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FUNDAÇÃO FACULDAD PED INTERFERÊNCIA EXPECTATIVA O EDUCACIONAL DE FERNANDÓ DES INTEGRADAS DE FERNANDÓ GISELE LEMES BIZO DRO LUIS CONDI BERGAMASCO VANESSA GRASSATO A DA SAÚDE PÚBLICA NA M A DE VIDA NO MUNICÍPIO DE FLORENCE FERNANDÓPOLIS 2011 0 ÓPOLIS ÓPOLIS O MELHORA DA E ÁLVARES

Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

PEDRO

INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA

EXPECTATIVA

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

GISELE LEMES BIZO

PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO

VANESSA GRASSATO

INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA

EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES

FLORENCE

FERNANDÓPOLIS

2011

0

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

LUIS CONDI BERGAMASCO

INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA

DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES

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GISELE LEMES BIZO

PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO

VANESSA GRASSATO

INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA

EXPECTATIVA DE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES

FLORENCE

Monografia apresentada à FEF – Fundação educacional de Fernandópolis - como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Farmácia Orientador: Professor MSc. Roney Eduardo Zaparoli

FERNANDÓPOLIS

2011

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GISELE LEMES BIZO

PEDRO LUIS CONDI BERGAMASCO

VANESSA GRASSATO

INTERFERÊNCIA DA SAÚDE PÚBLICA NA MELHORA DA

EXPECTATIVADE VIDA NO MUNICÍPIO DE ÁLVARES

FLORENCE

Monografia apresentada à FEF – Fundação educacional de Fernandópolis - como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Farmácia

Aprovado: ___/___/2011

Examinadores: ________________________________ Prof. Esp.Vanessa Maira Rizzato Silveira

_______________________ Prof. Maria Lais Devolio

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Aos meus pais Osvaldo e Elaine que me

proporcionaram esta grande conquista que hoje

me faz tão feliz.

Gisele

A meus pais que são a razão da minha vida. A

luz dos meus olhos, o ar que respiro o sangue

que corre em minhas veias. O mundo, meus

pais, é mais bonito porque vocês existem. Amo

vocês hoje e sempre.

As minhas amigos de sala, pelos momentos

maravilhosos que passamos juntas ao longo

deste curso e pela força que demos umas as

outras nessa caminhada. Vocês são demais!

Pedro

Dedico este trabalho a minha mãe Ivone, por

ser tão carinhosa e amiga, por ser a pessoa

que mais me apóia e acredita na minha

capacidade. A você só tenho a agradecer pela

dedicação e confiança em mim depositada, e

pelo grande exemplo que és. A você que não

mediu esforços para que eu chegasse até aqui.

Obrigada pelo incentivo, pela paciência e por

toda a sua disposição. Amo muito você minha

MÃE.

Vanessa

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3

AGRADECIMENTOS

Agradeço á Deus por cumprir a promessa feita a mim, por ter me

dado a chance de ser aquilo que escolhi, por ter confiado a mim o dom de cuidar e

me dar forças nos momentos difíceis e me tornar capaz de realizar meus sonhos.

Enfim não há palavras que agradeça um ser tão grandioso como meu Deus!

Ao orientador Roney Eduardo Zaparoli, pela atenção, dedicação,

competência e pelo carinho que teve com a gente todos os momentos de duvidas.

Muito Obrigado!

Gisele

Agradeço em primeiro lugar à minha mãe e meu pai que me

apoiaram incessantemente na realização deste curso e deste trabalho, a meu

orientador e meus professores que também contribuíram na realização do mesmo,

me auxiliando para que ele fosse concluído com afinco e objetividade, e ainda a

todos os educadores que trabalham a linguagem social e colaboraram para que

este trabalho fosse concluído.

Pedro

A Deus, que está acima de todas as coisas deste mundo,

concebendo sempre os nossos desejos e vontades. Por ter me dado forças e

iluminando meu caminho para que pudesse concluir mais uma etapa da minha vida.

Ao meu pai Julio, pela sua determinação e por seu caráter

batalhador, me ensinando sempre a percorrer os caminhos com dignidade. Ao meu

irmão Rafael, pela paciência e por sempre estar do meu lado. A minha avó Olga

pela preocupação e pelo carinho que tem comigo.

Amo meu orientador, professor Roney, pela paciência, pelo

ensinamento e dedicação dispensados no auxílio à concretização dessa monografia.

Muito obrigada a todos vocês.

Vanessa

Page 6: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

4

“Senhor fez a terra produzir medicamentos: o

homem sensato não os despreza. O altíssimo

deu-lhe a ciência da medicina para ser honrado

em suas maravilhas; e dela se serve para

acalmar as dores e curá-las, o farmacêutico faz

misturas agradáveis compõem ungüentos úteis

a saúde, e seu trabalho não terminarão, até

que a paz se estenda sobre a face da terra”.

Ecle: 38; 4, 6,8.

Page 7: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

5

RESUMO

Analisando os índices apontados pela pesquisa realizada no Município de Álvares

Florence pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) sobre três

componentes: riqueza, longevidade e escolaridade percebemos que a cidade foi

classificada como uma das piores em expectativa de vida no estado de São Paulo.

Com o intuito de entender o que a gestão municipal tem realizado e quais fatores

favoreceram esse mau desempenho foi realizada uma pesquisa bibliográfica

passando pela história da saúde pública no Brasil e retratando aspectos da Atenção

farmacêutica e PSF. Dando ênfase, aos aspectos que contribuem para o

atendimento de qualidade na farmácia e na saúde foi realizada uma pesquisa de

campo, fazendo uma análise sobre esses dados. Assim, constatamos através da

pesquisa que o município de Álvares Florence possui indicadores de qualidade tanto

no atendimento, quanto na dispensação de medicamentos e também na aplicação

de recursos com atividades sociais. Concluímos também que ter sido classificada

como uma das piores cidades em saúde pública do estado de São Paulo, não tem

como indicadores o atendimento aos pacientes em todas as áreas e nem a

dispensação de medicamentos, mas sim a falta de informação dos pacientes para

com os programas oferecidos e um fato isolado de morte natural de um nascituro

que em análise gera uma grande perda para o município por ser constituído de

poucos habitantes.

Palavras-chaves: Atenção Farmacêutica. Expectativa de vida. Qualidade de vida.

Unidade Básica de Saúde.

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ABSTRACT

Analyzing the contents found in the survey conducted in the Municipaity of Florence

by Alvares Paulista Social Responsability Index (IPRS) on three components: ealth,

longevity and education realize that the city was ranked as one of the worst in life

expectancy in the state of São Paulo. In order to understand what the municipal

administration has done and what factors favored this performance was conducted a

literature searchthrough the history of public health in Brazil and portrayingaspects of

pharmaceutical care and FHP. Giving emphasis to the aspects that contrubute to

quality care at the pharmacy and health was held in a field, making an analysis of

these data. Thus, we found through research that the City of Florence has Alvares

sindicators of quality both in attendance, as in dispensing drugsand also the

application of resourcer with social activities. We also conclude that have been

classified as one of the worrst cities in the health state of São Paulo, has no way of

patient careindicators in all areas and not dispensing of medications, but the lack of

information for patientes with programs offered and anisolated event of natural death

of an unborn child in analysis that generates a great loss to the council to be

composed of few inhabitants

Keywords: Pharmaceutical Care. Life expectancy. Quality of life. The Basic Health

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Unidade de saúde ................................................................................... 31

Figura 2 - O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia? .... 35

Figura 3 - Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram

medicamento na farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes. .................... 36

Figura 4 - Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo ... 37

Figura 5 - Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e

idosos ........................................................................................................................ 37

Figura 6 - Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para

evitar o sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?............................ 38

Figura 7 - Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo

município? ................................................................................................................. 39

Figura 8 - Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde? ............. 40

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LISTA DE SIGLAS

CEME Central de Medicamentos

CFF Conselho Federal de Farmácia

COMARE Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da Relação

Nominal de Medicamentos Essenciais.

