44
O Brasil vive uma fase de profundas modificações. Graças ao aumento da renda e aos programas sociais do Governo Federal, os brasileiros vivem melhor e a população mais pobre conquista novos benefícios, com acesso à cidadania e maior poder de consumo. É o crescimento econômico sustentado com mais justiça social. BRASILEIROS MAIS BRASIL PARA MAIS Maio de 2008 23,5 milhões de brasileiros deixam a pobreza Página 4 Renda cresce e empregos batem recorde Página 24 PAC aplica R$ 503 bilhões em obras Página 26 Brasil expande negócios com mercado exterior Página 40 O BRASIL VIVE UMA FASE DE PROFUNDAS MODIFICAÇÕES. GRAÇAS AO AUMENTO DA RENDA E AOS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL, OS BRASILEIROS VIVEM MELHOR. A POPULAÇÃO POBRE CONQUISTA NOVOS BENEFÍCIOS, COM ACESSO À CIDADANIA E MAIOR PODER DE COMPRA. É O CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO COM MAIS JUSTIÇA SOCIAL.

Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

Citation preview

Page 1: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

O Brasil vive uma fase de profundas modificações. Graças ao aumento da renda e aos programas sociais do Governo Federal, os brasileiros vivem melhor e a população mais pobre conquista novos benefícios, com acesso à cidadania e maior poder de consumo. É o crescimento econômico sustentado com mais justiça social.

BRASILEIROS

MAISBRASIL PARAMAIS

Maio de 2008

23,5 milhões de brasileiros deixam a pobrezaPágina 4

Renda cresce e empregos batem recordePágina 24

PAC aplica R$ 503 bilhões em obrasPágina 26

Brasil expande negócios com mercado exteriorPágina 40

O BRASIL VIVE UMA FASE DE PROFUNDAS MODIFICAÇÕES. GRAÇAS AO AUMENTO DA RENDA E AOS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL, OS BRASILEIROS VIVEM MELHOR. A POPULAÇÃO POBRE CONQUISTA NOVOS BENEFÍCIOS, COM ACESSO À CIDADANIA E MAIOR PODER DE COMPRA. É O CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO COM MAIS JUSTIÇA SOCIAL.

Page 2: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

32

Expansão de mercados ..............................40

Diplomacia ...................................................41Política Externa

Pacto federativo ......................................... 42

Conferências nacionais ............................. 43Democracia

índice

Expediente

O jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros é uma publicação da Secretaria de comunicação Social da Presidência

da República (SecOM/PR), com conteúdo reproduzido no site: www.presidencia.gov.br/secom

Jornalista responsável – eduardo Luiz correia (MTB 21.381) | Projeto gráfico e diagramação: chica Magalhães

Esta é uma publicação de cunho informativo e de prestação de serviço. Seu conteúdo não poderá ser alterado ou reproduzido.

Redução da pobreza ..................................... 4

Plano de Desenvolvimento

da Educação .................................................. 6

Inclusão digital .............................................. 7

Educação superior ........................................ 8

Ciência e tecnologia ..................................... 9

Educação profissional ................................ 10

ProJovem ..................................................... 11

PAC ...............................................................26

PAC Logístico ..............................................28

Transportes ..................................................29

PAC Energia .................................................30

Energia .........................................................31

Agen

da S

ocia

l In

fra-E

stru

tura

Agenda EconômicaEconomia ................................................... 20Consumo .................................................... 21

Indústria ..................................................... 22

Crédito ........................................................ 23

Trabalho...................................................... 24

Agricultura ................................................. 25

Eficiência ......................................................38

Desoneração ................................................39Modernização do Estado

Meio Ambiente

Bolsa Família .................................................. 12

Luz para Todos ............................................... 13

Saúde da Família ............................................ 14

Mais Saúde ..................................................... 15

Povos indígenas e quilombolas ................... 16

Cultura/Esporte .............................................. 17

Segurança ....................................................... 18

Combustíveis ..................................................32

São Francisco .................................................33

PAC Social e Urbano......................................34

Habitação ........................................................35

Turismo ............................................................36

Combate ao desmatamento ...................... 37

PARA OBTER MAIS EXEMPLARES DESTA PUBLICAÇÃO EnTRE EM COnTATO PELO EnDEREÇO ELETRônICO:

[email protected] InFORMAÇÕES: FAX (61) 3226-7026

32

Page 3: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

32

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

APReSenTAçãO

Momento histórico

O ano de 2007 ficará marcado por consolidar uma transformação

sem precedentes na história do País. A economia brasileira cresceu de

maneira sustentada e houve maior inclusão social, pois a riqueza produzi-

da passou a ser mais bem distribuída. e os brasileiros passaram a acredi-

tar no futuro e no Brasil.

