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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Escola de Comunicações e ArtesPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Área: Interfaces Sociais da ComunicaçãoLinha: Educomunicação
Disciplina: Educomunicação – Fundamentos, Áreas e MetodologiasProf. Dr. Ismar de Oliveira Soares
A Pedagogia da Comunicação e a Construção de uma Educação com Mídias:A Pedagogia da Comunicação e a Construção de uma Educação com Mídias:
contribuições da Professora Heloisa Dupas Penteadocontribuições da Professora Heloisa Dupas Penteado
Sumário
1. Introdução.............................................................................................2
2. A construção do olhar..............................................................................3
3. Comunicação e Educação: compreendendo o campo...................................6
3.1 Educação e Comunicação, um novo campo de investigação..............6
3.2 Perspectivas para o futuro desse campo..........................................6
3.3 Um campo com muitos nomes.......................................................6
4. A urgência de uma educação com mídias...................................................7
4.1 Os meios de comunicação educam?.................................................7
4.2 Educação com mídias no século XXI.................................................7
4.3 TV e computadores na escola..........................................................8
4.4 Mídias na escola: conflito ou cooperação?..........................................8
4.5 Mídia televisiva e educação não formal..............................................9
5. Mídias, formação e práticas pedagógicas.....................................................9
5.1 Mídias na escola e resistências.........................................................9
5.2 Mídias, formação e prática pedagógica..............................................9
5.3 Para educar com mídias................................................................10
6. Pesquisa, inquietação movente................................................................10
6.1 E ao defender a inovadora idéia da existência de uma mídia humana,
quais são as bases que sustentam essa idéia?........................................10
6.2 Educação e comunicação: pesquisa na atualidade...........................11
7. Contribuições para o campo.....................................................................12
8. Principais publicações na área de educação e comunicação até 2006............12
9. Orientações concluídas e em andamento...................................................14
10. Bibliografia............................................................................................15
Ensino é comunicação. Não qualquer tipo de comunicação. Mas comunicação dialógica. Não meramente reprodutora, mas elaboradora do
1
conhecimento. (...) Se se entende “ensino como um processo de comunicação”, a aprendizagem, ainda aquela decorrente de uma pesquisa ou busca efetuada por alguém que trace sozinho seu caminho, é sempre produto de um processo de comunicação, ainda que possa ser indireto, via meios de comunicação de massa (livro, TV, rádio, jornal, revistas), passa necessariamente pelo conhecimento já produzido e acumulado sobre o assunto (Heloisa Dupas Penteado, 1991, p.112).
1) Introdução
Ao nos propormos a apresentar um pouco do trabalho da
professora Heloisa Dupas Penteado, a certeza da tarefa
inabarcável é a que primeira se faz presente. Dizemos dessa
forma por tratarmos de uma professora-pesquisadora que tem
como principal característica ser uma das pioneiras nos estudos
sobre educação e meios de comunicação no Brasil.
Ao nos propormos a apresentar um pouco do trabalho da professora Heloisa
Dupas Penteado, a certeza da tarefa inabarcável é a que primeira se faz presente.
Dizemos dessa forma por tratarmos de uma professora-pesquisadora que tem como
principal característica ser uma das pioneiras nos estudos sobre educação e meios
de comunicação no Brasil. Soma-se a isso o fato de estarmos falando, antes de
professora-pesquisadora, de uma educadora, em toda a extensão da palavra: “o
que cria, nutre; diretor, educador, pedagogo”. 1
Assim, nossa estratégia para o enfrentamento dessa prazerosa e
assustadora tarefa é, inicialmente, apresentar um pouco da trajetória de formação
docente-pesquisadora da Profª. Heloisa Dupas Penteado. Posteriormente, damos
voz à nossa personagem, registrando respostas dadas a perguntas de duas
entrevistas concedidas gentilmente para a realização deste trabalho, nos dias 14 e
26 de junho de 2006.
Ao final, destacamos as principais publicações da Profª. Heloisa no campo da
educação e comunicação. Também elencamos as dissertações de mestrado e as
teses de doutorado concluídas e em andamento no Programa de Pós-graduação da
Faculdade de Educação da USP.
2) A construção do olhar
A Profª. Heloisa Dupas Penteado deu início a sua carreira docente se
formando no Curso Normal (Magistério). O primeiro contato com a prática
1 Etimologia verificada no Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, 2001.
2
pedagógica ocorreu com crianças que freqüentavam o curso primário em escolas
rurais, de fazendas. A inquietação movente em busca do saber fez com que viesse
para a cidade de São Paulo fazer o curso de Ciências Sociais na USP, Universidade
de São Paulo.
