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“O Trapo” Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Comunicação e Multimédia 2013/14 Produção Audiovisual II Prof: Tânia Rocha Pedro Colaço

Dossier de Produção (final) - 2013/14

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“O Trapo” Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Comunicação e Multimédia 2013/14 Produção Audiovisual II Prof: Tânia Rocha Pedro Colaço Realização: Ana Tavares #53093 Ivo Mendes #54449

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Page 1: Dossier de Produção (final) - 2013/14

“O Trapo”

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Comunicação e Multimédia

2013/14

Produção Audiovisual II

Prof:

Tânia Rocha

Pedro Colaço

Realização:

Ana Tavares #53093

Ivo Mendes #54449

Page 2: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Índice

Ideia/Conceito..............................................................................................................3

Sinopse........................................................................................................................4

Storyline.......................................................................................................................5

Pesquisa Factual.........................................................................................................6

Pesquisa Estética........................................................................................................8

Pesquisa Técnica.........................................................................................................9

Guião Literário...........................................................................................................10

Storyboard.................................................................................................................14

Guião Técnico............................................................................................................19

Mapa de Rodagem....................................................................................................30

Anexos.......................................................................................................................33

Análise do poema...................................................................................................33

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Ideia/Conceito

Representação do poema Trapo, de Álvaro de Campos que é um dos heterónimos de Fernando Pessoa, em vídeo. Composto com imagens descritivas dos significados do poema.

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Sinopse

O poema Trapo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, transmite-nos a tristeza que ele sente naquele dia, desde o momento que é acordar para a vida; e o produto final é a ideia de estar sozinho a solidão interna e tudo o que compõe o interior e o sentimento. O que sentimos devido a certos acontecimentos marcantes.

O interior da personagem é apresentado por ideias chave que é preciso associar ao que nos faz mudar de atitudes e ao que é ser um “trapo” na nossa vida.

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Storyline

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Pesquisa Factual

Filme do Desassossego – João Botelho

http://www.fpessoa.com.ar/

http://www.fpessoa.com.ar/poesias.asp?Poesia=271

Poema:

Trapo

O dia deu em chuvoso. A manhã, contudo, esteve bastante azul. O dia deu em chuvoso. Desde manhã eu estava um pouco triste. 

Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma? Não sei: já ao acordar estava triste. O dia deu em chuvoso. 

Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante. Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante? Dêem-me o céu azul e o sol visível. Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim. 

Hoje quero só sossego. Até amaria o lar, desde que o não tivesse. Chego a ter sono de vontade de ter sossego. Não exageremos! Tenho efetivamente sono, sem explicação. O dia deu em chuvoso. 

Carinhos? Afetos? São memórias... É preciso ser-se criança para os ter... Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro! O dia deu em chuvoso. 

Boca bonita da filha do caseiro, Polpa de fruta de um coração por comer... Quando foi isso? Não sei... No azul da manhã... 

O dia deu em chuvoso.

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Page 7: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Casa do penedo

http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk

http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk

Alvão

http://www.youtube.com/watch?v=TAWawpWbmqk

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Page 8: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Pesquisa Estética

http://www.youtube.com/watch?v=OTjP82ZmkO8

O filme do Desassossego – João Botelho

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Pesquisa Técnica

Timelapse: processo cinematográfico em que a frequência de cada fotograma por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme será reproduzido. Quando visto a uma velocidade normal, o tempo parece correr mais depressa e assim parece saltar (lapsing).

Contraluz: Consiste em ter um objeto em frente a uma luz, e então apenas a silhueta é apresentada.

Travelling: movimento na horizontal ou na vertical, na qual a camara e tudo que a segura move-se numa direção.

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Guião Literário

Cena 1

EXT. - ALVÃO - AMANHECER

As nuvens do mau tempo aparecem num dia de sol. Apenas as nuvens se mexem com o vento mudando de forma e a cada vez o dia agradável passa a um dia nublado e frio.

Nuvens e a luz do amanhecer fazem uma contraluz nas folhas de papel a voam com o vento pela paisagem fora.

Cena 2

EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) - AMANHECER

Trapo de pano mexe juntamento com o pouco vento que lhe é depositado; e tudo que o rodeia se mexe como se o tempo fosse acelerado.

Plantas mexem-se com o vento e alguém de costas passa, um pouco distante.

Pessoa caminha em direção á sombra (local escuro), pelo paralelo húmido e sujo, tendo os pés descalços como um pobre.

Mãos enegrecidas e calosas, da pouco feliz vida que levam, esfregam-se devido ao frio.

Essa pessoa com uma idade por volta dos 20/25 anos, com um aspeto de abandono (cabelo gadelhudo e barba por fazer), sentado num bando de rua um pouco afastado de tudo o que o rodeia.

