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(Caracterização e responsabilidade civil) aulas passadas. Desconsideração da personalidade Jurídica Oferta enganosa Publicidadeabusiva Prática Abusiva Prática Abusiva Art. 28 CDC Práticas Comerciais regulamentadas, mas não proibidas. Somente as abusivas são vedadas. Desconsideração da Pessoa Jurídica trata-se do redirecionamento da Execução em face da possibilidade de afastamento da autonomia da sociedade, passando sócios e administradores a responderem pelos prejuízos causados pela Pessoa Jurídica. As obrigações contraídas no CNPJ, da empresa passa para os sócios (pessoa incorpórea) . Se usada com abuso posso ir diretamente no patrimônio dos sócios. Se não tenho CNPJ não posso desconsiderar. No código civil artigo 50. No Direito Civil ou tenho confusão patrimonial ou um desvio de atividade. Tenho que verificar se houve fraude ou gestão culpo9sa. Se for o consumidor lesado, artigo 28 C.D.C hipóteses: Para o consumidor, basta a pessoa jurídica ter falido e quem decide é o juiz se gestão fraudulenta ou culposa. Oferta art. 30 (Práticas Comerciais). Capítulo 05 a publicidade tem o propósito de ofertar produtos. 1- Precisão da Informação diante do Puffing (exagero). Ex: se vender a bolacha como sendo a melhor do mundo é pufing. Mas quando há oferta sem preço é abuso. 2- Veiculação plano da eficácia. Artigo 31 a- veracidade da oferta vinculada ao Direito da Informação do Consumidor. Quando há precisão e vinculação há como exigir do fornecedor.

Direito do consumidor (1)

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Direito do consumidor - detalhes

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Page 1: Direito do consumidor (1)

(Caracterização e responsabilidade civil) aulas passadas.

Desconsideração da personalidade Jurídica

Oferta

→ enganosa

Publicidade→

→abusiva

Prática Abusiva

Prática Abusiva

Art. 28 CDC

Práticas Comerciais regulamentadas, mas não proibidas. Somente as abusivas são

vedadas.

Desconsideração da Pessoa Jurídica trata-se do redirecionamento da Execução em

face da possibilidade de afastamento da autonomia da sociedade, passando sócios

e administradores a responderem pelos prejuízos causados pela Pessoa Jurídica.

As obrigações contraídas no CNPJ, da empresa passa para os sócios (pessoa

incorpórea) . Se usada com abuso posso ir diretamente no patrimônio dos sócios.

Se não tenho CNPJ não posso desconsiderar. No código civil artigo 50. No Direito

Civil ou tenho confusão patrimonial ou um desvio de atividade. Tenho que verificar

se houve fraude ou gestão culpo9sa. Se for o consumidor lesado, artigo 28 C.D.C

hipóteses:

Para o consumidor, basta a pessoa jurídica ter falido e quem decide é o juiz se

gestão fraudulenta ou culposa.

Oferta art. 30 (Práticas Comerciais).

Capítulo 05 – a publicidade tem o propósito de ofertar produtos.

1- Precisão da Informação – diante do Puffing (exagero). Ex: se vender a

bolacha como sendo a melhor do mundo – é pufing. Mas quando há oferta

sem preço é abuso.

2- Veiculação – plano da eficácia.

Artigo 31 a- veracidade da oferta – vinculada ao Direito da Informação do

Consumidor. Quando há precisão e vinculação há como exigir do fornecedor.

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Reposição de Peças - art. 32 C.D.C – relacionada a oferta de produtos que saem

do mercado por detrminado período para produtos duráveis.

Art. 34 – solidariedade, da responsabilidade entre os fornecedores.

Publicidade – meio de veiculação de oferta no mercado. Art. 36 C.D.C. ela não pode

parecer propaganda, não pode fingir ser reportagem. Deve-se deixar claro que é

PUBLICIDAE. É natural escoltar o produto na publicidade, mas não na reportagem,

tem que ficar claro o viés comercial.

Art. 37 C.D.C Publicidade enganosa e abusiva. Parágrafo 1° ENGANOSA.