Ao término do curso de graduação, a Professora Heloisa volta ao trabalho
com as crianças da escola rural: “Essa passagem da minha vida profissional é muito
interessante, foi muito formativa, porque voltei tendo de reaprender a falar com as
crianças. E isso para mim foi muito bom”. 2 A trajetória de formação da Profª.
Heloisa estava só começando. O curso superior serviu para aguçar ainda mais a
ânsia pela compreensão do processo educativo, também contribui decisivamente
para a transformação das suspeitas em ação pesquisadora. Com o magistério, a
graduação e o bacharelado em Ciências Sociais, também passou a desenvolver
atividades na formação de professores no Curso Normal, nas cidades de Monte Alto
e Taquaritinga.
A busca por novas oportunidades trouxe de novo a Profª. Heloisa para a
cidade de São Paulo, onde logo estava atuando como professora na escola
Experimental da Lapa. A condição questionadora que acompanhava a Profª. Heloisa
e a experiência com a formação de professores adquirida, garantiram-lhe o convite
para a atuação docente na Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo. Não
demorou muito para passar a atuar também na formação inicial de professores que
atuavam na escola, na área de Ciências Sociais.
Com o retorno à USP, foi inevitável a sistematização da inquietação movente
e a necessidade de prosseguir com os estudos de forma sistematizada, a pós-
graduação. Com o objetivo de entender como os adolescentes de classes sociais
diversas percebiam a interferência da televisão em suas vidas, a Profª. Heloisa
defendeu sua dissertação no Curso de Mestrado em Sociologia Educacional da USP:
“A Televisão e os Adolescentes: a sedução dos inocentes”. O trabalho de pesquisa
partiu de uma suspeita que desde muito a acompanhava: “Desde que comecei,
chamava muito minha atenção a questão da televisão. Na escola da fazenda, na
década de 50, era interessante porque as crianças não tinham televisão e nunca
tinham saído daquele lugar, então elas ouviam falar do mar, arranha-céus e faziam
perguntas. (...) Quando vim para São Paulo, dar aulas na Escola Experimental da
Lapa, foi uma coisa interessantíssima. Os meninos me perguntavam: ‘professora, a
senhora viu o programa tal ontem na televisão?’ Comecei a notar que o que eles
viam na televisão estava legitimado, era verdade absoluta, interessava muito3.
2 Em entrevista para Roseli Fígaro, Revista Comunicação e Educação, p. 63, 2003.3 Em entrevista para Roseli Fígaro, Revista Comunicação e Educação, p. 64, 2003.
3
Com a experiência adquirida na formação de professores e o mestrado em
andamento, foi convidada a trabalhar na Faculdade de Educação da USP na
docência de disciplinas do curso de formação de professores de ciências Sociais.
O trabalho com os adolescentes desenvolvido no Mestrado e a prática
docente na Faculdade de Educação logo levaram a questionamentos que
desencadearam a tese de Doutorado em Educação, na área de Didática,
“Televisão, Escola e Democracia: um intrigante triângulo”. No doutorado a Profª.
Heloisa Dupas Penteado centrou seus esforços em investigar as práticas docentes
com o uso da televisão na escola e como essa mídia poderia ser utilizada para a
construção do conhecimento. Nas palavras da Profª. Heloisa: “foi muito
interessante, por que na Escola Experimental, onde tínhamos professores com pós-
graduação, ou fazendo, e professores oriundos de cursos da PUC ou da USP,
escolas, portanto, bem qualificadas, ninguém usava a televisão no trabalho em sala
de aula. (...) Mas a criançada estava vendo televisão. Na outra escola, onde os
professores tinham uma formação modestíssima, formados em faculdades
desconhecidas, ninguém fazia pós-graduação, quando eu perguntava para eles se
usavam a televisão e que interferência havia, a resposta era imediata. O professor
de inglês usava os shows de música, os filmes; o professor de educação física
utilizava quando tinha algum campeonato, ou algum programa que achasse
interessante. E isso me intrigou4.
Na Faculdade de Educação da USP, a Profª. Heloisa Dupas Penteado
encontrou outros que, como ela, se sentiam preocupados com a educação em uma
sociedade cada vez mais marcada pela ação dos meios de comunicação, em
especial a televisão, professores instigados em compreender as linguagens dos
diferentes meios de comunicação e suas possibilidades na construção do
conhecimento. Merece destaque aqui os laços que estabeleceu com a Professora
Marizinha Fusari, com quem muito compartilhou o incansável exercício da
construção de conhecimentos. “Entendia a educação como um processo de
comunicação/pesquisa desde a sua lousa, por perceber o ser humano, desde seus
alunos, como um ser estético, sensível, afetivo. Então não entendia a comunicação
sem arte, não fazia educação sem arte. Punha em comunicação: educação, ciência
e arte; interceptavam-se nos campos da criatividade. 5
Conseqüência da séria dedicação à docência e à prática da pesquisa, logo a
Profª. Heloisa estava atuando na formação de outros pesquisadores no Programa de
Pós-graduação em Educação da FE-USP, programa ao qual se dedica
exclusivamente até a atualidade.