Cena 3

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE -

Pessoa com idade acima dos 40 anos com ar sério e maduro, a recitar o poema de Álvaro de Campos, “Trapo”. A luz projetada sobre si dá-lhe o contraste total do fundo negro.

Cena 4

EXT. – FAFE (PARDELHAS) - DIA

A luz ao fundo do túnel vê-se distante e cada vez mais se afasta, e no final v. Enquanto se ouve o a linha 2 e 3 do poema.

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Page 11: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Cena 5

EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) – DIA

Enquanto a linha 4 do poema é recitada pela voz da pessoa com mais idade, vê-se que a personagem de rua passa o seu olhar do além para o paralelo negro e gasto.

Cena 6

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE -

Luz forte projetada no rosto da personagem que recita a linha 5 do poema, da-lhe um ar sério e dramático á exposição do seu interior.

Cena 7

INT. – JANELA – DIA

Gotas de chuva escorrem pela janela como lágrimas de uma pessoa que sofre no seu interior. E a voz profunda e sentimental expõe a linha 6 e 7 do poema “Trapo”

Cena 8

INT. – FUNDO NEGRO – NOITE

Pessoa leva um cigarro á boca, acende-o e fuma-o realçando a ideia de que o seu fumo é o ar que todos nós respiramos normalmente, (inspirar e expirar sequencialmente). Assim é acompanhado pelas linhas 8, 9 e 10.

Cena 9

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –

Frontalmente e personagem recita a linha 11 e 12, dramatizada pela sua composição. Apagando-se as luzes no final da frase.

Cena 10

– NEGRO -

Após a escuridão da luz apagada, ouve-se a linha 13, com a imposição do dramatismo presente pela voz madura.

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Page 12: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Cena 11

EXT. – FAFE (LAGOA) – DIA

Pessoa com a sua solidão e sofrimento encontra-se sentada num sofá roto e furado do seu uso e sacrifício dos anos passados, num descampado onde apenas só se vê o poder da angústia do mesmo.

A presença da personagem é substituída pela sua ausência.

Toda esta ação sobrenatural é acompanhada pela recitação das linhas 14 e 15.

Cena 12

EXT. – FAFE (BARRAGEM DE QUEIMADELA) – DIA

Águas calmas e serenas são acompanhadas pela forte presença das linhas 16 e 17 do poema. De repente sai uma pessoa da água, como alguém que se quisesse expor, mudar o que o rodeava e recomeçar tudo.

A nossa personagem está acordada a ver o “passado”, junto de um riacho que passa entre a dura que é a vida, os penedos, sendo acompanhado pela linha 18 e 19.

Cena 13

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –

Recitador, dramático expõe a linha 20 e 21 como se viesse do seu sentimento interior e que o marca e marcou no passado; sentado e cansado do passado.

Cena 14

EXT. – FAFE (CASA DO PENEDO) – DIA

De frente para o sol, escrevendo, a personagem de rua está frustrada por nada lhe correr bem rica e anula o que tinha exposto do seu interior.

Cena 15

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –

A expressão facial de cerca de 10 a 15 mulheres com idades entre os 60 e os 6 anos, a levar uma maçã vermelha á boca e a dar uma trica. A sua apresentação vai decrescendo dando a ideia de que o que tinha acontecido foi no passado, infância. É acompanhado pelo som das linhas 24, 25, 26 e 27 do poema.

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Cena 16

INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –

A personagem encontra-se a pé e a recitar a ultima frase do poema, em que após ter acabado sai para a sua esquerda desanimado e a olhar para o chão.

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Storyboard

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Guião Técnico

Cen

a 1

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Ext Natural Camara de filmar/teleobjetiva/tripé

Contra-picado

Plano Geral

Fixo Começam a aparecer nuvens no céu; mau tempo

Vento suave de fundo

Apenas se vê o céu e a mudança temporal; timelapse

2 Ext Natural (Contra-luz)

Camara de filmar/Grande angular/tripé

Normal Plano Geral

Fixo Folhas de papel voam pela paisagem

Vento suave de fundo

Cen

a 2

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé

normal Plano conjunto

Fixo Trapo velho mexe-se com o vento

Som do movimento de pessoas numa cidade ao amanhecer

O trapo deve estar no primeiro plano e deve mostrar o que o rodeia em timelapse

19

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2 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé

normal Primeiro plano

Travelling na lateral

Plantas a mexer com o vento e um vulto passa de costas em frente as plantas

Som do movimento de pessoas numa cidade ao amanhecer

3 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé

Contra-picado

Plano Medio

Fixo Pessoa caminha pelo paralelo húmido, em direção a zona com sombra

Personagem leva os pés descalços

4 Ext Natural Camara de filmar/tele objetiva

Picado Plano Pormenor

Fixo Mão com calos e negras esfregam-se

Ouve-se a respiração de uma pessoa

5 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé

Contra-picado

Plano Conjunto

Travelling na lateral

Pessoa sentada num banco, sozinha

A pessoa está sentada no segundo banco

Cen

a 3

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

20

Page 21: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Grande angular/tripé

Normal Plano Americano

fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 1 do poema “Trapo”

“O dia deu em chuvoso.”

