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ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA 1. ESTRUTURA BÁSICA ÍNDICE 13. ANEXOS 12 . APÊNDICES. 11. GLOSSÁRIO 10. REF. BIBLIOGR 9.RESULTADOS ESPERADOS Elementos Preliminares ou Pré-Textuais As páginas Preliminares são contadas (com exceção da Capa), mas não são numeradas. 8. ORÇAMENTO 7. CRONOGRAMA 6. METODOLOGIA 5. REVISÃO DE LITERAT. 4. PROBLEMÁTICA 3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS 2. JUSTIFICATIVA n.12 As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. Elementos Textuais Elementos Pós-Textuais 1. INTRODUÇÃO n.12 SUMÁRIO (OB) LISTAS (OP) RESUMOS LÍNGUA VERNÁCULA (OB) Página em branco deve ser colocado no final do Projeto. RESUMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (OB) EPÍGRAFE (OP) AGRADECIMENTOS (OP) DEDICATÓRIA (OP) FOLHA DE APROVAÇÃO (OB) ERRATA (OP) FOLHA DE ROSTO (OB) CAPA (OB)

Estrutura para projetos de pesquisa

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As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.

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Page 1: Estrutura para projetos de pesquisa

ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA

1. ESTRUTURA BÁSICA

ÍNDICE

13. ANEXOS

12 . APÊNDICES. 11. GLOSSÁRIO

10. REF. BIBLIOGR

9.RESULTADOS ESPERADOS

Elementos Preliminares ou

Pré-Textuais

As páginas Preliminares são contadas (com exceção da Capa), mas não são numeradas.

8. ORÇAMENTO 7. CRONOGRAMA

6. METODOLOGIA 5. REVISÃO DE LITERAT.

4. PROBLEMÁTICA 3. OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

2. JUSTIFICATIVA n.12

As folhas ou páginas pré-textuais devem ser contadas, mas não numeradas. Para trabalhos digitados ou datilografados somente no anverso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, considerando somente o anverso. A numeração deve figurar, a partir da primeira folha da parte textual, em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.

Elementos Textuais

Elementos Pós-Textuais

1. INTRODUÇÃO n.12

SUMÁRIO (OB)

LISTAS (OP)

RESUMOS LÍNGUA VERNÁCULA (OB)

Página em branco deve ser colocado no final do Projeto.

RESUMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (OB)

EPÍGRAFE (OP) AGRADECIMENTOS (OP) DEDICATÓRIA (OP)

FOLHA DE APROVAÇÃO (OB)

ERRATA (OP) FOLHA DE ROSTO (OB)

CAPA (OB)

Page 2: Estrutura para projetos de pesquisa

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

� CAPA (OBRIGATÓRIO) � LOMBADA – trabalhos encadernados (Opcional) � FOLHA DE ROSTO (OBRIGATÓRIO) � ERRATA (Opcional) � FOLHA DE APROVAÇÃO (OBRIGATÓRIO) � DEDICATÓRIA(S) (Opcional) � AGRADECIMENTOS (Opcional) � EPÍGRAFE (Opcional) � RESUMO NA LÍNGUA VERNÁCULA (OBRIGATÓRIO) � RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA � LISTA DE ILUSTRAÇÕES [(Quando houver) Opcional] � LISTA DE TABELAS [(Quando houver) Opcional] � LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS [(Quando houver) Op cional] � LISTA DE SÍMBOLOS [(Quando houver) Opcional] � SUMÁRIO (OBRIGATÓRIO)

ELEMENTOS TEXTUAIS INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO CONCLUSÃO

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

� Referências (OBRIGATÓRIO); � Elaborar de acordo com as normas NBR da ABNT 6023 (2002) .

� Glossário (opcional); � Deve ser elaborado em ordem alfabética conforme as normas NBR da ABNT 6022

(2002). � Apêndice(s) (opcional);

� São documentos elaborados pelo autor da monografia e servem para complementar sua argumentação.

� Anexos (opcional). � São documentos não elaborados pelo autor da monografia e servem para comprovar,

fundamentar ou ilustrar argumentação do autor.

