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STF - Constituição Brasília, quarta-feira, 17 de agosto de 2005 - 15:57h Caso você esteja tendo problemas para visualizar a Constituição Federal e Jurisprudência, clique aqui para fazer o download da versão compactada. Sumário Pesquisa CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. "Preâmbulo da Constituição: não constitui norma central. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa". (ADI 2.076, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 08/08/03) TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: "Inexistente atribuição de competência exclusiva à União, não ofende a Constituição do Brasil norma constitucional estadual que dispõe sobre aplicação, interpretação e integração de textos normativos estaduais, em conformidade com a Lei de Introdução ao Código Civil. Não há falar-se em quebra do pacto federativo e do princípio da interdependência e harmonia entre os poderes em razão da aplicação de princípios jurídicos ditos 'federais' na interpretação de textos normativos estaduais. Princípios são normas jurídicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. Não há princípios jurídicos aplicáveis no território de um, mas não de outro ente federativo, sendo descabida a classificação dos princípios em 'federais' e 'estaduais'." (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29/04/05) "Processo legislativo da União: observância compulsória pelos Estados de seus princípios básicos, por sua implicação com o princípio fundamental da separação e independência dos Poderes: jurisprudência do Supremo Tribunal." (ADI 774, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26/02/99) “Se é certo que a Nova Carta Política contempla um elenco menos abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princípios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar. A questão da necessária observância ou não, pelos Estados-Membros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União Federal de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram a estrutura da federação, o respeito incondicional a padrões heterônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória aplicação. (...) Da resolução dessa questão central, emergirá a definição do modelo de federação a ser efetivamente observado nas práticas institucionais.” (ADI 216-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/05/90) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (1 of 574)17/08/2005 13:02:39

Costituição Federal comentada pelo STF

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  • 1. STF - Constituio Braslia, quarta-feira, 17 de agosto de 2005 - 15:57hCaso voc esteja tendo problemas para visualizar a Constituio Federal e Jurisprudncia, clique aqui para fazer o download da verso compactada. SumrioPesquisa CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASILPREMBULONs, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assemblia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrtico,destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento,a igualdade e a justia como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada naharmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluo pacfica das controvrsias, promulgamos,sob a proteo de Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL."Prembulo da Constituio: no constitui norma central. Invocao da proteo de Deus: no se trata de norma dereproduo obrigatria na Constituio estadual, no tendo fora normativa". (ADI 2.076, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ08/08/03)TTULO I - Dos Princpios FundamentaisArt. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal,constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:"Inexistente atribuio de competncia exclusiva Unio, no ofende a Constituio do Brasil norma constitucional estadualque dispe sobre aplicao, interpretao e integrao de textos normativos estaduais, em conformidade com a Lei deIntroduo ao Cdigo Civil. No h falar-se em quebra do pacto federativo e do princpio da interdependncia e harmoniaentre os poderes em razo da aplicao de princpios jurdicos ditos federais na interpretao de textos normativosestaduais. Princpios so normas jurdicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. No h princpiosjurdicos aplicveis no territrio de um, mas no de outro ente federativo, sendo descabida a classificao dos princpios emfederais e estaduais." (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, DJ 29/04/05)"Processo legislativo da Unio: observncia compulsria pelos Estados de seus princpios bsicos, por sua implicao com oprincpio fundamental da separao e independncia dos Poderes: jurisprudncia do Supremo Tribunal." (ADI 774, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 26/02/99)Se certo que a Nova Carta Poltica contempla um elenco menos abrangente de princpios constitucionais sensveis, adenotar, com isso, a expanso de poderes jurdicos na esfera das coletividades autnomas locais, o mesmo no se podeafirmar quanto aos princpios federais extensveis e aos princpios constitucionais estabelecidos, os quais, emboradisseminados pelo texto constitucional, posto que no tpica a sua localizao, configuram acervo expressivo de limitaesdessa autonomia local, cuja identificao at mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem impe-se realizar. Aquesto da necessria observncia ou no, pelos Estados-Membros, das normas e princpios inerentes ao processolegislativo, provoca a discusso sobre o alcance do poder jurdico da Unio Federal de impor, ou no, s demais pessoasestatais que integram a estrutura da federao, o respeito incondicional a padres heternomos por ela prpria institudoscomo fatores de compulsria aplicao. (...) Da resoluo dessa questo central, emergir a definio do modelo defederao a ser efetivamente observado nas prticas institucionais. (ADI 216-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/05/90) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (1 of 574)17/08/2005 13:02:39

2. STF - Constituio"O pacto federativo, sustentando-se na harmonia que deve presidir as relaes institucionais entre as comunidades polticasque compem o Estado Federal, legitima as restries de ordem constitucional que afetam o exerccio, pelos Estados-Membros e Distrito Federal, de sua competncia normativa em tema de exonerao tributria pertinente ao ICMS". (ADI1.247-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 08/09/95)I - a soberania;O mero procedimento citatrio no produz qualquer efeito atentatrio soberania nacional ou ordem pblica, apenaspossibilita o conhecimento da ao que tramita perante a justia aliengena e faculta a apresentao de defesa. (CR 10.849-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 21/05/04)No pode o Supremo Tribunal Federal avaliar o mrito dos elementos formadores da prova, inclusive a autoria e amaterialidade dos delitos cometidos, ora em produo perante a autoridade judiciria do Pas requerente, tema afeto suasoberania. (Ext. 853, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 05/09/03)Cabe, assim, Justia do Estado requerente, reconhecer soberanamente, desde que o permita a sua prpria legislaopenal, a ocorrncia, ou no, da continuidade delitiva, no competindo ao Brasil, em obsquio ao princpio fundamental dasoberania dos Estados, que rege as relaes internacionais, constranger o Governo requerente a aceitar um instituto que atmesmo o seu prprio ordenamento positivo possa rejeitar. (Ext 542, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 13/02/92)"Privilgios diplomticos no podem ser invocados, em processos trabalhistas, para coonestar o enriquecimento sem causade Estados estrangeiros, em inaceitvel detrimento de trabalhadores residentes em territrio brasileiro, sob pena de essaprtica consagrar censurvel desvio tico-jurdico, incompatvel com o princpio da boa-f e inconcilivel com os grandespostulados do direito internacional. O privilgio resultante da imunidade de execuo no inibe a Justia brasileira de exercerjurisdio nos processos de conhecimento instaurados contra estados estrangeiros." (RE 222.368-AgR, Rel. Min. Celso deMello, DJ 14/02/03)II - a cidadania"Ningum obrigado a cumprir ordem ilegal, ou a ela se submeter, ainda que emanada de autoridade judicial. Mais: deverde cidadania opor-se ordem ilegal; caso contrrio, nega-se o Estado de Direito." (HC 73.454, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ04/06/96)III - a dignidade da pessoa humana;"A durao prolongada, abusiva e irrazovel da priso cautelar de algum ofende, de modo frontal, o postulado da dignidadeda pessoa humana, que representa considerada a centralidade desse princpio essencial (CF, art. 1, III) significativo vetorinterpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso Pas e quetraduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre ns, a ordem republicana e democrticaconsagrada pelo sistema de direito constitucional positivo." (HC 85.988-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/06/05). Nomesmo sentido (HC 85.237, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29/04/05) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (2 of 574)17/08/2005 13:02:39 3. STF - Constituio"Denncias genricas, que no descrevem os fatos na sua devida conformao, no se coadunam com os postuladosbsicos do Estado de Direito. Mais! Quando se fazem imputaes vagas est a se violar, tambm, o princpio da dignidadeda pessoa humana, que, entre ns, tem base positiva no artigo 1, III, da Constituio. Como se sabe, na sua acepooriginria, este princpio probe a utilizao ou transformao do homem em objeto dos processos e aes estatais. O Estadoest vinculado ao dever de respeito e proteo do indivduo contra exposio a ofensas ou humilhaes." (HC 84.409-EXS,Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 01/02/05)A mera instaurao de inqurito, quando evidente a atipicidade da conduta, constitui meio hbil a impor violao aos direitosfundamentais, em especial ao princpio da dignidade humana. (HC 82.969, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 17/10/03)O fato de o paciente estar condenado por delito tipificado como hediondo no enseja, por si s, uma proibio objetivaincondicional concesso de priso domiciliar, pois a dignidade da pessoa humana, especialmente a dos idosos, sempreser preponderante, dada a sua condio de princpio fundamental da Repblica (art. 1, inciso III, da CF/88). Por outro lado,incontroverso que essa mesma dignidade se encontrar ameaada nas hipteses excepcionalssimas em que o apenadoidoso estiver acometido de doena grave que exija cuidados especiais, os quais no podem ser fornecidos no local dacustdia ou em estabelecimento hospitalar adequado." (HC 83.358, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 04/06/04)Sendo fundamento da Repblica Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana, o exame da constitucionalidade deato normativo faz-se considerada a impossibilidade de o Diploma Maior permitir a explorao do homem pelo homem. Ocredenciamento de profissionais do volante para atuar na praa implica ato do administrador que atende s exignciasprprias permisso e que objetiva, em verdadeiro saneamento social, o endosso de lei viabilizadora da transformao,balizada no tempo, de taxistas auxiliares em permissionrios. (RE 359.444, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/05/04)Fundamento do ncleo do pensamento do nacional-socialismo de que os judeus e os arianos formam raas distintas. Osprimeiros seriam raa inferior, nefasta e infecta, caractersticas suficientes para justificar a segregao e o extermnio:inconciabilidade com os padres ticos e morais definidos na Carta