Fundo negro

Cen

a 4

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular

Normal Plano Geral

Travelling (frente para trás)

Vê-se luz ao fundo do túnel, e no final um vulto atravessa a fonte de luz (túnel)

“A manhã, contudo, esteve bastante azul.O dia deu em chuvoso.”

Cen

a 5

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

21

Page 22: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular

Normal Plano Geral

Camara subjetiva

Personagem passa o olhar do além para o chão em paralelo

“Desde manhã eu estava um pouco triste.”

Cen

a 6

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal PAP fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema “Trapo”

“Antecipação?” Fundo negro

2 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Close Up

Fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema “Trapo”

“Tristeza? Coisa nenhuma?”

Fundo negro

Cen

a 7

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

22

Page 23: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Int Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Plano Geral

Fixo Janela com gotas de chuva escorrem como se fossem lágrimas

“Não sei: já ao acordar estava triste.O dia deu em chuvoso.”

Cen

a 8

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Plano Pormenor

Fixo Pessoa leva cigarro á boca

“Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. ”

Fundo negro

2 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Plano Pormenor

Fixo Acende o cigarro

“Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. ”

Fundo negro

3 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Plano Pormenor

Fixo Fuma o cigarro como se fosse o seu ar puro.

“Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.”

Fundo negro

Cen

a 9

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

23

Page 24: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Plano Medio

fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 11 e 12 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes

“Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?Dêem-me o céu azul e o sol visível.”

Fundo negro

Cen

a 10

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Camara de filmar/Grande angular/tripé

Normal fixo Apenas se houve a linha 13 do poema.

“Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?Dêem-me o céu azul e o sol visível.”

Houve-se um interruptor.

Fundo negro

Cen

a 11

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

24

Page 25: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé

Normal Plano Geral

Fixo (ou travelling)

Sentado num sofá velho e roto, sozinho num descampado.

“Hoje quero só sossego.Até amaria o lar,(…)”

Linha 14, e metade da 15

2 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé

Normal Plano Geral

Fixo (ou travelling)

Sofá velho e roto, num descampado.

“(…) desde que o não tivesse.”

Som de uma rajada de vento quando ele desaparece

A mesma posição do plano 1, mas agora sem a personagem.

O resto da linha 15

Cen

a 12

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé

Normal Plano Conjunto

Fixo Águas de barragem calmas e serenas

“Chego a ter sono de vontade de ter sossego. ”

Som natural

Linha 16

2 Ext Natural Camara de filmar/Tele

Normal Plano medio

Fixo Nas mesmas

“Não exageremos!”

Som dele a

Linha 17

25

Page 26: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Objetiva/Tripé águas sai uma pessoa como se fosse um peixe a saltar da água, sentir-se livre

sair da água

3 Ext Natural Camara de filmar/ Tele Objetiva /Tripé

Normal Cose Up

Fixo Personagem a pensar na vida, a olhar em frente

“Tenho efetivamente sono, sem explicação.”

Linha 18

4 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé

Picado Plano Conjunto

Fixo Personagem no mesmo local mas de costas, e vê-se o riacho e as pedras

“O dia deu em chuvoso.”

Linha 19

Cen

a 13

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

26

Page 27: Dossier de Produção (final) - 2013/14

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal PAT fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 121 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes

“Carinhos? Afetos? São memórias...”

Fundo negro; linha 20

2 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Close Up

fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 21 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes

“É preciso ser-se criança para os ter...”

Fundo negro; linha 21

Cen

a 14

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé

Normal Plano Conjunto

Fixo Personagem sentado na casa do penedo, escreve em folhas de papel.

“Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!”

Som natural; natureza

Personagem em contraluz; Linha 22

27

Page 28: Dossier de Produção (final) - 2013/14

2 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé

Normal PAT Fixo Personagem risca e rasga as folhas que tinha escrito

“O dia deu em chuvoso.”

Som de uma tempestade

Personagem em contraluz; Linha 23

Cen

a 15

Dat

a

Nº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Normal Close Up

fixo Mulheres desde os 60 até aos 6 anos a morder uma maça

“Boca bonita da filha do caseiro,Polpa de fruta de um coração por comer...Quando foi isso? Não sei...No azul da manhã...”

Deve ser rítmico, começar lentamente; no final, acaba com a imagem fixa da menina de 6 anos a mascar a maça;Fundo negro; linha 24, 25, 26, 27

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Page 29: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Cen

a 16

Dat

aNº Plano

Int/Ext

Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento

Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo

Obs.

