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Mestrado de Comunicação Educacional e Multimédia Unidade Curricular: Metodologia de Investigação em Educação MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS DOCENTE: J. ANTÓNIO MOREIRA MESTRANDA: MARIA LISETE VICENTE LAPA Janeiro de 2012

Entrevista de investigação

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Entrevista realizada no âmbito da unidade curricular MIE

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Mestrado de Comunicação Educacional e Multimédia

Unidade Curricular: Metodologia de Investigação em Educação

MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOSMÉTODOS DE RECOLHA DE DADOSMÉTODOS DE RECOLHA DE DADOSMÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS

DOCENTE: J. ANTÓNIO MOREIRA

MESTRANDA: MARIA LISETE VICENTE LAPA

Janeiro de 2012

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Índice

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3

2. PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA ................................................................................................................. 3

3. TRANSCRIÇÃO DA ENTREVISTA ................................................................................................................ 5

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1. Introdução No âmbito da unidade curricular de Metodologias de Investigação em Educação foi

proposto a realização individual de uma entrevista semi-estruturada a partir de um guião

elaborado em grupo e apresentado à unidade curricular para discussão. O objetivo da

atividade foi recolher informações junto de professores do ensino básico e/ou secundário

com base em três questões de investigação:

1. O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook,

Myspace, Twitter, etc?

2. Como é que veem a sua (hipotética/real) participação numa rede social?

3. Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

Ao ter sido proposto uma entrevista semi-estruturada concedeu-me algumas

vantagens, pois a entrevista assentou num guião de orientação permitindo-me gerir a

entrevista de forma flexível, aprofundando ou redefinindo questões que surjam no

decurso da entrevista, e dessa forma, aprofundar alguns aspetos muito úteis à atividade.

2. Preparação da entrevista

A preparação desta entrevista começou pela leitura de alguma bibliografia sobre a

este método de recolha de dados e pela análise do guião elaborado em grupo. Esta

análise da documentação visou encontrar informação de orientação à realização da

entrevista e para identificar aspetos que a poderia colocar em causa.

A entrevista foi preparada para ser realizada em contexto presencial para num período

de trinta minutos e considerando as seguintes dimensões:

1. Perfil do entrevistado - Pessoal e profissional

2. Identificação das competências TIC

3. Avaliação crítica das redes sociais

4. Participação/Expetativas de utilização da rede social no contexto educativo.

Para a realização desta entrevista convidei alguns professores de diferentes áreas que

lecionam em escolas do concelho onde sou docente e de acordo com o perfil proposto;

isto é, professores do ensino básico/secundário. Destes convites obtive da parte de todos

um feedback muito positivo para participarem no estudo pois tratam-se de docentes que

possuem algumas afinidades com as redes sociais e com as tecnologias da informação e

da comunicação. Decidi selecionar uma professora do ensino básico e secundário

possuidora de um excelente currículo na área das tecnologias da informação e da

comunicação, sendo reconhecida pelo comunidade escolar onde trabalha como alguém

muito disponível a novos desafios e onde as redes sociais fazem parte da prática do seu

trabalho. Desse modo, agendei com a mesma uma data e hora para a realização da

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entrevista tendo a mesma se disponibilizado a realizar a entrevista na escola onde

lecciona.

O guião foi disponibilizado antecipadamente à entrevistada com o objetivo de

prepararmos a entrevista, permitindo-me avaliar os aspetos que poderiam criar situações

desviantes à entrevista; eventuais necessidades de reformular questões ou da ordem das

mesmas. Para além disso, concedeu a oportunidade do estabelecimento de alguma

confiança entre entrevistadora-entrevistada.

Foi solicitada a gravação da entrevista – o que foi aceite - e garantido que a referida

entrevista se iria realizar respeitando a confidencialidade dos dados. Até à concretização

da entrevista foram estabelecidos alguns contatos presenciais e por e-mail de preparação

da entrevista e de esclarecimento de dúvidas.

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3. Transcrição da Entrevista

Maria Lisete Lapa: Boa tarde. Desde já agradeço a sua disponibilidade em conceder-me

esta entrevista.

Entrevistada: Boa tarde. Não é preciso agradecer é de bom agrado que participo no seu

estudo.