Publicidade não é propaganda. Propaganda tem cunho ideológico de vender idéia.

A publicidade tem propósito de vender o produto. Propaganda enganosa se vale de

argumentos não verdadeiros para ofertar o produto (Propaganda Iverídica).

Parágrafo 2° - abusiva é a publicidade que atenta contra valores éticos sociais é

preconceituosa ou incita o consumidor a fazer mal a si próprio. Ex: idosos, crianças;

incapazes mentais.

Ônus da Prova: a inversão é Ope Legis, art. 38 do C.D.C (automática). Toda vez

que eu me opuser a uma oferta, cabe ao fornecedor comprovar que aquilo não faz

parte da sua publicidade. O fornecedor deve guardar seus vídeos por algum tempo,

vence o consumidor.

Prática Abusivas – tenho práticas reguladas não permitidas em nenhuma hipótese,

art. 39 do C.D.C, rol (...). não passa pelo plano da validade.

1° Aspecto – o rol é exemplificativo – se o juiz ver uma prática, mesmo que não

esteja no rol, é ele que designa ( pode inventar uma prática abusiva).

I – venda casada consiste em condicionar a venda de um produto ou serviço e

aquisição de outro produto ou serviço. Um produto não pode promover a venda de

outro produto que não interessa ao consumidor . ex: para abrir conta tenho que

contratar crédito. Não caracteriza a venda casada a promoção de 02 pães por um

valor, mas posso comprar um só.

I, parte 2 – venda quantitativa, não impede não impede a venda de mais de um

produto associado, desde passa comprar um só. Ex: remédios que só posso

comprar cartela com 20 e o tratamento é de somente 7 dias.

28/10/13

Práticas abusivas – artigo 39 do CDC: são vedadas, dentre as obrigações

assumidas pelo consumidor existem normas que impedem a autonomia das partes

– caráter númerus abertus:

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I- venda casada e venda quantitativa – venda casada é a proteção do consumidor

para permitir que ele compre um produto sem ser obrigado a comprar outro que ele

não queira. Ex. eu posso vender meu carro só se comprarem o reboque, oferta ao

vizinho? Sim, só não pode se é revendedor, se faz isso habitualmente, pq a prática

comercial é no sentido de reiteração. Há possibilidade de dialogo das fontes, posso

em algumas situações usar esses incisos para relação que não seja de consumo,

mas isso é exceção, não regra. Venda casada – lei 8137 de 90 diz que é crime – art.

2º conceitua venda casada...e a quantitativa está no artigo 3º.

II – recusa em atender demanda – se concretiza sempre que não for atendido a

oferta permanente quando as lojas mantém as portas abertas. Se houver recusa há

violação, seja quem for o sujeito que tenha o dinheiro, terá o direito de comprar.

Artigo 7º da lei 8137/90. Serve para impedir a discriminação e o preconceito. Isso é

comum nos táxis, a não ser que tenha uma justificativa...

Fornecimento não solicitado – prática inserida no CDC e não respeitada por muito

tempo pelas empresas administradora de créditos, a publicidade dava a entender

que era grátis – parágrafo único do artigo 39, sempre que eu receber um produto e

não pedi, é grátis...uma amostra!

Aproveitar-se da vulnerabilidade do consumidor – técnica, jurídica, sócio-econômica

e informacional. Parág. 1º do 51- vantagem exagerada, trata das cláusulas abusivas

Exigir vantagem excessiva –

Necessidade de orçamento prévio e autorização do consumidor – o orçamento é

gratuito, artigo 40! Prazo de validade de 10 dias, o consumidor resolve se vai aderir

ou não a essa oferta!

Repassar informações depreciativas – lista negra com dados do consumidor que

serve para calcular o risco de oferecer empréstimo, e o consumidor não tem acesso.

Os únicos permitidos são os órgãos de proteção ao crédito. Esses cadastros servem

para proteger o consumidor, para que ele não fique devendo ainda mais. Isso foi

instituído ao consumidor como paralelo as relações de trabalho, onde o empregador

não pode repassar informações por baixo dos panos.

