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Educação Ambiental: Educação Ambiental: Experiência desenvolvida no Experiência desenvolvida no ambiente escolar ambiente escolar Engenharia Sanitária e Ambiental – CEA – Unileste-MG Allyson Sullyvan R. Silva Guilherme Machado Pinto Tatiana da Silva Amaral

Educação Ambiental - Projeto de EA na escola

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Apresentação à disciplina de Educação Ambiental sobre o tema "Projeto de Educação Ambiental na escola", no 3º período do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Unileste-MG.

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Educação Ambiental:Educação Ambiental:Experiência desenvolvida no ambiente Experiência desenvolvida no ambiente

escolarescolar

Engenharia Sanitária e Ambiental – CEA – Unileste-MG

Allyson Sullyvan R. Silva

Guilherme Machado Pinto

Tatiana da Silva Amaral

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Prof.ª Msc. Marluce Teixeira Andrade QUEIROZ (UNILESTE-MG),

Prof. ª Msc. Juliana Ramos Fioravante ZULIANI (UNILESTE-MG),

Allyson Sullyvan Rodrigues SILVA (PIC-FAPEMIG/ UNILESTE-MG),

Gisele Bianca Ferreira dos SANTOS (PROBIC-Júnior-FAPEMIG/ UNILESTE-MG),

Yasnaia de Souza FERREIRA (PIC-FAPEMIG/ UNILESTE-MG)

Projeto: Estudo dos Impactos Ambientais da Bacia do Rio Piracicaba, Minas Gerais

Educação Ambiental : Estratégias para a construção de práticaspedagógicas para o ensino fundamental e médio

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SumárioSumário

Estruturação da Oficina AmbientalEstruturação da Oficina Ambiental Metodologia de coleta de dadosMetodologia de coleta de dados Resultados e DiscussõesResultados e Discussões ConclusõesConclusões ReferênciasReferências

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Estruturação da Oficina AmbientalEstruturação da Oficina Ambiental

Assim em 2008, houve a estruturação da Oficina Ambiental voltada para os alunos das últimas séries do ensino fundamental (7ª e 8ª séries) e alunos do ensino médio (1ª, 2ª e 3ª séries), estabelecendo-se os mecanismos de apoio às escolas.

Freqüentemente o UNILESTE –MG era procurado por escolas de ensino fundamental e médio que desejavam buscar apoio para a formação em educação ambiental dos seus alunos. Tornou-se necessário definir as estratégias capazes de alcançar os resultados desejados.

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Estruturação da Oficina AmbientalEstruturação da Oficina Ambiental

A Oficina Ambiental fundamenta-se basicamente em três etapas:

- Diagnóstico sobre o nível de conscientização dos alunos em relação ao meio ambiente;

- Formulação das estratégias pedagógicas;

- Implementação de ações educativas.

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Metodologia de coleta de dadosMetodologia de coleta de dados

Neste trabalho são apresentados os resultados obtidos na implementação da Oficina Ambiental na Escola Estadual Pedro Calmon de 1º e 2º Graus, sediada no município de Coronel Fabriciano, Minas Gerais. A atividade foi desenvolvida entre os meses de novembro a dezembro de 2008, tendo a participação de cento e oitenta e dois (182) estudantes.

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Metodologia de coleta de dadosMetodologia de coleta de dados

Inicialmente foi aplicado um questionário adaptado à partir de Corrêa (2002). As questões colocadas tinham por objetivo saber a concepção dos estudantes, sobre meio ambiente e se estes reconheciam alguma relação entre o homem, águas superficiais e poluição antropogênica decorrentes de tal relação. A atividade foi realizada com a supervisão de um dos docentes integrantes do EIA e desenvolvida por um bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica – Júnior do UNILESTE -MG com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (PROBIC – Junior/FAPEMIG). Os dados foram analisados qualitativamente e quantitativamente.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões

FIGURA 1 – Total de alunos X série

Foram entrevistados 49 (quarenta e nove) estudantes do ensino fundamental e 133 (cento e trinta e três) estudantes do ensino médio, totalizando 182 (cento e oitenta e dois) participantes (Fig. 1).

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões Os alunos foram questionados sobre os diversos componentes do meio ambiente. Verificou-se que apenas 53,1% e 64,7% dos entrevistados respectivamente de primeiro e segundo grau reconheceram o homem como componente ambiental (Tabela 1). O homem contemporâneo dificilmente se considera como um elemento da natureza, mas sim como um ser à parte, um observador, explorador e dominador da mesma (Santos, 2007).

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões Na Tabela 2, encontram-se elencados os elementos considerados como problemas ambientais. Se considerarmos que, para os alunos do 1º grau, somente o lixo a céu aberto e a poluição das águas tiveram mais de 50% de respostas, parece-nos claro que os entrevistados têm uma visão não muito lúcida dos problemas ambientais que afetam a região.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões As respostas obtidas neste quesito sugeriram a ausência de uma consciência transformadora dos entrevistados. Pode-se analisar a questão da poluição das águas. Julgava-se que este problema ambiental seria apontado pela totalidade dos discentes, tendo em vista o alto grau de degradação dos rios regionais. No entanto, apenas 59,2% e 56,4% dos alunos de primeiro e segundo grau respectivamente identificaram o problema, configurando-se o distanciamento dos entrevistados em relação à análise da realidade regional.