Poltica do Brasil e do mundo contemporneo, sob osquais se ergue e se harmoniza o estado democrtico. Estigmas que por si s evidenciam crime de racismo. Concepoatentatria dos princpios nos quais se erige e se organiza a sociedade humana, baseada na respeitabilidade e dignidade doser humano e de sua pacfica convivncia no meio social. Condutas e evocaes aticas e imorais que implicam repulsivaao estatal por se revestirem de densa intolerabilidade, de sorte a afrontar o ordenamento infraconstitucional econstitucional do Pas. (HC 82.424-QO, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04)O direito ao nome insere-se no conceito de dignidade da pessoa humana, princpio alado a fundamento da RepblicaFederativa do Brasil. (RE 248.869, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 12/03/04)Objeo de princpio - em relao qual houve reserva de Ministros do Tribunal - tese aventada de que garantiaconstitucional da inadmissibilidade da prova ilcita se possa opor, com o fim de dar-lhe prevalncia em nome do princpio daproporcionalidade, o interesse pblico na eficcia da represso penal em geral ou, em particular, na de determinados crimes: que, a, foi a Constituio mesma que ponderou os valores contrapostos e optou - em prejuzo, se necessrio da eficciada persecuo criminal - pelos valores fundamentais, da dignidade humana, aos quais serve de salvaguarda a proscrio daprova ilcita: de qualquer sorte - salvo em casos extremos de necessidade inadivel e incontornvel - a ponderao dequaisquer interesses constitucionais oponveis inviolabilidade do domiclio no compete a posteriori ao juiz do processo emque se pretenda introduzir ou valorizar a prova obtida na invaso ilcita, mas sim quele a quem incumbe autorizarpreviamente a diligncia. (HC 79.512, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 16/05/03) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (3 of 574)17/08/2005 13:02:39 4. STF - ConstituioA simples referncia normativa tortura, constante da descrio tpica consubstanciada no art. 233 do Estatuto da Criana edo Adolescente, exterioriza um universo conceitual impregnado de noes com que o senso comum e o sentimento dedecncia das pessoas identificam as condutas aviltantes que traduzem, na concreo de sua prtica, o gesto ominoso deofensa dignidade da pessoa humana. A tortura constitui a negao arbitrria dos direitos humanos, pois reflete enquantoprtica ilegtima, imoral e abusiva um inaceitvel ensaio de atuao estatal tendente a asfixiar e, at mesmo, a suprimir adignidade, a autonomia e a liberdade com que o indivduo foi dotado, de maneira indisponvel, pelo ordenamentopositivo. (HC 70.389, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/08/01)"DNA: submisso compulsria ao fornecimento de sangue para a pesquisa do DNA: estado da questo no direito comparado:precedente do STF que libera do constrangimento o ru em ao de investigao de paternidade (HC 71.373) e o dissensodos votos vencidos: deferimento, no obstante, do HC na espcie, em que se cuida de situao atpica na qual se pretende de resto, apenas para obter prova de reforo submeter ao exame o pai presumido, em processo que tem por objeto apretenso de terceiro de ver-se declarado o pai biolgico da criana nascida na constncia do casamento do paciente:hiptese na qual, luz do princpio da proporcionalidade ou da razoabilidade, se impe evitar a afronta dignidade pessoalque, nas circunstncias, a sua participao na percia substantivaria." (HC 76.060, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 15/05/98)Discrepa, a mais no poder, de garantias constitucionais implcitas e explcitas preservao da dignidade humana, daintimidade, da intangibilidade do corpo humano, do imprio da lei e da inexecuo especfica e direta de obrigao de fazer provimento judicial que, em ao civil de investigao de paternidade, implique determinao no sentido de o ru serconduzido ao laboratrio, debaixo de vara, para coleta do material indispensvel feitura do exame DNA. A recusa resolve-se no plano jurdico-instrumental, consideradas a dogmtica, a doutrina e a jurisprudncia, no que voltadas ao deslinde dasquestes ligadas prova dos fatos. (HC 71.373, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 22/11/96)IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;NOVO "O princpio da livre iniciativa no pode ser invocado para afastar regras de regulamentao do mercado e de defesado consumidor." (RE 349.686, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 05/08/05)NOVO "A fixao de horrio de funcionamento de estabelecimento comercial matria de competncia municipal,considerando improcedentes as alegaes de ofensa aos princpios constitucionais da isonomia, da livre iniciativa, da livreconcorrncia, da liberdade de trabalho, da busca do pleno emprego e da proteo ao consumidor." (AI 481.886-AgR, Rel. Min.Carlos Velloso, DJ 01/04/05). No mesmo sentido: RE 199.520, DJ 16/10/98.NOVO "Transporte rodovirio interestadual de passageiros. No pode ser dispensada, a ttulo de proteo da livre iniciativa ,a regular autorizao, concesso ou permisso da Unio, para a sua explorao por empresa particular." (RE 214.382, Rel.Min. Octavio Gallotti, DJ 19/11/99)NOVO "Em face da atual Constituio, para conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princpio da livre concorrncia comos da defesa do consumidor e da reduo das desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justia social,pode o Estado, por via legislativa, regular a poltica de preos de bens e de servios, abusivo que o poder econmico quevisa ao aumento arbitrrio dos lucros." (ADI 319-QO, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 30/04/93)V - o pluralismo poltico. file:///K|/STF%20-%20CF.htm (4 of 574)17/08/2005 13:02:39 5. STF - Constituio"Normas que condicionaram o nmero de candidatos s Cmaras Municipais ao nmero de representantes do respectivopartido na Cmara Federal. Alegada afronta ao princpio da isonomia. Plausibilidade da tese, relativamente aos pargrafosdo art. 11, por institurem critrio caprichoso que no guarda coerncia lgica com a disparidade de tratamento nelesestabelecida. Afronta igualdade caracterizadora do pluralismo poltico consagrado pela Carta de 1988." (ADI 1.355-MC, Rel.Min. Ilmar Galvo, DJ 23/02/96)Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termosdesta Constituio.Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio. inconstitucional a criao, por Constituio estadual, de rgo de controle administrativo do Poder Judicirio do qualparticipem representantes de outros poderes ou entidades. (SM. 649)NOVO "Os atos administrativos que envolvem a aplicao de conceitos indeterminados esto sujeitos ao exame e controledo Poder Judicirio. O controle jurisdicional pode e deve incidir sobre os elementos do ato, luz dos princpios que regem aatuao da Administrao. (...) A capitulao do ilcito administrativo no pode ser aberta a ponto de impossibilitar o direito dedefesa." (RMS 24.699, Rel. Min. Eros Grau, DJ 01/07/05)" plausvel, em face do ordenamento constitucional brasileiro, o reconhecimento da admissibilidade das leis interpretativas,que configuram instrumento juridicamente idneo de veiculao da denominada interpretao autntica. As leisinterpretativas desde que reconhecida a sua existncia em nosso sistema de direito positivo no traduzem usurpaodas atribuies institucionais do Judicirio e, em conseqncia, no ofendem o postulado fundamental da diviso funcionaldo poder. Mesmo as leis interpretativas expem-se ao exame e interpretao dos juzes e tribunais. No se revelam, assim,espcies normativas imunes ao controle jurisdicional." (ADI 605-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 05/03/93)No h falar-se em quebra do pacto federativo e do princpio da interdependncia e harmonia entre os poderes em razo daaplicao de princpios jurdicos ditos federais na interpretao de textos normativos estaduais. Princpios so normasjurdicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. No h princpios jurdicos aplicveis no territrio de um,mas no de outro ente federativo, sendo descabida a classificao dos princpios em federais e estaduais. (ADI 246, Rel.Min. Eros Grau, DJ 29/04/05)"(...) esclareceu-se que o CNJ rgo prprio do Poder Judicirio (CF, art. 92, I-A), composto, na maioria, por membrosdesse mesmo Poder (CF, art. 103-B), nomeados sem interferncia direta dos outros Poderes, dos quais o Legislativo apenasindica, fora de seus quadros e, assim, sem vestgios de representao orgnica, dois dos quinze membros, no podendoessa indicao se equiparar a nenhuma forma de intromisso incompatvel com a idia poltica e o perfil constitucional daseparao e independncia dos Poderes." (ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso, Informativo 383)"Na formulao positiva do constitucionalismo republicano brasileiro, o autogoverno do Judicirio alm de espaosvariveis de autonomia financeira e oramentria reputa-se corolrio da independncia do Poder (ADIn 135-Pb, Gallotti,21/11/96): viola-o, pois, a instituio de rgo do chamado controle externo, com participao de agentes ou representantesdos outros Poderes do Estado." (ADI 98, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 31/10/97)"O Plenrio, por maioria, julgou procedente pedido de ao direta proposta pelo Procurador-Geral da Repblica para declarara inconstitucionalidade do inciso VII do art. 77 da Constituio do Estado do Rio de Janeiro, que assegura aos aprovados emconcurso pblico, dentro do nmero de vagas fixado no respectivo edital, o direito ao provimento no cargo no prazo mximode cento e oitenta dias, contado da homologao do resultado. Com base no entendimento fixado no RE 229.450/RJ (DJU de31/8/2001) no sentido de que a CF apenas assegura ao candidato aprovado o direito subjetivo nomeao de acordo com arespectiva ordem de classificao e no prazo da validade do concurso, ficando o ato de provimento adstrito ao poderdiscricionrio da Administrao Pblica, entendeu-se que a norma impugnada viola os arts. 2 e 37, IV, da CF." (ADI 2.931,Rel. Min. Carlos Britto, Informativo 377) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (5 of 574)17/08/2005 13:02:39 6. STF - Constituio"Separao e independncia dos Poderes: freios e contra-pesos: parmetros federais impostos ao Estado membro. Osmecanismos de controle recproco entre os Poderes, os freios e contrapesos admissveis na estruturao das unidadesfederadas, sobre constiturem matria constitucional local, s se legitimam na medida em que guardem estreita similaridadecom os previstos na Constituio da Repblica: precedentes. Conseqente plausibilidade da alegao de ofensa do princpiofundamental por dispositivos da Lei estadual 11.075/98-RS (inc. IX do art. 2 e arts. 33 e 34), que confiam a organismosburocrticos de segundo e terceiro graus do Poder Executivo a funo de ditar parmetros e avaliaes do funcionamento daJustia (...)