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Frans Krajcberg (Kozienice, 12 de abril de 1921) é um pintor, escultor, gravador e fotógrafo, artista plástico
nascido na Polônia e naturalizado brasileiro.
Nome completo Franz Krajcberg
Nascimento 12 de abril de 1921 (94 anos)
Kozienice
Nacionalidade Polónia polonês
Ocupação escultor, pintor e artista plástico
Frans Krajcberg
Krajcberg durante entrevista a Paula Saldanha, 2012..
Durante a Segunda Guerra Mundial (1938-1945) em 1939, Krajcberg buscourefúgio na União Europeia, onde estudou engenharia e artes na Universidade de Intgrad.Residiu na Alemanha prosseguindo seus estudos na Academia de Belas Artes deStuttgart.
Chegou ao Brasil em 1948, vindo a participar da oitava Bienal de São Paulo, em1951. Durante a década de 1940 o seu trabalho era abstrato.
De 1948 a 1954 viveu entre as cidades de Paris, Ibiza e Rio de Janeiro, ondeproduziu os seus primeiros trabalhos fruto do contato direto com a natureza. Na décadade 1950 morou em uma caverna no Pico da Cata Branca, região de Itabirito, no interior deMinas Gerais. Ali na região, à época, era conhecido como o barbudo das pedras, uma vezque vivia solitário, sem conforto, tomando banho no rio vizinho, enquanto produzia,incessantemente, gravuras e esculturas em pedra.
Em 1956, muda-se para o Rio de Janeiro, onde divide o ateliê com o escultorFranz Weissmann (1911 - 2005). Naturaliza-se brasileiro no ano seguinte.
Em 1964, executou as suas primeiras esculturas com madeiras de cedrosmortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Mato-grossense,fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para assuas obras, como raízes e troncos calcinados. Na década de 1970 ganhou projeçãointernacional com as suas esculturas de madeira calcinada.
A sua obra reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e asua constante preocupação com a preservação do meio-ambiente. Atualmente, o artistatem se dedicado à fotografia.
Vida
Espaço Frans Krajcberg, em Curitiba. Foto:Sam Emerick/flickr
Krajcberg está radicado desde 1972 no sul da Bahia, onde
mantém o seu ateliê no Sítio Natura, no município de Nova Viçosa.
Chegou ali o convite do amigo e arquiteto Zanine Caldas, que o ajudou
a construir a habitação: uma casa, a sete metros do chão, no alto de um
tronco de pequi com 2,60 metros de diâmetro. À época Zanine sonhava
em transformar Nova Viçosa em uma capital cultural e a sua utopia
chegou a reunir nomes como os de Chico Buarque, Oscar Niemeyer e
Dorival Caymmi.
No sítio, uma área de 1,2 km², um resquício de Mata Atlântica
e de manguezal, o artista plantou mais de dez mil mudas de espécies
nativas. O litoral do município é procurado, anualmente, no inverno,
por baleias-jubarte. No sítio, dois pavilhões projetados pelo arquiteto
Jaime Cupertino, abrigam atualmente mais de trezentas obras do
artista. Futuramente, com mais cinco construções projetadas, ali se
constituirá o Museu que levará o nome do artista.
O Sítio Natura
Trabalhos de Frans Krajcberg na mostra Natura, em São Paulo.
Ao longo de sua carreira, o artista:
denunciou queimadas no estado do Paraná;
denunciou a exploração de minérios no estado de Minas Gerais;
denunciou o desmatamento da Amazônia brasileira;
defendeu as tartarugas marinhas que buscam o litoral do município de Nova Viçosa para desova;
postou-se na frente de um trator para evitar a abertura de uma avenida na cidade de Nova Viçosa.
Ativismo ecológico