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Geografia Homem & Espaço 7º ano Unidade IV – O Nordeste Capítulo 10 – A paisagem e o espaço do Nordeste ELIAN ALABI LUCCI e ANSELMO LAZARO BRANCO Parte integrante da obra Geografia Homem e Espaço, Editora Saraiva

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Geografia Homem & Espaço

7º ano

Unidade IV – O NordesteCapítulo 10 – A paisagem e o espaço do Nordeste

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O texto que você lerá a seguir, do pesquisador pernambucano Marcelo Tabarelli, mostra a riqueza e a diversidade da fauna e da flora da Caatinga, desfazendo um grande mito: o de que a Caatinga é pobre em biodiversidade.

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O mito da Caatinga pobre em biodiversidadeA Caatinga é um bioma formado por um mosaico vegetacional composto por uma região grande de floresta seca, com manchas de vegetação dominadas por arbustos, além de algumas áreas de floresta úmida, com entradas de Mata Atlântica.

Esse mosaico, na opinião de Tabarelli, é que torna a biodiversidade tão alta na Caatinga, quando comparada com outras florestas secas. No entanto, a paisagem mais divulgada é aquela durante a seca.

Vegetação da caatinga no Parque Nacional do Catimbau, PE (2004).

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Os pesquisadores estimam que existam na Caatinga aproximadamente 900 espécies de plantas, 240 de peixes, 143 de mamíferos, 183 de abelhas e algo em torno de 510 aves diferentes. “É claro que esses números, quando comparados aos da Amazônia – que é uma floresta úmida -, mostram uma riqueza biológica muito menor. Mas para uma floresta seca, quase uma savana, como é o caso da Caatinga, esses números são bastante razoáveis”, diz o pesquisador de Pernambuco. Para mostrar que a biodiversidade encontrada não é pequena, Tabarelli compara o número de espécies de aves da Caatinga com os da Mata Atlântica. “São 510 aves na Caatinga e 620 na Floresta Atlântica; entretanto a área da Floresta Atlântica é cerca de duas vezes maior que a da Caatinga”, finaliza.

Disponível em: [http://www.comciencia.br/noticias/2004/23jan04/caatinga.htm].

Acesso em: 25 jul. 2005.

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Conversa

Qual é o mito a que se refere o texto? Sua visão sobre a Caatinga era baseada nesse mito?

De acordo com o texto, quais fatos contrariam esse mito?

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Nordeste: diversidade naturalNão são poucas as pessoas que associam o Nordeste com a

seca e/ou a uma vegetação pobre.

Ao utilizar a expressão “vegetação pobre”

Referem-se à caatinga.

Que, na realidade, é um conjunto de ecossistemas que apresentam expressiva diversidade de fauna e flora.

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Caatinga Semiárido

Apenas dois elementos da diversidade natural da região Nordeste.

Apresenta outros tipos climáticos, além de variadas formas de relevo e bacias hidrográficas importantes.

Nessa riqueza natural há paisagens exuberantes. Veja algumas imagens.

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Bancos de areia no delta do rio Parnaíba, PI (2004).

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Dunas na praia de Canoa Quebrada, Aracati, CE (2005).

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Morro do Camelo, Parque Nacional da Chapada Diamantina, BA (2001).

Praia do Bode, Parque Nacional de Fernando de Noronha, PE (2007).

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Esse fato se deve:

• ao período mais longo de ocupação;

• à maior densidade populacional;

• à incorporação de grandes espaços ao processo produtivo:

• áreas agrícolas,

• pastagens,

• áreas de mineração.

Dos três complexos regionais brasileiros, o Nordeste e o Centro-Sul foram os que sofreram as mais acentuadas transformações em sua paisagem natural.

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Nordeste: clima e vegetaçãoAspecto natural mais marcante do Nordeste.

Influência sobre os demais fatores:

Como:

• vegetação;• solo;• hidrografia.

Principalmente no caso do Sertão.

Abrange áreas do oeste baiano e piauiense e do leste do Maranhão.

Grande parte da extensão da região apresenta clima tropical.

Com uma estação seca e uma chuvosa, e altas temperaturas durante todo o ano.

Vegetação é o cerrado.

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Entre os estados do Piauí e do Maranhão há uma extensa área conhecida por mata dos Cocais.

