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GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VENDAS EM MADEIREIRAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS

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Este artigo científico insere-se num tema que tem recebido crescente atenção. A questão a ser discutida gira em torno da credibilidade dos projetos ambientais executados nas organizações e de qual maneira os funcionários são engajados e conscientizados, levando em conta que se providências drásticas de cada ser humano em relação ao meio ambiente não forem executadas as próximas gerações não terão mais a possibilidade de terem uma ao seu dispor itens necessários para a existência humana. O artigo teve uma pesquisa de campo realizada com clientes da Madeserra, tendo como objetivo analisar o valor ambiental nas vendas de madeiras ecologicamente corretas, onde através de seu trabalho podem ajudar não somente a si, mas todo planeta.

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GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE

ESTRATÉGIAS DE VENDAS EM MADEIREIRAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS

Vanessa Ramos Vieira

Resumo

Este artigo científico insere-se num tema que tem recebido crescente atenção. A questão a ser

discutida gira em torno da credibilidade dos projetos ambientais executados nas organizações

e de qual maneira os funcionários são engajados e conscientizados, levando em conta que se

providências drásticas de cada ser humano em relação ao meio ambiente não forem

executadas as próximas gerações não terão mais a possibilidade de terem uma ao seu dispor

itens necessários para a existência humana. O artigo teve uma pesquisa de campo realizada

com clientes da Madeserra, tendo como objetivo analisar o valor ambiental nas vendas de

madeiras ecologicamente corretas, onde através de seu trabalho podem ajudar não somente a

si, mas todo planeta.

Abstract

This scientific article is inserted in a subject that has received increasing attention. The funny

question to be argued around the credibility of the ambient projects executed in the

organizations and of which way the employees are engaged and acquired knowledge, leading

in account that if drastic steps of each human being in relation to the environment will not be

executed the next generations they will not have more the possibility to have one to its to

make use necessary item for the existence human being. The article had a research of field

carried through with customers of the Madeserra, having as objective to analyze the ambient

value in the ecologically correct wood sales, where through its work they can not only help

itself, but all planet.

1. Introdução

Respeitar o meio ambiente vem deixando de ser uma questão puramente baseada em

bom senso, com perspectiva focada no futuro da humanidade, defendida por grupos

ambientalistas.

À medida que essa discussão avança e ganha cada vez mais espaço nas mídias de

massa, pressões sociais podem justificar novas condutas, tanto das próprias pessoas, quanto dos

governos e das empresas. Assim sendo, com base em uma premissa que se baseia na

continuidade da vida como a conhecemos e, em vista da crescente preocupação da sociedade

com as questões ambientais, empresas vêm buscando encontrar alternativas que permitam se

ajustarem a essa realidade e, aquelas mais avançadas nesse processo, vislumbram aí

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oportunidades de negócios.

A corrente de preservação do meio ambiente torna-se cada dia maior, a população

começa a se conscientizar que cuidar da natureza e tudo o que faz parte dela é cuidar de si, de

sua família e toda humanidade.

Agregar a necessidade de melhorias ambientais com necessidade de consumo torna-se

atualmente uma estratégia de sucesso para qualquer organização. Embora o consumo

desmedido traga conseqüências para o equilíbrio do ecossistema, os gestores estão dispostos a

mudar sua postura em relação ao meio ambiente. Caso contrário cada vez mais conseqüências

aparecerão. A informação e a educação são ferramentas que podem mudar a relação das

pessoas com o meio ambiente e o consumo.

Quando nos referimos a gestão ambiental podemos dizer que se trata de ações

ambientais sobre os espaços geográficos, ou seja, gestão de áreas de proteção ambiental,

gestão ambiental de reservas de biosfera, gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão

ambiental de parques e reservas florestais, dentre tantas outras modalidades de gestão que

incluam aspectos ambientais.

O presente artigo tem como objetivo geral analisar as estratégias das vendas de

madeiras ecologicamente corretas. E como objetivos específicos: identificar conceitos e

característica do Sistema de Gestão Ambiental e abordar a gestão estratégica em relação ao

tema; e a pesquisa de campo vai analisar algumas perguntas, dentre elas uma hipótese de

como anda a preocupação das pessoas em relação ao desmatamento.

A metodologia utilizada neste artigo foi do tipo de campo, através de um questionário

aplicado com clientes de uma madeireira, de perguntas fechadas, localizada na cidade de

Fortaleza.

