41
ENTRE LENDAS… …do meu Portu gal

Entre lendas ... de portugal final

Embed Size (px)

Citation preview

ENTRE

LENDAS…

…do meu

Portugal

L e n d a d o M o n t e d a s C o r u j e i r a s… …d e T e r r a s d e S a n t a M a r i a

Em tempos que já lá vão…

… das torres altaneiras do Castelo da Feira o alcaide mouro avistava toda a terra em redor. Ali mesmo, no sopé do morro, balançava o seu majestoso barco de velas desfraldadas. Ele sonhava com a bela donzela cristã daquela vila ali ao pé, Gaia.

A b e l í s s i m a d o n ze l a e r a a d o r a d a p o r t o d o s o s p o v o s q u e a c o n h e c i a m , d a d o q u e t u d o o q u e p os s u í a e r a p ar a d ar ao s p ob r e z i nh o s

O alcaide mouro, roído de curiosidade, disfarçou-se de pobre e foi até Gaia pedir esmola. Quando a viu, ficou tão encantado que resolveu raptá-la.

E, pela calada da noite, subornou uns criados do castelo que a apanharam, fingindo um rapto. O mouro, armado em homem bom e defensor da donzela, fingiu que lutou para a libertar dos seus raptores, parecendo, aos olhos desta, como um anjo libertador. Com o intuito de “fugir” aos malfeitores, convenceu-a a entrar num barco e trouxe-a para o Castelo da Feira.

Esta donzela há-de ser minha!

Combinado o rapto com os seus criados, o alcaide simulou o resgate. Desse modo, a donzela, agradecida, apaixonar-se-ia por

ele.

E durante muitos anos

viveram felizes…

Ele era um mouro apaixonado e ela era uma cristã devota, que ia ensinando àquelas pessoas o Cristianismo.

Olhem, levem-na daqui, para esses montes e matem-na lá, matem-na e que eu não a torne a

ver!”.

O alcaide tinha um irmão que morria de inveja . Ele queria ser o senhor do

castelo e não gostava que uma cristã viesse para as suas terras contar as leis

de Cristo.

Um dia, o mau irmão assalta o castelo, mata o alcaide e quando ia matar a donzela, sentiu-se a fraquejar, porque além de ser mulher, havia, secretamente uma paixão pela cunhada .

Para não ser reconhecida, rasgou a face com uma pedra afiada …

Ficou medonha e assustadora. Vestiu-se de negro, e andava por ali à noite, como alma penada.

Os soldados abandonaram a donzela no meio das giestas

Durante o dia, sempre bondosa, recebia numa barraca de cascas e folhas das árvores e arbustos, as pessoas com maleitas. A todos tratava bem. Curava feridas dos viandantes, e dizia coisas proféticas.

Começou a ser conhecida como a bruxa do Monte da Corujeira e tudo o que dizia batia certo.

Então o mau alcaide ouviu falar da Bruxa do Monte e também lá foi ouvi-la numa altura de crise.

Esta noite vais morrer!

Mas em terras em Santa Maria, o povo não aceitou a maldade feita aos seus senhores.Uma noite, amarram velas acesas aos seus bois imitando um grande exército para atacarem o Castelo. Com medo, o mau irmão foge, deixando aquelas terras ao mando da boa donzela.

E em Terras de Santa Maria repete-se a lenda…

Pedro e Inês

• Quando o

Quando o príncipe D. Pedro chegou à idade de casar, a

escolhida foi Constança Manuel, que pertencia à família real

D. Pedro recebeu D. Constança como sua mulher mas apaixonou-se perdidamente por uma das aias que a acompanhavam

O rei e da rainha, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar,

mas continuava a contactar a sua amada .

D. Pedro ficou viúvo. Durante alguns anos viveram felizes e despreocupados na

Quinta das Lágrimas, com os seus três filhos.

D. Afonso IV e os três fidalgos

decidiram matá-la e nem as suas

súplicas os demoveram .

Maria Dulce Murteira Cirino

Diz-se também que D. Pedro, quando foi rei, retirou Inês do túmulo, a sentou no trono e obrigou a corte a beijar-lhe a mão.

Lenda dos Tripeiros

No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos.

O Infante confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta.

Esse nome de

"tripeiros" é uma

verdadeira honra para o povo do

Porto.