FTN Formulário Terapêutico Nacional

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social

NOB Norma Operacional Básica

OMS Organização Mundial de Saúde

OPAS Organização Pan-Americana de Saúde

PACS Programa de Agentes Comunitários da Saúde

PSF Programa de Saúde da Família

REMUME Relação Municipal de Medicamentos

RENAME Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

SUS Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 12

1.1 História da Saúde Pública no Brasil ................................................................ 12

1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil ......... 13

1.3 Príncipios do SUS e os direitos dos usuários ................................................ 14

1.4 A assistência farmacêutica no Brasil .............................................................. 16

1.5 Política Nacional dos Medicamentos............................................................... 19

1.6 Contexto do SUS - atenção farmacêutica ....................................................... 20

1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica ..................................................... 20

1.7 Definições de atenção farmacêutica................................................................ 24

1.8 Programa da Saúde da Família (PSF) .............................................................. 26

1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF ........................................... 28

1.9 saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence...... 30

1.9.1 Município .......................................................................................................... 30

1.9.2 Saúde ............................................................................................................... 30

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 33

2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 33

2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 33

3 MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................ 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 35

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 41

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 43

APÊNDICE ................................................................................................................ 46

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INTRODUÇÃO

Atualmente, no Brasil, a questão da saúde pública tem sido artigo de muitas

discussões e debates nos últimos anos, ressaltando a questão de atendimento,

medicamentos utilizados e infra-estrutura das unidades de atendimento. O processo

de mudança em relação à saúde anda a passos lentos e devido a isso muitos são

afetados pela falta de orientação e o próprio atendimento.

A temática da saúde pública e expectativa de vida tem sido objeto de

importantes estudos na Ciências Sociais e Humanas, principalmente no campo da

Farmácia, sendo um assunto complexo e que necessita de muita sensibilização por

parte dos atores envolvidos como os agentes de saúdes, médicos, farmacêuticos e

principalmente seus clientes que são os cidadãos

Muitos recursos e ações são repassados como RENAME, REMUME e SUS

até o momento se mostram insuficientes e em detrimento com a saúde poucas

ações sociais são feitas para que as pessoas tenham uma vida de qualidade.

A mudança e o progresso do atendimento e melhoria de condições estão

acontecendo a longo prazo no Âmbito de Saúde Pública, mas pode ser feito a

diferença nas unidades quando o próprio farmacêutico contribui para um melhor

atendimento.

Podemos ressaltar que apesar de todos terem o direito perante a

constituição de estar incluídos socialmente e terem um atendimento de qualidade,

são poucos os que têm essa oportunidade, principalmente pela falta de atendimento

especializado em nosso país.

A pesquisa tem como objetivo geral discutir sobre o atendimento que é

prestado aos cidadãos de Àlvares Florence na questão de saúde pública e entender

os motivos que levaram a cidade a ter o pior índice de expectativa de vida entre

todos os municípios do estado de São Paulo.

Os objetivos específicos foram: apresentar dados sobre a Saúde Pública no

Brasil e estado de São Paulo; abordar a história do município de Àlvares Florence e

verificar o atendimento na farmácia e na unidade de saúde e os motivos que possa

ter sugerido mau desempenho na pesquisa sobre a saúde pública – expectativa de

vida.

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A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa

de campo.

Abordaremos o caminho percorrido até os dias atuais sobre a Saúde Pública

no Brasil, em que veremos o progresso e os problemas que o país, o estado e o

município de Álvares Florence ainda passam.

Abordaremos a história do município de Álvares Florence, os recursos que o

município oferece e como ele atua em oferecer subsídios para a população em

relação à saúde, destacaremos as ações e atenção farmacêutica exercida no

município.

Focamos em uma pesquisa direcionada aos moradores, para entendermos a

opinião dos moradores quanto aos subsídios que lhes são oferecidos e investigar o

real problema que levou a cidade a estar entre as últimas em expectativa de vida do

Estado de São Paulo.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 História da saúde pública no Estado de São Paulo E Brasil

No dia dezenove de Fevereiro de 2001 a Assembléia Legislativa criou em

parceria com a fundação Seade criou a Índice Paulista de Responsabilidade Social

(IPRS) com o objetivo de a cada dois anos avaliarem três indicadores que podem

ser modificados conforme a qualidade da gestão municipal (riqueza, escolaridade e

longevidade da população) (Lei nº10.705/2001).

O IPRS aponta como potencialidades as informações socioeconômicas

padronizadas juntamente com um sistema de indicadores consistente e atualizado,

incentiva a busca de soluções para problemas e competição saudável no intuito de

melhorar a condição de vida da população (IPRS,2011).

Os componentes pesquisados pelo IPRS (2011) e apontados na pesquisa

realizada a cada dois anos são:

Riqueza: Consumo residencial de energia elétrica (44%), Consumo de energia elétrica na agricultura, no comércio e nos serviços (23%) Remuneração média dos empregados com carteira assinada (19%) Valor adicionado fiscal per capita (14%) Longevidade: taxa de mortalidade infantil (30%) Taxa de mortalidade perinatal (30%) Taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (20%) Taxa de mortalidade das pessoas de 60 anos e mais (20%) Escolaridade: porcentagem de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo (36%)% de jovens de 15 a 17 anos com pelo menos quatro anos de estudo (8%) de jovens de 18 a 19 anos com ensino médio completo (36%) de crianças de 5 a 6 anos que freqüentam pré-escola (20%) (IPRS, 2011).

Dessa forma esses componentes foram avaliados na última pesquisa realizada no município de Álvares Florence e classificou o município como um dos três piores em expectativa de vida do Estado de São Paulo.

Portanto refletindo sobre a repercussão dos índices e da expectativa de vida de 48 anos apontada na pesquisa percebe-se a necessidade de responder as indagações dos moradores quanto ao assunto destacado procurando soluções e entendimento sobre o assunto partindo da própria história da saúde no Brasil para mais a frente compreendermos a situação atual do município de Álvares Florence.

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1.2 Surgimento e funcionamento do SUS no sistema de saúde do Brasil

O SUS (Sistema Único de Saúde) conhecido no Brasil, foi criado pela

Constituição Federal de 1988 e regulamentando pelas Leis nº 8080/90 (Lei Orgânica

da Saúde) e nº 8142/90, esse projeto na área da saúde pública foi estabelecido com

o objetivo de diminuir a desigualdade social no sentido de dar assistência à saúde

da população. Dessa forma, todo ser humano passa ater o direito de ser atendido de

forma obrigatória em sistemas públicos, sem a cobrança de qualquer valor.

O Sistema Único de Saúde tem por objetivo atender todos os cidadãos, esse

projeto é custeado pelos recursos que são advindos de impostos e contribuições que

as pessoas pagam e são destinados ao governo Federal, Estadual e Municipal.

Como todas as políticas públicas tudo que é proposto passa por adaptações

reflexões para que seja desenvolvida da melhor qualidade, dessa forma isso

também acontece com o SUS que exige mudanças complexas e como parte de

uma Reforma da Saúde é um processo que estará sempre em aperfeiçoamento e

adaptação (RODRIGUEZ NETO, 1994).

Uma das metas do SUS é promover a equidade no atendimento das

necessidades de saúde da população, trazendo aos usuários um atendimento de

qualidade, que apresentem fatores ligados a necessidades sem se preocupar com a

qualificação social de seu cliente.

Dentro do programa estabelecido pelo Sistema único de saúde – SUS está

priorizado a promoção da saúde em qualquer esfera, através de ações que previnam

e ressalte as orientações, dando a população o direito de saber sobre os riscos que

compõem a sua saúde e seus direitos perante a sociedade. Cabe ao SUS

desenvolver ações que controlem a existência de doenças, a qualidade de

medicamentos, alimentação e higiene para o atendimento ao público, deixando

esses aspectos aos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica.