FIGURA 2 - Lançamento de esgoto sanitário no Ribeirão Caladinho.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões Os discentes foram também questionados sobre as fontes de informação sobre as questões ambientais. A análise das respostas mostrou a importância do professor, dos livros e da televisão como fonte de informação, obtendo-se nesses três itens mais de 50% de citações para os alunos de primeiro e segundo grau (Tabela 3). O fato dos alunos terem respondido com altas percentagens os livros apontou o interesse pela leitura, sendo isto bastante positivo.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões Na Oficina Ambiental optou-se pela utilização de banners com informações sobre o Ribeirão Caladinho e Rio Piracicaba que ficaram expostos na instituição de ensino (Fig. 3).

FIGURA 3 - Atividade de exposição dos banners com informações sobre o Ribeirão Caladinho e Rio Piracicaba em escola do município de Coronel Fabriciano.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões A responsabilidade individual em relação à resolução dos problemas ambientais não atingiu sequer o percentual de 50% dos entrevistados, tanto para os alunos do ensino fundamental quanto para os alunos de ensino médio (Tabela 4). Sendo assim, ficou definido para a Oficina Ambiental a discussão das ações do cotidiano capazes de mitigar os impactos ambientais.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões

Considerando-se o padrão de respostas dos entrevistados optou-se pela realização da Oficina Ambiental trabalhando-se simultaneamente com alunos das últimas séries do ensino fundamental (7ª e 8ª séries) e com os alunos do ensino médio (1ª, 2ª e 3ª séries). Os procedimentos metodológicos utilizados foram:- exposição oral dialogada;- debate circular;- análise gráfica;- e o estudo fotográfico, dentre outros.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões A proposta das ações educativas incorporou a apresentação dos resultados das análises desenvolvidas no Laboratório de Pesquisa Ambiental (LPA) do UNILESTE –MG na avaliação da qualidade das águas do Ribeirão Caladinho e Rio Piracicaba. Os dados foram comparados com o disposto na legislação ambiental utilizando-se de gráficos e tabelas de tal forma a permitir que o participante identificasse facilmente o nível de degradação daqueles rios e as possíveis repercussões na saúde da comunidade.

FIGURA 4 - Aplicação da Oficina Ambiental por graduandos do UNILESTE – MG.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões As informações foram transmitidas por graduandos dos cursos de engenharia sanitária e ambiental e de produção com supervisão e acompanhamento dos docentes integrantes do EIA (Fig. 5). Os graduandos foram orientados para utilizar nas explicações palavras de uso do cotidiano, evitando-se termos técnicos. O objetivo foi facilitar a assimilação do conteúdo, além disso procurou-se relacionar os assuntos com situações da vivência diária dos estudantes.

FIGURA 5 - Aplicação da Oficina Ambiental por graduandos do UNILESTE – MG.

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Verificou-se que as metodologias utilizadas oportunizaram aos discentes um novo olhar sobre os problemas ambientais do município. Exemplificando, o estudo fotográfico do Ribeirão Caladinho surpreendeu os participantes, em função da grande quantidade de lixo urbano que é depositado diariamente naquele corpo d’água (Fig. 6). É proposta em uma segunda fase, intensificar o reconhecimento da realidade regional, através da realização de visitas em áreas degradadas. Acredita-se que esta prática deverá viabilizar a formulação de alternativas de proteção ambiental consistentes por parte dos participantes da Oficina Ambiental.

Resultados e DiscussõesResultados e Discussões

FIGURA 6 - Lixo urbano depositado no Ribeirão Caladinho,

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões Além disso, ressalta-se que o debate circular garantiu a participação efetiva dos discentes de primeiro e segundo grau na Oficina Ambiental, sensibilizando-os para uma atuação pró-ativa em relação às águas superficiais (Fig. 7).

FIGURA 7 - Alunos da escola de Coronel Fabriciano, Minas Gerais,participando da Oficina Ambiental.

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Resultados e DiscussõesResultados e Discussões

FIGURA 7 - Alunos da escola de Coronel Fabriciano, Minas Gerais,participando da Oficina Ambiental.

Ao final das atividades foi feita avaliação oral junto aos participantes e constatou-se uma ampla aceitação e aproveitamento em relação às informações apresentadas. No depoimento dos professores e coordenadores pedagógicas foi ressaltado o interesse dos discentes, expressos na atenção e na ausência de conversas paralelas durante todas as atividades desenvolvidas (Fig. 7).