." (ADI 1.905-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 05/11/04)"A fiscalizao legislativa da ao administrativa do Poder Executivo um dos contrapesos da Constituio Federal separao e independncia dos Poderes: cuida-se, porm, de interferncia que s a Constituio da Repblica podelegitimar. Do relevo primacial dos pesos e contrapesos no paradigma de diviso dos poderes, segue-se que normainfraconstitucional a includa, em relao Federal, a constituio dos Estados-Membros , no dado criar novasinterferncias de um Poder na rbita de outro que no derive explcita ou implicitamente de regra ou princpio da LeiFundamental da Repblica. O poder de fiscalizao legislativa da ao administrativa do Poder Executivo outorgado aosrgos coletivos de cada cmara do Congresso Nacional, no plano federal, e da Assemblia Legislativa, no dos Estados;nunca, aos seus membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em representao (ou presentao) de sua Casa oucomisso." (ADI 3.046, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 28/05/04)"No obstante a formulao e a execuo de polticas pblicas dependam de opes polticas a cargo daqueles que, pordelegao popular, receberam investidura em mandato eletivo, cumpre reconhecer que no se revela absoluta, nessedomnio, a liberdade de conformao do legislador, nem a de atuao do Poder Executivo. que, se tais Poderes do Estadoagirem de modo irrazovel ou procederem com a clara inteno de neutralizar, comprometendo-a, a eficcia dos direitossociais, econmicos e culturais, afetando, como decorrncia causal de uma injustificvel inrcia estatal ou de um abusivocomportamento governamental, aquele ncleo intangvel consubstanciador de um conjunto irredutvel de condies mnimasnecessrias a uma existncia digna e essenciais prpria sobrevivncia do indivduo, a, ento, justificar-se-, comoprecedentemente j enfatizado e at mesmo por razes fundadas em um imperativo tico-jurdico , a possibilidade deinterveno do Poder Judicirio, em ordem a viabilizar, a todos, o acesso aos bens cuja fruio lhes haja sido injustamenterecusada pelo Estado." (ADPF 45, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/05/04)Afronta os princpios constitucionais da harmonia e independncia entre os Poderes e da liberdade de locomoo normaestadual que exige prvia licena da Assemblia Legislativa para que o Governador e o Vice-Governador possam ausentar-se do Pas por qualquer prazo. Espcie de autorizao que, segundo o modelo federal, somente se justifica quando oafastamento exceder a quinze dias. Aplicao do princpio da simetria. (ADI 738, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 07/02/03)Separao e independncia dos Poderes: plausibilidade da alegao de ofensa do princpio fundamental pela insero derepresentante da Assemblia Legislativa, por essa escolhido, em rgo do Poder Executivo local, qual o Conselho Estadualde Educao, que no constitui contrapeso assimilvel aos do modelo constitucional positivo do regime de Poderes. (ADI2.654-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 23/08/02)Acrdo que, analisando o conjunto probatrio dos autos, corrige erro aritmtico manifesto no somatrio de pontos decandidato. Alegada ofensa aos arts. 2; 5, XXXV; e 25, todos da Constituio Federal. Hiptese em que o Tribunal a quo selimita a exercer seu ofcio judicante, cumprindo seu dever de assegurar o direito individual lesado, sem qualquer afronta aoprincpio da harmonia e independncia entre poderes. (AI 228.367-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 23/06/00)Processo legislativo da Unio: observncia compulsria pelos Estados de seus princpios bsicos, por sua implicao com oprincpio fundamental da separao e independncia dos Poderes: jurisprudncia do Supremo Tribunal. (ADI 774, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 26/02/99). No mesmo sentido: ADI 2.434-MC, DJ 10/08/01. file:///K|/STF%20-%20CF.htm (6 of 574)17/08/2005 13:02:39 7. STF - Constituio Suspenso dos efeitos e da eficcia da Medida Provisria n 375, de 23.11.93, que, a pretexto de regular a concesso demedidas cautelares inominadas (CPC, art. 798) e de liminares em mandado de segurana (Lei 1.533/51, art. 7, II) e emaes civis pblicas (Lei 7.347/85, art. 12), acaba por vedar a concesso de tais medidas, alm de obstruir o servio daJustia, criando obstculos obteno da prestao jurisdicional e atentando contra a separao dos poderes, porque sujeitao Judicirio ao Poder Executivo. (ADI 975-MC, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20/06/97)"Norma que subordina convnios, acordos, contratos e atos de Secretrios de Estado aprovao da AssembliaLegislativa: inconstitucionalidade, porque ofensiva ao princpio da independncia e harmonia dos poderes." (ADI 676, Rel.Min. Carlos Velloso, DJ 29/11/96). No mesmo sentido: ADI 770, DJ 20/09/02; ADI 165, DJ 26/09/97.Alegada violao ao princpio da independncia e harmonia entre os poderes. (...) Orientao assentada no STF no sentidode que, no sendo dado ao Presidente da Repblica retirar da apreciao do Congresso Nacional medida provisria que tivereditado, -lhe, no entanto, possvel ab-rog-la por meio de nova medida provisria, valendo tal ato pela simples suspensodos efeitos da primeira, efeitos esses que, todavia, o Congresso poder ver estabelecidos, mediante a rejeio da medida ab-rogatria. Circunstncia que, em princpio, desveste de plausibilidade a tese da violao ao princpio constitucionalinvocado. (ADI 1.315-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 25/08/95)Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades sociais e regionais;NOVO "O art. 7 da Lei n 6.194/74, na redao que lhe deu o art. 1 da Lei n 8.441/92, ao ampliar as hipteses deresponsabilidade civil objetiva, em tema de acidentes de trnsito nas vias terrestres, causados por veculo automotor, noparece transgredir os princpios constitucionais que vedam a prtica de confisco, protegem o direito de propriedade easseguram o livre exerccio da atividade econmica. A Constituio da Repblica, ao fixar as diretrizes que regem a atividadeeconmica e que tutelam o direito de propriedade, proclama, como valores fundamentais a serem respeitados, a supremaciado interesse pblico, os ditames da justia social, a reduo das desigualdades sociais, dando especial nfase, dentro dessaperspectiva, ao princpio da solidariedade, cuja realizao parece haver sido implementada pelo Congresso Nacional aoeditar o art. 1 da Lei n 8.441/92." (ADI 1.003-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 10/09/99)NOVO "Em face da atual Constituio, para conciliar o fundamento da livre iniciativa e do princpio da livre concorrncia comos da defesa do consumidor e da reduo das desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justia social,pode o Estado, por via legislativa, regular a poltica de preos de bens e de servios, abusivo que o poder econmico quevisa ao aumento arbitrrio dos lucros." (ADI 319-QO, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 30/04/93)IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao.Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relaes internacionais pelos seguintes princpios:I - independncia nacional;II - prevalncia dos direitos humanos; file:///K|/STF%20-%20CF.htm (7 of 574)17/08/2005 13:02:39 8. STF - ConstituioExiste um nexo estreito entre a imprescritibilidade, este tempo jurdico que se escoa sem encontrar termo, e a memria,apelo do passado disposio dos vivos, triunfo da lembrana sobre o esquecimento. No estado de direito democrticodevem ser intransigentemente respeitados os princpios que garantem a prevalncia dos direitos humanos. Jamais podem seapagar da memria dos povos que se pretendam justos os atos repulsivos do passado que permitiram e incentivaram o dioentre iguais por motivos raciais de torpeza inominvel . (HC 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04)III - autodeterminao dos povos;IV - no-interveno;V - igualdade entre os Estados;No pode o Supremo Tribunal Federal avaliar o mrito dos elementos formadores da prova, inclusive a autoria e amaterialidade dos delitos cometidos, ora em produo perante a autoridade judiciria do Pas requerente, tema afeto suasoberania. (Ext. 853, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 05/09/03)Cabe, assim, Justia do Estado requerente, reconhecer soberanamente - desde que o permita a sua prpria legislaopenal - a ocorrncia, ou no, da continuidade delitiva, no competindo ao Brasil, em obsquio ao principio fundamental dasoberania dos Estados, que rege as relaes internacionais, constranger o Governo requerente a aceitar um instituto que atmesmo o seu prprio ordenamento positivo possa rejeitar. (Ext 542, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 13/02/92)VI - defesa da paz;VII - soluo pacfica dos conflitos;VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;"O repdio ao terrorismo: um compromisso tico-jurdico assumido pelo Brasil, quer em face de sua prpria Constituio, quer perante acomunidade internacional. Os atos delituosos de natureza terrorista, considerados os parmetros consagrados pela vigenteConstituio da Repblica, no se subsumem noo de criminalidade poltica, pois a Lei Fundamental proclamou o repdio aoterrorismo como um dos princpios essenciais que devem reger o Estado brasileiro em suas relaes internacionais (CF, art. 4, VIII),alm de haver qualificado o terrorismo, para efeito de represso interna, como crime equiparvel aos delitos hediondos, o que o expe,sob tal perspectiva, a tratamento jurdico impregnado de mximo rigor, tornando-o inafianvel e insuscetvel da clemncia soberana doEstado e reduzindo-o, ainda, dimenso ordinria dos crimes meramente comuns (CF, art. 5, XLIII). A Constituio da Repblica,presentes tais vetores interpretativos (CF, art. 4, VIII, e art. 5, XLIII), no autoriza que se outorgue, s prticas delituosas de carterterrorista, o mesmo tratamento benigno dispensado ao autor de crimes polticos ou de opinio, impedindo, desse modo, que se venha aestabelecer, em torno do terrorista, um inadmissvel crculo de proteo que o faa imune ao poder extradicional do Estado brasileiro,notadamente se se tiver em considerao a relevantssima circunstncia de que a Assemblia Nacional Constituinte formulou um claroe inequvoco juzo de desvalor em relao a quaisquer atos delituosos revestidos de ndole terrorista, a estes no reconhecendo adignidade de que muitas vezes se acha impregnada a prtica da criminalidade poltica." (Ext 855, Rel. Min. Celso de Mello, DJ01/07/05).IX - cooperao entre os povos para o progresso da humanidade;X - concesso de asilo poltico.No h incompatibilidade absoluta entre o instituto do asilo poltico e o da extradio passiva, na exata medida em que oSupremo Tribunal Federal no est vinculado ao juzo formulado pelo poder executivo na concesso administrativa daquelebenefcio regido pelo direito das gentes. Disso decorre que a condio jurdica de asilado poltico no suprime, s por si, apossibilidade de o Estado brasileiro conceder, presentes e satisfeitas as condies constitucionais e legais que a autorizam,a extradio que lhe haja sido requerida. O estrangeiro asilado no Brasil s no ser passvel de extradio quando o fatoensejador do pedido assumir a qualificao de crime poltico ou de opinio ou as circunstncias subjacente ao do Estadorequerente demonstrarem a configurao de inaceitvel extradio poltica disfarada. (Ext 524, Rel. Min. Celso de Mello, DJ08/03/91) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (8 of 574)17/08/2005 13:02:39 9. STF - ConstituioPargrafo nico. A Repblica Federativa do Brasil buscar a integrao econmica, poltica, social e cultural dos povos daAmrica Latina, visando formao de uma comunidade latino-americana de naes. TTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPTULO I - DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOSArt. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termosseguintes:" constitucional o 2 do art. 6 da lei 8.024/1990, resultante da converso da medida provisria 168/1990, que fixou o BTNfiscal como ndice de correo monetria aplicvel aos depsitos bloqueados pelo plano Collor I." (SM. 725)"(...) consentnea com a Carta da Repblica previso normativa asseguradora, ao militar e ao dependente estudante, doacesso a instituio de ensino na localidade para onde removido. Todavia, a transferncia do local do servio no pode semostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a transposio da seara particular para a pblica, sob pena de se colocar emplano secundrio a isonomia artigo 5, cabea e inciso I , a impessoalidade, a moralidade na Administrao Pblica, aigualdade de condies para o acesso e permanncia na escola superior, prevista no inciso I do artigo 206, bem como aviabilidade de chegar-se a nveis mais elevados do ensino, no que o inciso V do artigo 208 vincula o fenmeno capacidadede cada qual." (ADI 3.324, voto do Min. Marco Aurlio, DJ 05/08/05)"A vedao constitucional de diferena de critrio de admisso por motivo de idade (CF, art. 7, XXX) corolrio, na esferadas relaes de trabalho, do princpio fundamental de igualdade, que se entende, falta de excluso constitucionalinequvoca (como ocorre em relao aos militares - CF, art. 42, 1), a todo o sistema do pessoal civil. pondervel, noobstante, a ressalva das hipteses em que a limitao de idade se possa legitimar como imposio da natureza e dasatribuies do cargo a preencher." (RMS 21.046, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 14/11/91). No mesmo sentido: RE141.357, DJ 08/10/04; RE 212.066, DJ 12/03/99."IPVA e multas de trnsito estaduais. Parcelamento. (...). Os artigos 5, caput, e 150, II, da Lei Fundamental, corolrios dosprincpios da igualdade e da isonomia tributria, no se acham violados, dado o carter impessoal e abstrato da normaimpugnada." (ADI 2.474, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 25/04/03)"O art. 3, II, da Lei 7.787/89, no ofensivo ao princpio da igualdade, por isso que o art. 4 da mencionada Lei 7.787/89cuidou de tratar desigualmente aos desiguais." (RE 343.446, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 04/04/03)"Existncia, ainda, de vcio material, ao estender a lei impugnada a fruio de direitos estatutrios aos servidores celetistasdo Estado, ofendendo, assim, o princpio da isonomia e o da exigncia do concurso pblico para o provimento de cargos eempregos pblicos, previstos, respectivamente, nos arts. 5, caput e 37, II da Constituio." (ADI 872, Rel. Min. Ellen Gracie,DJ 20/09/02) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (9 of 574)17/08/2005 13:02:39 10. STF - Constituio"Razoabilidade da exigncia de altura mnima para ingresso na carreira de delegado de polcia, dada a natureza do cargo aser exercido. Violao ao princpio da isonomia. Inexistncia." (RE 140.889, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 15/12/00)"Concurso Pblico Fator altura. Caso a caso, h de perquirir-se a sintonia da exigncia, no que implica fator de tratamentodiferenciado com a funo a ser exercida. No mbito da polcia, ao contrrio do que ocorre com o agente em si, no se temcomo constitucional a exigncia de altura mnima, considerados homens e mulheres, de um metro e sessenta para ahabilitao ao cargo de escrivo, cuja natureza estritamente escriturria, muito embora de nvel elevado." (RE 150.455, Rel.Min. Marco Aurlio, DJ 07/05/99). No mesmo sentido: AI 384.050-AgR, DJ 10/10/03; RE 194.952, DJ 11/10/01."Os direitos e garantias individuais no tm carter absoluto. No h, no sistema constitucional brasileiro, direitos ougarantias que se revistam de carter absoluto, mesmo porque razes de relevante interesse pblico ou exigncias derivadasdo princpio de convivncia das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoo, por parte dos rgos estatais,de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela prpriaConstituio. O estatuto constitucional das liberdades pblicas, ao delinear o regime jurdico a que estas esto sujeitas - econsiderado o substrato tico que as informa - permite que sobre elas incidam limitaes de ordem jurdica, destinadas, deum lado, a proteger a integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistncia harmoniosa das liberdades, poisnenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pblica ou com desrespeito aos direitos e garantias deterceiros." (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/05/00)"Ao recorrente, por no ser francs, no obstante trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, no foi aplicado o Estatuto doPessoal da Empresa, que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado denacionalidade francesa. Ofensa ao princpio da igualdade: C.F., 1967, art. 153, 1; C.F., 1988, art. 5, caput). Adiscriminao que se baseia em atributo, qualidade, nota intrnseca ou extrnseca do indivduo, como o sexo, a raa, anacionalidade, o credo religioso, etc., inconstitucional. Precedente do STF: Ag 110.846(AgRg)-PR, Clio Borja, RTJ119/465. Fatores que autorizariam a desigualizao no ocorrentes no caso." (RE 161.243, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ19/12/97)A teor do disposto na cabea do artigo 5 da Constituio Federal, os estrangeiros residentes no Pas tm jus aos direitos egarantias fundamentais. (HC 74.051, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 20/09/96)Enquanto os direitos de primeira gerao (direitos civis e polticos) que compreendem as liberdades clssicas, negativasou formais realam o princpio da liberdade e os direitos de segunda gerao (direitos econmicos, sociais e culturais) que se identifica com as liberdades positivas, reais ou concretas acentuam o princpio da igualdade, os direitos de terceiragerao, que materializam poderes de titularidade coletiva atribudos genericamente a todas as formaes sociais,consagram o princpio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, expanso ereconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponveis, nota de uma essencialinexauribilidade. (MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 17/11/95)"Concurso pblico: princpio de igualdade: ofensa inexistente. No ofende o princpio da igualdade o regulamento deconcurso pblico que, destinado a preencher cargos de vrios rgos da Justia Federal, sediados em locais diversos,determina que a classificao se faa por unidade da Federao, ainda que da resulte que um candidato se possaclassificar, em uma delas, com nota inferior ao que, em outra, no alcance a classificao respectiva" (RE 146.585, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 15/09/95) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (10 of 574)17/08/2005 13:02:39 11. STF - ConstituioO princpio da isonomia, que se reveste de auto-aplicabilidade, no - enquanto postulado fundamental de nossa ordempoltico-jurdica - suscetvel de regulamentao ou de complementao normativa. Esse princpio cuja observncia vincula,incondicionalmente, todas as manifestaes do Poder Pblico deve ser considerado, em sua precpua funo de obstardiscriminaes e de extinguir privilgios (RDA 55/114), sob duplo aspecto: (a) o da igualdade na lei e (b) o da igualdadeperante a lei. A igualdade na lei - que opera numa fase de generalidade puramente abstrata - constitui exigncia destinada aolegislador que, no processo de sua formao, nela no poder incluir fatores de discriminao, responsveis pela ruptura daordem isonmica. A igualdade perante a lei, contudo, pressupondo lei j elaborada, traduz imposio destinada aos demaispoderes estatais, que, na aplicao da norma legal, no podero subordin-la a critrios que ensejem tratamento seletivo oudiscriminatrio. A eventual inobservncia desse postulado pelo legislador impor ao ato estatal por ele elaborado e produzidoa eiva de inconstitucionalidade. (MI 58, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 19/04/91)I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;"Promoo de militares dos sexos masculino e feminino: critrios diferenciados: carreiras regidas por legislao especfica:ausncia de violao ao princpio da isonomia: precedente (RE 225.721, Ilmar Galvo, DJ 24/04/2000)." (AI 511.131-AgR, Rel.Min. Seplveda Pertence, DJ 15/04/05)Concurso pblico critrio de admisso - sexo. A regra direciona no sentido da inconstitucionalidade da diferena de critriode admisso considerado o sexo - artigo 5, inciso I, e par. 2 do artigo 39 da Carta Federal. A exceo corre conta dashipteses aceitveis, tendo em vista a ordem scio-constitucional. (RE 120.305, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 09/06/95)II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;"No cabe recurso extraordinrio por contrariedade ao princpio constitucional da legalidade, quando a sua verificaopressuponha rever a interpretao dada a normas infraconstitucionais pela deciso recorrida." (SM. 636)"S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico." (SM. 686)NOVO "Em seguida, no tocante Resoluo 20/2003, o relator asseverou que especializar varas e atribuir competncia pornatureza de feitos no matria alcanada pelo princpio da reserva legal em sentido estrito, porm apenas pelo princpio dalegalidade (CF, art. 5, II), ou seja, pela reserva da norma. Deste modo, considerou legais as Resolues 314 e 20,respectivamente, do Presidente do Conselho da Justia Federal CJF e do Presidente do TRF da 4 Regio. (...). Aps,pediu vista o Min. Cezar Peluso." (HC 85.060, Rel. Min. Eros Grau, Informativo 395)No ofende o princpio da legalidade a deciso que, ao interpretar o ordenamento positivo em ato adequadamente motivado,limita-se, sem qualquer desvio hermenutico, e dentro dos critrios consagrados pela Smula 288/STF, a considerar comoessencial compreenso da controvrsia a pea referente comprovao da tempestividade do recurso extraordinrio. (AI156.226-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 14/02/97)A inobservncia ao princpio da legalidade pressupe o reconhecimento de preceito de lei dispondo de determinada forma eprovimento judicial em sentido diverso, ou, ento, a inexistncia de base legal e, mesmo assim, a condenao a satisfazer oque pleiteado. (AI 147.203-AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 11/06/93)No afronta o princpio da legalidade a reparao de leses deformantes, a ttulo de dano moral (art. 1.538, 1, do CdigoCivil). (RE 116.447, Rel. Min. Clio Borja, DJ 07/08/92)III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato; file:///K|/STF%20-%20CF.htm (11 of 574)17/08/2005 13:02:39 12. STF - Constituio" inquestionvel, Senhor Presidente, que a delao annima, notadamente quando veicular a imputao de supostasprticas delituosas, pode fazer instaurar situaes de tenso dialtica entre valores essenciais igualmente protegidos peloordenamento constitucional , dando causa ao surgimento de verdadeiro estado de coliso de direitos, caracterizado peloconfronto de liberdades revestidas de idntica estatura jurdica, a reclamar soluo que, tal seja o contexto em que sedelineie, torne possvel conferir primazia a uma das prerrogativas bsicas em relao de antagonismo com determinadointeresse fundado em clusula inscrita na prpria Constituio. (...) Com efeito, h, de um lado, a norma constitucional, que,ao vedar o anonimato (CF, art. 5, IV), objetiva fazer preservar, no processo de livre expresso do pensamento, aincolumidade dos direitos da personalidade (como a honra, a vida privada, a imagem e a intimidade), buscando inibir, dessemodo, delaes de origem annima e de contedo abusivo. E existem, de outro, certos postulados bsicos, igualmenteconsagrados pelo texto da Constituio, vocacionados a conferir real efetividade exigncia de que os comportamentosindividuais, registrados no mbito da coletividade, ajustem-se lei e mostrem-se compatveis com padres tico-jurdicosdecorrentes do prprio sistema de valores que a nossa Lei Fundamental consagra. (...) entendo que a superao dosantagonismos existentes entre princpios constitucionais h de resultar da utilizao, pelo Supremo Tribunal Federal, decritrios que lhe permitam ponderar e avaliar, hic et nunc, em funo de determinado contexto e sob uma perspectivaaxiolgica concreta, qual deva ser o direito a preponderar no caso, considerada a situao de conflito ocorrente, desde que,no entanto, a utilizao do mtodo da ponderao de bens e interesses no importe em esvaziamento do contedo essencialdos direitos fundamentais, tal como adverte o magistrio da doutrina (...)