva dos julgamentos significativos feitos pela equipede trabalho e as conclusões obtidas para elaboração do relatório de auditoria oude outros relatórios.

A firma deve estabelecer políticas e procedimentos para manter aconfidencialidade, custódia segura, integridade, acessibilidade e recuperabilidadeda documentação dos trabalhos.

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QUESTÕES CONSOLIDADAS

Prova: CESPE - 2010 - TRE-BA - Analista Judiciário - Contabilidade

Identificar os problemas potenciais da entidade e também a legislação aplicável à entidade éum dos objetivos do planejamento de auditoria.

( ) Certo ( ) Errado

Prova: FGV - 2010 - SEA-AP - Auditor da Receita do Estado - Prova 2

A respeito do plano de auditoria assinale a afirmativa incorreta.

a) é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e aextensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe detrabalho. b) trata dos diversos temas identificados na estratégia global, levando-se em conta anecessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente dos recursos doauditor. c) deve incluir a descrição da natureza, a época e a extensão dos procedimentos planejados deavaliação de risco. d) deve ser atualizado e alterado sempre que necessário no curso da auditoria. e) deve ser desenvolvido para que o planejamento da auditoria seja elaborado.

Prova: CESPE - 2008 - TCU - Analista de Controle Externo - Auditoria Governamental -Prova 2

Segundo a orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construiruma visão geral do objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis,recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia não sejam levadas em conta, a fim de seevitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem caracterizar-se pelaisenção e pela objetividade.

( ) Certo ( ) Errado

Prova: CESPE - 2010 - SAD-PE - Analista de Controle Interno – Finanças Públicas

Para efeito de avaliação de risco de auditoria, o planejamento auditorial deve ser um processopermanente, que se renova a cada procedimento, com base nos resultados apurados em cadaetapa da execução do trabalho. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que

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a) o risco de detecção ocorre quando o auditor, ao aplicar os procedimentos de auditoria, nãopercebe ou identifica os erros. b) os riscos de auditoria podem ser classificados segundo os diferentes tipos de entidades. c) o risco é explícito quando o erro ou irregularidade não é detectável pelo sistema de controleinterno. d) os procedimentos específicos para a identificação de riscos devem ser estabelecidos eaplicados pelo auditor durante a realização dos exames. e) erros e irregularidades encontrados nos registros e nas demonstrações contábeis constituemos chamados riscos inevitáveis.

Prova: FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - Prova 2

A sazonalidade, a concorrência, as condições econômicas do país e outros riscos dos produtosou serviços são fatores que podem contribuir, nas auditorias, para o risco

a) do sistema de controle da empresa. b) de integridade da gerência. c) de imagem. d) operacional. e) financeiro.

Prova: CESPE - 2009 - TCE-AC - Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis

Acerca dos riscos de auditoria, assinale a opção correta.

a) A análise inicial desses riscos deve ser feita durante a execução dos trabalhos de auditoria. b) São formados por três componentes básicos: os riscos inerentes, de controle e de detecção. c) Em nível geral, a auditoria deve limitar-se aos saldos ou à natureza das contas e ao volume das transações. d) A avaliação desses riscos, em nível específico, leva em consideração critérios subjetivos oupessoais. e) O risco de a aplicação dos procedimentos de auditoria levar o auditor a concluir pelainexistência de incorreção é denominado risco de controle.

Prova: FCC - 2010 - TCM-PA - Técnico em Informática

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Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a seremtestados, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. Quando o auditor realiza o sorteio,sem reposição, das transações que serão auditadas, ele usa a seleção de amostra:

a) intencional. b) aleatória. c) não probabilística. d) sistemática. e) casual.

Prova: FCC - 2010 - TCM-CE - Analista de Controle Externo - Inspeção de Obras Públicas

Conforme normas técnicas de auditoria independente, NÃO se refere à definição de umaamostragem de auditoria

a) a possibilidade de existência de fraude. b) os fins específicos da auditoria. c) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra. d) as condições de desvio ou distorção. e) a natureza da evidência da auditoria.

Prova: MOVENS - 2010 - DNPM - Especialista em Recursos Minerais - Auditoria Externa

Amostragem, em auditoria, é a aplicação de procedimentos em menos de 100% dos itens depopulação relevante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades tenham a mesmachance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao auditorconcluir sobre toda a população. Quanto à amostragem aplicada à auditoria, assinale a opçãoINCORRETA.

a) A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoriaem relação a algumas características dos itens selecionados, de modo a concluir, ou a ajudar aconcluir, acerca da população da qual a amostra é retirada, e pode ser aplicada usando-se tantoa abordagem de amostragem não estatística quanto a estatística. b) Em relação ao tamanho da amostra, que pode ser determinado mediante aplicação defórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional, o nívelde risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar não afeta o tamanho da amostraexigido quando utilizadas bases estatísticas. c) Para testes de controles, o auditor, ao considerar as características de uma população, fazuma avaliação da taxa esperada de desvio, com base no seu entendimento sobre os controlesrelevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da população, tendo por objetivoestabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra, sendo que, se a taxa

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esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor geralmente decide não executar ostestes de controle. d) Para os testes de detalhes, o auditor faz uma avaliação da distorção esperada na populaçãoe, se a distorção esperada for alta, pode ser apropriado fazer o exame completo ou utilizaruma amostra maior ao executar os testes de detalhes. e) Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória,seleção sistemática e seleção ao acaso, e à amostragem de unidade monetária, que é um tipode seleção com base em valores, na qual o tamanho, a escolha e a avaliação da amostraresultam em uma conclusão em valores monetários.

Prova: FCC - 2010 - SEFAZ-SP - Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas - Prova 2

Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria, oauditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como ummétodo de seleção de amostras denominado

a) números aleatórios. b) amostragem de atributos. c) amostragem sistêmica. d) amostragem por bloco. e) amostragem ao acaso.