4 Em entrevista para Roseli Fígaro, Revista Comunicação e Educação, p. 64, 2003.5 No artigo Comunicação/educação/arte: a contribuição de Mariazinha Fusari, Cadernos de Educomunicação, 2001.
4
O trabalho na FE-USP logo encontrou ressonância em outros centros da USP,
um exemplo disso foram as diversas participações em encontros e seminários que
se propunham discutir uma pedagogia da comunicação, os quais tiveram início no
final dos anos 80 até hoje e perfuram até hoje. No calor dos diálogos realizados
nesses encontros, muitas parcerias tiveram início. Uma delas resultou dos laços de
amizade construídos com o Prof. Ismar de Oliveira Soares. Assim, foi ao lado do
Prof. Ismar Soares e da Profª. Marizinha Fusari que, no início dos anos 90, na Escola
de Comunicações e Artes – ECA/USP, a Profª. Heloisa Dupas Penteado realizou a sua
primeira experiência sistemática na formação de especialistas para a área de
comunicação – educação. Sua participação nesse curso tinha como desafio
empreender um diálogo entre as teorias da comunicação e as teorias da educação,
disciplina base para a formação pretendida pelo curso de especialização.
Desde então, cada um de nós trilhou sendas particulares, mas sempre
convergentes. Marizinha Fusari aprofundou seus estudos voltados para relação
entre arte, comunicação e educação escolar; Heloisa dedicou suas reflexões e suas
pesquisas de campo à concepção de uma “pedagogia da comunicação”, enquanto,
de minha parte, tenho buscado identificar os possíveis os possíveis caminhos que
aproximam os tradicionais campos da comunicação e da educação (Soares, 2002).
Mesmo com o árduo trabalho dedicado à prática docente, à pesquisa e ao
trabalho de orientação de mestrandos e doutorandos, mais uma vez a ânsia pelo
saber fez com que a Profª. Heloisa se deslocasse para o Rio de Janeiro cidade onde
cursou o seu Pós-Doutorado, na Pontifícia Universidade Católica. Novamente voltou
seu olhar para a formação de professores e a pedagogia da comunicação.
Ao longo de sua trajetória, três teorias foram/são fortemente defendidas:
pedagogia da comunicação, educação com mídias e mídia humana. Para
compreendermos melhor essas e outras teorias trabalhadas e defendidas, a seguir
damos voz à própria Profª. Heloisa Dupas Penteado.
3) Comunicação e Educação: compreendendo o campo
3.1 – Educação e Comunicação, um novo campo de investigação
Um campo em expansão, mas ainda não no ritmo em que considero
necessário, em nosso país. Pois no cenário internacional há hoje uma sensibilização
para a importância de se trabalhar com a leitura de outros textos midiáticos na
escola, além do texto impresso, especialmente o texto televisual, pelo seu alcance
praticamente universal, o que se manifesta em encontros internacionais sobre o
tema, e para os quais o Prof. Ismar Soares tem sido um grande incentivador e
colaborador. Um outro aspecto que me chama a atenção é o fato de que com
5
enorme freqüência o enfoque dado ao tema se restringe à presença das mídias
eletrônicas na escola , o que por si só não garante um uso formativo e realmente
educativo. Pois o que dá sentido ao trabalho com mídias na escola é a filosofia e os
valores que sustentam essa inclusão, de onde decorre a metodologia com que
devem ser trabalhadas.
3.2 Perspectivas para o futuro desse campo
Vejo como um campo que não mais pode ser negado hoje, e daqui para
diante, dada a sua presença irreversível na sociedade tecnológica da atualidade.
Todavia a qualidade do trabalho formativo a ser feito, se a serviço do homem e de
sua humanização, depende basicamente de dois fatores aludidos anteriormente; a
filosofia que sustenta essas práticas escolares e a correspondente Pedagogia da
Comunicação6 articuladora de uma Metodologia de Ensino responsável por uma
verdadeira Comunicação Escola.
3.3 Um campo com muitos nomes
O nome que considero mais apropriado é Educação com Mídias. Não
considero Pedagogia da Comunicação um nome para o campo posto que tal
denominação refere-se a procedimentos teórico-metodológicos que dizem respeito
ao trabalho educativo com o “objeto” de ensino – o fenômeno da comunicação.
Quanto às denominações Comunicação Educativa, Educomunicação (até já
comentei isso com Prof. Ismar Soares em um Seminário no Centro Cultural Itaú,
aqui em SP), os entendo como pleonásticos, posto que “Educação é Comunicação”.
