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Parte III– O pensamento de Greenfield e considerações finais - Jalali
Trabalho desenvolvido na disciplina: Estudos em Gestão Educacional, sob orientação do Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
Dourados-MS2011
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Segundo Jalali (1995), a teoria organizacional de Greenfield é subjetivista, não se pode dizer que estão implícitos aí os pressupostos da sociologia da regulação.
“Não é tarefa simples estabelecer uma conclusão sobre as tradições de pensamento que fundamentam a teoria de Greenfield” (JALALI, 1995, p. 74). Isso se dá devido a:
O fato de Greenfield estar sempre desenvolvendo suas ideias, aprofundando sua argumentação e adotando novas posições.
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A grandeza da ciência social deve ser julgada pelo seu conteúdo moral, o que, longe de negar a descrição do mundo como ele é, exatamente descreve a sua mais profunda realidade: os enigmas morais lhe dão uma forma.
Greenfield fez uma revolução no que diz respeito sobre Administração Educacional devido seu pensamento.
Subsidiar das idéias de Greenfield é: propiciar novos parâmetros para a compreensão da natureza da administração educacional, sugerindo novas linhas de ações para o treinamento e a prática administrativa, de natureza social , e isso é:
Um meio para sua difusão e adoção
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Ele pretende apresentar uma visão ontológica alternativa do fenômeno social, analisar uma epistemologia e metodologia superior ou apenas enfatizar a vontade e interação humana como principal característica das questões sociais. Com a aplicação na administração educacional o é, rompendo de certo modo com a suposição que, até então, dominavam a teoria e a pesquisa na área.
Greenfield define organização como sendo:
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Há uma discussão e um capítulo dedicado na III parte sobre as proposições que Greenfield elencou para a administração educacional, sendo esta uma teoria alternativa. Jalali (1995, p. 81) afirma: [...]. “Essas proposições devem ser consideradas como insights para a reflexão sobre as organizações”.
Essas organizações serão descritas, que seguem:
Proposição I
as organizações são estabelecidas pelas pessoas e elas são
responsáveis pelo que ocorre nelas.
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Proposição II
as organizações são expressões de
vontade, intenção e valor. Compreender as
organizações é entender como a intenção de uma
pessoa se transforma em ação e como afeta a intenção e a ações de outras pessoas.
Aprender a estar em uma organização é
uma questão de submeter os outros à nossa vontade e de
submeter-se a vontade dos outros
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Proposição III
as organizações expressam um tornar-
se e não um ser. As organizações são ao
mesmo tempo produto da ação e sua causa. O que foi se transforma
no que é, ambos definem o que será.
Proposição IV
os fatos não existem a menos que sejam
trazidos à existência pela ação e interesse humano. As pessoas
não habitam o mesmo mundo, o que é real
para uma pessoa, não é real para outra.
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Proposição V
o homem age e então julga a sua ação. O que
será não pode ser derivado do que existe.
Não são os fatos que determinam a nossa
ação, mas a interpretação que
damos a eles.
Proposição VI
as organizações são definições arbitrárias
da realidade, constituídas de
símbolos e expressa através da linguagem. As pessoas deveriam pensar e comportar.
Quem controla a linguagem controla o pensamento e a ação
dos outros. A ação que é dirigida aos outros
requer um contexto de significados e
compreensão que a torne possível, e esse
contexto são as organizações
anteriormente definidas.
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Proposição VII
as organizações expressas como
contextos para a ação humana podem ser entendidas como
sentido, ordem moral e poder. Podemos
descrever tal ordem é lutar para compreender a função que estamos desempenhando para mantê-la ou subvertê-
la.
Proposição VIII
não existe nenhuma tecnologia para se
alcançar os propósitos aos quais serve uma
organização. As organizações são
expressões de valores e instruções para a
existência, afirmações sobre qual a melhor
ordem moral, e valores e existência
são vividos, não alcançados, apesar de tentarmos alcançá-los
através de nossas ações.
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Proposição IX
não existe nenhum modo de treinar os
administradores a não ser dando-lhes uma
visão apocalíptica ou transcendental do
universo e da sua vida na terra.
Greendield afirma que após todos os nossos esforços para compreendermos os outros, devemos finalmente agir e agindo nós escolhemos valores e os colocamos em prática, pois nós escolhemos os valores e os impomos sobre outros através da educação. E é essa a condição da educação, ou seja:
Transmitir valores. Ressalta que [...] “deveríamos refletir sobre os valores aos quais estamos submetidos e sobre aqueles com os quais pensamos que deveríamos estar comprometidos. [...]” (JALALI, 1995, p. 99).
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Greenfield tentou mostrar as inadequações da ciência social como ciência e da teoria organizacional como fundamento da administração educacional.
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Jalali (1995) finaliza sua dissertação considerando que, a contribuição da teoria de Greenfield se deu:
A compreensão da administração exige que olhemos não para for, mas para dentro de nós mesmos, ainda que isso exija coragem e determinação.
→ Cita ainda que, podemos e devemos, como cientistas sociais e administradores, utilizar:
intuição imaginação criatividade