Inobservância de regras técnicas – periculosidade dos produtos de serviço, empresa

se dispõe a colocar brinquedo no mercado com olhinho costurado, a regra vai dizer

quantas voltas de costura deve ter prendendo o botão. A violação de regra

complementar também é violação do direito do consumidor.

Cheque pré-datado não é vedado, mas como ele é uma ordem de pagto a vista

posso ir no banco e cobrar na hora, porém os tribunais tem reconhecida danos

morais por cobrar antes da hora. Pode colocar a placa que não recebe cheques

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Elevação de preço sem justa – causa – se houver justa causa não importa pq é do

Mercado. Ex. discussão da porcentagem do cartão...não pode aumentar o preço só

para quem vai usar o cartão, para uma parte da doutrina pode e para outra não!

Necessidade de prazo para cumprimento de obrigação, que está na oferta ou no

orçamento, para que o consumidor possa exigir a prestação no vencimento. Se não

há prazo o consumidor pode exigir a qualquer tempo, mas terá que interpelar o

fornecedor para que ele considere a data final.

Elevação do índice para reajuste previsto no contrato – ocorreu pq as escolas

começaram a reajustar mensalidades diversas das que estavam no contrato de

ensino.

Cobrança de dívidas – artigo 42- se relaciona com a discrição da cobrança, o

fornecedor pode cobrar, mas deve respeitar a dignidade do devedor. Ex. ligações no

trabalho dizendo que quer cobrar o funcionário pela dívida, ou colégio que colocava

os devedores de mensalidade numa lista onde todo mundo passava...

Parágrafo único – repetição de indébito – cobrança daquilo que foi pago a mais,

ação de repetição de indébito, não basta ter recebido a cobrança em dobro, tenho

que ter pago em dobro para ter direito de receber de volta. Recebe o dobro do que

pagou, mais correção monetária...Tenho que avaliar o que causou a situação, se

houve justificativa ou não. Se só recebi a cobrança em duplicidade e não paguei,

não tenho direito nenhum, devo ligar e informar! Ex. se era 100, paguei 200, recebo

200! A idéia é criar uma sanção prévia para o fornecedor não provocar o erro

cobrando duas vezes.

Artigo 42, A – toda a cobrança encaminhada ao consumidor tem que ter os dados

mínimos para o ajuizamento da cobrança pelo consumidor, tem que vir junto com a

cobrança o CNPJ do fornecedor.

Artigo 43 –

Cadastro de proteção ao crédito – só é legitimo pq o consumidor pode ter acesso a

ele, senão é lista negra!

Parágrafo 1º prazo máximo de inscrição – 5 anos, mesmo que a dívida não tenha

prescrito, não posso ficar com o nome inscrito no cadastro, não importa se a dívida

seja válida, mas se a divida prescrever antes dos 5 anos, é obrigado a retirar o

cadastro.

PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR –

Princípios contratuais

Posse ter mais significados para o mesmo princípio.

AUTONOMIA PRIVADA – liberdade para contratar

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OBRIGATORIEDADE – Pacta Sun Servanda

RELATIVIDADE DOS PACTOS – não podem gerar efeitos para terceiros, somente

para aqueles que pactuaram. Houve uma revisão nos contratos de adesão onde o

consumidor simplesmente aceita ou não determinada oferta. Não há tratativa, o

consumidor tem menos liberdade, e pode não ser tão exigido.

BOA FÉ – primeira previsão legal no CDC, veio para reduzir a liberdade dos

contratantes, são livres desde que façam com probidade

BOA FÉ OBJETIVA – forma ideal de agir, padrão de comportamento

BOA FÉ SUBJETIVA – intenção do agente de fazer o certo. Isso limita a autonomia

privada.

EQUILÍBRIO – idéia de justo comutativo, as prestações tem que ter o mínimo de

equilíbrio, para não haver abuso.

FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS – deve-se respeitar, as partes são livres para

fazer acordo, são obrigados, mas deve haver boa-fé, ter sinalagma. Na função

social vem as cláusulas abusivas onde o Estado pode intervir no contrato privado

para fazer justiça.

TEORIA DA BASE OBJETIVA – veio substituir a teoria da previsão. Basta que haja

onerosidade excessiva para o juiz intervir.