A Educação é um processo social, seja ele institucionalizado ou não (socialização), e
que, portanto só se realiza nas relações sociais, portanto interpessoais (presenciais
ou à distância). Na verdade entendo que o enfoque da comunicação no campo da
educação deve contemplar dois aspectos fundamentais: a inclusão na escola das
mídias presentes na sociedade tecnológica e a revisão dos procedimentos
educacionais com mídias na perspectiva de processos comunicacionais
humanizantes e democratizantes do saber e da capacidade criadora do ser
humano.
6 A concepção de Pedagogia da Comunicação defendida pela Profª. Heloisa Dupas Penteado parte do princípio de que “as novas tecnologias comunicacionais são apenas e tão-somente prolongamentos refinados, recursos sofisticados, aptos a potencializar a capacidade comunicacional inerente ao ser humano (...)” Assim, entende por Pedagogia da Comunicação a “uma didática que exercite a capacidade comunicacional humana e pratique a educação como um processo específico de comunicação”. Para a autora, nesse processo “as tecnologias ganham a possibilidade de exercer o poder transformador, rumo a uma educação escolar transformadora, reveladora, suporte para o exercício pleno da verdadeira cidadania” (Penteado, 1998, p.13-14)
6
4) A urgência de uma educação com mídias
4.1 Os meios de comunicação educam?
Sim, os meios de comunicação educam. Todavia é preciso que estejamos
alertas quanto ao significado da palavra “educa”, que é freqüentemente entendida
com um sentido positivo, nobre, construtivo.. Todavia educa-se para o bem ou para
o mal, para a autonomia ou para a subserviência, para a criação ou para a
reprodução Há saldos positivos das mensagens midiáticas; todavia enquanto
comprometidas com o consumismo e com o entretenimento rasteiro,
descompromissada com a cultura de qualidade, seu efeito reprodutor, conservador
é muito intenso. Quando poderia se por a serviço da transformação para uma
sociedade mais justa e humana. Mas é preciso não jogar fora a criança com a água
do banho. O poder da imagem e da estética televisual nela encerrada (no caso da
TV) trabalham a despeito dos interesses comerciais em que a TV se detêm. É por aí
que os receptores, que não são uma massa amorfa e nem desprovidos de
experiência vicária podem potencializar efeitos construtivos das mídias. Todavia,
para tanto é preciso que se promova a alfabetização imagética, que desinstaura a
concepção de que “a imagem" é a “reprodução do real” e permite a compreensão
de que ela é uma dada versão do real.
4.2 Educação com mídias no século XXI
Em muitas escolas as mídias funcionam como recurso publicitário para atrair
fregueses, como é o caso de muitas escolas particulares, que dispõe dos meios de
comunicação e não dominam a Pedagogia da Comunicação. Em outras é utilizada
apenas como recursos de lazer, sem encaminhamentos didáticos que resultem em
processos de ensino/aprendizagem frutíferos. Mas já despontam trabalhos, ainda
que pontuais, com mídias no ensino, como atesta a crescente demanda de pós-
graduação feita por professores em exercício, dos diferentes níveis de ensino, e
muitos trabalhos de professores de ensino fundamental e médio de que temos
notícias. Lamentavelmente penso que ainda é no ensino superior, e especialmente
nos cursos de formação de professores que este trabalho pedagógico ainda se
encontra muito acanhado.
4.3 TV e computadores na escola
Como já explicitou Santaella, e como se tem constatado empiricamente,
uma mídia não desinstaura outra, mas a re-significa. TV, vídeo, Internet não
desbancam a tradicional mídia Livro, ainda hoje não trabalhada, lamentavelmente,
7
como mídia, em muitas de nossas escolas, mas como se seus conteúdos fossem
verdades petrificadas e eternas, sem autor (quantos alunos sabem o nome dos
autores dos livros em que estudam?), sem historicidade! Inclusive a Internet traz
consigo a necessidade de uma leitura fluente e propicia o exercício da escrita de
maneira estimulante. E o poder pedagógico da imagem na TV é diferencial muito
importante quando se trata de educação escolar como consideramos na questão
anterior.
4.4 Mídias na escola: conflito ou cooperação?
Há conflito quando o professor nega a existência da presença desse meio de
comunicação na vida do aluno e na da sociedade como um todo.Cooperação,
quando é capaz de uma avaliação serena e competente dele, aprendendo a partir
dele o que precisa ter um texto para ser significativo para o aluno e criando formas
de trabalho com o texto televisual na escola de tal maneira que não se encerre
nele, mas que a partir dele se remeta a textos de naturezas diversa, e propicie
relações do aluno com a realidade a que se referem, a fim de que possam construir
suas próprias versões e desenvolver o raciocínio crítico Espero que o livro possa
esclarecer melhor essa questão7.
4.5 Mídia televisiva e educação não formal
Considero a própria TV, a Internet, como espaços de educação não formal.