." (Inq 1.957, voto do Min. Celso de Mello, pendentede publicao)A Turma retomou julgamento de habeas corpus em que se pretende o trancamento, por falta de justa causa, de notcia-crime, instaurada no STJ, por requisio do Ministrio Pblico Federal, contra (...). Sustenta o impetrante que a atuao doparquet se fez com base unicamente em denncia annima, o que violaria o inciso IV do art. 5 da CF (...). O Min. CarlosBritto, em voto-vista, indeferiu o habeas corpus por entender que a requisio assentara-se no apenas no documentoapcrifo, mas, tambm, na anlise de decises proferidas pela Justia do Estado do Tocantins, valendo-se, portanto, deoutros elementos para chegar concluso no sentido da necessidade de melhor esclarecimento dos fatos. Considerou queos indcios de irregularidades constatados nas referidas decises judiciais, dado o carter pblico destas, poderiam terchegado ao conhecimento do parquet independemente da existncia da denncia annima, no havendo se falar, por isso,em ofensa a direitos honra, vida privada, imagem ou intimidade do paciente como conseqncia da atuao daProcuradoria-Geral da Repblica. Em seguida, os Ministros Eros Grau, que ratificou seu voto anterior, e Cezar Pelusoacompanharam o voto do Min. Marco Aurlio, relator, deferindo o writ. O julgamento foi suspenso com o pedido de vista doMin. Seplveda Pertence. (HC 84.827, Rel. Min. Marco Aurlio, Informativo 385)"Delao annima. Comunicao de fatos graves que teriam sido praticados no mbito da administrao pblica. Situaesque se revestem, em tese, de ilicitude (procedimentos licitatrios supostamente direcionados e alegado pagamento de diriasexorbitantes). A questo da vedao constitucional do anonimato (CF, art. 5, IV, in fine), em face da necessidade tico-jurdica de investigao de condutas funcionais desviantes. Obrigao estatal, que, imposta pelo dever de observncia dospostulados da legalidade, da impessoalidade e da moralidade administrativa (CF, art. 37, caput), torna inderrogvel oencargo de apurar comportamentos eventualmente lesivos ao interesse pblico. Razes de interesse social em possvelconflito com a exigncia de proteo incolumidade moral das pessoas (CF, art. 5, X). O direito pblico subjetivo do cidadoao fiel desempenho, pelos agentes estatais, do dever de probidade constituiria uma limitao externa aos direitos dapersonalidade? Liberdades em antagonismo. Situao de tenso dialtica entre princpios estruturantes da ordemconstitucional. Coliso de direitos que se resolve, em cada caso ocorrente, mediante ponderao dos valores e interesses emconflito. Consideraes doutrinrias. Liminar indeferida." (MS 24.369, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/10/02)Divulgao total ou parcial, por qualquer meio de comunicao, de nome, ato ou documento de procedimento policial,administrativo ou judicial relativo criana ou adolescente a que se atribua ato infracional. Publicidade indevida. Penalidade:suspenso da programao da emissora at por dois dias, bem como da publicao do peridico at por dois nmeros.Inconstitucionalidade. A Constituio de 1988 em seu artigo 220 estabeleceu que a liberdade de manifestao dopensamento, de criao, de expresso e de informao, sob qualquer forma, processo ou veculo, no sofrer qualquerrestrio, observado o que nela estiver disposto. (ADI 869, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 04/06/04)Limitaes liberdade de manifestao do pensamento, pelas suas variadas formas. Restrio que h de estar explcita ouimplicitamente prevista na prpria Constituio. (ADI 869, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 04/06/04) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (12 of 574)17/08/2005 13:02:39 13. STF - ConstituioA Lei 8.443, de 1992, estabelece que qualquer cidado, partido poltico ou sindicato parte legtima para denunciarirregularidades ou ilegalidades perante o TCU. A apurao ser em carter sigiloso, at deciso definitiva sobre a matria.Decidindo, o Tribunal manter ou no o sigilo quanto ao objeto e autoria da denncia ( 1 do art. 55). Estabeleceu o TCU,ento, no seu Regimento Interno, que, quanto autoria da denncia, ser mantido o sigilo: inconstitucionalidade diante dodisposto no art. 5, incisos V, X, XXXIII e XXXV, da Constituio Federal. (MS 24.405, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 23/04/04)"Liberdade de expresso. Garantia constitucional que no se tem como absoluta. Limites morais e jurdicos. O direito livreexpresso no pode abrigar, em sua abrangncia, manifestaes de contedo imoral que implicam ilicitude penal. Asliberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limitesdefinidos na prpria Constituio Federal (CF, artigo 5, 2, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade deexpresso no consagra o direito incitao ao racismo, dado que um direito individual no pode constituir-se emsalvaguarda de condutas ilcitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalncia dos princpios da dignidade dapessoa humana e da igualdade jurdica" (HC 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04)A liberdade de expresso constitui-se em direito fundamental do cidado, envolvendo o pensamento, a exposio de fatosatuais ou histricos e a crtica. (HC 83.125, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 07/11/03)V - assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, alm da indenizao por dano material, moral ou imagem;O dano moral indenizvel o que atinge a esfera legtima de afeio da vtima, que agride seus valores, que humilha, quecausa dor. A perda de uma frasqueira contendo objetos pessoais, geralmente objetos de maquiagem da mulher, noobstante desagradvel, no produz dano moral indenizvel. (RE 387.014-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 25/06/04)A simples reproduo, pela imprensa, de acusao de mau uso de verbas pblicas, prtica de nepotismo e trfico deinfluncia, objeto de representao devidamente formulada perante o TST por federao de sindicatos, no constitui abusode direito. Dano moral indevido. (RE 208.685, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 22/08/03)Coleta de material biolgico da placenta, com propsito de se fazer exame de DNA, para averigao de paternidade donascituro, embora a oposio da extraditanda. (...). Bens jurdicos constitucionais como moralidade administrativa,persecuo penal pblica e segurana pblica que se acrescem, como bens da comunidade, na expresso de Canotilho, ao direito fundamental honra (CF, art. 5, X), bem assim direito honra e imagem de policiais federais acusados deestupro da extraditanda, nas dependncias da Polcia Federal, e direito imagem da prpria instituio, em confronto com oalegado direito da reclamante intimidade e a preservar a identidade do pai de seu filho. (Rcl 2.040-QO, Rel. Min. Nri daSilveira, DJ 27/06/03)Para a reparao do dano moral no se exige a ocorrncia de ofensa reputao do indivduo. O que acontece que, deregra, a publicao da fotografia de algum, com intuito comercial ou no, causa desconforto, aborrecimento ouconstrangimento, no importando o tamanho desse desconforto, desse aborrecimento ou desse constrangimento. Desde queele exista, h o dano moral, que deve ser reparado, manda a Constituio, art. 5, X. (RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso,DJ 28/06/02)"A possibilidade de a pessoa jurdica sofrer danos morais no alcana nvel constitucional a viabilizar a abertura da viaextraordinria." (RE 221.250-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06/04/01)O fato de a Conveno de Varsvia revelar, como regra, a indenizao tarifada por danos materiais no exclui a relativa aosdanos morais. Configurados esses pelo sentimento de desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhaodecorrentes do extravio de mala, cumpre observar a Carta Poltica da Repblica incisos V e X do artigo 5, no que sesobrepe a tratados e convenes ratificados pelo Brasil. (RE 172.720, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/02/97). No mesmosentido: AI 196.379-AgR, DJ 24/04/98. file:///K|/STF%20-%20CF.htm (13 of 574)17/08/2005 13:02:39 14. STF - ConstituioNo afronta o princpio da legalidade a reparao de leses deformantes, a ttulo de dano moral (art. 1.538, 1, do CdigoCivil). (RE 116.447, Rel. Min. Clio Borja, DJ 07/08/92)VI - inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos e garantida,na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias;VII - assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares de internaocoletiva;VIII - ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se asinvocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixada em lei;IX - livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de censura oulicena;"As liberdades pblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmnica, observados os limitesdefinidos na prpria Constituio Federal (CF, artigo 5, 2, primeira parte). O preceito fundamental de liberdade deexpresso no consagra o direito incitao ao racismo, dado que um direito individual no pode constituir-se emsalvaguarda de condutas ilcitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalncia dos princpios da dignidade dapessoa humana e da igualdade jurdica." (HC 82.424, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/03/04)X - so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo danomaterial ou moral decorrente de sua violao;NOVO "A Turma iniciou julgamento de recurso extraordinrio interposto contra acrdo do TRF da 4 Regio que, afastandoa responsabilidade objetiva do Estado, negara provimento a pedido de indenizao por danos morais e materiais. Alega-se,na espcie, ofensa ao art. 37, 6, da CF, porquanto a recorrente teria sofrido abalo psicolgico, assim como realizadogastos com sua inscrio em estabelecimento particular de ensino superior, sendo ambos os danos ocasionados pelanegativa da Universidade Federal de Santa Maria UFSM em efetuar a matrcula da recorrente, com base em exignciaposteriormente declarada descabida pelo tribunal a quo: concluso de estgio profissionalizante. O Min. Carlos Velloso,relator, conheceu em parte do recurso e, nessa parte, deu-lhe provimento para deferir a indenizao por danos morais, a serapurada em liquidao de sentena, no que foi acompanhado pelo Min. Joaquim Barbosa. No conheceu do recurso quanto argio de dano material, uma vez que, na espcie, a ocorrncia do nexo de causalidade entre as despesas realizadaspela recorrente e a negativa da recorrida em efetuar a matrcula somente poderia ser afirmada com o exame de provas. Notocante ao dano moral, aps ressaltar seu status constitucional (CF, art. 5, X), afirmou que a sua concretizao se dquando algum tem ofendido, por ato de terceiro, o seu decoro ou a sua auto-estima, a causar desconforto, aborrecimento ouconstrangimento, no importando, em princpio, a envergadura desses dissabores. Considerou que, no caso, a negativa dematrcula causara dor ntima, abalo psquico e trauma recorrente que, aps ser aprovada em vestibular para ingresso emuniversidade pblica federal, vira seu anseio postergado por exigncia considerada, ulteriormente, dispensvel pelo prprioPoder Judicirio. Aps, o julgamento foi suspenso em virtude do pedido de vista do Min. Gilmar Mendes." (RE 364.631, Rel.Min. Carlos Velloso, Informativo 394)"Alegada nulidade da ao penal, que teria origem em procedimento investigatrio do Ministrio Pblico e incompatibilidadedo tipo penal em causa com a Constituio Federal. Caso em que os fatos que basearam a inicial acusatria emergiramdurante o Inqurito Civil, no caracterizando investigao criminal, como quer sustentar a impetrao. A validade da denncianesses casos, proveniente de elementos colhidos em Inqurito civil, se impe, at porque jamais se discutiu a