1- TEMA 2- JUSTIFICATIVA 3- OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4. PROBLEMÁTICA 5. REVISÃO DE LITERATURA 6. METODOLOGIA 7. CRONOGRAMA 8. ORÇAMENTOS 9. RESULTADOS ESPERADOS 10. REFERÊNCIAS 11. GLOSSÁRIOS 12. APÊNDICES 13. ANEXOS

Page 3: Estrutura para projetos de pesquisa

1. DEFININDO O TEMA E TÍTULO (O QUÊ)

O tema parte preferencialmente da realidade circundante do pesquisador, como, por exemplo, de seu

contexto social, profissional ou cultural. O título parte do tema e é o “cartão de apresentação” do projeto de

pesquisa. Ele expressa a delimitação e a abrangência temporal e espacial do que se pretende pesquisar.

Independente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente ampla, precisando bem o assunto geral

sobre o qual se deseja realizar a pesquisa.

Do tema é feita a delimitação que deve ser dotada de um sujeito e um objeto. Já o título, acompanhado ou

não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um processo de delimitação e especificação,

para torná-lo viável à realização da pesquisa, o título sintetiza o conteúdo da mesma.

2. JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?).

A justificativa constitui uma parte fundamental do projeto de pesquisa. É nessa etapa que você convence o

leitor (professor, examinador e demais interessados no assunto) de que seu projeto deve ser feito. Para tanto,

ela deve abordar os seguintes elementos: a delimitação, a relevância e a viabilidade.

a) Delimitação

Como é impossível abranger em uma única pesquisa todo o conhecimento de uma área, deve-se fazer

recortes a fim de focalizar o tema, ou seja, selecionar uma parte num todo. Delimitar, pois, é pôr limites.

O que delimitar?

-Área específica do conhecimento;

-Espaço geográfico de abrangência da pesquisa;

- Período focalizado na pesquisa.

b) Relevância

Deve ser evidenciada a contribuição do projeto para o conhecimento e para a sociedade, ou seja, em que

sentido a execução de tal projeto irá subsidiar o conhecimento científico já existente e a sociedade de

maneira geral ou específica.

c) Viabilidade

A justificativa deve demonstrar a viabilidade financeira, material (equipamentos) e temporal, ou seja, o

pesquisador mostra a possibilidade de o projeto ser executado com os recursos disponíveis.

A justificativa deve ser elaborada em texto único, sem tópicos.

3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Sem problema não há pesquisa, mas, para formular um problema de pesquisa, surge fazer algumas

considerações pertinentes no sentido de evitar equívocos.

- Em primeiro lugar é preciso fazer uma distinção entre o problema de pesquisa e os problemas do

acadêmico.

Page 4: Estrutura para projetos de pesquisa

- Em segundo lugar, não confundir tema com problema. O tema é o assunto geral que é abordado na

pesquisa e tem caráter amplo. O problema focaliza o que vai ser investigado dentro do tema da pesquisa.

PROBLEMA É UMA INTERROGAÇÃO QUE O PESQUISADOR FAZ À REALIDADE.

A formulação do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se

defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.

Para ser cientificamente válido, um problema deve passar pelo crivo das seguintes questões:

- Pode ser enunciado em forma de pergunta?

- Corresponde a interesses pessoais (capacidade), sociais e científicos, isto é, de conteúdo e metodológicos?

Esses interesses estão harmonizados?

- Constitui-se o problema em questão científica, ou seja, relacionam-se entre si pelo menos duas variáveis?

- Pode ser objeto de investigação sistemática, controlada e crítica?

- Pode ser empiricamente verificado em suas conseqüências?

Tema não é problema! Problemática não é problema! Além disso, é necessário também esclarecer o que é

uma problemática e um problema.

Segundo Oliveira (2001, p. 107), uma problemática pode ser considerada como a colocação dos problemas

que se pretende resolver dentro de um certo campo teórico e prático. Um mesmo tema (ou assunto) pode ser

enquadrado em problemáticas diferentes.