Em muitas regiões só o atendimento prestado pelo setor público não garante

o atendimento necessário a população, dessa forma seguindo a determinação da

constituição federal pode complementar as ofertas com o serviço realizado pelo

setor privado, criando contratos e convênios de prestação de serviço ao estado.

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14

Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não

lucrativos (hospitais Filantrópicos - Santas Casas), conforme determina a

Constituição.

Nos últimos anos, os relatos mostram que o SUS tem tido um papel

importante na promoção da saúde, mas não suficiente para o atendimento

qualificado aos usuários. Um dos problemas está no sub-financiamento como

descreve a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e sem dúvida a

participação efetiva da receita pública que deveria ofertar a saúde pública de forma

correta.

Muitos aspectos estão envolvidos nas mudanças que o sistema deveria

fazer para prestar um serviço de qualidade, fortalecer a rede pública, promover uma

gestão eficiente e eficaz através de profissionalização, políticas efetivas de

valorização dos profissionais da área, fortalecimento da participação da sociedade

como um todo, desse modo a base de sustentação do SUS que são seus agentes

que trabalham em favor da população estaria mais sólida.

Tais mudanças já estão no projeto SUS desde o início de sua criação e

precisam ser estudadas e reelaboradas para que os usuários não sejam

prejudicados.

1.3 Princípios do SUS e os direitos dos usuários

O Sistema único de saúde oferece em todo país um único padrão de

organização e mesmo regimento, dentro desse padrão são ressaltados alguns

elementos essenciais no atendimento a população como a universalização,

equidade, integralidade, descentralização, e participação popular. Embora o SUS

estabeleça um sistema único em toda a sua organização, esse sistema é adaptado

as peculiaridades de cada região e os elementos que determinam esse processo.

Analisando o processo da história da saúde no Brasil percebemos que os

princípios que regem o SUS são necessários para um ajuste e um direito a ser

exercido para a população.

Destacamos o princípio da Universalidade podemos dizer que por muito

tempo no Brasil poucos tinham direito ao atendimento a saúde, com a criação do

Page 17: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

15

SUS, as pessoas passaram a ter esse direito de atendimento independente de cor,

raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda, etc. Governos

Municipais, estaduais e federais tiveram que dar a oportunidade de todos os

cidadãos garantirem o seu direito a saúde na promoção da cidadania.

Ressaltando o princípio da equidade, o SUS procura diminuir a desigualdade

mesmo sabendo que as diferenças e necessidades das pessoas são variadas e que

se deve estar atento onde a necessidade é maior, ou seja, trabalhar para que haja

uma justiça social.

Fortalecendo o exercício pleno do projeto SUS, a descentralização como

princípio básico passa a distribuir as responsabilidades e ações a serem tomadas,

provocando uma organização do trabalho para que a eficácia seja uma

constante.Baseado na Lei 8.080/90 e as NOBs (Norma Operacional Básica do

Ministério da Saúde) que se seguiram definem precisamente o que é obrigação

de cada esfera de governo.

Para finalizar o princípio que é essencial na vida de todos para assegura um

atendimento de qualidade é a Participação popular, onde a sociedade tem o direito e

o dever através de suas entidades representativas participarem do processo de

formulação das políticas de saúde e do controle de sua execução, em todos os

níveis desde o federal até o local.

Para respaldar o Sistema Único de Saúde além de seus princípios que

regem o direito a saúde pública de todo ser humano foi elaborada uma carta em

consenso com as esferas de poder público Federal, Estadual e Municipal e pelo

Conselho Nacional de Saúde. Esta carta serve para que se possam conhecer alguns

dos direitos dos usuários na hora de procurar atendimento de saúde.

Tais direitos estão assegurados em lei desde 1990 e regem a seguinte

notificação:

1- Todo cidadão tem direito de ser atendido com ordem e organização: Quem estiver em estado grave e/ou em maior sofrimento precisa ser atendido primeiro; É garantido a todos o fácil acesso aos postos de saúde, especialmente para portadores de deficiência, gestantes e idosos. 2- Todo cidadão tem direito a ter atendimento com qualidade: Tem o direito de receber informações claras sobre seu estado de saúde, juntamente com seus parentes; Também tem direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e o sofrimento quando for preciso;Toda receita médica deve ser escrita de modo claro e que permita a sua leitura. 3- Todo cidadão tem direito a atendimento humanizado e sem nenhuma descriminação:

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Tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito de raça, cor, idade, orientação sexual, estado de saúde ou nível social. Os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde devem ter os nomes bem visíveis no crachá para que o cliente possa identificá-los; Os cuidados devem respeitar o corpo, a intimidade, a cultura, a religião, os segredos, as emoções e a segurança de seus clientes. 4- Todo cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente: Tem o direito de pedir para ver seu prontuário sempre que quiser; Tem também a liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento médico, assumindo a responsabilidade por isso; Não pode ser submetido a nenhum exame sem saber; O SUS possui espaços de escutas e participação para receber suas sugestões e críticas, como as ouvidorias e os conselhos gestores e de saúde. 5- Todo cidadão também tem deveres na hora de buscar atendimento de saúde: Nunca se deve mentir ou dar informações erradas sobre seu estado de saúde; Deve também tratar com respeito os profissionais de saúde; E ter disponíveis documentos e exames sempre que for pedido; 6- Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usuários da saúde: Os representantes do governo Federal, Estadual e Municipal devem se empenhar para que os direitos do cidadão sejam cumpridos.

Mesmo que os princípios não tenham ainda sido atingidos na sua plenitude,

é impossível negar os importantes avanços obtidos nessa última década no

processo de consolidação do SUS, dentre os quais se destaca a descentralização

com efetiva municipalização. No entanto, precisamos reconhecer que ainda há muito

a fazer para garantir que todas as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde. É

preciso que esses serviços estejam próximos de onde as pessoas vivem ou

trabalhem, que sejam resolutivos, oportunos e humanizados. É necessário que

sejamos capazes de provocar uma verdadeira mudança na forma como o sistema

de saúde está organizado, aliado à luta pela expansão de recursos para a saúde e

qualidade de vida.

1.4 A assistência farmacêutica no Brasil

A saúde no Brasil durante as últimas décadas tem passado por algumas

mudanças, principalmente em relação às políticas de atendimento.

No ano de 1971, mais precisamente no dia 25 de junho foi instituída a

instituição da Central de Medicamentos (CEME), que tinha como objetivos principais

promover e organizar as atividades farmacêuticas as pessoas mais carentes em

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17

poder aquisitivo, também incrementar as pesquisas científicas, tecnológicas e

incentivar a instalação de fábricas e laboratórios.

Ressaltava a importância de identificar indicadores de doenças, bem como

capacidade de produção de laboratórios, racionalização de medicamentos nos

laboratórios, planejamento e distribuição de vendas de medicamentos (CONSEDEY

et al., 2000). Reconhecendo o valor de trabalhar em uma prática centralizada na

gestão onde as diretrizes era o centro do trabalho, deixando os estados e municípios

fora do processo de tomada de decisão (GOMES, 2007).

Essa política do governo federal passou por muitas mudanças desde a sua

criação, devido aos interesses políticos da época, fazendo com que seus objetivos

não fossem atendidos. Dessa forma no ano de 1975 através da portaria nº223 do

Ministério da Previdência e Assistência Social foi criada a Relação de Medicamentos

Essenciais (RENAME) com o intuito de ser analisada e revisada sempre

(CONSEDEY, 2000).

De início a RENAME conhecida como uma lista de medicamentos prioritários

foi financiada pela CEME que mantinha convênio com o (Instituto Nacional de

Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) que depois foi extinto e

incorporado ao Ministério da Saúde (GOMES, 2007).

Com os estudos foram identificados de inicio 305 substâncias farmacêuticas

essenciais as necessidades da população que possibilitariam um atendimento

eficiente a quase toda a população (PEREIRA, 1995).