Quando assumida por encontros educativos que não na escola penso que possam
ter os mesmos resultados anteriormente considerados, desde que não sejam
orientados por propósitos maniqueístas e manipuladores.
5) Mídias, formação e práticas pedagógicas
5.1 Mídias na escola e resistências
Acho perfeitamente compreensível a resistência dos docentes, considerando
o descuido com a alfabetização para as mídias na formação de professor. Ao
contrário do que o senso comum supõe é preciso aprender a ler textos imagéticos e
ainda aprender a pesquisar na Internet, com critérios, para além de buscas
aleatórias. Pesquisar é diferente de simplesmente buscar. Exige orientação para se
saber o que fazer com os dados encontrados que não seja construir uma simples
7 Em referência ao livro Televisão e escola: conflitos ou cooperação, publicado pela Editora Vozes em 1991.
8
colagem. E para tanto é preciso que os professores saibam pesquisar, cujos
métodos também se encontram praticamente ausentes hoje em dia em suas
formações.
5.2 Mídias, formação e prática pedagógica
Creio já ter deixado claro que os professores, presentemente não se
encontram preparados para esse trabalho, nas respostas anteriores. Para tanto
seria necessário que os cursos de formação propiciassem, desde o início, a inserção
dos professorandos como pesquisadores de situações reais de ensino, a fim de
verificarem como mídias são ou não utilizadas no ensino, quais e como. Que
estudassem pesquisas que têm por foco o ensino. Que levantassem hipóteses sobre
o papel das mídias no ensino, que organizassem pequenos projetos de ensino com
mídias e que tivessem oportunidades de realizá-los para verificar resultados.
Que estes procedimentos de ensino com os professorandos fossem
desenvolvidos em Faculdades de Educação, nos cursos de Licenciatura, devido às
especificidades da didática dos diferente campos do conhecimento, o que exige do
formador o domínio desses conhecimentos específicos. Não se trata apenas de
aprender procedimentos comunicacionais, mas procedimentos comunicacionais do
ensino de História, Geografia, Sociologia, Matemática, Química, etc. Entendo que
aqui ações formativas interdisciplinares e conjuntas com Faculdades de
Comunicação seriam muito enriquecedoras à medida que poderiam introduzir os
professorandos e mesmo os formadores em linguagens múltiplas como as do rádio,
da TV, do cinema, etc., para uso no ensino dessas diferentes disciplinas. E no curso
de Pedagogia o aprendizado dessas linguagens prepararia os pedagogos para o
suporte aos projetos de ensino dos professores com as mídias.
5.3 Para educar com mídias
Considero indispensável que sejam professores reflexivos, indagadores e
problematizadores do ensino que realizam. Para tanto é preciso que recuperem
suas experiências como alunos na escola de Ensino Básico e que identifiquem nela
pontos positivos e pontos problemáticos; que saibam ouvir e levar a sério os seus
alunos; que saibam fazer pesquisa-ensino; que saibam levantar hipóteses
orientadoras de novos procedimentos de ensino; que saibam trocar idéias,
conhecimentos e dificuldades de ensino com seus pares, que gostem de estudar
sempre, pois que estudo é trabalho de professor. Mas que, sobretudo AMEM o SER
HUMANO e ACREDITEM e APOSTEM NELE, na EDUCAÇÃO e em SI PRÓPRIOS. Que
ACREDITEM na FORÇA e IMPORTÂNCIA de nosso trabalho, a despeito da
9
desconsideração com que é tratado. Pois só assim conseguirão, conseguiremos
todos, garra para atuações e reivindicações profissionais conjuntas articuladas em
forças de TRANSFORMAÇÃO.
6) Pesquisa, inquietação movente
6.1 E ao defender a inovadora idéia da existência de uma mídia humana, quais são
as bases que sustentam essa idéia?
Mídias são suportes de processos de comunicação que se realizam por meio
de linguagens.
Quando falamos do ser humano como um ser midiático o estamos
considerando como um suporte de comunicação, a qual se realiza por intermédio de
um amplo leque de linguagens: oral, escrita, musical, pictórica, corporal, dramática.
Cada uma delas podendo atingir patamares diversos de qualificação, numa escala
que vai do popular ao artístico, passando pelo erudito. Cada uma delas podendo ser
ampliada por linguagens de suportes tecnológicos, tais como a fotográfica,
videográfica , cinematográfica, etc.
A linguagem oral tem como suporte a capacidade de emissão/articulação de
sons que o ser humano tem; é uma característica natural de seu organismo.
A capacidade de combinar os diferentes sons que pode emitir, em um código
lingüístico, a que atribui significado, é decorrente de sua racionalidade e do desejo
(subjetividade) de comunicar-se, realizando assim a sociabilidade inerente à
espécie.