O problema não surge do nada, mas é fruto de leitura e/ou observação do que se deseja pesquisar. Nesse

sentido, o aluno deve fazer leituras de obras que tratem do tema no qual está situada a pesquisa, bem como

observar – direta ou indiretamente – o fenômeno (fato, sujeitos) que se pretende pesquisar para,

posteriormente, formular questões significativas sobre o problema.

A formulação mais freqüente de um problema na literatura sobre metodologia da pesquisa ocorre, de

maneira geral, em forma de uma questão ou interrogação.

O problema, assim, consiste em um enunciado explicitado de forma clara, compreensível e operacional,

cujo melhor modo de solução ou é uma pesquisa ou pode ser resolvido por meio de processos científicos.

Concluem-se disso que perguntas retóricas, especulativas e afirmativas (valorativas) não são perguntas

científicas.

4. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

As hipóteses são possíveis respostas ao problema da pesquisa e orientam a busca de outras informações. A

hipótese pode também ser entendida como as relações entre duas ou mais variáveis, e é preciso que pelo

menos uma delas já tenha sido fruto de conhecimento científico.

* Alguns autores utilizam a expressão “questões de pesquisa” ou “questões norteadoras” em vez de

hipóteses.

“É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se pretende

demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida. [...] nesses casos não há

Page 5: Estrutura para projetos de pesquisa

mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança” (SEVERINO,

2000, p. 161).

Tal como o problema, a formulação de hipóteses prioriza a clareza e a distinção. A pesquisa pode confirmar

ou refutar a(s) hipótese(s) levantada(s). HIPÓTESES NÃO são perguntas, mas SIM AFIRMAÇÕES.

Nas hipóteses não se busca estabelecer unicamente uma conexão causal (se A, então B), mas a probabilidade

de haver uma relação entre as variáveis estabelecidas (A e B), relação essa que pode ser de dependência, de

associação e também de causalidade.

Enunciado das hipóteses

• É uma suposição que se faz na tentativa de explicar o problema;

• Como resposta e explicação provisória, relaciona duas ou mais variáveis do problema levantado;

• Deve ser testável e responder ao problema;

• Serve de guia na pesquisa para verificar sua validade.

Surgem de:

a. observação

b. resultados de outras pesquisas

c. teorias

d. intuição

Características das Hipóteses

• Consistência

lógica

• Verificabilidade

• Simplicidade

• Relevância

• Apoio teórico

• Especificidade

• Plausibilidade

• Clareza

• Profundidade

• Fertilidade

• Originalidade

Uma hipótese aplicável deve:

a. ser conceitualmente clara;

b. ser específica (identificar o que deve ser observado);

c. ter referências empíricas (verificável);

d. ser parcimoniosa (simples);

Page 6: Estrutura para projetos de pesquisa

e. estar relacionada com as técnicas disponíveis;

f. estar relacionada com uma teoria.

As hipóteses constituem “respostas” supostas e provisórias ao problema.

A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo ser complementada por

outras, que recebem a denominação de secundárias.

5. OBJETIVOS (PARA QUÊ?)

Atenção! Os objetivos devem ser sempre expressos em verbos de ação.

Objetivo Geral

Está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo

intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se

diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto. Deve iniciar com um

verbo de ação.

Exemplo de objetivo geral:

Desenvolver um modelo científico de estúdio de produção em rádio, para ser utilizado

como referencial básico para novas implantações e a readequação dos existentes em

cursos de comunicação social, em instituições de ensino superior, visando a melhoria e

otimização da organização do trabalho e usabilidade do sistema à aprendizagem.

Objetivos Específicos

Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo

de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.

Exemplos aplicáveis a objetivos:

a) quando a pesquisa tem o objetivo de conhecer:

Apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar;

b) quando a pesquisa tem o objetivo de compreender:

Compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir,

interpretar, localizar, reafirmar;

c) quando a pesquisa tem o objetivo de aplicar:

Desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar,

otimizar, melhorar;

d) quando a pesquisa tem o objetivo de analisar:

Page 7: Estrutura para projetos de pesquisa

Comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar,

ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar;

e) quando a pesquisa tem o objetivo de sintetizar:

Compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor,

reunir, sintetizar;

f) quando a pesquisa tem o objetivo de avaliar:

Argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.