Faremos o mesmo que fizemos há trinta anos

atrás aquando da guerra com Castela: damos toda a carne da

cidade e comemos apenas as

tripas.

Lenda da dama pé-de-cabraThe legend of goat foot

Em tempos que já lá vãoQuer acreditem ou nãoO mundo tinha magia.

In ancient timesBelieve it or notThe world was magic

The woods and the riversThe lakes , the fogsWere more than it seems

Os bosques e os ribeirosOs lagos, os nevoeirosEram mais do que se via.

O que é que isto quer dizer?O que temos de aprenderE que dantes se sabia?

What does it mean? What we need to learnAnd what had you known?

Em florestas encantadasEram demónios ou fadasSeduzindo quem lá ia? Demónios o que é que são? Fugimos deles ou não? O que é o desconhecido?

In charmed woods Were demons or fairies? Seducting who went there ? Demons, what are they? Did we run from them or not? What is the unknown one?

E cavalos a voarOnde nos podem levar?No voo, o que está escondido?

And flying horses Where can they take us? What is hidden in the flight?

Em tempos que já lá vãoQuer acreditem ou nãoPassou-se uma coisa estranha:

In passed times Believe it or not Something strange had hapen:

D. Diogo, cavaleiroQue era hábil MonteiroE caçava na montanha Andando um dia a caçarPerseguindo um javaliOuviu uma voz a cantarEm fonte perto dali:

D. Diogo, knight He was an artful rider And he hunts in the mountainsSpending all day huntingChasing a wild boarHeard a voice singing The origin near by that side

“Quem vem ao verde tão verdeQuem vem ao verde veráQuem não vem em vão e vedeQue o verde o ajudará.”

“who comes to the green , so greenWho comes to the green will seeWho doesn’t come will not seeThe green on will help him

“- Quem sois? Vossa voz me chama!

- Sou de mui alta

linhagem.”

“- Sede minha, linda damaE eu serei vosso pagem.”

“- Irei contigo, porémNunca mais te hás-de benzer.”

“-who are you? Your voice calls for me “- I am from a high birth “- Be mine, pretty lady And I will be your servant“- I will go with you, howeverYou will never get blessed yourself again

P´ro seu castelo a levouE com ela partilhouTudo o que tinha de seu.Nada há que não lhe dêNem porta que não lhe abra.Mesmo quando um dia vêQue ela tinha pés de cabra.

To the castle he takes her And with her he left Everything that belongs him He gives her everything that he hasThe door he opens to herEven when a day ??? She has a goat feet

Pois mesmo assim a amouE ela um filho lhe deuD. Enheguez lhe chamou.

Depois veio uma meninaBem rosada e pequeninaQue em seus braços embalou.

But in the same way he loves herAnd a son she gives himHis name was D. Enheguez After that a litle girl comesVery pinkish and very litleIn her arms snuggle them

And the time was passed D. Diogo keeps on hunting And the lady stays at home

E o tempo foi passandoD. Diogo ia caçandoE a dama em casa ficava

Até que um dia ao jantarEstava D. Diogo a darA um dos cães um ossoVeio uma das cadelasPequena e às rosnadelasFilou o cão p’lo pescoço.E matou o seu alão!E o cavaleiro, entãoAo ver isto se benzeu.

So one day at dinner D. Diogo was given A bone to one of his dogs Comes a female dogLitle and growlingBite the dog in neck And kills His alliedso the knightseeing this, blessed himself

E a dama, quando isto ouviuQuando viu a benzeduraSolta um uivo, um assobioCom sua filha sumiuPelo ar, a grande altura.E subiu, subiu bem altoPassou além do planaltoSe confundiu com a verdura.

When the lady heard this When the lady saw him getting blessed Gives a howl, a whistle With her daughter she vanishesThrough the air, big highAnd climb, climb very highWent beyond the plateauMixed with the bushes

E o tempo passou, passouFoi D. Diogo em cruzadaE contra os mouros lutouMui valente se mostrouMas caiu numa emboscada.

Mesmo lutando sem medoPor fim o bom cavaleiroFoi levado prisioneiroP’ra cidade de Toledo.

And the time passed, passed D. Diogo went in a cruzade And against moors he fought He proved to be very braveBut in an ambush he felt downEven fighting without fearLastly the good knightWas taken as prisioner

To Toledo´s city