O homem não é a única espécie social. Formigas, abelhas, elefantes, por
exemplo, são animais sociais e construtores.
A diferença da sociabilidade realizada pelo homem está na competência que
tem de criar e recriar os instrumentos e procedimentos comunicacionais; enquanto
nos demais animais sociais as formas de comunicação viabilizadoras de sua
sociabilidade são determinadas e limitadas, até onde se sabe, pelo seu
equipamento biológico, o homem dispõe de um organismo que lhe confere a
possibilidade de criação de instrumentos e condutas comunicacionais
incomensuráveis, a tal ponto de hoje estarmos assistindo entre atônitos,
entusiasmados e amedrontados as possibilidades de interferência até em nosso
próprio patrimônio genético, por meio da engenharia genética. Sabemos que muitas
melhorias e também riscos poderão advir desse conhecimento. Tudo depende do
uso que iremos fazer dele. Como administrar esses conhecimentos a nosso favor é
a pergunta que temos em nosso horizonte. Portanto, é preciso não perder de vista
que ao criar cultura, criamos também problemas e questões a resolver.
10
É o que observamos hoje com as mídias eletrônicas que nos propiciam
avanços científicos inestimáveis, ao mesmo tempo em que servem à reprodução e
conservação do status quo. Em outras palavras, servem, em nosso país, à
manutenção e reprodução da abominável desigualdade e exclusão social, pautando
sua programação por valores desumanos e consumistas, incompatíveis com os
valores que orientam o exercício de condutas cidadãs na sociedade democrática
que almejamos.
6.2 Educação e comunicação: pesquisa na atualidade
Desde 2000 venho me dedicando a estudos e pesquisa sobre o método
psicodramático de Moreno, J. L., que engloba uma abordagem interdisciplinar,
sociológica, psicológica, artística e comunicacional do comportamento humano, nas
dimensões de intra e intercomunicação e de possível comunicação à distância, via
TV. Coordenei uma pesquisa até 2005, cujo objetivo foi a produção de um piloto de
telepsicodrama (um projeto de Moreno não realizado em sua época e cuja proposta
estamos ajustando aos recursos tecnológicos e conhecimentos da atualidade). Com
isso tenho produzido artigos para a Revista Brasileira de Psicodrama (vol. 11, nº. 1,
2003 e vol. 13, nº. 2, 2005) e acabo de escrever um livro que está sendo analisado
por editoras, intitulado Psicodrama, Televisão e Formação de Professores.
Também estou produzindo, no campo de metodologias, textos sobre uma
modalidade peculiar de Pesquisa-ação, que intitulo Pesquisa Ensino, na qual
destaco os papéis específicos e intercomplementares do pesquisador acadêmico e
do professor do Ensino Básico na produção de conhecimentos sobre ensino.
7) Contribuições para o campo
Fico feliz se meu trabalho puder despertar os professores para a importância
de um trabalho comunicacional escolar com mídias e entre os sujeitos dessa
educação escolar (professores e alunos) enquanto sujeitos midiáticos. Ou seja, por
sujeitos que processam as mensagens midiáticas de maneira pessoal e peculiar, de
acordo com suas experiências de vida e de conhecimento, as elaboram e re-
significam a partir de suas experiências vicárias, e as trocam ou socializam entre si,
na direção de uma maior e melhor compreensão do mundo, de si próprios e de seus
processos de cognição, pelos quais se humanizam.
Na verdade, entendo que a ampliação do enfoque das mídias no ensino, para
além da presença das mídias eletrônicas na escola, precisa abarcar mídias de
diferentes naturezas, tais como o ser humano (professores e alunos principalmente,
mas não exclusivamente, no caso da educação escolar), o currículo e os respectivos
11
programas de ensino que o compõe, enquanto mídia que precisa ser apropriada
pela mídia humana professor, a fim de ser por ele considerados em função das
mídias humanas alunos reais e concretos que tem pela frente, inseridos em uma
sociedade que é o referencial necessário para uma atuação docente
desencadeadora de um processo de ensino/aprendizagem significativo e
contextualizado para alunos e professores.
8) Principais publicações na área de educação e comunicação até 2006
Livros Local de publicação
Editora Ano
Comunicação escolar: uma metodologia de ensino.
São Paulo Salesiana 2002
Pedagogia da Comunicação: teorias e práticas. (Org.)
São Paulo Cortez 1998
Televisão e escola: conflito ou cooperação.