Maria Lisete Lapa: Tal como lhe disse anteriormente esta entrevista visa obter

respostas para três questões de investigação proposto pela Unidade curricular

Metodologias de Investigação do Mestrado que me encontro a realizar e vou tentar não

lhe ocupar mais de 30 minutos. Uma vez que já tem conhecimento dos objectivos e da

temática relativos a esta entrevista julgo que poderemos dar início à entrevista?

Entrevistada: Sim, podemos.

Maria Lisete Lapa: Muito bem. Começo por lhe realizar algumas questões de carater

pessoal e profissional. Se houver algum aspeto que não pretenda responder agradecia

que me informasse.

Entrevistada: Ok, obrigada.

Maria Lisete Lapa: Começo por lhe perguntar a sua idade?

Entrevistada: 31 anos.

Maria Lisete Lapa: Qual a sua formação académica?

Entrevistada: Sou licenciada.

Maria Lisete Lapa: Em que área?

Entrevistada: Em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro.

Maria Lisete Lapa: Em que escola lecciona atualmente? E a que grupo pertence?

Entrevistada: Lecciono na Escola Secundária Santa Maria do Olival de Tomar no grupo

de informática. Estou nesta escola à três anos.

Maria Lisete Lapa: Em termos profissionais, qual é a sua situação? Quero com isto

saber se é professora contratada ou de nomeação definitiva?

Entrevistada: Percebi. Sou professora de nomeação definitiva no grupo de informática

à quatro anos. Mas estou no ensino à sete anos.

Maria Lisete Lapa: Muito bem. Ia perguntar-lhe isso mesmo de seguida.

Maria Lisete Lapa: Regressando à sua formação e dado que pertence ao grupo de

informática parto do princípio que possui competências TIC?

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Entrevistada: Sim.

Maria Lisete Lapa: Como avalia as suas competências nesta área, numa escala de

fraco, suficiente, bom e muito bom?

Entrevistada: Considero que tenho muito boas competências nesta área.

Maria Lisete Lapa: Como tem desenvolvido essas competências?

Entrevistada: Numa primeira fase através da minha formação inicial. Também realizei

uma pós-graduação em Tecnologias da Informação e da Comunicação que me concedeu

importantes conhecimentos e competências nesta área. Após iniciar a minha atividade

profissional tenho realizado ações de formação, mas tem sido através da auto-

aprendizagem que ultimamente tenho atualizado as minhas competências e desenvolvido

conhecimentos.

Maria Lisete Lapa: Percebi que tem realizado ações de formação nesta área. Que tipo

de ações desenvolveu?

Entrevistada: Como referi realizei uma pós-graduação em Tecnologias da Informação e

da Comunicação. Em termos de formação contínua realizei entre outras, uma ação de

formação dos quadros interativos, do desenvolvimento de conteúdos para e-learning e da

produção em flash.

Maria Lisete Lapa: Estou esclarecida. Queria que falássemos agora das redes sociais.

Sendo uma professora de informática e perante o crescimento das redes sociais calculo

que estas deverão fazer parte da sua vida pessoal e profissional? Se sim que redes

sociais conhece?

Entrevistada: Sim, utilizo algumas quer em termos pessoais quer já em termos

profissionais. Costumo utilizar o Facebook; o MySpace; o Twitter e o Orkut. Trabalhei

também com o hI5 durante o tempo que existiu.

Maria Lisete Lapa: Pelo que percebi encontra-se inscrita e utiliza várias redes sociais,

deste modo, gostaria de perceber qual a frequência que acede às mesmas?

Entrevistada: Ao Facebook acedo diariamente. Às restantes vou lá com frequência mas

não sei precisar, tenho semanas que vou lá duas ou três vezes por dia, no entanto,

também tenho outras semanas que não as utilizo.

Maria Lisete Lapa: Teremos de encarar que o Facebook encontra-se numa fase de

grande expansão e nos dias de hoje até como educadores não podemos descurar a

introdução das mesmas nas nossas aulas. Que opinião tem desta rede social e das outras

que conhece?

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Entrevistada: Sim. Falo delas frequentemente nas minhas aulas, nomeadamente,

questões associadas a comportamentos de riscos. Também as utilizo em algumas

atividades até para perceberem que as redes sociais e outras ferramentas existentes na

Internet podem ser utilizadas com utilidade. Sobre o que considero sobre as redes

sociais, entendo, que as mesmas são muito importantes para o contato entre pessoas

amigas e familiares que se encontram distantes sendo as mesmas propicias para o

estabelecimento de contatos com outras pessoas desconhecidas.