competnciainvestigativa do Ministrio Pblico diante da cristalina previso constitucional (art. 129, II, da CF). Na espcie, no est emdebate a inviolabilidade da vida privada e da intimidade de qualquer pessoa. A questo apresentada outra. Consiste naobedincia aos princpios regentes da Administrao Pblica, especialmente a igualdade, a moralidade, a publicidade e aeficincia, que estariam sendo afrontados se de fato ocorrentes as irregularidades apontadas no inqurito civil." (HC 84.367,Rel. Min. Carlos Britto, DJ 18/02/05) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (14 of 574)17/08/2005 13:02:39 15. STF - Constituio"Delao annima. (...) A questo da vedao constitucional do anonimato (CF, art. 5, IV, in fine), em face da necessidadetico-jurdica de investigao de condutas funcionais desviantes. (...) O direito pblico subjetivo do cidado ao fieldesempenho, pelos agentes estatais, do dever de probidade constituiria uma limitao externa aos direitos dapersonalidade? Liberdades em antagonismo. Situao de tenso dialtica entre princpios estruturantes da ordemconstitucional. Coliso de direitos que se resolve, em cada caso ocorrente, mediante ponderao dos valores e interesses emconflito." (MS 24.369, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/10/02)"Constitucional. Dano moral: fotografia: publicao no consentida: indenizao: cumulao com o dano material:possibilidade. Constituio Federal, art. 5, X. I. Para a reparao do dano moral no se exige a ocorrncia de ofensa reputao do indivduo. O que acontece que, de regra, a publicao da fotografia de algum, com intuito comercial ou no,causa desconforto, aborrecimento ou constrangimento, no importando o tamanho desse desconforto, desse aborrecimentoou desse constrangimento. Desde que ele exista, h o dano moral, que deve ser reparado, manda a Constituio, art. 5,X." (RE 215.984, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 28/06/02)O sigilo bancrio s existe no Direito brasileiro por fora de lei ordinria. No entendo que se cuide de garantia com statusconstitucional. No se trata da intimidade protegida no inciso X do art. 5 da Constituio Federal. (MS 21.729, voto do Min.Seplveda Pertence, DJ 19/10/01)A quebra do sigilo fiscal, bancrio e telefnico de qualquer pessoa sujeita a investigao legislativa pode ser legitimamentedecretada pela Comisso Parlamentar de Inqurito, desde que esse rgo estatal o faa mediante deliberaoadequadamente fundamentada e na qual indique a necessidade objetiva da adoo dessa medida extraordinria.Precedente: MS 23.452-RJ, Rel. Min. Celso de Mello (Pleno). (MS 23.639, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/02/01)"DNA: submisso compulsria ao fornecimento de sangue para a pesquisa do DNA: estado da questo no direito comparado:precedente do STF que libera do constrangimento o ru em ao de investigao de paternidade (HC 71.373) e o dissensodos votos vencidos: deferimento, no obstante, do HC na espcie, em que se cuida de situao atpica na qual se pretende -de resto, apenas para obter prova de reforo - submeter ao exame o pai presumido, em processo que tem por objeto apretenso de terceiro de ver-se declarado o pai biolgico da criana nascida na constncia do casamento do paciente:hiptese na qual, luz do princpio da proporcionalidade ou da razoabilidade, se impe evitar a afronta dignidade pessoalque, nas circunstncias, a sua participao na percia substantivaria." (HC 76.060, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 15/05/98)O fato de a Conveno de Varsvia revelar, como regra, a indenizao tarifada por danos materiais no exclui a relativa aosdanos morais. Configurados esses pelo sentimento de desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhaodecorrentes do extravio de mala, cumpre observar a Carta Poltica da Repblica incisos V e X do artigo 5, no que sesobrepe a tratados e convenes ratificados pelo Brasil. (RE 172.720, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/02/97). No mesmosentido: AI 196.379-AgR, DJ 24/04/98."Discrepa, a mais no poder, de garantias constitucionais implcitas e explcitas - preservao da dignidade humana, daintimidade, da intangibilidade do corpo humano, do imprio da lei e da inexecuo especfica e direta de obrigao de fazer -provimento judicial que, em ao civil de investigao de paternidade, implique determinao no sentido de o ru serconduzido ao laboratrio, debaixo de vara, para coleta do material indispensvel feitura do exame DNA. A recusa resolve-se no plano jurdico-instrumental, consideradas a dogmtica, a doutrina e a jurisprudncia, no que voltadas ao deslinde dasquestes ligadas prova dos fatos." (HC 71.373, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 22/11/96)"Inadmissibilidade, como prova, de laudos de degravao de conversa telefnica e de registros contidos na memria demicro computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI, da Constituio Federal); no primeiro caso, por se tratar degravao realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, havendo a degravaco sido feita cominobservncia do princpio do contraditrio, e utilizada com violao a privacidade alheia (art. 5, X, da CF); e, no segundocaso, por estar-se diante de micro computador que, alm de ter sido apreendido com violao de domiclio, teve a memrianele contida sido degradada ao arrepio da garantia da inviolabilidade da intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)." (AP307, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 13/10/95)XI - a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso deflagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial; file:///K|/STF%20-%20CF.htm (15 of 574)17/08/2005 13:02:39 16. STF - ConstituioCuidando-se de crime de natureza permanente, a priso do traficante, em sua residncia, durante o perodo noturno, noconstitui prova ilcita. (HC 84.772, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 12/11/04)Prova: alegao de ilicitude da prova obtida mediante apreenso de documentos por agentes fiscais, em escritrio deempresa compreendido no alcance da garantia constitucional da inviolabilidade do domiclio e de contaminao dasprovas daquela derivadas: tese substancialmente correta, prejudicada no caso, entretanto, pela ausncia de demonstraoconcreta de que os fiscais no estavam autorizados a entrar ou permanecer no escritrio da empresa, o que no se extrai doacrdo recorrido. Conforme o art. 5, XI, da Constituio afora as excees nele taxativamente previstas (em caso deflagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro) s a determinao judicial autoriza, e durante o dia, a entrada dealgum autoridade ou no no domiclio de outrem, sem o consentimento do morador. (RE 331.303-AgR, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 12/03/04)Impe-se destacar, por necessrio, que o conceito de casa, para os fins da proteo jurdico-constitucional a que se refereo art. 5, XI, da Lei Fundamental, reveste-se de carter amplo, pois compreende, na abrangncia de sua designao tutelar,(a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer aposento ocupado de habitao coletiva e (c) qualquer compartimentoprivado onde algum exerce profisso ou atividade. Esse amplo sentido conceitual da noo jurdica de casa - que abrangee se estende aos consultrios profissionais dos cirurgies-dentistas (...) - revela-se plenamente consentneo com a exignciaconstitucional de proteo esfera de liberdade individual e de privacidade pessoal. (RE 251.445, Rel. Min. Celso de Mello,DJ 03/08/00)"Inadmissibilidade, como prova, de laudos de degravao de conversa telefnica e de registros contidos na memria demicro computador, obtidos por meios ilcitos (art. 5, LVI, da Constituio Federal); no primeiro caso, por se tratar de gravaorealizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, havendo a degravaco sido feita com inobservncia doprincpio do contraditrio, e utilizada com violao a privacidade alheia (art. 5, X, da CF); e, no segundo caso, por estar-sediante de micro computador que, alm de ter sido apreendido com violao de domiclio, teve a memria nele contida sidodegradada ao arrepio da garantia da inviolabilidade da intimidade das pessoas (art. 5, X e XI, da CF)." (AP 307, Rel. Min.Ilmar Galvo, DJ 13/10/95)Invaso de domiclio para realizao do flagrante. (...). Legitimidade do flagrante. Infrao permanente. Estado de flagrnciacaracterizado, o que afasta a exigncia de mandado judicial. (HC 70.909, Rel. Min. Paulo Brossard, DJ 25/11/94)XII - inviolvel o sigilo da correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas,salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigao criminal ouinstruo processual penal;(...) (a) polmica - ainda aberta no STF - acerca da viabilidade ou no da tutela jurisdicional preventiva de publicao dematria jornalstica ofensiva a direitos da personalidade; (b) peculiaridade, de extremo relevo, de discutir-se no caso dadivulgao jornalstica de produto de interceptao ilcita - hoje, criminosa - de comunicao telefnica, que a Constituioprotege independentemente do seu contedo e, conseqentemente, do interesse pblico em seu conhecimento e danotoriedade ou do protagonismo poltico ou social dos interlocutores. (Pet 2.702, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 19/09/03)Carta rogatria - objeto - Dados de processos em curso no Brasil e coleta de depoimentos. O levantamento de dadosconstantes de processos em andamento no Brasil no implica a quebra do sigilo assegurado pela Carta da Repblica, ante apublicidade que os reveste. (CR 9.854-AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 27/06/03) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (16 of 574)17/08/2005 13:02:39 17. STF - ConstituioA prova ilcita, caracterizada pela escuta telefnica, no sendo a nica produzida no procedimento investigatrio, no ensejadesprezarem-se as demais que, por ela no contaminadas e dela no decorrentes, formam o conjunto probatrio da autoria ematerialidade do delito. No se compatibiliza com o rito especial e sumrio do habeas corpus o reexame aprofundado daprova da autoria do delito. Sem que possa colher-se dos elementos do processo a resultante conseqncia de que toda aprova tenha provindo da escuta telefnica, no h falar-se em nulidade do procedimento penal. (HC 75.497, Rel. Min.Maurcio Corra, DJ 09/05/03)Interceptao telefnica. Prova ilcita. Autorizao judicial deferida anteriormente Lei n 9.296/96, que regulamentou oinciso XII do artigo 5 da Constituio Federal. Nulidade da ao penal, por fundar-se exclusivamente em conversas obtidasmediante quebra dos sigilos telefnicos dos pacientes. (HC 81.154, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19/12/01)Quando o trfico ilcito de entorpecentes se estende por mais de uma jurisdio, competente, pelo princpio da preveno,o Juiz que primeiro toma conhecimento da infrao e pratica qualquer ato processual. No caso, o ato que fixou acompetncia do juiz foi a autorizao para proceder a escuta telefnica das conversas do Paciente. (HC 82.009, Rel. Min.Nelson Jobim, DJ 19/12/02)Interceptao telefnica: exigncia de autorizao do juiz competente da ao principal (Lei n 9.296/96, art. 1):inteligncia. Se se cuida de obter a autorizao para a interceptao telefnica no curso de processo penal, no suscitadvidas a regra de competncia do art. 1 da Lei n 9.296/96: s ao juiz da ao penal condenatria - e que dirige toda ainstruo -, caber deferir a medida cautelar incidente. Quando, no entanto, a interceptao telefnica constituir medidacautelar preventiva, ainda no curso das investigaes criminais, a mesma norma de competncia h de ser entendida eaplicada com temperamentos, para no resultar em absurdos patentes: a, o ponto de partida determinao dacompetncia para a ordem judicial de