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ConclusõesConclusões

A alta receptividade dos alunos participantes da Oficina Ambiental e o nível de conscientização atingido comprovaram que o ensino formal não é a melhor opção para a formação de uma cultura de proteção do meio ambiente. Não há dúvidas de que o projeto atuou numa frente essencial ao desenvolvimento de uma gestão responsável de nossos recursos naturais. Esses alunos levarão o que aprenderam para a vida, e decidirão, por meio de suas ações, o futuro do ambiente que os cerca.

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ConclusõesConclusões

Os resultados alcançados explicitaram também a necessidade permanente de integração entre instituição de pesquisa, escolas, empresa e governo, buscando relacionar a educação em ciência a aspectos econômicos e éticos. Constatou-se que há necessidade de continuidade do trabalho. É proposta a aplicação de um debate com participação da família dos alunos sobre documentários veiculados na mídia que envolvam a questão ambiental.

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Além disso, mostrou-se importante, o desenvolvimento de ações comunitárias, tais como a implementação da coleta seletiva, e a realização de visitas às empresas regionais e áreas degradadas do município. Entende-se que estas práticas deverão contribuir para uma educação fundamentada no concreto, viabilizando a adoção de uma atitude pró-ativa em relação à questão da proteção ambiental. Certamente, contribuindo para a sustentabilidade do planeta.

ConclusõesConclusões

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Houve transdisciplinaridade?Houve transdisciplinaridade?

Assim analisando o projeto da Oficina Ambiental, concluímos que devido a sua curta duração não houve uma completa transdisciplinaridade, pois apesar de observamos o cuidado com uma contextualização dos discentes, na realização de um diagnóstico sobre o nível de conscientização dos alunos em relação ao tema, nota-se que não houve tempo hábil para uma concretização das ações propostas e uma globalização do projeto, ficando estas ações previstas para serem realizadas futuramente.

A transdisciplinaridade é caracterizada como uma forma superior de interação que favorece certa permeabilidade entre as fronteiras das disciplinas favorecendo o desaparecimento entre os limites das mesmas, concorre para uma visão transcendente, possibilitando uma comunicação entre as disciplinas, sem reduzi-las. Segundo Derly Barbosa, os três caminhos pra vivenciar a transdisciplinaridade seriam: a contextualização, a concretização e a globalização.

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ReferênciasReferências CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS (UNILESTE – MG). Site do UNILESTE – MG. Desenvolvido pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, 2008. Apresenta informações gerais sobre a instituição. Disponível em: < http://www.unilestemg.br/genteemfoto/2008/1215_01.html >. Acesso em 26 jan. 2009. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA n° 306 de 05 de julho de 2002. Brasília: D.O.U., 2002. CORRÊA, V. A. A Educação Ambiental na escola: percepção e prática de alunos do município de Novo Hamburgo, 2002. Disponível em:< http://projetovida.sites.uol.com.br/volnei.htm>. Acesso em 08 nov. 2008. QUEIROZ, Marluce Teixeira Andrade, SILVA, Allyson Sullyvan Rodrigues, VELOSO, Marcus Vinícius Gomes, LOURENÇO, Allinne Arêdes, ZULIANI, Juliana Ramos Fioravante, VEADO, Maria Adelaide Rabelo Vasconcelos. Impactos Ambientais no Ribeirão Caladinho, Coronel Fabriciano, Minas Gerais. UFMG –XXII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química, Universidade & Indústria: A Evolução da Parceria. Disponível em: <http://ersbq.qui.ufmg.br/content/quimica-ambiental>. Acesso em 26 jan. 2009.

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ReferênciasReferências QUEIROZ, Marluce Teixeira Andrade; ZULIANI, Juliana Ramos Fioravante; SILVA, Allyson Sullyvan Rodrigues; SANTOS, Gisele Bianca Ferreira dos; FERREIRA, Yasnaia de Souza. Educação Ambiental: Estratégias para a construção de práticas pedagógicas para o ensino fundamental e médio. V EMEPRO - Encontro Mineiro de Engenharia de Produção, 2009. JORNAL VALE DO AÇO ON LINE. Região Metropolitana do Vale do Aço, Minas Gerais. Disponível em: <http://www.jvaonline.com.br/noticias.asp?id_noticia=65302>: Acesso em 03 dez. 2008. RIBEIRO, Iraquitan José Leite; BASTOS, Heloisa Flora Brasil Nóbrega; NÓBREGA, Romildo de Albuquerque. Educação ambiental e sepresentações sociais: uma análise transdisciplinar . UFRPE/PE, 2004. Disponível em: <http://www.redebrasileiradetransdisciplinaridade.net/file.php/1/Artigos_dos_membros_da_Rede/Trabalhos_apresentados_no_II_Congresso_Mundial/Artigo_Iraquitan_Jose_Leite_Ribeiro.doc>. Acesso: 27/04/2009 SANTOS, Aristides Faria Lopes dos. Educação Ambiental: Desenvolvendo o senso crítico. Apoema, 2007. Disponível em: <http://www.apoema.com.br/EA-Desenvolvendo%20o%20Senso%20Critico-Aristides.pdf>. Acesso: 15/01/2009.