No entanto com o passar dos anos em 1998 a RENAME foi revisada e

atualizada sendo feita uma avaliação e constatado que os medicamentos deveriam

ser avaliados quanto a eficácia, segurança e acima de tudo disponibilidade do

mercado. Sendo assim a lista de medicamentos passou a conter 303 princípios

ativos em 545 apresentações, atendendo assim as principais posologias existentes

no país (CONSEDEY, 2000).

Essa atualização e revisão foram realizadas por um grupo de profissionais

convidados pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica da escola nacional de Saúde

Pública da fundação Osvaldo Cruz. Foram revistos paradigmas de seleção de

medicamentos que foram embasados em evidências científicas a nova lista foi

realizada em 2002 sendo realizadas alterações.

Em 2006 a (COMARE) Comissão Técnica e multidisciplinar de atualização

da relação nominal de Medicamentos Essenciais obedecendo aos critérios de

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18

eficácia, segurança conveniência e custo para o paciente publicaram a nova

RENAME.

Com a criação da nova RENAME, deu-se inicio a criação de um processo de

confecção do Formulário Terapêutico Nacional (FTN). Esse formulário O FTN

contém informações científicas, isentas e embasadas em evidências sobre os

medicamentos selecionados na RENAME com o objetivo de ajudar na prescrição,

dispensação e uso dos medicamentos essenciais.

Esse formulário contém indicações terapêuticas, contra-indicações,

precauções, efeitos adversos, interações, esquemas e cuidados de administração,

orientação ao paciente, formas e apresentações disponíveis comercialmente

incluídas na RENAME e aspectos farmacêuticos dos medicamentos. de acordo com

OMS, esses formulários tem como base decisões políticas e de saúde pública,

mostrando um esforço em promover o uso racional de medicamentos essenciais.

Com a criação do Formulário Terapêutico Nacional pretende-se melhorar o

uso racional do medicamento proporcionando benefícios individuais, institucionais e

nacionais, contribuindo para que o paciente tenha uma terapia com eficácia,

segurança, conveniência e menor custo. Bem como facilitar dentro da instituição

uma melhoria no atendimento e redução aos gastos. Em plano nacional, a legislação

pautada por evidências definidoras de condutas racionais acarreta conseqüências

positivas sobre a mortalidade, morbidade e qualidade de vida da população.

Dessa forma, o FTN atualizado a cada nova edição da Rename, representa

instrumento racionalizador do uso de medicamentos no Brasil.

O governo tentou conciliar a necessidade da população com o atendimento

de medicamentos essenciais, mas boa parte de suas políticas públicas foram

ineficientes no ano de 1990 com a institucionalização do SUS (Sistema Único de

Saúde) o governo passou a descentralizar as responsabilidades para os municípios,

mostrando claramente a ineficiência da CEME nos anos anteriores (GOMES, 2007).

No ano de 1997 o governo realizou a desativação da CEME e transferiu suas

responsabilidades para diferentes órgãos do Ministério da saúde.

Como relata (GOMES, 2007), as políticas relacionadas a Assistência

Farmacêutica no Brasil foram ineficazes até o momento, mostrando uma grande

carência no sentido de qualificar os serviços farmacêuticos e promover a sua

orientação.

Page 21: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

19

Dessa forma, com tantas carências houve a necessidade de se implantar

uma nova Política Nacional de Medicamentos que conseguisse acompanhar as

mudanças e reformas na área da saúde (GOMES, 2007).

1.5 Política Nacional dos Medicamentos

Em 30 de outubro de 1998, foi instituída através da portaria nº3. 916 a

Política Nacional de Medicamentos com o objetivo de implementar ações que visam

a melhoria das condições da assistência a saúde da população em geral (BRASIL,

2001).

A Política Nacional de Medicamento procura desenvolver ações com a

finalidade de garantir maior eficácia e qualidade bem como a necessária segurança

em relação aos produtos, promovendo o uso racional e também o acesso a

medicamentos considerados tão importantes para a população (BRASIL, 2001).

Dentro do processo de reestruturação da saúde a Política Nacional de

Medicamentos de acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) traz em suas

diretrizes alguns objetivos específicos a serem alcançados como: Adoção da

Relação de Medicamentos Essenciais; Regulação Sanitária de Medicamentos:

Reorientação da Atenção Farmacêutica; Promoção do Uso Racional De

Medicamentos; Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Promoção da Produção

de Medicamentos; Garantia de Segurança, Eficácia e Qualidade de Medicamentos;

Desenvolvimento e Capacitação de Recursos.

Podemos destacar que o farmacêutico tem um papel importantíssimo para

que a Política Nacional de Medicamentos tenha êxito e acesso a população

(BRASIL, 2006).

Na adoção da relação de Medicamentos essenciais podemos destacar a

RENAME - lista nacional de referência composta por medicamentos básicos e

indispensáveis a população, que atende as necessidades essenciais da população.

Como forte aliado do SUS, constitui-se de atualização dando o suporte necessário a

maioria das patologias existentes em nosso país (BRASIL, 2001).

Page 22: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

20

Com o objetivo de atingir a descentralização do programa de saúde essa

lista de medicamentos ajuda estados e municípios a suprir as suas redes e ofertas

de serviços (BRASIL, 2001).

Com tais ações consegue-se padronizar a oferta de medicamentos em

âmbitos de abastecimentos, prescrição, custo e oferecimento no âmbito do SUS

(BRASIL, 2001).

De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (2006) reorientação da

assistência farmacêutica deve dar ênfase na promoção do acesso a população dos

medicamentos essenciais, sempre estabelecendo um processo de descentralização

da gestão de assistência farmacêutica.

Também é importante destacar que a promoção do uso racional de

medicamento trabalhando o processo de informação aos pacientes com respeito ao

receituário médico no sentido econômico e social (BRASIL, 2001), ressaltando a

importância dos medicamentos genéricos, métodos educativos com respeito a

informação, automedicação, prescrição, e a necessidade de se utilizar a receita

médica na aquisição do medicamento (BRASIL, 2006).

Dar Assistência Farmacêutica é apoiar as ações da saúde no sentido de

realizar atividades que envolvam uma eficácia no uso e promoção do medicamento,

abastecendo em todas etapas constitutivas como controle, conservação, segurança

e eficácia, acompanhamento e avaliação de sua utilização (BRASIL, 2002).

1.6 Contexto do SUS – atenção farmacêutica

1.6.1 A reorientação da assistência farmacêutica

O processo que envolve a Assistência Farmacêutica está voltado para o

acesso aos medicamentos, dessa forma se constitui em caráter sistêmico e

multidisciplinar. Esse processo é uma ação voltada para o âmbito de saúde pública,

compondo o sistema de saúde e dentro da Política Nacional de Medicamentos pode

ser definida como:

Page 23: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

21

“Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos” (BRASIL, 1998).

Podemos destacar como ponto importante nessa ação as diretrizes que dão

prioridade a revisão permanente da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -

RENAME, a reorientação da assistência farmacêutica, a promoção do uso racional

de medicamentos e a organização das atividades de Vigilância Sanitária de

medicamentos.

Mais especificamente, a reorientação da Assistência Farmacêutica se

encontra fundamentada na descentralização da gestão, na promoção do uso

racional de medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no

setor público e no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos

preços dos produtos (BRASIL, 1998).

A integração da reorientação farmacêutica está de acordo com as diretrizes

do Plano Nacional de Medicamentos sendo uma das atividades prioritárias a saúde.

Dessa forma o uso do medicamento serve como estratégia para a melhoria das

condições da população (FONSECA, 2001).

A partir de 1990 muitas mudanças ocorreram a partir de ações realizadas

pelos conselhos de farmácia e Vigilância Sanitária mostrando a importante tarefa

que o farmacêutico tem em efetuar suas funções no serviço a população.

No sistema público tem se realizado um esforço para que haja tais

mudanças já é possível encontrar farmacêuticos desempenhando funções dentro

das secretarias municipais da saúde, embora seja uma quantidade muito aquém das

necessidades da população atual .Através da lei ainda não se pode garantir a

presença do farmacêutico em todas as unidades básicas de saúde, mesmo existindo

dispositivo legal que determine isto (BRASIL, 1973).

