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Histologia: estudo dos tecidos (conjunto de células diferenciadas e adaptadas à uma determinada função) em animais. Tipos básicos de Tecidos Animais: Epitelial. Conjuntivo. Muscular. Nervoso.

Histologia PROF SIMONE

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Histologia: estudo dos tecidos (conjunto de células diferenciadas e adaptadas à uma determinada função) em animais.

Tipos básicos de Tecidos Animais:Epitelial.Conjuntivo.Muscular.Nervoso.

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Tecido Epitelial: Não tem substância intercelular e atua no revestimento externo da pele, dos órgãos internos e das glândulas.

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Tipos de Tecido Epitelial: Revestimento: recobrem a superfície externa

do corpo e o interior de órgãos cavitários. Podem ser:a) Simples (uma camada de células). Ex: Endotélio

(vasos sanguíneos), Epitélio Intestinal (com Microvilosidades), Epitélio dos Túbulos Renais (com Invaginações).

b) Estratificados (mais de uma camada de células). Ex: Epiderme.

c) Pseudo-estratificados (uma camada de células de diferentes alturas). Ex: Epitélio Traqueal.

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Glandular: especializadas na produção e secreção de substâncias, formando glândulas. Podem ser:a) Exócrinas: eliminam secreções para fora do corpo ou

para o interior do tubo digestório através de ductos. Ex: Sudoríparas, Salivares, Sebáceas, Gástricas, Entéricas.

b) Endócrinas: eliminam suas secreções, os hormônios, diretamente no sangue. Ex: Hipófise, Tireóide, Paratireóides, Supra-renais ou Adrenais.

c) Anfícrinas ou Mistas: eliminam secreções exócrinas e endócrinas. Ex: Pâncreas (Suco Pancreático no Duodeno; e Insulina e Glucagon no Sangue).

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Tecido Conjuntivo:

◦ Formado por células amorfas ( sem forma definida) com abundante matriz intercelular, sendo responsável pelo preenchimento, sustentação e transporte de substâncias pelo corpo.

◦ Tipos de Tecido Conjuntivo:

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a) Propriamente Dito (TCPD): apresenta células típicas (Fibroblastos, Macrófagos, Mastócitos, Plasmócitos e Adipócitos) imersas em uma matriz gelatinosa com fibras de Colágeno (resistência) e Elastina (elasticidade). Pode ser Frouxo (Derme, Hipoderme) ou Denso (Tendões).

b) Ósseo: formado por células (Osteócitos) localizadas em cavidades (Osteoblastos) existentes no interior de uma matriz intercelular extremamente rígida de natureza orgânica (Fibras Colágenas) e inorgânica (Fosfato de Cálcio), que apresenta canais de ligação , permitindo a nutrição destas células. Forma o esqueleto encontrado na maioria dos Vertebrados.

c) Reticular ou Hematopoiético: responsável pela formação dos Elementos Figurados do Sangue (Hemácias, Leucócitos e Plaquetas) através da Hematopoiese ( devido a propriedade de produzir células do sangue). Pode ser Mielóide (Medula Óssea Vermelha - ) e Linfóide (Responsável pela produção de glóbulos brancos - Baço e Gânglios Linfáticos).

Obs: A medula óssea vermelha é o tecido encontrado dentro dos ossos para fazer a hematopoese, ou seja, produzir as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas). Esse fenômeno não é tão simples assim, mas a intenção é basicamente essa, produzir as células do sangue.Com o envelhecimento, ocorre um aumento do tecido gorduroso da medula óssea, e este é a chamada medula óssea amarela. Mesmo em adultos não idosos, a maioria dos ossos tem medula óssea amarela, sendo então, as células sanguíneas produzidas principalmente nos ossos longos, como o fêmur. A medula óssea amarela, então, é depósito de gordura, não exercendo qualquer atividade hematopoética.

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d) Sanguíneo: ( sangue) é formado de plasma ( parte líquida) e pelos elementos figurados ( células). Os elementos figurados do sangue são a parte sólida: glóbulos vermelhos ou eritrócitos ( células anucleadas, duram cerca de 120 dias); glóbulos brancos ( emitem pseudópodes e fagocitam elementos estranhos e patogênicos – executam defesa em nosso organismo – Exemplo: Leucócitos- Ver tabela pag. 25- módulo 11) e Plaquetas ( Pedaços de célula que se desprendem da medula óssea, portadores de enzimas que executam a coagulação do sangue; apresentam tromboplastina – enzima que dá início ao processo coagulatório).

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Foto à Esquerda: Tecido Conjuntivo Ósseo. Esquema à Direita: Estrutura Interna de um Osso.

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Esquema: Tecido

Conjuntivo Hematopoiético e a diferenciação dos elementos Figurados do Sangue.

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Tecido Muscular Células alongadas denominadas Fibras Musculares; Capacidade de contração (gasto de energia) e relaxamento; Sarcoplasma (Citoplasma das células musculares) com

Miofibrilas de natureza protéica (Actina e Miosina).

Obs:

Miofibrilas são fibras presente nas células musculares cuja função é realizar movimentos na célula, principalmente a contração celular, levando a contração muscular local.