Mata dos Cocais em Piauí (2001).

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Constituída principalmente pelas palmeiras carnaúba e babaçu.

A umidade é elevada, chovendo muito.

Tropical úmido

Subtipo climático da faixa correspondente à Zona da Mata.

A vegetação predominante era a mata Atlântica, que foi quase totalmente devastada para dar lugar às culturas agrícolas e às cidades.

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Abrigam inúmeras espécies, desde micro-organismos a diversos tipos de aves, passando por moluscos, crustáceos e mamíferos.

Estão ameaçados porque vêm sendo utilizados para:

• despejo de esgoto;• depósito de lixo;• além de ceder lugar a habitações e estradas.

Mangue na ilha de Boipeba, BA (2007).

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s Diversos trechos do litoral nordestino são cobertos por:

Manguezais

Formações vegetais adaptadas ao contato constante com a água marinha.

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Xiquexique em vegetação de caatinga em Juazeiro, BA (2007).

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Quando não chove ou chove muito menos que o normal no período de dezembro a abril, ocorre a seca, também chamada de estiagem.

Caracterizado por:

• temperaturas elevadas o ano todo;

• índices de chuva entre 500 mm e 900 mm ao ano.

Sertão

Clima predominante é o semiárido.

A ocorrência de secas está relacionada em boa parte ao fenômeno El Niño.

A cobertura vegetal predominante é a caatinga.

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Clima - Nordeste

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Fonte: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 58 (adaptado).

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Fonte: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 65 (adaptado).

Vegetação original - Nordeste

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O processo de desertificação do semiárido

Região de Gilbués, que tem um dos maiores índices de desertificação do país.

Ocorre em decorrência de fatores naturais como:

• falta de chuvas;

• existência de ventos muito fortes;

• derrubada da vegetação;

• agropecuária praticada de forma intensiva.

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Fonte: Instituto Desert, 2001. Em: National Geografic. São Paulo, ano 2, n. 22, fev. 2002. s/p.

Desertificação no Brasil

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O relevo

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Fonte: Jurandyr L. S. Ross (org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp/FDE, 1996. p. 53 (adaptado).

Nordeste - Relevo

Na configuração do relevo encontram-se duas formas predominantes:

Planaltos e depressões.

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Nele percebemos de maneira mais clara as variações de altitude e a configuração das formas de relevo.

Fernando & Wilma

Fonte: Manuel C. O. Andrade (coord.). Atlas escolar Pernambucano – espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa: Grafset, 1999. p.26.

O perfil do relevo é um esquema que oferece uma visão longitudinal da crosta terrestre.

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Chapada do Araripe vira parque geológico

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Fóssil do Museu de Paleontologia na chapada do Araripe, Santana do Cariri, CE (2005).

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A hidrografiaO rio mais importante é o São Francisco, conhecido na região por “Velho Chico”.

Embora sua nascente seja no Centro-Sul, a maior parte do seu curso situa-se no Nordeste.

Possui 3 160 km de extensão, dos quais 1.320 km são navegáveis.

Vale do rio São Francisco, em Petrolina, PE (2006).

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Nela localiza-se uma importante usina hidrelétrica pertencente à Cia. Hidrelétrica do São Francisco, que fornece grande parte da eletricidade consumida pela população da região. P

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O São Francisco apresenta em seu curso várias quedas e cachoeiras

A mais importante é a cachoeira de Paulo Afonso.

Na divisa dos estados de Pernambuco e Bahia.

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Fonte: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p. 53./Anuário estatístico do Brasil, 1999. p. 1-114, 1-118 e 1-120 (adaptado).

Uma característica importante do rio São Francisco é o fato de ele atravessar o Sertão semiárido sem secar. Dessa forma, a população situada próxima às suas margens utiliza suas águas durante o ano todo. Elas vêm servindo também à irrigação, principalmente nas áreas próximas à represa de Sobradinho, onde se desenvolvem diversas culturas.