A questão da qualidade da assistência farmacêutica podemos dizer que a

inserção dos medicamentos ao paciente tem demonstrado uma grande diminuição

da qualidade de vida (HEPLER; STRAND,1990). Partindo desse estudo começou-se

Page 24: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

22

a desenvolver uma nova prática no sentido de elaborar uma boa Assistência

Farmacêutica.

Destacando a importância da Atenção Farmacêutica, Hepler e Strand

conceituaram a suas idéias de forma a atingir o mundo ressaltando que: “é a

provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar

resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente”.

Com a publicação realizada pela a Organização Mundial da Saúde (OMS) no

ano de 1993 onde foi declarado e publicado o documento “Declaração de Tóquio”

(OMS, 1993), gerou-se uma nova realidade para a ampliação da prática

farmacêutica.

O Farmacêutico passa agora a ter reais funções de atender seus pacientes

dando-lhes a devida atenção no sentido de orientá-los para uma qualidade de vida

melhor.

Entende-se que o farmacêutico vive uma fase de se modificar as ações

quanto ao paciente e lhe oferecer subsídios responsabilizando-se pelo bem estar do

paciente, pela qualidade de vida comprometida por um problema evitável,

decorrente de uma terapia farmacológica. Ressaltando essa atitude como um

comprometimento, entendendo que os eventos adversos a medicamentos são

considerados hoje uma patologia emergente (OTERO; DOMINGUEZGIL, 2000) e

dessa forma ceifam vidas ou produzem perdas de ordem financeira.

No Brasil, a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) discutiu o

processo de e chegou-se a conclusão através de uma elaboração de um documento

de nome “Proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica” (OPAS, 2002)

que é viável as necessidades da população que se uniformize os conceitos e a

prática profissional no país.

A proposta de consenso defende que a prática da atenção farmacêutica

deve estar orientada para a educação em saúde, orientação farmacêutica,

dispensação, atendimento e acompanhamento farmacêutico, registro sistemático

das atividades, mensuração e avaliação dos resultados. O propósito da atenção

farmacêutica é reduzir a morbimortalidade relacionada aos medicamentos.

Embora os responsáveis pelas políticas públicas estejam elaborando

diretrizes para a área da saúde percebe-se que há uma discussão muito grande

apenas sobre os medicamentos, esquecendo que eles apenas são instrumentos que

servem como prestação de serviços, deixando de lado o mais importante que é a

Page 25: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

23

estruturação e organização deste serviço (MARIN, 2003). Cabe ressaltar que as

maiorias das unidades de atendimento possuem como responsável por esse

atendimento pessoas leiga ou um profissional que embora esteja relacionado com a

área da saúde não tem conhecimentos suficientes para realizar com qualidade o

processo de dispensação (auxiliares de enfermagem, auxiliares administrativos, de

cozinha, entre outros).

Percebemos que é preciso mudar a prática e o contexto para que mude

então as ações por parte do Farmacêutico, pois as condições descrevem que a

situação ainda é desfavorável no sentido que dentro da estrutura das unidades de

saúde, a farmácia geralmente ocupa pequenos espaços, muitas vezes sem as

condições mínimas necessárias para o armazenamento adequado de

medicamentos. Ainda é possível encontrar farmácias em que há grades separando o

usuário do serviço e o profissional que faz o atendimento. Além disso, falta pessoal

qualificado.

O trabalho realizado de forma adequada se torna favorável, mas quando não

um serviço de farmácia adequado, que zele pelo uso racional de medicamentos isso

se constitui um problema importante de saúde pública, estudos apontam para a

grande morbimortalidade relacionada a medicamentos nos EUA, país em que todas

as farmácias possuem farmacêuticos, consequentemente em países com a situação

desfavorável as mortes estão em escala maior.

Portanto o quadro atual deixa claro que necessita-se de se atentar para o

uso racional dos medicamentos, de forma que os pacientes recebam os

medicamentos para a indicação apropriada, nas doses, via de administração e

duração apropriadas; que não existam contra-indicações; que a probabilidade de

ocorrência de reações adversas seja mínima; que a dispensação seja correta e que

haja aderência ao tratamento (SOBRAVIME, 2001).

Com a prestação de serviços adequada, os custos e permanência nos

hospitais diminuem favorecendo atendimento as prioridades como pacientes com

doenças crônicas à prática de educação em saúde e, para uma intervenção

terapêutica mais custo efetiva (MARIN, 2003). Referindo a essa prática o

farmacêutico assume o papel de complementar das ações indicadas pelo médico.

Além de oferecer acesso ao tratamento prescrito também de forma qualitativa pode

ressaltar fatores que comprometem a saúde diária como: hábitos alimentares,

tabagismo, histórico de reações alérgicas, uso de outros medicamentos ou drogas,

Page 26: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

24

outras doenças, etc., ou até mesmo a falta de adesão. Esta avaliação, com a

possibilidade de intervenção visando à efetividade terapêutica, pode ser alcançada

com a implantação da atenção farmacêutica.

Como destaca FERRAES; CORDONI (2003) o profissional farmacêutico

acaba sendo a última pessoa a ter contato com o paciente. Portanto cabe a ele a

responsabilidade de atuar na qualidade de vida do paciente tendo como subsídios

oferecer a si próprio e ao paciente a totalidade do seu ser e por isso os conceitos de

pessoa, responsabilidade, respeito, verdade, consciência, autonomia, justiça, etc.,

devem ser interiorizados para modelar a conduta profissional (MARTINS, 2002).

Esse trabalho de humanização do atendimento retrata todas as questões

sociais, inclusive a que se refere ao atendimento. Dessa forma além da atenção

dada pelo farmacêutico; se faz necessário que haja instalações adequadas o

suficiente para causar bem-estar e confiança. Que o farmacêutico possa atendê-lo

em sala reservada para este fim, garantindo privacidade.

Assim, a estruturação das ações de atenção farmacêutica dentro do serviço

de farmácia constitui uma abordagem imprescindível para a promoção da saúde.

1.7 Definições de atenção farmacêutica

Com os estudos realizados na área farmacêutica nos anos de 1980 foi

constatado que a primeira definição ocorreu através das publicações em ciências

farmacêuticas dentro do artigo publicado por Brodie et al.

“em um sistema de saúde, o componente medicamento é estruturado para fornecer um padrão aceitável de atenção farmacêutica para pacientes ambulatoriais e internados. Atenção farmacêutica inclui a definição das necessidades farmacoterápicas do indivíduo e o fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, mas também os serviços para garantir uma terapia segura e efetiva. Incluindo mecanismos de controle que facilitem a continuidade da assistência”.

Entre outros conceitos Hepler e Strand em 1990 definiu a atenção

farmacêutica como “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de

alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes de

Page 27: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

25

acordo com essa definição podemos destacar Strand partiu de uma visão filosófica

definindo a prática farmacêutica e Hepler partiu do pressuposto referente a

responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente.

Com o passar dos anos, as pesquisa deram origem a um conceito mais

definido por parte de Linda Strand que definiu que a atenção farmacêutica em seu

conceito estava incompleto passando a defender a seguinte definição: “prática na

qual o profissional assume a responsabilidade pela definição das necessidades

farmacoterápicas do paciente e o compromisso de resolvê-las”. Strand destaca que

a prática farmacêutica é comum como em todas as áreas, retrata uma filosofia que

defende um processo de cuidado ao paciente e um sistema de manejo. É diferente

do conceito de 1990 que foca os resultados. Mas para Strand resultados não têm

significados fora do contexto de uma prática assistencial (PHARMACEUTICAL

CARE, 1997).

Os autores supracitados relatam aspectos como uma atenção farmacêutica

global com aplicação sistemática em todos os tipos de situações (STRAND) e Hepler

uma atenção farmacêutica orientada para doenças crônicas como asma, diabetes,

hipertensão e outras. (CIPOLLE; STRAND; MORLEY, 2000; HEPLER; GRAINGER-

ROUSSEAU, 1995).