São constituídas de microfilamento de duas proteínas = ACTINA e MIOSINA, que formam um complexo proteico, onde ao deslizarem uma sobre e entre a outra contraem as células, que em conjunto contraem os músculos.

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Tipos de Músculos: Liso ou Visceral: com fibras uninucleadas sem estrias

transversais e com contração lenta e involuntária.Ex: Revestimento de órgãos ocos (tubo digestório, brônquios e bronquíolos, vasos sanguíneos, útero etc.).

Estriado Esquelético: com fibras plurinucleadas, estrias transversais e contração rápida e voluntária.Ex: Bíceps, Tríceps etc.

Estriado Cardíaco: com fibras plurinucleadas, estrias transversais e contração rápida e involuntária.Ex: Miocárdio (Coração).

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Foto à Esquerda: Tecido Muscular Liso. Foto à Direita: Tecido Muscular Cardíaco. Foto Central: Tecido Muscular Estriado Esquelético.

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Figura: Sistema Muscular Humano.

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Figura: Contração Muscular.

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Energia para a Contração Muscular: Fonte primária de energia: ATP (Respiração

Celular ou Fermentação Láctica). Reposição imediata do ATP: Creatina-Fosfato

ou CP. Reserva energética primária: Glicogênio

(polissacarídeo de reserva animal encontrado nos músculos).

Reserva energética secundária: Lipídios (Gorduras).

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A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP(ATP, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. É constituída por adenosina, uma base nitrogenada, associada a três radicais fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos.)

produzidas durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua separação, que ocorre durante o relaxamento muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado de rigidez cadavérica (rigor mortis).

A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir apenas alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal reserva de energia nas células musculares é uma substância denominada fosfato de creatina (fosfocreatina ou creatina-fosfato). Dessa forma, podemos resumir que a energia é inicialmente fornecida pela respiração celular é armazenada como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP. Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos em energia são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o glicogênio armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustível.

Uma teoria simplificada admite que, ao receber um estímulo nervoso, a fibra muscular mostra, em seqüência, os seguintes eventos:

1. O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam íons Ca++ e Mg++ para o citoplasma.

2. Em presença desses dois íons, a miosina adquire uma propriedade ATP ásica, isto é, desdobra o ATP, liberando a energia de um radical fosfato:

3. A energia liberada provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina, caracterizando o encurtamento das miofibrilas.

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Figura Superior: Metabolismo Energético da Contração Muscular.

Figura à Esquerda: Estrutura do ATP. Figura à Direita: Contração Muscular.

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Tecido Nervoso:

Responsável pela percepção de estímulos externos (ambientais) e internos (órgãos) além do controle das atividades do organismo através de respostas “rápidas” desencadeadas por células especializadas na condução de uma mensagem específica (Impulso Nervoso) ao longo de suas membranas plasmáticas e por mediadores químicos (Neurotransmissores) que permitem a continuidade desta mensagem de uma célula para outra.

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Principais Células componentes do Tecido Nervoso:

Neurônios: responsáveis pela condução e continuidade do Impulso Nervoso.

Células da Glia ou Neuróglia: responsáveis pela nutrição, sustentação e proteção dos neurônios. Podem ser Astrócitos, Oligodendrócitos e Microgliais. Ex: Células de Schwann (sintetizam a Bainha de Mielina).

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Figura: Estrutura geral de um neurônio.

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Foto: Corte Longitudinal do Córtex Cerebral

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Impulso Nervoso: é o sinal ou mensagem que passa a todo o comprimento da fibra nervosa como processo de transmitir a informação do sistema nervoso a todo o organismo. É uma onda de despolarização que viaja ao longo da membrana. Sentido do Impulso Nervoso:

Dendrito Corpo Celular Axônio

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Figura à Esquerda: Sentido de Condução do Impulso Nervoso

Figura à Direita: Detalhe da Bainha de Mielina ao redor de um Axônio.

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Sinapse:

Região entre dois neurônios consecutivos ou entre um neurônio e um órgão efetor (músculo, glândula) por onde a continuidade do impulso nervoso ocorre através de Neurotransmissores Químicos (Noradrenalina, Acetilcolina, Dopamina, Serotonina).

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Figura: Liberação de Neurotransmissores em uma Sinapse.

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Tipos de Neurônios: Sensoriais ou aferentes: conduzem impulsos dos

receptores de estímulos ambientais ou internos para o sistema nervoso central (cérebro, medula).

Efetuadores, motores ou eferentes: conduzem impulsos do sistema nervoso central aos órgãos efetuadores de respostas, tais como músculos ou glândulas.

Associativos (ou interneurônios): estabelecem a ligação entre os dois tipos precedentes (não são obrigatórios; em certos casos a conexão é direta).

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Nervo: feixe de prolongamentos de neurônios (axônios, dendritos ou ambos), como fios reunidos num cabo elétrico, localizado fora das partes centrais do sistema nervoso.

Gânglio Nervoso: dilatação que contém corpos celulares de neurônios, situada em um nervo, fora das partes centrais do sistema nervoso.

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Figura: Estrutura de um Nervo e de Gânglios Nervosos.