Maria Lisete Lapa: Pelo que percebi as redes sociais fazem já parte das suas práticas

profissionais e reflete uma perspetiva muito positiva sobre as mesmas. Deste modo, se

lhe pedisse dois aspetos positivos e dois negativos sobre as mesmas o que me indicaria?

Entrevistada: Apesar das utilizar na sala de aula não tenho uma perspetiva tão positiva

da utilização das redes sociais, no entanto, encontro-lhe aspetos positivos e negativos,

tudo depende do tipo de utilização que fazemos das mesmas. Para além disso, como

professora desta área considero que tenho um papel determinante em termos da

formação e da educação dos meus alunos. Entendo que a rede Internet e as ferramentas

que nela surgirem vieram para ficar competindo também aos professores acompanhar os

seus alunos ao longo do seu percurso e ensiná-los a trabalhar e a participarem online de

forma segura para que possamos ter cidadãos e trabalhadores responsáveis.

Maria Lisete Lapa: Percebi. De fato o papel do professor é hoje muito mais vasto que o

simples papel de transmissão de conhecimentos. Mas disse-me, encontrar aspetos

positivos e negativos nestas redes; poderia indicar-me alguns?

Entrevistada: Em termos positivos indicaria as possibilidades de contatos entre as

pessoas e as possibilidades de partilha de informação. Em termos negativos indicaria a

demasiada exposição a que as redes nos colocam.

Maria Lisete Lapa: Anteriormente referiu-me utilizar várias redes sociais, já

desenvolveu alguma atividade educativa com recurso às mesmas? Se sim, que tipo de

atividade?

Entrevistada: Sim, utilizo com frequência o facebook como suporte de extensão da aula

para esclarecer os meus alunos de dúvidas.

Maria Lisete Lapa: Deste modo, depreendo que considera que as redes sociais poderão

ser utilizadas no ensino ou como suporte do processo ensino-aprendizagem?

Entrevistada: Sim, com os devidos cuidados é muito fácil utilizar o chat das redes

sociais para esclarecer os alunos de dúvidas. Também se poderá aproveitar as

potencialidades destas redes para a divulgação de um projeto, para a partilha de

trabalhos, de conteúdos produzidos, para a realização de atividades de pesquisa.

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Maria Lisete Lapa: Perante o que me disse e uma vez que possui alguma experiência

de trabalho nas redes sociais, como vê em termos do contexto educativo a interação dos

alunos com o próprio professor e entre si nas redes sociais?

Entrevistada: Apenas me posso referir ao facebook, porque apenas tenho utilizado esta

em termos escolares. Esta rede aproxima o professor do aluno e vice-versa havendo uma

maior abertura ao diálogo até em questões mais complexas das vidas privadas dos

alunos. No entanto, também cria alguns constrangimentos pois os envolvidos ficam mais

expostos o que exige alguns limites do que é colocado online. Para além disso, tenho-me

apercebido, que o papel de professor nas redes sociais é mais de orientador pois os

alunos envolvem-se mais e assumem um papel de maior destaque no processo da sua

aprendizagem.

Maria Lisete Lapa: É visível nas suas respostas que o professor desempenha um papel

um pouco diferente quando integra as redes sociais nas suas aulas. O professor assume

assim um papel de moderador, de orientador e de vigilante. Para si quais são os

principais problemas e benefícios que identifica quando utiliza uma rede social no

contexto escolar?

Entrevistada: Em termos de problemas identifico a perda da privacidade e uma maior

exposição das pessoas envolvidas; por vezes a dificuldade em separar a parte pessoal da

profissional o que leva a alguns alunos a confundirem os papéis.

Em termos das vantagens identifico a possibilidade de realização de um trabalho para

além do espaço da sala de aula; o espaço e o tempo deixou de ser um problema. Os

alunos apresentam uma maior facilidade em exprimirem as suas opiniões pela sensação

aparente de proteção da rede. As própria possibilidade de partilha de informação é para

mim uma grande vantagem.

Maria Lisete Lapa: Perante esta sua resposta identifiquei alguns aspetos que

evidenciam que a redes sociais promovem o desenvolvimento de competências nos

alunos, concorda com a minha análise?