Lista de alguns verbos operacionais

Nível de conhecimento saber / Nível de saber-fazer

Apreciar

analisar

escolher

citar

classificar

comparar

controlar

descobrir

descrever

definir

demonstrar

nomear

designar

diferenciar

distinguir

estimar

avaliar

calcular

construir

consertar

desenvolver(método)

diagnosticar

(manutenção)

executar

gerenciar (informática)

instalar

integrar

dominar

localizar

montar (uma operação)

modelar

organizar (um posto)

praticar

preparar

realizar

explicar

identificar

julgar

listar

medir

opor

provar

reconhecer

redigir

reagrupar

repertoriar

resolver

selecionar

estruturar

traduzir

transpor

verificar

reparar

tratar

transformar

utilizar

...e todos os verbos

técnico

Page 8: Estrutura para projetos de pesquisa

6. REVISÃO DA LITERATURA

Nessa etapa, como o próprio nome indica, analisam-se as mais recentes obras científicas

disponíveis que tratem do assunto ou que dêem embasamento teórico e metodológico

para o desenvolvimento do projeto de pesquisa. É aqui também que são explicitados os

principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa.

Também chamada de “estado da arte”, a revisão da literatura demonstra que o

pesquisador está atualizado nas últimas discussões no campo de conhecimento em

investigação. Além de artigos em periódicos nacionais e internacionais e livros já

publicados, as monografias, dissertações e teses constituem excelentes fontes de

consulta.

Revisão de literatura difere-se de uma coletânea de resumos ou uma “colcha retalhos”

de citações!

7. METODOLOGIA (COMO?)

Metodologia é o conjunto de métodos e técnicas utilizados para a realização de uma

pesquisa.

Existem duas abordagens de pesquisa, a qualitativa e a quantitativa. A primeira aborda o

objeto de pesquisa sem a preocupação de medir ou qualificar os dados coletados, o que

ocorre essencialmente na quantitativa. Porém é possível abordar o problema da pesquisa

utilizando as duas formas.

Faz-se necessário, contudo, definir o que é método. Este pode ser compreendido como o

caminho a ser seguido na pesquisa.

1. O que é método?

O método nada mais é do que o caminho a ser percorrido para atingir-se o objetivo

proposto. Em função da proposta de trabalho ou da área de concentração da pesquisa.

Em uma pesquisa existem métodos de abordagem e métodos de procedimento. O

método de abordagem diz respeito à concepção teórica utilizada pelo pesquisador,

enquanto o de procedimento relaciona-se à maneira específica pela qual o objeto será

trabalhado durante o processo de pesquisa. Exemplos de métodos de abordagem podem

ser: hipotético-dedutivo, indutivo, fenomenológico, dialético, positivista, estruturalista e

hermenêutico. Exemplos de métodos de procedimentos podem ser: histórico, estatístico,

comparativo, observação, monográfico, econométrico e experimental.

Page 9: Estrutura para projetos de pesquisa

Os métodos de pesquisa e sua definição dependem do objeto e do tipo da pesquisa. Os

tipos mais comuns de pesquisa são:

• de campo;

• bibliográfica;

• descritiva;

• experimental.

Aliadas aos métodos estão as técnicas de pesquisa, que são os instrumentos específicos

que ajudam no alcance dos objetivos almejados.

As técnicas mais comuns são:

• questionários (instrumento de coleta de dados que dispensa a presença do

pesquisador);

• formulários (instrumento de coleta de dados com a presença do pesquisador);

• entrevistas (estruturada ou não estruturada);

• levantamento documental;

• observacional (participante ou não participante);

• estatísticas.

Classificação das pesquisas

- Quanto à natureza:

• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da

ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.

• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida

à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

- Quanto a forma de abordagem (segundo Gil, 1991):

• Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa

traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.

Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda,

mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...).

• Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real

e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a

subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação

dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no processo de

Page 10: Estrutura para projetos de pesquisa

pesquisa qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O

ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o

instrumento chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados

indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de

abordagem.

- Quanto aos objetivos

• Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema

com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolvem levantamento

bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o

problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão.

Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de caso.

• Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população

ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso

de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação

sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.

• Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem

para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade

porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências

naturais requer o uso do método experimental e nas ciências sociais requer o uso

do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental

e Pesquisa Ex-post-facto.

- Quanto aos procedimentos técnicos

• Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado,

constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com

material disponibilizado na Internet.

• Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam

tratamento analítico.

• Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de estudo, seleciona-se

as variáveis que seriam capazes de influenciá- lo, define-se as formas de

controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Page 11: Estrutura para projetos de pesquisa

• Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo

comportamento se deseja conhecer.

• Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos

objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

• Pesquisa Ex-Post-Facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.

• Pesquisa ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma

ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e

participantes representatives da situação ou do problema estão envolvidos de

modo cooperativo ou participativo.

• Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre

pesquisadores e membros das situações investigadas.

Toda pesquisa requer um embasamento teórico. Nele é preciso observar a teoria de

base que dará sustentação ao trabalho, a revisão bibliográfica e a definição dos termos.

8. RESULTADOS ESPERADOS

Esse item é dispensável nos trabalhos de graduação, porém é necessário em projetos

com financiamento. Devem ser explicitados os resultados práticos esperados com a

pesquisa, como:

-Números e características de publicações (artigos, livros etc.);

-Comunicações em congressos ou simpósios;

-Registro de patentes;

-Exposição;

-Criação ou industrialização de produtos.

9. CRONOGRAMA (QUANDO?)

A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser divida

em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.

Não esquecer que, se determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos

vários membros da equipe, existem outras que dependem das anteriores, como é o caso

Page 12: Estrutura para projetos de pesquisa

da análise e interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só

possíveis depois de colhidos os dados.

O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de

acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão

definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo

autor do trabalho.

Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres,

trimestres etc. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por

cada pesquisador.

Cabe frisar que a execução de um projeto terá tantas etapas quantas forem necessárias,

tendo-se em vista um melhor acompanhamento e controle. Estas deverão constar no

conograma com os devidos prazos de execução.

Exemplo:

ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 Levantamento do Tema X

2 Discussões do grupo X

3 Coleta de dados X X X

4 Tratamento dos dados X X X X

5 Montagen do Projeto X X X

6 Revisão do texto X

7 Elaboração do Relatório Final

8 Entrega do trabalho X

Recursos

Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição

financiadora de Projetos de Pesquisa. ...................................................................

Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de

Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de

organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o

Projeto.

Page 13: Estrutura para projetos de pesquisa

Material permanente

São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido

como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa.

Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.

Exemplo:

ITEM CUSTO (R$)

Computador 1.300,00

Impressora 400,00

Scanner 280,00

Mesa para o computador 250,00

Cadeira para a mesa 100,00

TOTAL: 2.330,00

Material de Consumo

São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é

definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa.

Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.

Exemplo:

ITEM CUSTO (R$)

10 caixas de disquete para computador 50,00

10 resmas de papel tipo A4 150,00

10 cartuchos de tinta para impressora 650,00

TOTAL: 850,00

Pessoal

É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.

Page 14: Estrutura para projetos de pesquisa

Exemplo:

ITEM CUSTO

MENSAL (R$)

CUSTO TOTAL

(R$)

(10 meses)

1 estagiário pesquisador 500,00 5.000,00

1 digitador 200,00 2.000,00

1 revisor 2.000,00

Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00

TOTAL: 700,00 13.000,00

CUIDADO!!!

Só estabeleça etapas que possam ser executadas no prazo disponível.

9. ORÇAMENTO (COM QUANTO?)

Respondendo à questão com quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens,

que devem necessariamente ser separados. Inclui:

a) pessoal – do coordenador aos pesquisadores de campo, todos os elementos deve ter

computados os seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/atividade,

incluindo os programadores de computador;

b) material, subdivididos em:

b.1) elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel, canetas,

lápis, cartões ou plaquetas de identificação dos pesquisadores de campo,

hora/computador, datilografia, xerox, encadernação etc.;

b.2) elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou serem

alugados, computadores, calculadoras, etc..