Em termos empresariais a gestão ambiental se volta para as companhias, corporações,

firmas, empresas ou instituições, definidas como um conjunto de políticas, programas e

práticas administrativas e operacionais que visam sobretudo a saúde e a segurança das pessoas

e a proteção do meio ambiente, utilizando-se de meios para eliminação ou minimização dos

impactos ambientais tais como planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação

ou até mesmo desativação de empreendimentos ou atividades nocivos ao meio ambiente.

O referencial teórico está baseado no SGA (sistema de gestão ambiental), onde mostra

as ações que a empresa está tendo em termos de preservação e conservação ambiental; e na

Gestão Estratégica, onde a empresa utiliza certos princípios em busca de aumentar a

competitividade da empresa em relação às demais.

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2. Referencial Teórico

2.1. Sistema de Gestão Ambiental

Gestão ambiental é um aspecto funcional da gestão de uma organização, que

desenvolve e aplica as políticas e estratégias ambientais. Segundo Valle (1995, p.10), gestão

ambiental consiste “em um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos e

adequadamente aplicados que visam reduzir e controlar os impactos introduzidos por um

empreendimento sobre o meio ambiente”.

A administração da gestão do meio ambiente nas empresas vem sendo desenvolvida

por ela própria através de seus funcionários. Trata-se de políticas já definidas através de

programas operacionais que visam conscientizar as atividades humanas de forma a causar o

menor impacto possível para o meio ambiente. É um assunto que já está na consciência de

cada um.

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) tem como objetivo primordial manter o meio

ambiente saudável para atender as necessidades do homem, sem comprometer as futuras

gerações. Serve de instrumento de monitoramento, controle e subsídios, ainda treinamento e

conscientização. Surge como um novo paradigma e certamente muda a cultura organizacional.

Paradigma é um conjunto de regras que definem fronteiras entre o que é certo e

errado, entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o que se deve fazer e o que não

se deve fazer. Ele funciona como um modelo, como um padrão que define o

comportamento das pessoas. (CHIAVENATO, 1997, p. 21).

Isto mostra que as organizações proativas vêm instituindo um novo paradigma para a

gestão ambiental, deixando de ser uma função complementar para uma que faça parte do

planejamento estratégico.

O novo paradigma pode ser descrito como uma visão holística do mundo - visão do

mundo como um todo integrado e não como um conjunto de partes dissociadas.

Pode ser descrito como uma visão sistêmica, ou com sistemas, em referencia a seu

embasamento mais teórico e abstrato, a teoria dos sistemas. Finalmente, o novo

paradigma pode ser descrito como uma visão ecológica, usando um termo em uma

acepção muito mais ampla e profunda do que a usual. (ANDRADE et al., 2000,

p.11).

Segundo Tibor e Feldman (1996), no Brasil, a questão ambiental é um processo que

vem evoluindo lentamente. Historicamente e cronologicamente, é a partir dos anos 70, após a

Conferência de Estocolmo, precisamente em 1972, que a importância da questão ambiental

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aumenta no cenário internacional. A Amazônia começou a apresentar um novo significado no

contexto mundial, e o Brasil passou a sofrer cobranças no sentido de preservação da região.

No entanto, apenas na década de 80 que as cobranças são intensificadas, o grande

número de notícias divulgadas pela mídia sobre as queimadas e devastação da floresta,

matança e contrabando de animais silvestres e existência de garimpos predatórios. “A questão

ecológica ganhou tanto destaque internacional, a ponto de algumas entidades financeiras

como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial adotarem a

medida de restringir empréstimos para projetos que causassem destruição do meio ambiente”.

(QUEIROZ, 2009, p.8-9)

Conforme Andrade et al. (2000), a década de 90 foi marcada pelas conferências,

devido o grande número de mobilização dos foros diplomáticos que ocorreram naqueles anos.

Nesta nova ordem internacional, na qual o meio ambiente é tema importantíssimo, a imagem

internacional do Brasil necessitava de mudanças urgentes. Diante deste panorama, só restava

ao país mudar a tática para melhorar sua imagem no exterior. Nestas condições que o país

tratou de oferecer-se para sediar a Rio 92, considerada um marco das relações multilaterais e

um grande feito diplomático. Discutido entre a cúpula de mais de 108 países, temas

ambientais e formas de desenvolvimento que evitassem o esgotamento dos recursos naturais

da Terra.

