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Interacção enzima - substrato Estrutura das enzimas

Estrutura das enzimas

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Page 1: Estrutura das enzimas

Interacção enzima - substrato

Estrutura das enzimas

Page 2: Estrutura das enzimas

Estrutura das enzimas (Biocatal isadores)

Têm constituição proteica e conformação espacial específicas; São formadas por uma ou mais cadeias de a.a;

A composição dos cerca de 22 tipos de a.a. que entram na sua constituição não varia significativamente; o que varia é a ordem com que esses a.a. se encontram.

Estrutura globular; > substrato.

As enzimas são classificadas com base nas reacções que catalisam.

– Nome do substrato + Sufixo ase:

Ex: Urease - hidrólise da ureia

Amilase; Peptidase; Lipase; Sacarase; etc.

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Estrutura das enzimas

Possui uma pequena região que é complementar da configuração espacial do substrato – Centro activo

A ligação entre a enzima e o substrato faz-se ao nível do centro activo.

A ligação entre a enzima e o substrato forma o complexo enzima-substrato.

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Centros activos – aspectos comuns

Ocupam uma pequena parte do volume total da enzima;

Correspondem, geralmente a uma fenda ou cavidade existente na estrutura da molécula proteica;

A especificidade da ligação ao substrato depende do arranjo dos átomos no centro activo;

O nº de centros activos de uma enzima é variável.

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Interacção enzima-substrato

-As ligações entre a enzima e o substrato são transitórias;

-Quando termina a reacção libertam-se os produtos formados;

-A enzima fica inactiva, podendo actuar sobre outra molécula de substrato;

-O ciclo repete-se até todo o substrato estar transformado.

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Acção de uma enzima

1º No centro activo estabelecem-se ligações intermoléculares com o substrato, formando-se o complexo enzima-substrato.

2º Activação do complexo (verificam-se mudanças químicas).

3º Termina a reacção enzima substrato e libertam-se os produtos formados.

No final a enzima fica intacta podendo actuar sobre outra molécula de substrato.

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Interacção enzima-substrato

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Estrutura das enzimas Algumas enzimas são constituídas por:

Apoenzima – molécula proteica; Cofactor – substância não proteica;

Apoenzima + Cofactor = Holoenzima(inactiva) (inactivo) (activa)

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Concentração dos intervenientes numa reacção enzimática

Início: [S]↑ ↓[Enzima livre] → ligação E – S → ↑ [complexo E-S]

Então: [S]↓ e ↓[Enzima livre] ↑[complexo E-S] ↑[Produto]

Depois: estabilização da [Enzima livre] e [complexo E-S]

a velocidade de formação do complexo E – S = velocidade de separação da E e do P

Final: ↓[S] ↑[Enzima livre]

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0

1

2

3

4

5

6

0 2 4 6 8 10

concentração do substrato

velo

cid

ade

da

reac

ção

A

A – Ponto de saturação enzimática.

- Já todas as enzimas estão ocupadas com substrato, então, mesmo que aumente a concentração de substrato como não existem enzimas livres a velocidade da reacção não aumenta mais.

- A velocidade da reacção a partir deste ponto vai manter-se constante porque a velocidade de formação de complexo E – S é igual à velocidade de separação da E do produto.

Page 11: Estrutura das enzimas

Início: [S]↑ ↓[Enzima livre] → ligação E – S → ↑ [complexo E-S]

Então: [S]↓ e ↓[Enzima livre] ↑[complexo E-S] ↑[Produto]

Depois: estabilização da [Enzima livre] e [complexo E-S] a velocidade de formação do complexo E – S = velocidade de separação da E e do P

Final: ↓[S] ↑[Enzima livre]

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Modelos de ligação Enzima-substrato

Especificidade enzimática devida à:

Configuração do centro activo da enzima ser complementar de uma zona da molécula de substrato.

O centro activo permite o reconhecimento entre a E e o S.