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

As referências utilizadas para a elaboração do projeto e as fontes documentais

previamente identificadas que serão necessárias à pesquisa devem ser indicadas em

ordem alfabética e dentro das normas técnicas (no Brasil as normas mais aceitas são as

estabelecidas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Referências

Page 15: Estrutura para projetos de pesquisa

Secção normalmente situada ao final de um trabalho científico, que lista as fontes

documentais utilizadas, individualmente identificadas através de uma referência.

COM UM AUTOR:

ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de

publicação: Nome da editora, ano da publicação.

Ex:

SANTOS, R. Comércio exterior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

COM DOIS AUTORES:

ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes; ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título da

obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da editora, ano da publicação.

Ex:

MARTINS, C.; CALDAS, J.F. Administração geral. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva,

1992.

PARTE DE OBRAS:

ÚLTIMO SOBRENOME, Nome do autor da parte. Título da Parte. In: Sobrenome do

autor, Prenomes. Título da obra. Número da edição. Local de publicação: Nome da

editora, ano da publicação.

Ex:

CORDEIRO, J.C. O Conflito nas Organizações. In: Saraiva, José Francisco. Mudança

organizacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 1992.

ARTIGOS DE JORNAL:

- Com o nome do autor: ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo, Título

do jornal, Local de publicação, dia, mês abreviado, ano, seção, caderno ou parte do

jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a

paginação do artigo ou matéria precede a data.

Ex:

SANTOS, A.F. As empresas virtuais. Jornal Diário , São Paulo, 18 ago 1997. Encarte

Técnico, p. 8.

Page 16: Estrutura para projetos de pesquisa

- Sem o nome do autor: TÍTULO DO JORNAL . Título do artigo. Local de publicação,

dia, mês abreviado, ano.

Ex:

ZERO HORA. As empresas virtuais. Porto Alegre, 15 set 1997.

ARTIGOS DE PERIÓDICOS (REVISTAS):

ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título do Artigo. Título do periódico, Local de

publicação, número de volumes, número do fascículo, página inicial-final do artigo, dia,

mês abreviado, ano.

Ex:

CARVALHO, Antônio José. O fim dos empregos. Revista de Administração, São

Paulo, 58, n.14, p.170-182, ago-set, 1997.

TEXTOS COMPLETOS DE PESQUISAS ELETRÔNICAS:

ÚLTIMO SOBRENOME, Prenomes. Título. Data. Endereço eletrônico: endereço.

Ex:

WEBBER, S. Bussiness sources on the internet. 2003. Disponível em:<

http://www.dis.strach.ac.uk/ftp/pub/interasac/> Acesso em : 7ago. 2003

LEIS:

LOCAL DE JURISDIÇÃO.Órgão competente. Título e número da lei, partes

envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da publicação.

Ex:

BRASIL. Decreto-lei n0 2423, 7 de abril de 1988. Diário Oficial da República

Federativa do Brasil. Brasília, v.126, n.66, p.6009, 8 abr. 1988.

OBS:

Demais referências que não estejam incluídas nos exemplos acima devem ser

pesquisadas nas normas da ABNT.

Atenção!

Existem diferenças entre referências, referências bibliográficas e bibliografia. A palavra

referências indica as obras efetivamente citadas no trabalho em questão.

Page 17: Estrutura para projetos de pesquisa

Quando usada sozinha, pode indicar diferentes tipos de obras, como livros, periódicos

ou documentos, sejam manuscritos, impressos ou em meio eletrônico.

Quando o trabalho apresentar somente citações de obras publicadas em papel, utiliza-se

o termo referências bibliográficas. Já a palavra bibliografia indica todas as leituras feitas

pelo pesquisador durante o processo de pesquisa.

11. APÊNDICE

Apêndices são elementos complementares ao projeto e que foram elaborados pelo

pesquisador. Aqui entrariam, por exemplo, questionários, formulários de pesquisa de

campo ou fotografias.

12. ANEXOS

Assim como os apêndices, os anexos só devem aparecer nos projetos de pesquisa se

forem extremamente necessários. São textos de autoria de outra pessoa e não do

pesquisador. Por exemplo: mapas, documentos originais, fotografias batidas por outra

pessoa que não o pesquisador.

BOM TRABALHO !