Desta forma, a característica mais marcante dos últimos anos no governo brasileiro,

com relação ao meio ambiente, foi a maior abertura para discutir o tema. Diferente do

ocorrido nos governos anteriores, o Brasil passou a discutir os problemas ambientais de

maneira mais aberta, e estes deixaram de ser tratados exclusivamente sob a ótica militar. A

mudança na forma do governo brasileiro encarar a questão ambiental é um reflexo de

cobranças advindas da opinião pública, mudança que por sua vez é refletida na política

externa do país.

Conforme Andrade et al. (2000), diante do aumento da importância da ordem

ambiental internacional verificada na última década, o Brasil passou a ter um peso ambiental

em relação a influência do país no cenário regional e global.

Contudo, este paradigma é atualmente bastante discutido. As empresas brasileiras de

grande porte estão se preparando para o gerenciamento ambiental. Atualmente o BNDES ao

financiar um projeto de implantação, ampliação ou modernização de uma empresa já analisa o

impacto ambiental que essa organização possa causar. Também o CEBDS – Conselho

Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, autor de um documento

encaminhado ao Ministério do Planejamento solicita a esse ministério a adoção de medidas de

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inventivos para empreendimentos que causem baixo impacto ao meio ambiente, assim como

pede a criação de um fundo para promover a sustentabilidade de tal medida. (ANDRADE et

al., 2000).

Segundo Valle (1995), as empresas, cujos processos produtivos possuem algum tipo

de impacto ambiental significativo, viabilizam os processos de adequação do SGA existente

de acordo com a legislação vigente. É imprescindível numa organização o desenvolvimento

de uma gestão voltada para a questão ambiental, uma vez que ela precisa atender as

exigências legais, definindo e mantendo sua vantagem competitiva.

De acordo com Valle (1995), o desempenho é fator importante na sobrevivência de

uma organização no mercado competitivo e dinâmico atual, onde a legislação é cada vez mais

exigente. Nesse contexto, uma gestão ambiental eficaz e racional é um fator diferenciador de

competitividade e o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) mostra-se como um instrumento de

estratégia empresarial.

O SGA formal beneficia a organização ao aprimorar seu desempenho ambiental e seu

funcionamento interno, seja na padronização, na comunicação ou relacionamento com o meio

ambiente. Bauer (1999) lista alguns benefícios do SGA:

Garantia para o cliente de um gerenciamento ambiental consistente, minimização da

possibilidade de acidentes e riscos ambientais, taxa de seguro mais favoráveis, maior

conscientização ecológica entre os colaboradores, fortalecimento da imagem da

empresa e cumprimento de leis e diretrizes corporativas (política e princípios).

Os elementos do SGA incluem o estabelecimento de uma política ambiental, a

definição de objetivos e metas, a implementação de um programa para alcançar esses

objetivos, a monitoração e medição de sua eficácia, a correção de eventuais problemas e a

análise e revisão para aperfeiçoamento e melhoria o desempenho ambiental.

O objetivo da gestão ambiental nas empresas é procurar cada vez mais melhorar a

qualidade ambiental dos seus serviços, produtos e do próprio ambiente de trabalho. A procura

permanente da qualidade ambiental é, portanto, um processo de evolução constante do SGA

global, em consonância com a política ambiental aplicada.

O SGA permite que a organização atinja o nível um desempenho ambiental esperado,

e catalise sua melhoria contínua na medida em que for sendo posto em prática.

Essencialmente consiste no planejamento das atividades, observando ações preventivas ou

medidas amenizadoras dos impactos ambientais.

A verificação contínua da eficácia desse gerenciamento permite à empresa alcançar

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patamares de desempenho ambiental cada vez melhores. Isto significa atividades com menor

produção de poluição, e com redução de desperdícios e de custos no tratamento de rejeitos.

Independente da forma escolhida para implementar o SGA, não há a menor dúvida

de que a sua implantação é questão de sobrevivência para as empresas que almejem

um lugar de destaque nos próximos anos, pois, na era da informação, qualquer tipo

de acidente ambiental, independente do seu porte, pode degradar uma marca

consolidada em questão de dias. (SCHARF, 2000, p. 30)

Os custos podem ser fatores importantes a considerar antes de decidir pela

implantação do SGA, Para Tibor e Feldman (1996):

A implementação de um SGA abrangente pode ser onerosa. Os custos são

especialmente críticos para as empresas de pequeno e médio porte, muitas das quais

já têm problemas em atender às obrigações ambientais.

Se o SGA for implementado de maneira eficaz, pode proporcionar economias futuras

na forma de taxas de seguros mais baixas e maior acesso ao capital. As empresas seguradoras

sentir-se-ão mais propensas a cobrir incidentes de poluição se as organizações demonstrarem

que possuem propostas com responsabilidade ambiental ao implementarem um SGA.

