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ESCOLA SECUNDÁRIA SERAFIM LEITE S. JOÃO DA MADEIRA 11º ano de escolaridade Português Ano Lectivo 2004/2005 FICHA INFORMATIVA PUBLICIDADE PUBLICIDADE A publicidade é um dos domínios da actividade humana que mais recorre à argumentação para persuadir. De facto, em publicidade, tudo é persuasão. Contudo, enquanto num texto expositivo-argumentativo, num artigo de opinião ou numa alegação judicial estamos perante formas de persuasão racional, pois há um apelo à razão, num texto publicitário encontramos, muito frequentemente, uma persuasão emocional que apela a desejos, sentimentos, medos, emoções, frustrações. A psicologia ensinou à publicidade que o indivíduo possui impulsos latentes – as tendências – que o orientam para direcções e objectivos cujo alcance ele vê como fonte de prazer. Assim, a publicidade tenta actuar exactamente sobre algumas dessas tendências, estimulando-as para provocar necessidades. Alguns exemplos dessas tendências podem ser: o gosto e hábito pela informação; o desejo aquisitivo; a aspiração à felicidade e ao bem-estar; a vaidade; a sexualidade; o princípio do menor esforço;

Ficha informativa A publicidade (10º ano)

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Page 1: Ficha informativa   A publicidade (10º ano)

ESCOLA SECUNDÁRIA SERAFIM LEITE

S. JOÃO DA MADEIRA

11º ano de escolaridade Português Ano Lectivo 2004/2005

FICHA INFORMATIVA

PUBLICIDADEPUBLICIDADE

A publicidade é um dos domínios da actividade humana que mais

recorre à argumentação para persuadir. De facto, em publicidade, tudo é

persuasão. Contudo, enquanto num texto expositivo-argumentativo, num artigo

de opinião ou numa alegação judicial estamos perante formas de persuasão

racional, pois há um apelo à razão, num texto publicitário encontramos, muito

frequentemente, uma persuasão emocional que apela a desejos,

sentimentos, medos, emoções, frustrações.

A psicologia ensinou à publicidade que o indivíduo possui impulsos

latentes – as tendências – que o orientam para direcções e objectivos cujo

alcance ele vê como fonte de prazer. Assim, a publicidade tenta actuar exactamente sobre algumas dessas tendências, estimulando-as para provocar necessidades. Alguns exemplos dessas tendências podem ser:

o gosto e hábito pela informação;

o desejo aquisitivo;

a aspiração à felicidade e ao bem-estar;

a vaidade;

a sexualidade;

o princípio do menor esforço;

o gosto pela economia;

a ambição;

a necessidade de certeza;

a necessidade de segurança;

a sensibilidade.

Apesar do carácter social, a publicidade deve obedecer a três princípios

éticos e morais: a veracidade, o respeito pela dignidade da pessoa humana e a

responsabilidade social.

Page 2: Ficha informativa   A publicidade (10º ano)

A MENSAGEM PUBLICITÁRIAÉ impossível imaginar um anúncio sem publicidade. Ela está em todo o

lado, pisca-nos o olho, convida-nos com as suas imagens atraentes e as suas palavras insinuantes. E nós, consumidores ávidos em que nos tornámos, deixamo-nos prender nas malhas dos seus encantos. A publicidade é a arte de persuadir, de convencer e, por isso, nada num anúncio acontece por acaso.

A mensagem publicitária combina elementos diversos que, ao harmonizarem-se, cativam o receptor. Para que tal aconteça, e de acordo com a clássica concepção de publicidade – sintetizada na expressão AIDMA – o anúncio deverá:

despertar Atenção

criar Interesse

estimular Desejo

permitir Memorização

provocar Acção / Aquisição

ELEMENTOS DO ANÚNCIO PUBLICITÁRIOPara que a cadeia AIDMA funcione plenamente, activando as tendências

que a publicidade deseja estimular, os elementos que constituem o anúncio deverão ser cuidadosamente elaborados.

MARCA Elemento fulcral. Presente de uma forma dominadora ou discreta. Por vezes pode acontecer que ela esteja ausente e nós perguntar-nos-emos: “É um anúncio a quê?” Contudo, a resposta não tardará a surgir e foi, entretanto, conseguido um dos elos da cadeia: interesse.

IMAGEM Vivemos num mundo de imagens, a toda a hora somos chamados por estímulos visuais e, por isso, a imagem publicitária é cuidadosamente preparada para nos prender o olhar através da exuberância ou da sobriedade, da cor ou da intencional ausência dela, da originalidade, da associação inesperada, daquilo que mostra e sobretudo do que sugere.

SLOGAN É fundamental e joga com o enorme poder que a palavra tem sobre nós. Deve ser original, conciso, fácil de memorizar e capaz de despertar a simpatia pela marca. Recorre a inúmeros processos a nível fónico, morfossintáctico e semântico como rimas e jogos de palavras, reconstrução de expressões/frases conhecidas, estruturas nominalizadas, utilização de figuras de estilo, estratégias de humor/ironia, entre outros.

TEXTO DE ARGUMENTAÇÃO Pretende habitualmente dar credibilidade ao anúncio, apontando as vantagens da aquisição do produto, as suas qualidades, a sua superioridade, enfim, os argumentos que acabarão por nos persuadir.

A professora,

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