1 Int Artificial; luz direta

Camara de filmar/Grande angular/tripé

Normal; 3/4

PAm fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 28 poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes

“O dia deu em chuvoso.”

Personagem quando acaba de recitar e sai para o seu lado direito; Fundo negro; linha 28

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Page 30: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Mapa de Rodagem

Data Local Cena Iluminação Equipamento Equipa Personagens Logística Obs.Outubro/Novembro

Alvão 1 Natural Camara de filmar/Tele objetiva/Grande Angular/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Carro, Lanche, PC, folhas de papel

Novembro Vila Real (Rua Direta)

2 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Grande Angular/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Novembro Estúdio 3 Artificial; luz direta

Camara de filmar/Grande Angular/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Estúdio

Novembro Fafe (Pardelhas) 4 Natural Camara de filmar/Grande angular

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Carro

Novembro Vila Real (Rua direita)

5 Natural Camara de filmar/Grande angular

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Novembro Estúdio 6 Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Estúdio

Outubro Janela de uma casa

7 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de

Personagem de Rua

30

Page 31: Dossier de Produção (final) - 2013/14

FotografiaNovembro Fundo Negro 8 Artificial; luz

diretaCamara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Novembro Estúdio 9 Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Estúdio

Fundo Negro 10 Camara de filmar/Grande angular/tripé

Novembro Fafe (Lagoa) 11 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Carro, Lanche

Novembro Fafe (Barragem de Queimadela)

12 Natural Camara de filmar/Tele objetiva/Grande Angular/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Carro, Lanche, Toalhas

Novembro Estúdio 13 Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Estúdio

Novembro Fafe (Casa do penedo)

14 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Personagem de Rua

Carro, Lanche

Novembro Estúdio 15 Artificial; luz direta

Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé

Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Mulheres desde os 60 até aos 6 anos

Novembro Estúdio 16 Artificial; luz Camara de Realizadores, Personagem de

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Page 32: Dossier de Produção (final) - 2013/14

direta filmar/Grande angular/tripé

Operadores de Camara, Diretores de Fotografia

Estúdio

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Anexos

Análise do poema

É notável que o sujeito poético se sente cansado, e o estado do tempo parece exprimir o seu estado de espírito: tal como o dia está chuvoso, também o sujeito poético parece triste e carregado de mágoa;

Todavia denotamos que o estado do tempo não foi chuvoso o dia todo – de manhã estava sol – quiçá esta manhã e este dia sejam uma alusão ao sujeito poético: o dia é a vida do sujeito poético, e a manhã tal como é o início do dia, será também o início da vida do sujeito poético, remetendo-nos para a sua infância, e as saudades que o mesmo sente desta;

Percebemos ainda que o sujeito poético pretende ficar na sua própria sombra, discreto, sem grandes alusões em torno da sua imagem, provavelmente devido ao desânimo que sente dentro de si mesmo;

A confirmação do estado de espírito do sujeito poético é dada pela enunciação de que em si tem elementos com conotação negativa tal como o nevoeiro; é aqui também que o sujeito lança o apelo de lhe ser dada luz, sol e o céu – o belo, o claro, a luz, o infinito. Esta última ideia leva-nos a crer que o sujeito poético tenta mudar o estado em que se encontra, ou pelo menos, pretende fazê-lo.

Nota-se ainda que há inquietação na alma do sujeito poético, levando-o a procurar o sossego, e o conforto que poderia ser dado por um lar – contudo não deseja a pertença – como se esta impedisse o seu bem estar.

Entende-se o tédio que o sujeito sente, o sono, que poderá ser a sua tentativa de evasão terrena, alienação quase.

O sujeito poético remete-nos agora para uma parte da sua vida onde parece ter sido feliz e amado: a sua infância, recordando-a com nostalgia.

Contudo, demonstra que a infância é a “madrugada perdida”, ou seja, não voltará a esse período áureo da sua vida, onde foi, efetivamente, feliz.

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Page 34: Dossier de Produção (final) - 2013/14

Há aqui referência a uma figura feminina, talvez enquanto criança/adolescente, devido á simplicidade e carinho com que é descrita “a filha do caseiro”, quiçá um amor na vida do sujeito poético, amor esse, contudo, também irremediavelmente perdido a seus olhos.

O poema é então concluído com o sujeito poético a afirmar que o dia deu em chuvoso, o que nos pode remeter para o facto de, apesar de ter tido uma infância alegre, com amor, da qual tem saudade, o que é certo é que no momento presente sente-se desolado, triste, com sono, como se o facto de viver o cansasse.

Analisado por: Daniela Leal, estudante de Psicologia da FLUP

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