[...] A implementação de um SGA pode reduzir o numero de infrações e aumentar a

eficiência operacional total. Pode levar a uma redução do desperdício e dos resíduos,

à prevenção da poluição, a substituição de elementos químicos e outros materiais

por elementos menos tóxicos, a um menor consumo de energia, a economias de

custo através de reciclagem e outros programas relacionados. (TIBOR; FELDMAN,

1996, p. 32).

Em razão das cobranças da sociedade, feitas por parte das empresas de um

posicionamento mais responsável, com objetivo de diminuir a diferença constatada entre as

conseqüências econômicas e sociais, bem como da apreensão ecológica, que tem recebido

evidência significativa, e para a qualidade de vida das populações, tem-se exigido das

empresas um novo enfoque em sua interação com a natureza. Conforme Andrade et al. (2000,

p.10), afirma:

[...] a consciência ecológica no Brasil está concedendo espaço para o

desenvolvimento de novos produtos, e novas chances de empreendimentos e do

mesmo modo mercados de trabalho, não somente na áreas industriais, mas também

no setor de serviços.

Assim, é necessária uma integração do homem com o meio ambiente. Percorrendo

caminhos onde a tecnologia consinta a ocupação de fontes renováveis, não poluentes,

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diversificados e descentralizados, poupando os ciclos biológicos da natureza e beneficiando a

ampliação democrática global.

Segundo Andrade et al. (2000, p. 113), gestão ambiental é um método criado por cada

tipo de organização com o fim de adaptar-se a nova realidade no que diz respeito a questão do

meio ambiente, tornando essa prática permanente e visando não só a melhora da poluição

causada por suas atividades, mas sobretudo para propiciar melhor qualidade de vida e saúde

aos seus empregados e a comunidade onde se localiza a empresa.

A Gestão Ambiental não é uma consideração nova nem uma obrigação nova. A

humanidade sempre apresentou interação responsável com o meio ambiente ou assumiu as

implicações.

2.2. Gestão estratégica

As transformações ocorridas ocasionaram o aparecimento de diversas teorias

administrativas visando sobretudo melhorar o ambiente de trabalho, ou seja dar maior

sustentabilidade as forças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas de forma sustentável e

que, em função disso, puderam ser apropriadas a diferentes circunstâncias. A necessidade de

coordenar todos esses elementos fez surgir uma abordagem sistemática da administração

datada desde a Revolução Industrial, marco histórico na economia mundial que merece

destaque como referencial na análise e estudo da evolução de novas teorias e políticas

administrativas que surgiram ao longo do tempo.

As transformações ocorridas se deram somente como um salto quantitativo, ( o

homem foi levado a abandonar sua criatividade para igualar-se a uma máquina),

onde na divisão e exploração do trabalho, o homem é tido apenas como mais um

objeto ou peça da engrenagem social indistintamente – com seu suor (= água) e

cimento. (PEREIRA, 1980, p. 32).

As sociedades do sistema capitalista, entre elas o Brasil, têm alcançado, ao longo de

sua história, uma série de contradições internas que se fertilizam e tomam seu principal

sentido no campo econômico. Campo este dividido em duas classes: patrões e operários. Daí a

empresa deixa de ser uma propriedade e passa a ser um centro de troca de serviços, onde uns

trazem o capital e outros, o trabalho.

Foi sob a influência desse contexto que surgiram as teorias administrativas, quando se

começou a defender a administração como ciência e as empresas passaram a adotar

determinadas linhas de ação e os próprios ensinamentos das escolas administrativas, como

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alternativa para a obtenção de maiores resultados, com menor número de erros, o que

contribuiu para estabelecer alicerces rumo à profissionalização da administração até os

nossos dias.

A consideração da questão ambiental dentro da empresa e o crescimento da

importância desta matéria ocorrem quando a empresa percebe que esta preocupação não

acarreta somente despesas, mas pode render oportunidades de negócios, melhoria da imagem

organizacional e redução de custos, o que pode ser viabilizado através de programas de

reaproveitamento e venda de resíduos, utilização racional de energia e aumento das

possibilidades de reciclagem. Desta forma, a importância da questão ambiental fica evidente

quando acontece uma melhoria de sua performance ambiental, traduzida através de um ganho

com relação aos aspectos ora citados (OTTMAN, 1997).