Entrevistada: Sim. Os alunos ao assumirem um papel determinante no processo

aprendizagem assumem um papel mais critico e seletivo da informação e do

conhecimento. Deste modo, desenvolvem o espírito critico, a autonomia em termos de

trabalho e de decisões. Em termos de trabalho, o fato dos alunos trabalharem numa rede

social estarão a interagir com outros, obriga-os a terem um maior domínio sobre a

gestão do seu tempo e a auto-dominarem os seus comportamentos. Para além disso,

desenvolvem competências em termos de utilização das tecnologias da informação e da

comunicação e do trabalho em rede mas orientado para o cumprimento das regras de

segurança.

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Maria Lisete Lapa: Não é a primeira vez que aborda a questão da segurança online o

que considero interessante, nomeadamente, quando a insere numa competência a

desenvolver pelos alunos. A possibilidade da realização de atividades nas redes sociais

concede aos alunos a oportunidade da realização de um trabalho que sobe a vigilância e

orientação de um professor os leve a assumir comportamentos preventivos contra os

riscos online - que são uma realidade - e deste modo a desenvolverem comportamentos

éticos e de cidadania online.

Maria Lisete Lapa: Uma vez que tem uma visão positiva da utilização das redes sociais

- ainda que considerando os devidos cuidados - no contexto educativo e que acautela os

riscos de um trabalho numa rede social vou lançar-lhe o seguinte desafio: Admite

inspirar-se em práticas que conheça nas redes sociais e utilizá-las nas suas aulas? Se

sim, quais?

Entrevistada: Que desafio! Sim e acho que coloquei em prática algumas nas minhas

aulas. Na realização de concursos de som, imagem ou vídeos com recurso a votação com

o tipo gosto/não gosto. Criação de grupos de discussão de temáticas e realizá-la de uma

forma mais aberta e para o exterior da sala de aula, realizar atividades de edição e

partilha de documentos online. Criar intercâmbios entre alunos de outras escolas

utilizando temáticas de discussão, partilhas de informação e de conteúdos ou na

realização de projetos comuns. As redes sociais possuem imensas potencialidades para o

ensino. O seu limite quanto a mim é um pouco o limite da criatividade e da exploração

das possibilidades.

Maria Lisete Lapa: Só tenho uma coisa a dizer. Desafio ultrapassado!

Sem querer acabou por introduzir e refletir sobre uma questão que estaria relacionada

com a identificação de potenciais melhorias e/ou inovação ao processo de ensino de

aprendizagem, contundo, acabou por me apresentar um conjunto de possibilidades da

integração de práticas ou mesmo da utilização das redes sociais nas suas disciplinas que

são bem reveladoras que conhece as potencialidades oferecidas pelas das redes sociais.

De fato estas ferramentas são poderosas nas potencialidades que criam ao sistema de

ensino e a sua introdução apenas depende da abertura do sistema educativo e dos

professores. Ainda bem que faz parte dos docentes que reconhecem o valor desta

ferramenta.

Entrevistada: O que disse é verdade, mas encontramo-nos ainda numa fase que a

escola, por receio, pelos riscos, pelo desconhecimento, não aceita a utilização da mesma

como prática ou ferramenta de trabalho. julgo que teremos de dar tempo ao tempo. Os

espaços online terão no futuro o seu espaço.

Maria Lisete Lapa: Partilho da mesma opinião.

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Não tenho mais perguntas em termos da entrevista, mas não sei, se gostaria de

acrescentar algum aspeto ou fazer-me alguma questão acerca da entrevista?

Entrevistada: Da minha parte, não tenho perguntas. Também não me lembro de algum

aspeto que não tenha falado.

Maria Lisete Lapa: Tudo bem. Agradeço a oportunidade que me deu em partilhar

comigo e posteriormente com os meus colegas de mestrado da sua excelente

experiência, partilha de ideias sobre as redes sociais, assim como, a sua visão e

perspetiva de abertura ao uso destas ferramentas em contexto educativo. De fato o

ensino necessita de docentes arrojados e que procurem novas perspectivas e que não

tenham receio de experimentar, ainda que para isso tenham de correr alguns riscos.

Entrevistada: Desde já agradeço os seus elogios sublinhando apenas que procuro

desenvolver o meu trabalho e nesse sentido tenho a obrigação de me apresentar

disponível a novos desafios de formação e de educação dos meus alunos.

Maria Lisete Lapa: Mais uma vez agradeço-lhe a sua disponibilidade. Desejando-lhe

sucessos e já agora um bom Natal e um excelente Ano.

Entrevistada: Obrigada. E um bom Natal e um bom ano também para si.