Modelo de Fischer

Modelo de Koshland

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Modelo Chave – fechadura ou de Fischer (1890)

O centro activo de uma enzima possui uma determinada estrutura onde apenas pode “encaixar” um tipo de substrato com estrutura complementar desse centro activo.

Como a chave (substrato) que só funciona numa fechadura (enzima).

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Modelo do encaixe induzido ou de Koshland (1959)

Existe uma interacção dinâmica entre a E e o S. O substrato ao ligar-se à enzima induz uma mudança na estrutura da enzima de modo a que o centro activo se “molda”, formando-se um centro activo complementar do substrato.

Explica a actividade de certas enzimas que actuam sobre substratos ligeiramente diferentes.

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Importância Biomédica

Farmacologia e Toxicologia

Venenos metabólicos

Inibir ou abolir reações metabólicas essenciaisInibir a atividade de enzimas

Drogas terapeuticamente importantes

Utilizadas no tratamento de inúmeras patologias

Descoberta do mecanismo de ação de enzimas

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Inibição CompetitivaTerapias com drogas

Conceitos de inibição enzimática

Drogas projetadas para inibirem uma enzima específicaANTIMETABÓLITOS

Antivirais, antibacterianos, antitumorais

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TGO - Transaminase glutâmico oxalacéticaTGP - Transaminase glutâmico pirúvica

Presentes nas células do fígado, coração, músculo esquelético, rim e pâncreas.

Outras enzimas importantes em diagnóstico Transaminases

DOENÇA HEPÁTICA

ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO TGO eleva-se após 12 horas, atingindo seu pico após 24-36 horas.

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Outras enzimas importantes em diagnósticoFosfatases

Fosfatase Alcalina

Presente em muitos tecidos, principalmente no fígado e nos ossos. O aumento fisiológico é observado na GRAVIDEZ e na INFÂNCIA.

DISTÚRBIOS ÓSSEOSDOENÇA HEPÁTICA OBSTRUTIVA

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Outras enzimas importantes em diagnósticoTransferases

GAMA GLUTAMIL TRANSPEPTIDASE Presente no fígado.

INDICADOR DE DOENÇA HEPÁTICAALCOOLISMO

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TIPOS DE APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

• Alimentos- Indústria de azeite: Aplicação na melhoria de aspectos organolépticos e estabilidade a

longo prazo.

- Panificação: Melhoria da cor, do sabor e estrutura através de alfa-amilase fúngica. Actua sobre a farinha de trigo, acelerando o processo de fermentação, devido a uma maior formação de açúcares para o fermento.

• Rações animais- Utilização de enzimas nas rações para leitões durante o período de lactação, com o objectivo de

digestão de amido e, em decorrência disso, ganho de peso e abate precoce.

• Papel e celulose- Remoção de depósitos em máquinas: Substituição de álcalis e ácidos fortes

por enzimas para assegurar a integridade física dos funcionários e cumprir leis ambientais.

• Couro- Eliminação dos pêlos: Envolvia sulfureto de sódio, um químico com um cheiro intenso.

Em alternativa, foi sugerido à indústria que passe a usar enzimas – o mau cheiro desaparece e a carga poluente dos efluentes é eliminada.

• Têxtil- Usa-se a amilase bacteriana (Bacillus subtilis e Bacillus lichenformis) estável ao calor para

eliminar a goma dos produtos têxteis, substituindo os ácidos e álcalis na hidrólise do amido.

• Indústria de Cosméticos• Produtos de Limpeza• Inactivação Enzimática

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Concluindo:

-Apresentam alto grau de especificidade;

-São produtos naturais biológicos;

-As reacções são baratas e seguras;

- São altamente eficientes, acelerando a velocidade dasreacções (108 a 1011 + rápida);

-São económicas, reduzindo a energia de activação;

-Não são tóxicas;

- Necessitam de condições favoráveis de pH, temperatura e depolaridade do solvente e força iónica.

-Apresentam vantagens frente aos catalisadores químicos

- Têm ampla aplicabilidade.