As organizações se encontram diante de novas exigências por parte do mercado

consumidor, que valoriza cada vez mais a proteção do meio ambiente. Além disto, o

movimento ambientalista ganha adeptos a cada dia, evidenciando a necessidade de

preocupação com a preservação ambiental e ecológica de forma permanente e definitiva.

A questão ambiental deve ser considerada e avaliada na elaboração dos planos

estratégicos de longo prazo de uma organização, em razão da crescente preocupação da

sociedade como um todo com a preservação ambiental. A questão ambiental vem se tornando

estratégica.

Na compreensão de Wrigth (2000, p. 24):

A estratégia refere-se aos planos da alta administração para alcançar resultados

consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Podemos considerar

a estratégia com três fases: 1. a formulação da estratégia (desenvolvimento da

estratégia); 2. implementação da estratégia (colocar a estratégia em ação); e 3.

controle estratégico (modificar a estratégia, ou sua implementação, para assegurar

que os resultados desejados sejam alcançados.

Para Saunders e Hooley (2001), o posicionamento competitivo de uma empresa é a

declaração dos mercados-alvo, isto é, em que a empresa irá competir, e a vantagem

diferencial, ou seja, como a empresa irá competir. O posicionamento é desenvolvido em

concordância com a estratégia central, a fim de assegurar que as metas estabelecidas sejam

cumpridas. No caso de uma empresa cujo objetivo é gerar uma imagem ambiental positiva e

adotar uma gestão baseada na preocupação com a questão ambiental, para que a empresa

conquiste clientes e aumente sua rentabilidade, o posicionamento competitivo será uma

declaração exata de como e onde isso será realizado no mercado.

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A vantagem competitiva pode ser criada com base em um ponto forte ou na

competência específica que possui uma empresa, em relação à concorrência. Os fatores

centrais da vantagem residem no fato de ser um valor para o cliente (preocupação com os

preceitos de uma gestão ambientalmente responsável e sustentável) (OTTMAN, 1997).

No princípio, as empresas se preocupavam apenas em alcançar a excelência dos

sistemas e processos de produção. Esta era a visão predominante na prática da administração,

refletindo na noção de mercados e recursos ilimitados. Porém esta noção demonstrou-se

equivocada. Ficou evidente que o contexto de atuação das empresas tornava-se cada dia mais

complexo e que o processo decisório enfrentava barreiras crescentes ao longo do tempo

(WINTER, 1992).

Um dos aspectos importantes desta mudança na maneira de pensar dos gestores é o

crescimento da preocupação com a questão ambiental, na sociedade, no governo e nas

próprias empresas, que passaram a incorporar esse pensamento em sua gestão.

Segundo Pádua (2002), a conservação da natureza adentrou na agenda política

brasileira durante o Império, ainda que timidamente. A devastação do patrimônio ambiental

esteve no centro das preocupações de José Bonifácio de Andrada e Silva, que já no ano

seguinte à Independência alertava quanto às conseqüências da exploração predatória do jovem

País.

O acelerado ritmo da industrialização e o aumento da concentração de pessoas nos

grandes centros urbanos, principalmente a partir da década de 1960, passaram a afetar de

maneira agressiva o meio ambiente, transformando tanto aspectos físicos como econômicos e

sociais, situando a atividade industrial como principal agente desta transformação.

Para Viana & Veronese (1992, p. 123):

O Brasil, a partir da segunda metade do século XX, vem sofrendo grandes

transformações em função do crescimento demográfico (sua população aumentou

2,7 vezes entre 1950 e 1970, passando 74,3% a viver em zonas urbanas) e da

modernização de suas bases de desenvolvimento. De um estádio de economia

predominantemente exportadora de produtos agrícolas passou a uma fase de

industrialização considerável (crescimento de 9,3%a.a. da produção industrial, no

período de 1970 a 1990), com predominância de produtos manufaturados em sua

pauta de exportações.

Para Donaire (1999), a questão do meio ambiente e justiça social por parte da classe

empresarial não pode ficar restrita a eventos isolados e comemorativos. Trata-se de um

assunto que requer uma postura de cidadania e que se transforme em rotina dentro das

empresas.

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Ainda segundo o autor, a aceitação da tomada de consciência da questão ambiental por

parte dos empresários é um papel digno de elogio mas que é também um papel que se faz

necessário para que a empresa possa manter viva a sua intenção de atender cada vez melhor a

sociedade da qual participa, pois caso venha a cessar esse desejo de cuidar do meio ambiente

a organização estará fadada a perder sua razão de existir.