Ressaltando as funções do farmacêutico no sistema de atenção a saúde a

Organização Mundial de Saúde - OMS fica evidente que a população tem benefícios

com a atuação do farmacêutico e esses são bem claros no trabalho da equipe de

saúde na prevenção de doenças e promoção da saúde. Portanto na ótica da OMS a

atenção farmacêutica é:

“um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção farmacêutica é o compêndio das atitudes, os comportamentos, os compromissos, as inquietudes, os valores éticos, as funções, os conhecimentos, as responsabilidades e as habilidades do farmacêuticos na prestação da farmacoterapia com o objetivo de obter resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente” (OMS, 1993).

Sem dúvida a atenção farmacêutica tem definidos objetivos, processo e

relações, independente de onde seja praticada (HEPLER; STRAND, 1990). A

atenção farmacêutica bem definida nos Estados Unidos se difundiu para todos os

países como forma de melhoria na promoção da saúde.

Page 28: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

26

No Brasil tendo como referências projetos internacionais e ressaltando a

promoção da prática da atenção farmacêutica de forma articulada com a assistência

farmacêutica; no marco da Política Nacional de Medicamentos foi definido pelo

Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica que:

“atenção farmacêutica é modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais sob a ótica da integralidade das ações de saúde” (OPAS, 2002 a).

Atenção farmacêutica dentro do conceito brasileiro tem como componente

essencial a promoção da saúde incluindo a educação em saúde constituindo-se um

marco referencial na adoção de uma saúde de qualidade (OPAS, 2002 a).

A proposta de Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica é um elemento

de grande significância para a promoção e implantação deste novo modelo de

prática profissional. O consenso é resultado do Grupo de Trabalho “Atenção

Farmacêutica no Brasil” nucleado pela Organização Pan-Americana de Saúde –

OPAS com apoio de diversas instituições farmacêuticas.

Strand deixa claro que ainda falta uma definição mais completa e universal

sobre atenção farmacêutica. Enfatiza a necessidade de na prática profissional

aplicar a mesma uniformidade de definições como ocorre com a terminologia clínico-

farmacológica (APHA, 2002).

1.8 Programa Saúde da Família (PSF)

Segundo Fleck (2002), as políticas públicas elaboradas desde o ano de 1991

com a implantação do PNAS veicularam com o objetivo de reduzir a taxa de

mortalidade infantil e mortalidade maternal. Criado no ano de 1992 o PACS traz uma

Page 29: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

27

nova referência para o atendimento tendo como foco central trabalhar a família como

unidade de ação programática.

Como destaca o Ministério da Saúde (BRASIL, 2003), o PACS passou a

vigorar em muitos lugares devido às epidemias da época, utilizado assim como peça

fundamental de combate. Dessa forma com a mudança na política sua continuidade

era revista, observando a falta de consenso, a inexistência de fontes e os

mecanismos que garantissem a parte de financiamento e sustentabilidade do

programa.

Observando as ações do PACS no país a respeito da mortalidade infantil,

aumento do aleitamento materno, melhoria dos indicadores de nutrição e taxas de

vacinação no ano de 1993 direcionou-se uma mudança de redirecionamento das

ações do programa dando prioridade a correção dos problemas e optando por

valorizar a sua potencialidade (FLECK, 2002).

Com as mudanças de fortalecimento na municipalização dos serviços de

saúde surge em 1993 a Norma de Operação Básica (NOB-SUS/93) que institui

novos métodos e critérios. Para que os municípios trabalhem de forma responsável

na gestão municipal de saúde. Nesses anos, muitos municípios do estado brasileiro

já estão fazendo esse atendimento (BRASIL, 2002).

Analisando as palavras destacadas em lei, a saúde é vista como um

processo, um estado dinâmico em permanente construção observa-se que este

processo “tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros, a

alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda,

a educação, o transporte, o lazer e a o acesso aos bens e aos serviços essenciais;

os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do país” (BRASIL,

1990).

Com análise dos fatores que estão envolvidos numa boa qualidade de saúde

já não pode basear as ações apenas na atuação do médico, se faz necessário

envolver outros abrindo assim novos horizontes e novas práticas em diferentes

áreas respectivas na saúde.

Analisando todo esse contexto e visando, enquanto estratégia setorial, a

reorientação do modelo assistencial brasileiro, o Ministério da Saúde assumiu, a

partir de 1994, como resposta intencional a essa conjuntura, a implantação do

Programa Saúde da Família - PSF.

Page 30: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

28

Em alguns contextos, ela se motivou mais pelo resgate de valores

profissionais; em outros, pela capacidade de melhorar os indicadores de saúde e

reordenar o modelo assistencial. Essa estratégia objetiva mudar o enfoque para o

trabalho de atenção integral a família no atendimento físico e social com o objetivo

de priorizar ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde das pessoas da

família de forma integral, contínua e ativa (CIANCIARULLO, 2002).

Sua estruturação parte de uma de uma unidade básica com uma equipe

multiprofissional, que assume responsabilidade por uma determinada população na

busca de ações de “promoção da saúde, prevenção, tratamento, reabilitação de

agravos” (CIANCIARULLO, 2002).

Referindo-se a estratégia de implantação do PSF, a OMS define o programa

como:

... um modelo criado para substituir o modelo tradicional centrado no hospital e assumir o desafio de garantir o acesso igualitário de todos os serviços de saúde, que prioriza as ações de promoção, proteção, recuperação da saúde familiar, de todas as pessoas, estejam sadias ou doentes de forma integral e contínua, para isso, o Programa centraliza os esforços do seu trabalho não nas Unidades Básicas de Saúde, que - trabalhando adequadamente – são capazes de resolver com qualidade cerca de 85% dos problemas de saúde da população, diminuindo o fluxo dos usuários para os níveis mais especializados; 'desalojando’ os hospitais (BRASIL, 2003).

Partindo dessas ações no ano de 1998, o PSF foi definido como a estratégia

de organização do sistema de saúde. Nesse ano criou-se o departamento de

Atenção Básica com o objetivo de acompanhar as ações do programa e monitorar

os resultados do PSF.

1.8.1 Formação e responsabilidades da equipe do PSF

O Programa de Saúde da Família (PSF), é um programa que desenhado

focalizado e dirigido a grupos da população relativamente excluídos do acesso ao

consumo de serviços, ocupando espaço em vários municípios, com a estratégia de

reorientação da atenção primária da saúde ou do modelo de atenção como um todo.

Uma função importante e de destaque é a posição de se trabalhar em equipe, essa

Page 31: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

29

característica é um dos pressupostos mais importantes para a reorganização do

processo de trabalho e enquanto possibilidade de uma abordagem mais integral e

resolutiva (BRASIL, 1997- 2001).

As equipes do PSF vêm sofrendo modificações ao longo do tempo.

Inicialmente eram compostas por um médico, uma enfermeira, um auxiliar de

enfermagem e cinco a seis agentes comunitários de saúde (BRASIL, 1997). No ano

2000, as equipes passaram a incorporar um odontólogo e um atendente de

consultório dentário ou um técnico de higiene dental.

Toda a equipe deve seguir algumas atribuições básicas na Saúde da Família

que são:

• conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar os problemas de saúde mais comuns e situações de risco aos quais a população está exposta; • executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos da vida; • garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso; • prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, buscando contactos com indivíduos sadios ou doentes, visando promover a saúde por meio da educação sanitária; • promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas; • discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cidadania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam; • incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho Municipal de Saúde (BRASIL, 2002).

.

Cada equipe deve desenvolver um trabalho de qualidade com o objetivo de

conhecer as famílias do território de abrangência, identificar os problemas de saúde

e as situações de risco existente na comunidade, elaborar um plano e uma

programação de atividades para enfrentar os determinantes do processo

saúde/doença, desenvolver ações educativas e intersetoriais relacionadas com os

problemas de saúde identificados e prestar assistência integral às famílias sob sua

responsabilidade no âmbito da atenção básica (BRASIL, 2002).