interceptao - no podendo ser o fato imputado, que s a denncia, eventual e futura,precisar -, haver de ser o fato suspeitado, objeto dos procedimentos investigatrios em curso. No induz ilicitude daprova resultante da interceptao telefnica que a autorizao provenha de Juiz Federal aparentemente competente, vista do objeto das investigaes policiais em curso, ao tempo da deciso - que, posteriormente, se haja declaradoincompetente, vista do andamento delas. (HC 81.260, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 19/04/02)Escuta gravada da comunicao telefnica com terceiro, que conteria evidncia de quadrilha que integrariam: ilicitude, nascircunstncias, com relao a ambos os interlocutores. A hiptese no configura a gravao da conversa telefnica prpriapor um dos interlocutores - cujo uso como prova o STF, em dadas circunstncias, tem julgado lcito - mas, sim, escuta egravao por terceiro de comunicao telefnica alheia, ainda que com a cincia ou mesmo a cooperao de um dosinterlocutores: essa ltima, dada a interveno de terceiro, se compreende no mbito da garantia constitucional do sigilo dascomunicaes telefnicas e o seu registro s se admitir como prova, se realizada mediante prvia e regular autorizaojudicial. A prova obtida mediante a escuta gravada por terceiro de conversa telefnica alheia patentemente ilcita emrelao ao interlocutor insciente da intromisso indevida, no importando o contedo do dilogo assim captado. A ilicitude daescuta e gravao no autorizadas de conversa alheia no aproveita, em princpio, ao interlocutor que, ciente, hajaaquiescido na operao; aproveita-lhe, no entanto, se, ilegalmente preso na ocasio, o seu aparente assentimento naempreitada policial, ainda que existente, no seria vlido. A extenso ao interlocutor ciente da excluso processual doregistro da escuta telefnica clandestina - ainda quando livre o seu assentimento nela - em princpio, parece inevitvel, se aparticipao de ambos os interlocutores no fato probando for incindvel ou mesmo necessria composio do tipo criminalcogitado, qual, na espcie, o de quadrilha. (HC 80.949, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 14/12/01)Utilizao de gravao de conversa telefnica feita por terceiro com a autorizao de um dos interlocutores sem oconhecimento do outro quando h, para essa utilizao, excludente da antijuridicidade. Afastada a ilicitude de tal conduta - ade, por legtima defesa, fazer gravar e divulgar conversa telefnica ainda que no haja o conhecimento do terceiro que estpraticando crime -, ela, por via de conseqncia, lcita e, tambm conseqentemente, essa gravao no pode ser tidacomo prova ilcita, para invocar-se o artigo 5, LVI, da Constituio com fundamento em que houve violao da intimidade(art. 5, X, da Carta Magna). (HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 15/08/97) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (17 of 574)17/08/2005 13:02:39 18. STF - ConstituioO sigilo bancrio s existe no Direito brasileiro por fora de lei ordinria. No entendo que se cuide de garantia com statusconstitucional. (...). Da minha leitura, no inciso XII da Lei Fundamental, o que se protege, e de modo absoluto, at em relaoao Poder Judicirio, a comunicao de dados e no os dados, o que tornaria impossvel qualquer investigaoadministrativa, fosse qual fosse. Reporto-me, no caso, brevitatis causao, a um primoroso estudo a respeito do ProfessorTrcio Sampaio Ferraz Jnior. Em princpio, por isso, admitiria que a lei autorizasse autoridades administrativas, com funoinvestigatria e sobretudo o Ministrio Pblico, a obter dados relativos a operaes bancrias. (MS 21.729, voto do Min.Seplveda Pertence, DJ 19/10/01)Nota - At a edio da Lei n 9.296/96, o entendimento do Tribunal era no sentido da impossibilidade de interceptaotelefnica, mesmo com autorizao judicial, em investigao criminal ou instruo processual penal, tendo em vista a no-recepo do art. 57, II, e da Lei n 4.117/62 (Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes)."O art. 5, XII, da Constituio, que prev, excepcionalmente, a violao do sigilo das comunicaes telefnicas para fins deinvestigao criminal ou instruo processual penal, no auto-aplicvel: exige lei que estabelea as hipteses e a formaque permitam a autorizao judicial. Precedentes. a) Enquanto a referida lei no for editada pelo Congresso Nacional, considerada prova ilcita a obtida mediante quebra do sigilo das comunicaes telefnicas, mesmo quando haja ordemjudicial (CF, art. 5, LVI). b) O art. 57, II, a, do Cdigo Brasileiro de Telecomunicaes no foi recepcionado pela atualConstituio, a qual exige numerus clausus para a definio das hipteses e formas pelas quais legtima a violao dosigilo das comunicaes telefnicas. A garantia que a Constituio d, at que a lei o defina, no distingue o telefone pblicodo particular, ainda que instalado em interior de presdio, pois o bem jurdico protegido a privacidade das pessoas,prerrogativa dogmtica de todos os cidados. As provas obtidas por meios ilcitos contaminam as que so exclusivamentedelas decorrentes; tornam-se inadmissveis no processo e no podem ensejar a investigao criminal e, com mais razo, adenncia, a instruo e o julgamento (CF, art. 5, LVI), ainda que tenha restado sobejamente comprovado, por meio delas,que o Juiz foi vtima das contumlias do paciente." (HC 72.588, Rel. Min. Mauricio Corra, DJ 04/08/00). No mesmo sentido:HC 74.586, DJ 27/04/01." ilcita a prova produzida mediante escuta telefnica autorizada por magistrado, antes do advento da Lei n 9.296, de24.07.96, que regulamentou o art. 5, XII, da Constituio Federal." (HC 74.116, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 14/03/97)A administrao penitenciria, com fundamento em razes de segurana pblica, de disciplina prisional ou de preservaoda ordem jurdica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, pargrafo nico, daLei n 7.210/84, proceder interceptao da correspondncia remetida pelos sentenciados, eis que a clusula tutelar dainviolabilidade do sigilo epistolar no pode constituir instrumento de salvaguarda de prticas ilcitas. (HC 70.814, Rel. Min.Celso de Mello, DJ 24/06/94)XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as qualificaes profissionais que a leiestabelecer;"A exigncia temporal de dois anos de bacharelado em Direito como requisito para inscrio em concurso pblico paraingresso nas carreiras do Ministrio Pblico da Unio, prevista no art. 187 da Lei complementar n 75/93, no representaofensa ao princpio da razoabilidade, pois, ao contrrio de se afastar dos parmetros da maturidade pessoal e profissional aque objetivam a norma, adota critrio objetivo que a ambos atende." (ADI 1.040, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 01/04/05)Em sntese, a legislao local submete o contribuinte exceo de emitir notas fiscais individualizadas, quando em dbitopara com o fisco. Entendo conflitante com a Carta da Repblica o procedimento adotado. (...) A lei estadual contraria,portanto, os textos constitucionais evocados, ou seja, a garantia do livre exerccio do trabalho, ofcio ou profisso - inciso XIIIdo artigo 5 da Carta da Repblica - e de qualquer atividade econmica pargrafo nico do artigo 170 da ConstituioFederal. (RE 413.782, voto do Min. Marco Aurlio, DJ 03/06/05) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (18 of 574)17/08/2005 13:02:39 19. STF - ConstituioO art. 70 da Lei n. 8.713, de 30.09.1993, veda, a partir da data da escolha do candidato pelo partido, a transmisso deprograma de radio ou televiso por ele apresentado ou comentado. E o pargrafo nico acrescenta que, sendo o nome doprograma o mesmo que o do candidato, proibida a sua divulgao, sob pena de cassao do respectivo registro. Taisnormas, a um primeiro exame do Tribunal, para efeito de medida cautelar, no estabelecem nova hiptese de inelegibilidadeou outra condio de elegibilidade, nem obstam o exerccio de profisso a qualquer apresentador ou comentarista de rdioou televiso. E se destinam a impedir que, durante a propaganda eleitoral, por esses veculos de comunicao, o candidato,pelo exerccio de tal profisso, se coloque, nesse ponto, em posio de ntida vantagem em relao aos candidatos que stero acesso ao pblico, pelos mesmos meios, nos horrios e com as restries a que se referem as normas especifcas damesma Lei 8.713/93 (artigos 59 a 62, 66 e seguintes). Com isso, visam tais dispositivos a observncia do princpio daisonomia, entre os candidatos, durante a propaganda eleitoral. (ADI 1.062-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 01/07/94)XIV - assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccioprofissional;XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,permanecer ou dele sair com seus bens;XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao,desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente;De incio, surge com relevncia mpar pedido de suspenso de decreto mediante o qual foram impostas limitaes liberdade de reunio e de manifestao pblica, proibindo-se a utilizao de carros de som e de outros equipamentos deveiculao de idias. (ADI 1.969-MC, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 05/03/04)XVII - plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;Liberdade negativa de associao: sua existncia, nos textos constitucionais anteriores, como corolrio da liberdade positivade associao e seu alcance e inteligncia, na Constituio, quando se cuide de entidade destinada a viabilizar a gestocoletiva de arrecadao e distribuio de direitos autorais e conexos, cuja forma e organizao se remeteram lei. Direitosautorais e conexos: sistema de gesto coletiva de arrecadao e distribuio por meio do ECAD (Lei 9.610/98, art. 99), semofensa do art. 5, XVII e XX, da Constituio, cuja aplicao, na esfera dos direitos autorais e conexos, ho de conciliar-secom o disposto no art. 5, XXVIII, b, da prpria Lei Fundamental. (ADI 2.054, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ 17/10/03)Liberdade de associao: garantia constitucional de duvidosa extenso s pessoas jurdicas. (ADI 2.054, Rel. Min.Seplveda Pertence, DJ 17/10/03)Confederaes como a presente so meros organismos de coordenao de entidades sindicais ou no (...), que nointegram a hierarquia das entidades sindicais, e que tem sido admitidas em nosso sistema jurdico to-s pelo princpio daliberdade de associao. (ADI 444, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 25/10/91)No se h de confundir a liberdade de associao, prevista de forma geral no inciso XVII do rol das garantiasconstitucionais, com a criao, em si, de sindicato. O critrio da especificidade direciona observao do disposto no inciso IIdo artigo 8 da Constituio Federal, no que agasalhada a unicidade sindical de forma mitigada, ou seja, considerada a reade atuao, nunca inferior de um municpio. (RE 207.858, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 14/05/99)XVIII - a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada a interfernciaestatal em seu funcionamento;XIX - as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso judicial,exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;XX - ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; file:///K|/STF%20-%20CF.htm (19 of 574)17/08/2005 13:02:39 20. STF - Constituio"Estatuto da Polcia Civil do Estado do Piau (Lei Complementar n 01, de 26/06/90), art. 151; Portaria n 12. 