São Paulo Cortez 1991
Capítulos em livros sobre temas da área educação e comunicação.Telepsicodrama pedagógico para jovens: um percurso histórico. In: PORTO, Tânia Maria Esperon (Org.).. Redes em construção: meios de comunicação e práticas educativas. Araraquara-SP: JM Editora, 2003. Telepsicodrama pedagógico, pedagogia da comunicação e educação: formação em temas emergentes e urgentes. In: PENTEADO, Heloisa Dupas de Oliveira. (Org.). Saberes da Linguagem de educação e Comunicação. Pelotas: Editora Universitária da Universidade de Pelotas, 2001, v. 1.Telepsicodrama pedagógico, pedagogia da comunicação e educação: formação em temas emergentes e urgentes. In: In: PENTEADO, Heloisa Dupas de Oliveira. (Org.). Saberes da Linguagem de educação e Comunicação. 1 ed. Pelotas: Editora Universitária da Universidade de Pelotas, 2001, v. 1.Educação, Escola e Vida: qual é a relação. In: KUPSTAS, Márcia. (Org.). Educação em Debate. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 1998, v. 1.Pedagogia da Comunicação: sujeitos comunicantes. In: PENTEADO, Heloisa Dupas de Oliveira. (Org.). Pedagogia da Comunicação: teorias e práticas. São Paulo: Cortez Editora, 1998, v. 1.Nos e a Sociedade da Informação. In: KUPSTAS, Márcia. (Org.). Comunicação em Debate. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna, 1997, v. 1.Jogo e formação de professor: videopsicodrama pedagogico. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida. (Org.). Jogo, Brinquedo e a Educação. 1 ed. São Paulo: Cortez Editora, 1996, v. 1.O papel da universidade após a formação do professor. In: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. (Org.). A Formação do professor e a pratica de ensino. São Paulo: Editora Pioneira, 1988, v. 1.
Artigos completos na área de educação e comunicação, publicados em periódicos.
Telepsicodrama e Educação Escolar: uma conversa com professores, Revista Comunicar, 26, Universidad de Huelva, Espana, 2006.Psicodrama, Pedagogia, Terapia, Revista Brasileira de Psicodrama, vol 13, nº2, 2005.Do Psicodrama ao telepsicodrama: um percurso histórico, Rev Brasileira de Psicodrama, vol11,nº1, 2003.
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Do Psicodrama ao Telepsicodrama: um percurso histórico. In: 25ª ANPED: Manifestos Lutas e Utopias, 2002, Caxambú. 25ª ANPED: Manifestos Lutas e Utopias. Goiânia : Gráfica e Editora Vieira, 2002.O Agir Comunicacional. In: XI ENDIPE - IGUALDADE E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO, 2002, Goiânia. XI ENDIPE - IGUALDADE E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO. Goiânia : ENDIPE, 2002.A História do GT Educação e Comunicação. In: 25ª ANPED: Manifestos Lutas e Utopias, 2002, Caxambú. 25ª ANPED: Manifestos Lutas e Utopias. Goiânia : Gráfica e Editora Vieira, 2002. v. 1. Comunicação, Educação e Arte: a contribuição de Mariazinha Fusari. Cadernos do NCE, São Paulo, v. 1, 2001. A relação docência e ciência na perspectiva da pedagogia da comunicação. Cadernos de Educação da Faculdade de Educação Ufpel, Pelotas, v. 14, n. 1, 2000. Mariazinha: docente e pesquisadora nos campos da comunicação e das artes. In: Mariazinha de Rezende Fusari por ela mesma e pelos amigos. São Paulo: Editora do Museu Lasar Segall, 2001. v. 1. Um esboço de fundamentação teórica para projetos de pesquisa sobre integração das tecnologias da comunicação à educação escolar. Revista Contexto e Educação, Ijuí, v. 5, 1993. O conhecimento, sua produção e distribuição. Revista da Faculdade de Educação (USP), São Paulo, v. 18, n. 2, 1993. Vídeopsicodrama Pedagógico: uma experiência em prática de ensino. Cadernos do Educação, São Paulo, v. 1, 1988. A Formação do Professor e o Processo de Democratização. Revista da Faculdade de Educação (USP), São Paulo, v. 10, n. 2, 1984. Criança, TV e Escola. Jornal Giz, São Paulo, v. 5, 01 mar. 1994.A Televisão e os adolescentes: a sedução dos inocentes. Revista da Faculdade de Educação (USP), São Paulo, v. 22, 1983. A Televisão: concorrente da escola ou desafio à escola?. In: Seminários de Pesquisa da Faculdade de Educação/USP. São Paulo : Universidade de São Paulo, 1985.
9) Orientações concluídas e em andamento
Orientações de Mestrado em andamento no Programa de pós-graduação em Educação da USP.Maria Rocha Rodrigues Matsukuma.