Art. 6, V – onerosidade excessiva que garante o direito a Ação Revisional. O

controle dos contratos só é feito judicialmente. Quando há prejuízo o consumidor

leva o contrato ao magistrado para revisão. BASE PARA AÇÃO REVISIONAL!

Princípios - Servem para interpretação do contrato, uma nova leitura que é chamada

de crise. É a nova interpretação das cláusulas contratuais onde ambas as partes

devem ter o objetivo comum de auto-ajuda.

A formação permite a aplicação da teoria da quebra da base, através dos princípios

e autoriza a intervenção do Estado nos contratos. O consumidor é hipervulneravel

por estar em ambiente que o deixa fragilizado. A internet é sistema de

processamento de dados, cada vez que você clica num link forma-se um mapa.

Contratos eletrônicos – de internet onde se aceita e faz a compra

Contratos de adesão - o consumidor não tem escolha e sequer lê o contrato.

O legislador estabeleceu um rol exemplificativo – artigo 51, em tese o juiz pode de

ofício afastar cláusula abusiva, mas o STJ entendeu que não. Os contratos quase

nunca respeitam o art. 51 e tudo tem que ser imposto à força. CLÁUSULAS NULAS

– não passa pelo plano da validade, por não ser autorizada pelo direito. Até passa

no plano da existência, mas não da validade.

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Art. 51 - São nulas as cláusulas que:

1.impossibilidade de renuncia a um direito, se tiver, já caracteriza o abuso.

2.limitação da indenização. Ex. se furtarem objeto de dentro do carro, não nos

responsabilizamos...Isso não pode, são responsáveis sim! A maioria dos contratos

são verbais e não solenes, as cláusulas também podem ser verbais.

3.Impossibilidade de reembolso de quantia paga – fato e vício do produto, o

consumidor pode pedir o dinheiro de volta, não tem isso, se tiver problema no

produto posso exigir o valor de volta

4.transferencia de responsabilidade a terceiros

5.descrição exagerada

6. inversão do ônus da prova em prol do fornecedor

7.arbitragem compulsória – dizer que só pode solucionar conflito por arbitragem

8. vantagens especiais ao fornecedor

9.clausulas que permitam violação de normas legais

O rol é exemplificativo, pode haver outras...

O cdc é um microssistema, pq prevê regras civis, processuais,administrativas e até

penais.

Há proteção processual que se estende para além da proteção do consumidor.

Ação Civil Pública – o MP protege os consumidores defendendo os direitos dos

consumidores. Houve uma elaboração da estrutura da ACP, que é igual a das

Ações Coletivas – artigo 81 à 100.

81 – interesses coletivos tutelados – possibilidade do órgão judicial proteger o todo.

Temos três interesses coletivos

Strictu Sensu

Latu Sensu

Se o interesse for difuso significa que a ligação entre os sujeitos é de fato, e não

tenho como identificar quem será beneficiado, pq é pelo todo – É INDIVÍSIVEL MAS

É DETERMINADO! Ex. índice de reajuste de mensalidades. Mas pode ser

DIVISÍVEL E DETERMINADO – individuais e homogêneos, sei exatamente quem e

quanto perdeu. Mas o juiz tem que reconhecer o an debeatur para que depois eles

entrem individualmente para receber o quantum debeatur.

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Se houver ação coletiva, não entrar individualmente pq é melhor esperar a decisão!

Ex. tem uma mina e os trabalhadores começaram a sofrer prejuízos a sua saúde.

Ação coletiva pedindo a construção de dutos de ar e equipamentos para evitar

prejuízos! INTERESSE DIFUSO. Todos que passarem por ali serão beneficiados

por isso. SEGUNDO: férias coletivas aos trabalhadores para tratamento: COLETIVO

STRICTU SENSU. Terceiro – todo trabalhador com prejuízo em saúde receba

indenização: INDIVIDUAL

LEGITIMADOS – MP, artigo 82. Lei complementar 80/94: a defensoria pública, e a

CF: sindicatos e comunidades indígenas, e o CDC: associações formadas a pelo

menos um ano, e a Administração Pública Direta e Indireta.