A conscientização dessa questão ambiental nas organizações ainda não atingiu os

níveis desejados, porém sua evolução é constante e irreversível, pois além do desejo do

empresário ainda há a tomada de decisões das autoridades que procuram desenvolver

legislação própria para punir com rigor os crimes contra o meio ambiente. O consumidor está

também mais consciente quanto a qualidade dos produtos o que faz com que o empresariado

esteja melhor adequado as necessidades. A Lei nº 9.605, de 12.2.1998, introduziu diversas

sanções penais e administrativas sobre condutas lesivas causadas ao meio ambiente. O papel

da mídia assim como das ONGs têm sido de fundamental importância para o

desenvolvimento dessa questão do meio ambiente não governamentais (ONGs).

De acordo com Maimon (1994), as indústrias brasileiras e as multinacionais já

chegaram ao ponto de criarem auditorias ambientais o que constitui num dos mais importantes

instrumentos da gestão ambiental. A auditoria tem como objetivos essenciais: permitir a

investigação sistemática dos programas de controle ambiental da empresa; auxiliar na

identificação de situações potenciais de problemas ambientais; verificar se a operação

industrial está em conformidade com as normas legais e também com os padrões mais

rigorosos definidos pela empresa e pelo mercado.

Para Tachizawa et al. (2000), tanto o desenvolvimento quanto o crescimento eram

termos usados de forma indistinta. Porém existe hoje a distinção entre as duas expressões.

Crescimento econômico é o crescimento contínuo do produto nacional ao longo do tempo,

enquanto que o desenvolvimento econômico significa além do crescimento da produção

nacional, a forma como ela está sendo distribuída social e setorialmente.

Conforme Cairncross (1992), a política ambiental tem que ser associada com o

desenvolvimento econômico, pois são partes integrantes do desenvolvimento sustentável. O

abastecimento de água mais pura, a prevenção da degradação do solo e o manejo adequado

das florestas e terras agricultáveis são igualmente formas de melhorar a qualidade de vida. O

crescimento econômico que ignora as necessidades do ambiente tende a ser insustentável.

Um dado interessante a destacar é que para algumas empresas o custo que se gasta

para implantar um sistema de gestão ambiental é o mesmo que se tem por não ter o sistema e

algumas consideram que se gasta até mais por não possuir um sistema de gestão ambiental,

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principalmente levando-se em consideração os diversos riscos a que estão sujeitas, como

acidentes ambientais, multas, processos na justiça, danos à imagem (que ocasionam uma

queda no nível das vendas), barreiras à exportação de seus produtos e perda de

competitividade (WINTER, 1992).

O movimento verde representa uma grande oportunidade para empreendimentos e

para a criatividade dos gestores atuais. Aqueles que souberem como aproveitar esse

movimento partirão na frente (OTTMAN, 1997).

A exigência, por parte dos mercados interno e externo, de garantias de procedimentos

corretos com relação à questão ambiental, leva as empresas a buscarem a certificação ISO

14000 e a adoção de sistemas de gestão ambiental. Este sistema apresenta vantagens

significativas, tais como: redução de custos, melhoria do sistema produtivo e o principal

benefício percebido pelas empresas, que é tornar sua imagem mais atraente ao mercado

(MAIMON, 1994).

Segundo Cairncross (1992), o impacto sobre as companhias será imenso. A demanda

de produtos e processos mais saudáveis transformará a maneira de pensar sobre a inovação de

produtos e serviços. Incitadas pelos consumidores verdes, as companhias começam a trazer

aos seus fornecedores questões absolutamente novas sobre as origens de sua matéria-prima e a

forma de seu manuseio; encurraladas pelas normas, cada vez mais se concentrarão nos

métodos de remoção do lixo e evacuação de refugos da produção no meio ambiente.

3. Metodologia

A metodologia utilizada no presente artigo científico tratou-se de uma pesquisa

quantitativa, descritiva, com 30 clientes da Madeserra, sabendo que a amostra foi realizada

aleatoriamente.

Richardson (1999, p. 70) afirma que a abordagem quantitativa:

[...] caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de

informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as

mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como

coeficiente de correlação, análise de regressão etc.

A Madeserra, empresa atuante no setor madeireiro, está a dezesseis anos no mercado

cearense. A razão social da empresa leva o nome do proprietário fundador Herculano Teixeira

Vieira; ela comercializa uma grande variedade de produtos, a madeira de Lei (alta resistência)

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bruta e beneficiada, geralmente utilizada na coberta de espaços em obras da construção civil;

esquadrias; tintas e vernizes; ferragens; móveis projetados; dentre outros.