Uma aprendizagem em História: questionando o presente
Mestrado em Educação
Início: 1999
Orientações de Doutorado em andamento no Programa de pós-graduação em Educação da USP.Aldo Nascimento Pontes
Do imaginário sobre as implicações do consumo de TV na aprendizagem das crianças a uma educação com/para mídias na infância: uma pesquisa-ação com professores da educação infantil
Doutorado em Educação
Início: 2006
Miriam Darlete Seade Guerra
A avaliação de uma experiência de formação de professores em serviço: a pretensão e a prática
Doutorado em Educação
Início: 2003
Maria Alexandre de Oliveira
A leitura que a criança faz da literatura infantil e a formação dos professores
Doutorado em Educação
Início: 2003
Iveta Fernandes Música na Escola: desafios e perspectivas na formação contínua de educadores da rede
Doutorado em Educação
Início: 2005
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públicaCláudia Borsato Doutorado em
EducaçãoInício: 2004
Orientações de Mestrado concluídas no Programa de pós-graduação em Educação da USP.Luiz Otávio Neves Mattos
Professores particulares às explicadoras e famílias: tecendo redes paralelas e desmistificando situações de sucessos e insucessos escolares
Doutorado em Educação
2006
Vânia Maria Nunes dos Santos
O uso escolar das imagens de satélite: socialização da ciências e tecnologia espacial
Mestrado em Educação
1998. 220 f
Fátima Maria Lucas Blandino
O papel do Coordenador Pedagógico das Escolas Municipais de Educação Infantil da Cidade de São Paulo: o confronto entre o legal, o ideal e o real
Mestrado em Educação
1996. 145 f.
Maria Alexandre de Oliveira
A literatura infantil e a interação participativa da criança com a obra
Mestrado em Educação
1992. 150 f
Paulo Meksenas O uso do livro didático e a pedagogia da comunicação
Mestrado em Educação
1992. 150 f
Orientações de Mestrado concluídas no Programa de pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná.Wanirley Pedroso Guelfi
A sociologia como disciplina escolar no ensino secundário brasileiro: 1925-1942
Mestrado em Sociologia
2001. 200 f
Orientações de Doutorado concluídas no Programa de pós-graduação em Educação da USP.Laura Alves Martirani
O vídeo e a pedagogia da comunicação no ensino universitário
Doutorado em Educação
1998. 180 f
Eulina Pacheco Lutfi
Professor e Aluno fazendo acontecer sentidos entre possíveis e inesgotáveis
Doutorado em Educação
1995. 200 f
Tania Maria Esperon Porto
Educação para a mídia/pedagogia da comunicação: caminhos e desafios
Doutorado em Educação
1995. 200 f
Ana Maria Salomão Prizendt
Formação para a cidadania em cursos de magistério: representações de professores de Língua Portuguesa
Doutorado em Educação
1994. 150 f
Marisa Aparecida Pereira Santos
CEFAM - Centro Específico de Formação de Professores: que tipo de prática docente produz?
Doutorado em Educação
2000. 200 f
Olavo Pereira Soares
Ensino de História: as interações didáticas entre a cultura historiográfica do professor e a cultura midiática dos alunos
Doutorado em Educação
2001. 200 f
Vera Cristina Queiroz de Mello
Ambientes Virtuais de Aprendizagem Colaborativa: desafios de um novo recurso educacional na criação de comunidades de aprendizagem
Doutorado em Educação
2005. 200 f
Helenice Barcelos Bergmann
Projeto GESAC: tecendo redes de cidadania
2005
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10)Bibliografia
PENTEADO, Heloisa D. Televisão e escola: conflito ou cooperação. São Paulo: Cortez, 1991.PENTEADO, Heloisa D. Pedagogia da Comunicação: teorias e práticas. (Org.). São Paulo: Cortez, 1998.PENTEADO, Heloisa D. Comunicação escolar: uma metodologia de ensino. São Paulo: Salesiana, 2002. PENTEADO, Heloisa D. Comunicação/educação/arte: a contribuição de Mariazinha Fusari. Cadernos de Educomunicação, NCE-USP: São Paulo, 2001.PENTEADO, Heloisa D. De cabeça aberta para a educação. (entrevista). PENTEADO, Heloisa D. De cabeça aberta para a educação (Entrevista). Revista Comunicação e Educação. Salesiana: São Paulo, 2003.PENTEADO, Heloisa D. Do Psicodrama ao telepsicodrama: um percurso histórico, Rev Brasileira de Psicodrama, vol. 11, nº1, 2003. PENTEADO, Heloisa D. Psicodrama, Pedagogia, Terapia, Rev Brasileira de Psicodrama, vol13,nº2,2005 PENTEADO, Heloisa D. Telepsicodrama e Educação Escolar: uma conversa com professores, revista Comunicar,26,2006, Universidad de Huelva, España.PENTEADO, Heloisa D. Meios de comunicação de massa. A escola e suas funções (pesquisa realizada em 10 escolas oficiais de ensino fundamental e médio da cidade de São Paulo), 1982.
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