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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA SOCIAL - PPGMS MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO: A EFEMERIDADE DO ARTEFATO TECNOLÓGICO E O DESAFIO DA PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL SILVIA RAMOS GOMES DA COSTA ORIENTADORA: PROFª DRª LEILA BEATRIZ RIBEIRO

Defesa de Dissertação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIOPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEMÓRIA SOCIAL - PPGMS

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL

AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO:A EFEMERIDADE DO ARTEFATO TECNOLÓGICO E

O DESAFIO DA PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL

SILVIA RAMOS GOMES DA COSTAORIENTADORA: PROFª DRª LEILA BEATRIZ RIBEIRO

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OBJETIVOSCompreender como os artefatos tecnológicos entendidoscomo objetos efêmeros — tornam-se (re) apresentaçõesde algo que está ausente. E tendo em vista as questõesda preservação audiovisual, o intuito é estudar quaisvalores lhes são atribuídos, ampliando seu sentido usualpara um significado de referência no próprio fazercinematográfico;

Analisar o conceito de artefato tecnológico audiovisual; Identificar como eles adquirem mais de um significadodependendo das intermediações sociais de que participam; e

Relacioná-los as estratégias de apropriação quejustifiquem sua ação de salvaguarda.

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O ARTEFATO TECNOLÓGICO AUDIOVISUAL

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A TRAJETÓRIA DO ARTEFATO NA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA: AS ONDAS DE DESTRUIÇÃO

“... eu gostaria que fosse entendido em que medida a noção de arquivo cinematográfico é inseparável de uma prática cotidiana de descarte.”

(Raymond Borde, 1991)

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A PRIMEIRA ONDA: “UMA SIMPLES CRISE DE CRESCIMENTO”

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A SEGUNDA ONDA: A CHEGADA DO FILME SONORO

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A TERCEIRA ONDA: “NITRATOFOBIA”

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A QUARTA ONDA: “DO GRÃO AO PIXEL”

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AS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO: OS CONSTRUTORES DA MEMÓRIA AUDIOVISUAL

“Como espaço do triunfo do objeto, a coleção pressupõe o reordenamento do mundo exterior e do próprio tempo. Isso é feito por práticas, como o arranjo, a associação, a classificação e a manipulação de objetos, que nos auxiliam ainda a ter o domínio sobre as coisas que nos cercam.”

(Leila Beatriz Ribeiro, 2008)

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NARRATIVAS DE APROPRIAÇÃO

“Como os filmes poderiam se tornar algo sério se era para ser tão efêmero tão carente de orgulho de ancestralidade ou de tradição?”

“... essa simples fita de celuloide impresso constitui não somente um documento histórico, mas uma parcela da história, e de história que não desapareceu, que não precisa de um gênio para a ressuscitar”

“O cinema é arte da destruição das imagens em movimento.”

(Boleslav Matuszewski, 2001)

(Iris Barry apud Graham L. Eng-Wilmot, 2008)

(Paolo Cherchi Usai apud Graham L. Eng-Wilmot, 2008)

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O DOCUMENTO AUDIOVISUAL

“Os documentos audiovisuais apresentam-se sob diversos suportes físicos característicos (atuais e obsoletos) cujos formatos estão profundamente enraizados na consciência coletiva. O disco de vitrola e a película perfurada constituem ícones concretos, reconhecíveis e universais, ainda que também se registrem sons e imagens sobre suportes cuja identidade visual é menos marcante, a exemplo das fitas magnéticas e dos discos rígidos de computador. Em todo caso, as tecnologias associadas a eles são representadas com a ajuda de ícones visuais fáceis de reconhecer, como o pavilhão do gramofone, o auto-falante, a bobina de filme, o projetor e o raio de luz que ilumina a tela.”

(Ray Edmondson, 2004)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O cinema é efêmero, não por uma característica particular, mas porque é uma expressão artística economicamente e culturamente vinculada a modernidade e seus desdobramentos. A alegoria das “ondas de destruição” apontam que nunca existirá um formato definitivo, ainda que atualmente não possamos imaginá-lo. O desafio da preservação audiovisual se constitui em como viabilizar uma apropriação social de tão extenso patrimônio. A história do cinema, no ponto de vista da sua produção é tão relevante como as filmografias nacionais ou de corrente artísticas?

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REFERÊNCIASAMO GARCÍA, Alfonso del. Crisis de conservación.Oleadas de destrucción. In: FIAT/ IFTA WORLD CONFERENCE, 2006, Madrid. [Apresentação]. Madrid: Federação Internacional de Arquivos de Televisão, 2006.

BORDE, Raymond. Los archivos cinematográficos. Valencia: Filmoteca de la Generalitat Valenciana, 1991.

RIBEIRO, Leila Beatriz. Patrimônio visual: as imagens como artefatos culturais. In: DODEBEI, Vera; ABREU, Regina (Org.) E o patrimônio? Rio de Janeiro: Contra Capa: PPGMS, 2008. p. 59-71.

MATUSZEWSKI, Boleslav. Uma nova fonte histórica. Tradução: Daniel Caetano. Contracampo, n. 34, 2001.

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REFERÊNCIASENG-WILMOT, Graham L. The decay of memory andmatter: material transformation in the new artistic archive. Washington DC: Dissertação (Master of Arts in Communication, Culture & Technology) – Faculty of the Graduate School of Arts and Sciences of Georgetown University, Washington DC, 2008.

EDMONDSON, Ray. Audiovisual archiving:Philosophy and principles. Tradução: Carlos Roberto de Souza [No prelo]. Paris: UNESCO, 2004.

UNESCO. Recomendação sobre a salvaguarda e a conservação das imagens em movimentos. In: CALIL, Carlos Augusto et. al. Cinemateca imaginária:cinema & memória. Rio de Janeiro: Embrafilme, 1981. p. 141-160.

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A TODOS, O MEU MUITO OBRIGADO.

A profª. drª. Leila Beatriz Ribeiro,

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Memória Social, em especial ao coordenador prof. dr. Francisco Ramos de Farias,

A profª. drª. Camen Irene Correia, profª. drª. Rosa Inêsde Novais e ao dr. Rafael de Luna Freire,

A profª. drª. Anita Leandro,

Ao prof. Hernani Heffner,

Ao Robson Patrocínio e

Ao meus amigos de profissão e linha de pesquisa