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Uma série de problemas ambientais tem afetado o “Velho Chico”, ameaçando o equilíbrio ecológico de sua bacia. Entre esses problemas estão:

• o processo de assoreamento, provocado pela devastação da paisagem vegetal em áreas de sua bacia, principalmente nos trechos próximos às suas margens e a seus afluentes;

• o lançamento de esgotos não tratados, assim como a descarga de mercúrio, utilizado na atividade mineradora, praticada em alguns de seus afluentes;

• a construção de usinas hidrelétricas, com a formação de represas, o que acarretou a diminuição da vazão e fez desaparecerem diversas lagoas situadas nas margens, utilizadas como criatório de peixes.

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Cultivam-se lavouras de subsistência.

Outro rio importante na região é o rio Parnaíba.

Separa o Maranhão do Piauí.

Em seu curso está localizada a usina hidrelétrica Presidente Castelo Branco.

Nas áreas mais sujeitas às secas, muitos rios do Nordeste são intermitentes ou temporários, chegando a desaparecer por algum tempo.

Nos vales dos rios temporários

Que durante o período seco conservam um pouco de umidade.

Elas abastecem a população ribeirinha.

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Açudes

Permitem o armazenamento de água nos períodos de estiagem.

Açude Eloy de Souza em Cerro Corá, RN (2007).

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Construídos como uma medida para combater as secas.

Barragens para o represamento das águas das chuvas e dos rios temporários, formando lagos artificiais.

Nos períodos de seca prolongada, a perda de água dos açudes por evaporação é grande sendo mais conveniente a construção de barragens subterrâneas, formando reservatórios líquidos de menor porte, mas que impedem a evaporação.

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A indústria da seca

Mas não deve ser apontada como responsável pelas péssimas condições de vida da maioria da população sertaneja.

As conquistas tecnológicas obtidas pela sociedade, permitem o desenvolvimento de

atividades agropecuárias mesmo em condições naturais adversas como as do Sertão nordestino.

A seca é um fenômeno natural

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Leo Caldas/Titular

Cisterna em Cruz das Almas, (PE) (2007).

Nessa área existem mais de mil açudes, construídos pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca).

Há também cerca de 50 mil poços perfurados, apesar de 20 mil estarem desativados, segundo a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS).

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Há um problema ligado ao baixo índice de armazenamento de água da chuva. Segundo técnicos da agência da Embrapa em Petrolina, a região deixa de armazenar aproximadamente 36 bilhões de metros cúbicos de água por ano por falta de aproveitamento, de modo eficiente, da água da chuva.

Os recursos encaminhados para solucionar os problemas sociais do semiárido precisariam favorecer os pequenos agricultores e a população de baixa renda, em vez de se destinarem à classe dominante.

ASSIM:

Mais poços deveriam ser perfurados e mais canais de irrigação para distribuir a água precisariam ser construídos em áreas acessíveis à maioria da população.

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Nos períodos de longa estiagem, os indicadores sociais do Sertão pioram.

Estiagem em São Vicente do Seridó, João Pessoa, PB (2006).

Stanley Talião/Correio do Paraíba/Futura Press

Essa situação já foi mais grave, quando não existiam programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, que permite a muitas famílias pobres do Sertão, ao menos remediarem as necessidades mínimas de alimentação

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Poços em propriedades particularesSetenta e três por cento dos poços perfurados pelo DNOCS desde sua criação foram feitos em propriedades particulares, principalmente em latifúndios.

Esse fato acaba determinando fortes contrastes espaciais.

Áreas irrigadas, com enormes açudes fornecendo água para o gado em propriedades de ricos fazendeiros.

Pequenas propriedades com plantação secando e a população miserável tendo de caminhar vários quilômetros para conseguir um balde de água.

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Os políticos locais que fazem a distribuição de recursos encaminhados pelo governo federal, e eles acabam exercendo influência sobre os eleitores que por gratidão, votam nos candidatos que os “ajudaram”.

Além disso, a grande concentração de propriedades também é responsável pela manutenção da situação

de miséria de parte da população sertaneja.

A estrutura política impede a solução definitiva da seca.

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Observe a fotografia.

Área em processo de desertificação em Gilbués, PI.

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Conversa

Que processo a fotografia retrata?

Quais as causas desse processo?

O que caracteriza esse processo?

Por que as áreas mais sujeitas a esse processo no Brasil estão no Nordeste?

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Unidade IV – O NordesteCapítulo 10 – A paisagem e o espaço do Nordeste

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