O objetivo do programa da saúde para sua equipe é que eles possam

desenvolver um trabalho coletivo com mudanças na prática onde haja contribuição

Page 32: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

30

de conhecimento em todas as áreas. Espera-se que os integrantes das equipes

sejam capazes de "conhecer e analisar o trabalho, verificando as atribuições

específicas e do grupo, na unidade, no domicílio e na comunidade, como também

compartilhar conhecimentos e informações" (BRASIL, 2001, p.74).

De acordo com Schraiber et al. (1999), o fato de as necessidades de saúde

expressarem múltiplas dimensões, complexifica o conhecimento e as intervenções

acerca desse objeto. Sendo assim o trabalho deve ser realizado na sua totalidade.

Portanto cabe pesquisar e identificar se as ações estão favorecendo as

necessidades da população, por isso fica evidente a necessidade de se realizar uma

pesquisa de campo para identificar se existem problemas reais na Saúde pública do

município de Álvares Florence.

1.9 Saúde pública e expectativa de vida no município de Álvares Florence

1.9.1 Município

O município de Álvares Florence é um município Brasileiro do estado de São

Paulo. Sua população é de 3.897 habitantes (IBGE/2010). O município tem uma

área de 362.9 km². Álvares Florence localiza-se na região noroeste do estado, 538

km da cidade de São Paulo. Pertence à microrregião de Votuporanga e

à mesorregião de São José do Rio Preto, sua população é composta por 3.897

pessoas, sendo 2.648 da zona urbana e 1249 da zona rural. Atualmente estão

divididos em 1999 homens e 1898 mulheres.

1.9.2 Saúde

O município conta com 1 unidade de Saúde, o Centro de Saúde III "Nelson

do Vale" - Álvares Florence Fundado no ano de 1975, sito à Rua Deputado Castro

de Carvalho, 333, defronte a Praça da Matriz, Fone/Fax: (17)3486-1149 e 3486-

Page 33: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

31

1193. Atualmente, conta com uma estrutura de 3 consultórios médicos, pré-consulta,

recepção, sala de espera, sala de vacinas, sala de inalação, farmácia, secretaria,

fisioterapia, consultório odontológico, sala para coleta de sangue, sala de

esterilização, sala de observação com leitos femininos e masculinos, Vigilância

Sanitária, Diretoria, Pronto-Socorro, etc., podendo assim, ser caracterizado como um

Mini-Hospital.

Atende a população com 6 ambulâncias, 1 van (sprinter), 1 médico

cardiologista, 1 clínico geral, 2 pediatras, 2 dentistas, 1 médico ginecologista, 1

fisioterapeuta e 1 psicóloga.

Figura 1 Unidade de Saúde DE Álvares Florence

Fonte: www.alvaresflorence.gov,br

O município também oferece desde 2011, atendimento na unidade do PSF,

atualmente conhecido como ESF aos munícipes. Embora deve-se destacar que a

UNIDADE ainda não foi inaugurada. Consta-se na lei de aprovação todas as normas

estabelecidas pela implantação do PSF.

De acordo com a responsável pela saúde no município a cidade caminha a

passos largos rumo a uma melhor qualidade na saúde, atendendo os padrões de

qualidade que o município deve oferecer. Na unidade de saúde são oferecidos

medicamentos que estão apontados na lista do RENAME – Relação de

Medicamentos Essenciais e também o próprio município conta com uma lista de

Page 34: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

32

elaboração própria de acordo com as indicações do REMUME para atender as

necessidades da população.

Observando que os padrões estabelecidos estão sendo cumpridos,

passamos a questionar os motivos que levaram a cidade a obter um índice de um

dos piores municípios em questão de Saúde Pública – Expectativa de Vida. Portanto

foi elaborado um questionário para justificar e ter como devolutiva o real motivo

apontado para essas estáticas e as possíveis soluções para a melhoria na qualidade

de vida.

Page 35: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

33

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Verificar o atendimento na Unidade de saúde de Álvares Florence, focando a

atenção farmacêutica, pois o município foi mal avaliado na pesquisa na pesquisa

sobre Saúde Pública-Expectativa de vida realizada pelo Índice Paulista de

Responsabilidade Social.

2.2 Objetivos específicos

• Verificar atendimento na farmácia e na Unidade de saúde

• Verificar motivos que possa ter sugerido mau desempenho na pesquisa

sobre Saúde Pública – Expectativa de vida.

Page 36: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

34

3 MATERIAL E MÉTODO

Aplicação de um questionário de múltipla escolha (apêndice 1) referentes ao

funcionamento da Unidade de saúde tendo como foco a farmácia e os serviços

prestados pela Prefeitura do município de Álvares Florence-SP. Confecção de

gráficos, baseados nas respostas, para ilustrar o conhecimento da população sobre

os serviços que melhoram a expectativa de vida.

Page 37: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

4 RESULTADOS E DISCUSSÕ

Para verificar os possíveis motivos do município estar classificado entre as

piores cidades no estado de são paulo em expectativa de vida foram analisados

alguns dados sobre a promoção da saúde,

atividades sociais para a Unidade de saúde.

responderam o questionário proposto.

Figura 2 O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia?

Fonte: Elaboração própria

De acordo com

medicamento na farmácia

que ás vezes encontram

parte oferecendo medicamento a maioria da população.

7,7%

15,6%

E DISCUSSÕES

Para verificar os possíveis motivos do município estar classificado entre as

piores cidades no estado de são paulo em expectativa de vida foram analisados

alguns dados sobre a promoção da saúde, a oferta de medicamentos ,atendimento e

atividades sociais para a Unidade de saúde. Nesta pesquisa 90 pessoas

responderam o questionário proposto.

O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia?

De acordo com o figura 1, 76,7% responderam que enco

medicamento na farmácia, 15,6% responderam que não e, apenas 7,7%

que ás vezes encontram, sendo assim fica claro que a unidade de saúde faz a sua

parte oferecendo medicamento a maioria da população.

76,7%

35

Para verificar os possíveis motivos do município estar classificado entre as

piores cidades no estado de são paulo em expectativa de vida foram analisados

a oferta de medicamentos ,atendimento e

esta pesquisa 90 pessoas

O medicamento prescrito na rede pública é encontrado na farmácia?

responderam que encontram o

apenas 7,7% disseram

sendo assim fica claro que a unidade de saúde faz a sua

76,7%

sim

não

as vezes

Page 38: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

36

Figura 3 Avaliação da farmácia pública pelas pessoas que encontraram o medicamento na

farmácia, não encontraram e encontraram ás vezes.

Fonte:Elaboração própria

A Figura 3 aponta que os pacientes que encontraram o medicamento na

farmácia, 11,6% avaliaram o atendimento como ótimo, 4,3% muito bom, 76,8% bom,

7,3% ruim. Pacientes que não encontraram o medicamento na farmácia avaliaram o

atendimento como 14,2% ótimo, 0% muito bom, 57,2% bom, 28,6% ruim, 0%

péssimo. Pacientes que encontram as vezes o medicamento na farmácia avaliaram

o atendimento como 0% ótimo, 0% muito bom, 53,8% bom, 46,2% ruim e 0%

péssimo. Com esses dados notamos que pacientes que fazem uso do medicamento

oferecido pela Unidade de saúde consideram a maioria sendo um atendimento de

boa qualidade. Pacientes que não encontraram e encontraram às vezes o

medicamento, mesmo assim considera que a farmácia apresenta um atendimento

de boa qualidade.

11,6%

4,3%

76,8%

7,3%

0%

14,2%

0%

57,2%

28,6%

0%0% 0%

53,8%

46,2%

0%0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

ótimo muito bom bom ruim péssimo

encontraram o medicamento não encontraram o medicamento

Page 39: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

37

Figura 4 Pacientes adultos e idosos que fazem uso de medicamento contínuo.