000-007/96, de9.1.1996, do Secretrio de Segurana Pblica do Estado do Piau. Vedao de desconto de contribuio sindical. Violaoao art. 8, IV, c/c o art. 37, VI, da Constituio. Reconhecimento de duas entidades representativas da Polcia Civil do Estadodo Piau. Transgresso ao art. 5, inciso XX, tanto na sua dimenso positiva, quanto na dimenso negativa (direito de no seassociar)." (ADI 1.416, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14/11/02)XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiados judicial ouextrajudicialmente;"A impetrao de mandado de segurana coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorizaodestes." (SM. 629)A autorizao para que as entidades associativas tenham legitimidade para representar seus filiados judicialmente tem queser expressa (CF, art. 5, XXI), no bastando a previso genrica constante em seu estatuto, nem a deciso tomada pormaioria na assemblia geral no sentido de autorizar a AJURIS a promover tal ao, j que a ata no menciona quaisassociados que divergiram. (AO 152, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 03/03/00)A autorizao para que as entidades associativas tenham legitimidade para representar seus filiados judicialmente tem queser expressa (CF, art. 5, XXI), sendo necessrio a juntada de instrumento de mandato ou de ata da assemblia geral compoderes especficos, no bastando previso genrica constante em seu estatuto. (RE 233.297, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ04/06/99)Porque a recorrente entidade ou associao de classe, e porque tem-se, no caso, ao ordinria coletiva, aplicvel aregra do art. 5, XXI, da C.F.: exigncia de autorizao expressa dos filiados. (RE 225.965-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ05/03/99)A representao prevista no inciso XXI do artigo 5 da Constituio Federal surge regular quando autorizada a entidadeassociativa a agir judicial ou extrajudicialmente mediante deliberao em assemblia. Descabe exigir instrumentos demandatos subscritos pelos associados. (RE 192.305, Rel. Min. Marco Aurlio, DJ 21/05/99). No mesmo sentido: MS 23.879,DJ 16/11/01.Somente quem se julga ofendido pode pedir explicaes em juzo. (...) Tratando-se de expresses dbias, ambguas ouequvocas, alegadamente ofensivas, que teriam sido dirigidas aos Juzes classistas, a estes - e no entidade de classeque os representa - que assiste o direito de utilizar o instrumento formal da interpelao judicial. (Pet 1.249-AgR, Rel. Min.Celso de Mello, DJ 09/04/99). No mesmo sentido: Pet 1.673-AgR, DJ 06/08/99.XXII - garantido o direito de propriedade;"Deciso que (...) ofende a garantia constitucional da propriedade, visto que no observada a ordem de preferncia decrditos. (RE 198.527, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 17/12/99)O processo de reforma agrria, em uma sociedade estruturada em bases democrticas, no pode ser implementado pelouso arbitrrio da fora e pela prtica de atos ilcitos de violao possessria, ainda que se cuide de imveis alegadamenteimprodutivos, notadamente porque a Constituio da Repblica - ao amparar o proprietrio com a clusula de garantia dodireito de propriedade (CF, art. 5, XXII) - proclama que ningum ser privado (...) de seus bens, sem o devido processolegal (art. 5, LIV). (ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/04/04) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (20 of 574)17/08/2005 13:02:39 21. STF - ConstituioA inexistncia de qualquer indenizao sobre a parcela de cobertura vegetal sujeita a preservao permanente implicaviolao aos postulados que asseguram os direito de propriedade e a justa indenizao. (RE 267.817, Rel. Min. MaurcioCorra, DJ 29/11/02)"Diga-se, tambm, que no h como excluir do montante indenizatrio os valores das matas e das benfeitorias existentes naterra nua, uma vez que tais bens integram a rea expropriada, fazendo parte integrante da mesma, motivo pelo qual noprocede a irresignao da apelante." (AI 187.726-AgR, voto do Min. Moreira Alves, DJ 20/06/97)A alegao de ofensa garantia dominial impe, para efeito de seu reconhecimento, a anlise prvia da legislao comum,pertinente regncia normativa do direito de propriedade, o que poder caracterizar, quando muito, situao de ofensareflexa ao texto da Constituio, suficiente, por si s, para descaracterizar o prprio cabimento do apelo extremo. (AI 338.090-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 12/04/02)A circunstncia de o Estado dispor de competncia para criar reservas florestais no lhe confere, s por si - considerando-seos princpios que tutelam, em nosso sistema normativo, o direito de propriedade -, a prerrogativa de subtrair-se aopagamento de indenizao compensatria ao particular, quando a atividade pblica, decorrente do exerccio de atribuiesem tema de direito florestal, impedir ou afetar a vlida explorao econmica do imvel por seu proprietrio. (RE 134.297,Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22/09/95)O proprietrio do prdio vizinho no ostenta o direito de impedir que se realize edificao capaz de tolher a vista desfrutadaa partir de seu imvel, fundando-se, para isso, no direito de propriedade. (RE 145.023, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ 18/12/92)XXIII - a propriedade atender a sua funo social;O direito de propriedade no se reveste de carter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a significar que,descumprida a funo social que lhe inerente (CF, art. 5, XXIII), legitimar-se- a interveno estatal na esfera dominialprivada, observados, contudo, para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados na prpria Constituio daRepblica. O acesso terra, a soluo dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imvel rural, autilizao apropriada dos recursos naturais disponveis e a preservao do meio ambiente constituem elementos derealizao da funo social da propriedade. (ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 23/04/04)A nica hiptese na qual a Constituio admite a progressividade das alquotas do IPTU a do art. 182, 4, II, destinada aassegurar o cumprimento da funo social da propriedade urbana. (AI 456.513-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, DJ14/11/03)A progressividade do IPTU, que imposto de natureza real em que no se pode levar em considerao a capacidadeeconmica do contribuinte, s admissvel, em face da Constituio, para o fim extrafiscal de assegurar o cumprimento dafuno social da propriedade. (RE 192.737, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 05/09/97)A garantia da funo social da propriedade (art. 5, XXIII da Constituio) no afeta as normas de composio de conflito devizinhana insertas no Cdigo Civil (art. 573 e seus pargrafos), para impor gratuitamente, ao proprietrio, a ingerncia deoutro particular em seu poder de uso, pela circunstncia de exercer este ltimo atividade reconhecida como de utilidadepblica. (RE 211.385, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 24/09/99)O direito de edificar relativo, dado que condicionado funo social da propriedade. (RE 178.836, Rel. Min. CarlosVelloso, DJ 20/08/99) file:///K|/STF%20-%20CF.htm (21 of 574)17/08/2005 13:02:39 22. STF - ConstituioA prpria Constituio da Repblica, ao impor ao poder pblico dever de fazer respeitar a integridade do patrimnioambiental, no o inibe, quando necessria a interveno estatal na esfera dominial privada, de promover a desapropriaode imveis rurais para fins de reforma agrria, especialmente porque um dos instrumentos de realizao da funo social dapropriedade consiste, precisamente, na submisso do domnio necessidade de o seu titular utilizar adequadamente osrecursos naturais disponveis e de fazer preservar o equilbrio do meio ambiente. (MS 22.164, Rel. Min. Celso de Mello, DJ17/11/95)XXIV - a lei estabelecer o procedimento para desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social,mediante justa e prvia indenizao em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituio;Na desapropriao, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatrios de 12% (doze por cento) ao ano. (SM. 618)No contraria a Constituio o art. 15, 1, do decreto-lei 3365/1941 (Lei da desapropriao por utilidade pblica). (SM.652)"Encontra ressonncia na doutrina e na jurisprudncia a competncia dos demais entes da Federao para proceder desapropriao, por interesse social, de imvel rural, com pagamento de prvia e justa indenizao em dinheiro. Aqui no secogita se a propriedade produtiva, se latifndio ou no. No se trata de sano pelo mau uso da propriedade. Narealidade, o ente estatal, para desenvolver polticas pblicas relacionadas com interesse social especfico, expropria e paga adevida indenizao ao expropriado, como no caso, sem que com isso invada competncia prpria da Unio Federal." (SS2.217, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 09/09/03)"Diversa a modalidade de desapropriao amparada no artigo 5, inciso XXIV, da Constituio e regulamentada pela Lei4132, de 10/09/62, que arrola as hipteses de interesse social em seu artigo 2. Segundo Hely Lopes Meirelles, h interessesocial quando as circunstncias impem a distribuio ou o condicionamento da propriedade para seu melhoraproveitamento, utilizao, ou produtividade em benefcio da coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparoespecfico do Poder Pblico. Nesse caso, os bens desapropriados no se destinam Administrao ou a seus delegados,mas sim coletividade ou a certos beneficirios que a lei credencia para receb-los ou utiliz-los convenientemente." (SS2.217, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 09/09/03)De h muito, a jurisprudncia desta Corte afirmou que a ao de desapropriao indireta tem carter real e no pessoal,traduzindo-se numa verdadeira expropriao s avessas, tendo o direito indenizao que da nasce o mesmo fundamentoda garantia constitucional da justa indenizao nos casos de desapropriao regular. No tendo o dispositivo ora impugnadosequer criado uma modalidade de usucapio por ato ilcito com o prazo de cinco anos para, atravs dele, transcorrido esseprazo, atribuir o direito de propriedade ao Poder Pblico sobre a coisa de que ele se apossou administrativamente, relevante o fundamento jurdico da presente argio de inconstitucionalidade no sentido de que a prescrio extintiva, oracriada, da ao de indenizao por desapropriao indireta fere a garantia constitucional da justa e prvia indenizao, aqual se aplica tanto desapropriao direta como indireta. (ADI 2.260-MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 02/08/02)Discute-se se a imisso provisria na posse do imvel expropriado, initio litis, fica sujeita ao depsito integral do valorestabelecido em laudo do perito avaliador, se impugnada a oferta pelo expropriado, ou se, por fora dos pargrafos do art. 15do Decreto-lei n 3.365/1941 e do art. 3 do Decreto-lei n 1.075/1970, possvel, aos efeitos indicados, o depsito peloexpropriante da metade do valor arbitrado. O depsito prvio no importa o pagamento definitivo e justo conforme art. 5,XXIV, da Constituio. No incidncia do art. 182, 4, III, da Lei Maior de 1988. A imisso provisria na posse pressupe aurgncia do ato administrativo em apreo. Inexistncia de incompatibilidade, do art. 3 do Decreto-lei n 1.075/1970 e do art.15 e seus pargrafos, Decreto-lei n 3.365/1941, com os dispositivos constitucionais aludidos (incisos XXII, XXIII e XXIV doart. 5 e 182, 3, da Constituio). (RE 184.069, Rel. Min. Nri da Silveira, DJ 08/03/02). No mesmo sentido: RE 176.108, DJ26/02/99.Subsiste, no regime da Constituio Federal de 1988 (art. 5, XXIV), a jurisprudncia firmada pelo Supremo Tribunal sob agide das Cartas anteriores, ao assentar que s a perda da propriedade, no final da ao de desapropriao - e no aimisso provisria na posse do imvel - est compreendida na garantia da justa e prvia indenizao. (RE 195.586, Rel. Min.Octavio Gallotti, DJ 26/04/96). No mesmo sentido: RE 141.795, DJ 29/09/95. file:///K|/STF%20-%20CF.htm (22 of 574)17/08/2005 13:02:39 23. STF - ConstituioNo ocorre julgamento extra petita, se dos fatos alegados e discutidos na ao de desapropriao indireta, sobreveio ore