É uma empresa familiar, administrada pelo proprietário e sua esposa, está localizada

na Rodovia CE 040 km12, município de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza.

A empresa atende no atacado e varejo; porém o maior faturamento provém do

comércio varejista, sendo assim a maioria clientes de pessoa física. Mas tem buscado fortes

parcerias com construtoras e arquitetos para reforçar a sua participação no mercado e

aumentar as vendas.

Atualmente a empresa conta com um quadro de 22 funcionários nas diversas áreas da

mesma (seleção da madeira, produção, envernizamento, transporte, auxiliares, limpeza); essa

é uma das dificuldades que ela enfrenta, está em falta profissionais da área que sejam

qualificados para exercer determinadas funções.

A busca de tecnologia e maquinário é um forte indicador de qualidade e a empresa

procura investir nisso, porque há um elevado nível de exigência no mercado local, e ela se

destaca por ofertar bens com acabamento superior e design mais moderno.

A Madeserra foi sempre respeitada no seguimento e se destacou pela qualidade dos

produtos que comercializa, honestidade com que sempre tratou seus clientes, sempre

buscando agradar e satisfazer as necessidades dos mesmos, e um dos diferenciais que

alavancou o sucesso da empresa foi o fato de o proprietário atender os clientes (atendimento

personalizado) e passar a confiança e credibilidade que eles buscam, isso faz com que

aumente as boas expectativas e amenize as angústias e dúvidas.

A empresa não possui organograma e missão definidos.

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4. Análise dos Resultados

Diante da pesquisa realizada com 30 clientes de ambos os sexos, sendo que 16,7% do

sexo feminino e 83,3% do sexo masculino.

16,7%

83,3%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

Masculino Feminino

Gráfico 1. Sexo

Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Em relação ao conhecimento de produtos ecologicamente correto, 60% dos clientes

afirmaram que sim, como também afirmaram ter conhecimento das características de um

produto ecologicamente correto.

40%

60%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Sim Não

Gráfico 2. Conhecimento de produtos ecologicamente correto

Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Quanto ao gráfico 3, percebe-se que 60% dos clientes da madeireira em questão,

dizem saber o “Valor” que é ter e comprar um produto ecologicamente correto, como também

já compraram tal produto, tanto ecologicamente correto como recicláveis.

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40%

60%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Sim Não

Gráfico 3. “Valor” de um produto ecologicamente correto

Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Quanto ao aquecimento global, percebe-se que todos os entrevistados dizem se

preocupar com o aquecimento global e com o desmatamento das florestas no Brasil. O

homem hoje não importando com as circunstâncias ou com o próximo, procura sempre uma

prosperidade econômica e status social, assim, o espaço amazônico tem sido explorado por

empresas que não se preocupam com o “amanhã” e nem mesmo com o “hoje”. Pois alegam

que essa extração da madeira brasileira possibilitará um avanço econômico que irá progredir a

política e a economia nacional.

Em relação a legalização ambiental das lojas madeireiras, 60% dos clientes não

procuram saber de tal informação, prejudicando ainda mais o meio ambiente, provocando as

catástrofes que vêem acontecendo no mundo.

40%

60%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Sim Não

Gráfico 4. Legalização

Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Apesar de não procurarem saber se as lojas são legalizadas, a maioria (60%),

comprariam seu material para construção um pouco mais caro, sendo ecologicamente correto,

conforme gráfico 5.

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Gráfico 5. Valor do produto ecologicamente correto

40%

60%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

Sim Não

Gráfico 5. Valor do produto ecologicamente correto

Fonte: Pesquisa direta, 2009.

Quanto às ações ambientais, todos os clientes entrevistados afirmaram achar

importante que a empresa tenha ações ambientais. Dessa forma, a cada dia que passa, a

sociedade preocupa-se cada vez mais com a degradação do meio ambiente, fato este que

obriga as empresas atentarem cada vez mais em relação a preservação da natureza.

Está claro que a atividade econômica, apoiada pelo princípio da sustentabilidade

(produtos verdes), pode gerar novas oportunidades de vendas para mercados saturados e com

concorrentes fortes. Porém, depende-se de uma série de fatores (como mercado, empenho da

empresa, investimentos em imagem, alterações das linhas produtivas, entre outros) para que

este tipo de planejamento prospere. Porém, tendo uma visão ampla e visando o futuro, este

tipo de estratégia vem se mostrando muito eficaz, pois é uma ferramenta que auxilia a

empresa a entregar ao cliente um produto com um valor agregado superior a um

convencional, adicionando ao conjunto de valores do produto ecologicamente correto, a

contribuição do consumidor para a desaceleração dos impactos ambientais, causados por

produtos sem o “selo ambiental”. (CALOMARDE, 2000).