Fonte: Elaboração própria.

Ao analisar a população entrevistada na figura 4, percebemos que 60% dos

adultos utilizam medicamento de uso contínuo e apenas 16,75 não fazem uso de

medicamentos dessa natureza. Dessa população 23,3% são idosos e todos fazem

uso de medicamentos de uso contínuo.

Gráfico 5 Classificação dos medicamentos de uso contínuo divididos em adultos e idosos.

Fonte: Elaboração própria.

60%

23,3%

16,7%

0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

adulto idoso

faz uso de medicamento

contínuo

não faz uso de medicamento

contínuo

32%

8%

12%

1,4%

18,6%

14,6%

10,6%

1,4% 1,4%0%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

anti-hipertensivo antidiabético ansiolítico antilipidemico anticoncepcional

adulto

idoso

Page 40: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

Na Figura 5 analisamos que a classe de medicamentos mais utilizados pelos

adultos e idosos são os anti

Figura 6 Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o

sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?

Fonte: Elaboração própria

A figura 6 mostra

para que a expectativa de vida melhore e que 40% responderam que

destas atividades. Ao analisar as respostas percebemos que dentro dos 60% que

relataram que existem programas que ajuda

do grupo da terceira idade.

jovens que afirmaram com clareza não existir programas sociais que favoreçam a

expectativa de vida. Embora a maioria relate que existam as atividades,

perceber uma falha na comunicação sobre el

40%

analisamos que a classe de medicamentos mais utilizados pelos

adultos e idosos são os anti-hipertensivos.

Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o

sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?

mostra que 60% da população relatam que há

que a expectativa de vida melhore e que 40% responderam que

Ao analisar as respostas percebemos que dentro dos 60% que

que existem programas que ajudam são na maioria idosos que participam

idade. Refletindo sobre os 40% que relataram que

que afirmaram com clareza não existir programas sociais que favoreçam a

Embora a maioria relate que existam as atividades,

perceber uma falha na comunicação sobre elas.

38

analisamos que a classe de medicamentos mais utilizados pelos

Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos para evitar o

sedentarismo e para que a expectativa de vida melhore?

que há recursos oferecidos

que a expectativa de vida melhore e que 40% responderam que não sabem

Ao analisar as respostas percebemos que dentro dos 60% que

a maioria idosos que participam

efletindo sobre os 40% que relataram que não, são

que afirmaram com clareza não existir programas sociais que favoreçam a

Embora a maioria relate que existam as atividades, é possível

60%

sim

não

Page 41: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

Figura 7 Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo

Fonte: Elaboração própria

A Figura 7 aponta que 90% tem conhecimento do atendimento oferecido na

Unidade de Saúde do município e apenas 10% responderam que não.

Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo

município?

aponta que 90% tem conhecimento do atendimento oferecido na

Unidade de Saúde do município e apenas 10% responderam que não.

90%

10%

39

Tem conhecimento do atendimento oferecido pela unidade de saúde deo

aponta que 90% tem conhecimento do atendimento oferecido na

Unidade de Saúde do município e apenas 10% responderam que não.

sim

não

Page 42: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

Figura 8 Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde?

Fonte :Elaboração própria

Na Figura 8 concluímos que

Unidade de saúde para atendimento médico

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Atendimento

médico

50,7%

Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde?

concluímos que a maioria dos pacientes procura

Unidade de saúde para atendimento médico

Atendimento

médico

Emergência Programa Saúde da

Família (PSF)

50,7%

26,2%23,1%

40

Qual tipo de atendimento é prestado pela Unidades de saúde?

a maioria dos pacientes procura o Posto ou

Programa Saúde da

Família (PSF)

23,1%

Page 43: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

41

CONCLUSÃO

Concluímos que o trabalho mostra os desafios encontrados no processo de

atendimento a população com respeito a saúde pública e expectativa de vida .

O que podemos relatar é que na sociedade atual a saúde tem passado por

grandes transformações principalmente na área de saúde pública e farmácia. E que

esses avanços tem apontados indicadores que possam favorecer uma melhoria na

qualidade de vida da população.

Entendemos aqui que diante das situações apontadas na pesquisa

bibliográfica atenção básica da saúde, os novos programas e em especial a forma

de agir do farmacêutico quando aplicadas e oferecidas de forma correta são ações

que estimulam as pessoas a desenvolverem uma vida mais saudável.

Constatamos através da pesquisa que o município de Álvares Florence

possui indicadores de qualidade tanto no atendimento, quanto na dispensação de

medicamentos e também na aplicação de recursos com atividades sociais.

Concluímos também que ter sido classificada como uma das piores cidades

em saúde pública do estado de São Paulo, não tem como indicadores o atendimento

aos pacientes em todas as áreas e nem a dispensação de medicamentos, mas sim a

falta de informação dos pacientes para com os programas oferecidos e um fato

isolado de morte natural de um nascituro que em análise gera uma grande perda

para o município por ser constituído de poucos habitantes.

Dessa forma, convém destacar que a cidade presta um atendimento de

qualidade e que seus munícipes estão satisfeitos com o atendimento que é

oferecido, principalmente os idosos.

Encontramos nessa pesquisa grandes instrumentos valiosos que podem

levar os estudantes de farmácia e todos os profissionais da saúde a se doarem no

seu local de trabalho e exercerem a profissão com carinho, amor e dedicação

levando seu cliente a ter uma vida social de melhor qualidade.

Portanto com este trabalho procuramos alertar a sociedade como todo em

especial, os atores envolvidos no processo de oferecimento de uma saúde de

qualidade (farmacêuticos) para que mudem a cara da sociedade, que entendam que

estamos vivendo em um momento de avanços nas tecnologias, mas que essas

Page 44: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

42

devem apenas acrescentar novos instrumentos a nossa bagagem e levar-nos a

desenvolver um trabalho consciente de qualidade que façam de nossos clientes,

pessoas que tenham uma qualidade de vida melhor.

Page 45: Interferência da saúde pública na melhora da expectativa de vida no município de álvares florence

43

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

Apêndice 1

IDENTIFICAÇÃO do entrevistado:

Idade: _______ sexo : masculino ( ) feminino ( )

Formação: ( )ensino fundamental ( )ensino médio( ) superior ( ) pós-graduação ( )outro – especifique _______________________.

Renda Familiar: ( )até 1 Salário Mínimo ( )2 á 3 Salários Mínimo ( )3 á 4 Salários Mínino.

QUESTÕES:

1. Faz uso de medicamento contínuo?

( )Sim ( ) Não

Qual: ( )Anti-hipertensivo ( )Antidiabético ( )Ansiolítico ( )Glicerídeos ( )Anticoncepcional

( )Outro – especifique_________________________.

2. Quando fica doente e precisa de atendimento onde procura?

( )Centro de Saúde Álvares Florence

( )Outros

3. Tem conhecimento do atendimento oferecido pela Unidade de Saúde do município?

( )Sim ( ) Não

Qual: ( ) Atendimento Médico ( )Emergência ( )PSF - Programa Saúde da Família.

4. Ao ser atendido na unidade, o medicamento prescrito é encontrado na farmácia publica?

( ) Sim ( )Não

5. Em caso de não ser encontrado o medicamento.

Qual Medicamento____________________________________

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Classe Farmacológica_________________________________

6. A que atribui à classificação da Cidade em 642° dos 645º municípios pesquisados no item Saúde Pública -Expectativa de Vida. A unidade de saúde oferece atendimento?

( )Ótimo ( )Muito bom ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo.

7. Tem recursos no município que são oferecidos aos jovens, idosos e pessoas da comunidade para que a expectativa de vida melhore, evitando o sedentarismo?

( )Sim ( )Não

Qual:__________________________________________.

8- Sobre o atendimento da Farmácia Publica. Como pode ser classificado?

( )Ótimo ( )Muito bom ( )Bom ( )Ruim ( )Péssimo.