Diante de todo este trabalho de conscientização, organizações que não se adaptarem a

esta nova realidade correm o sério risco de não sobreviverem as novas mudanças que já não

se tratam de modismos, muito menos ideologia de alguns ambientalistas.

5. Conclusão

No que tange à atitude e ao comportamento do consumidor em relação a produtos

ecologicamente corretos, poucos são os estudos que abordam empiricamente a questão, de

forma que o presente estudo traz uma breve, mas significativa contribuição, tanto ao

desenvolvimento teórico acerca do assunto, quanto às empresas que precisam encontrar meios

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de tomar decisões acertadas.

Dessa forma, percebe-se que todos os objetivos foram alcançados, onde analisou-se as

estratégias das vendas de madeiras ecologicamente corretas, identificou-se conceitos e

característica do Sistema de Gestão Ambiental e abordou-se a gestão estratégica em relação

ao tema. E a hipótese de preocupação com o desmatamento pôde ser comprovada com a ajuda

da pesquisa de campo realizada na Madeserra, como sendo tema de total preocupação dos

entrevistados.

O processo de consumismo resultante das ambições humanas é bastante preocupante

tanto nas nações ricas quanto nas pobres, uma vez que com a retirada de recursos do meio

ambiente cada vez mais acelerada ocorre a formação de uma dívida com o futuro, impossível

de ser paga, pois nesse momento aqueles que formarão o amanhã ainda não possuem o poder

de persuasão diante dessas decisões tomadas.

O princípio básico para toda uma conscientização da preservação ambiental deve

encontrar-se no início da educação escolar para que com o passar do tempo possa ser

aperfeiçoado e transformado em ações práticas cotidianas, como ponto de partida para uma

população mais consciente e saudável.

Tomando-se por base a pesquisa em questão, que nos mostrou o risco eminente de

sofrermos juntamente com nossas futuras gerações o castigo de tudo aquilo que deixarmos de

fazer em prol de nosso meio ambiente, nos coloca numa situação de compromisso na

manutenção e conservação do planeta.

Assim, através da revisão bibliográfica e pesquisa de campo espera-se contribuir para

a aquisição de informações para a introdução de um olhar científico e acadêmico. Resultando

dessa forma, em um incremento na formação dos profissionais e em melhora das condições e

incentivos de futuras pesquisas nesta área de atuação.

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Referências

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desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2000.

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1999.

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Makron Books, 1997.

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de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n. 4, p.119-130, jul./ago., 1994.

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PÁDUA, José Augusto. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no

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SAUNDERS, Jonh A.; HOOLEY, Graham J. Estratégia de marketing e posicionamento

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Page 19: GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VENDAS EM MADEIREIRAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS

APÊNDICE I

O questionário em questão refere-se à pesquisa de Vanessa Ramos Vieira, acadêmica do

Curso de Administração da Faculdade 7 de Setembro, com o objetivo de analisar o valor

ambiental nas vendas de madeiras ecologicamente correta. Dessa forma, gostaríamos da

participação do (a) senhor (a) na realização da pesquisa.

Obs.: Não é obrigado colocar nome do entrevistado, pois não será divulgado os nomes dos

mesmos e não terão nenhum tipo de prejuízo.

QUESTIONÁRIO

Nome: ___________________________________________________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

Idade: _____

1) Você tem conhecimento de produtos ecologicamente correto?

( ) Sim ( ) Não

2) Você tem conhecimento das características de um produto ecologicamente correto?

( ) Sim ( ) Não

3) Você sabe do “valor” que é ter e comprar um produto ecologicamente correto?

( ) Sim ( ) Não

4) Você já comprou um produto ecologicamente correto?

( ) Sim ( ) Não

5) Você se preocupa com o aquecimento global?

( ) Sim ( ) Não

6) Você se preocupa com o desmatamento?

( ) Sim ( ) Não

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7) Você compra produtos recicláveis?

( ) Sim ( ) Não

8) Quando você entra em um loja de madeiras, você procura saber se as mesmas são

legalizadas?

( ) Sim ( ) Não

9) Você compraria seu material para construção um pouco mais caro, mas em compensação

ecologicamente correto?

( ) Sim ( ) Não

10) Você acha importante que a empresa tenha ações ambientais?

( ) Sim ( ) Não