Um milhão de famílias adquiriu a casa própria, foram vendidos

2,5 milhões de carros, 100 milhões de celulares, 10 milhões de com-

putadores e 32 milhões de pessoas passaram a ter acesso à internet.

Tudo isso durante 2007.

O brasileiro passou a ter casa, carro, celular e computador porque

conseguiu a satisfação de necessidades básicas, como alimentação ade-

quada, acesso à saúde e à educação. Mais Brasil para mais brasileiros.

Os números do instituto Brasileiro de Geografia e estatística (iBGe)

registram que o Produto interno Bruto (PiB) cresceu 5,4% e que as famí-

lias gastaram mais 6,5% em relação ao ano passado. O mercado interno

movimentou a cifra de R$ 1,56 trilhão.

As ações sociais do Governo Federal possibilitaram que 9,7 milhões

de brasileiros deixassem a pobreza absoluta. O Programa Bolsa Família in-

vestiu R$ 9,2 bilhões em 2007 e mudou a vida de 46 milhões de brasileiros.

Além disso, a queda do desemprego, o aumento da renda familiar e a boa

oferta de crédito ao consumidor permitiu que um número crescente de bra-

sileiros melhorassem sua situação social: cerca de 23,5 milhões de pessoas

migraram para um padrão de classe média, com renda mensal entre R$

1.062 e R$ 2.017,00. esse deslocamento fez a classe média superar 86 mi-

lhões de pessoas, reduzindo as desigualdades sociais históricas do Brasil.

Para garantir o crescimento econômico sustentado, o Governo Fede-

ral colocou em ação, em 2007, o Programa de Aceleração do crescimento

(PAc). em conjunto com estados, municípios e a iniciativa privada, o PAc

destinará, até 2010, R$ 503,9 bilhões para a execução de ações e obras

envolvendo infra-estrutura e investimentos, que já refletem na melhoria da

qualidade de vida dos brasileiros. Ao mesmo tempo, a educação foi colo-

cada no alto das prioridades do Governo Federal, através do Programa de

desenvolvimento da educação (Pde), com investimentos de R$ 15 bilhões

até 2011, para melhorar a qualidade do ensino público em todo o País.

nas páginas seguintes, é possível conhecer os resultados do trabalho

do Governo Federal nas áreas de educação, saúde, segurança pública, meio

ambiente, tecnologia, infra-estrutura e diversos outros setores. Ações que cor-

rigem injustiças históricas melhoram a vida dos cidadãos e fazem o Brasil ser

respeitado no cenário internacional.

32

Page 4: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

54

AGendA SOciAL54

2003 2004 2005 2006

com base na Pnad/iBGe, que inclui empregos formais e informaisFonte: iBGe

4,46%

* índice que mede a inflação oficial

O Brasil tornou-se um País me-nos desigual. O crescimento econômico, aliado às políticas

sociais do governo, está promovendo uma expressiva melhoria na qualidade de vida dos cidadãos mais humildes. Pesquisas apontam que, nos anos de 2006 e 2007, aproximadamente 23,5 milhões de pessoas (fonte: Instituto Ip-sos) saíram da pobreza e ingressaram na classe média. Em outras palavras, estas pessoas, que antes sobreviviam com uma renda mensal próxima a R$ 500, conquistaram empregos melhores com salários de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil.

Considerando que o Brasil possui 187 milhões de habitantes, isso signi-fica que aproximadamente 10% da população deixou de ser pobre. Esse avanço fez a pirâmide social brasilei-ra sofrer uma sensível mudança. Até 2006, considerando-se as três clas-ses sociais – alta, média e baixa –, os pobres eram maioria, representando 46% da população. Em 2007, a classe média teve condições de crescer e to-mar a liderança, passando a represen-tar 46% dos brasileiros. Isso significa que o número de pobres caiu de 93

milhões para 73 milhões. Esses núme-ros fazem parte da pesquisa elaborada pelo banco francês BNP.

Outro indicador positivo foi a redução da miséria. Cerca de 9,7 milhões de pessoas deixaram o esta-do de pobreza absoluta, entre 2003 e 2006. Houve também diminuição da desigualdade, que pode ser constata-da pelo índice Gini, criado em 1912,

que mede a desigualdade de renda de uma nação. De 2005 a 2007, o Gini brasileiro caiu de 0,532 para 0,528. É a menor taxa registrada no País des-de 1981. É importante explicar que quanto mais próximo o índice chegar de zero, menor será a desigualdade na distribuição de renda de um país.

Além disso, o Governo Federal promoveu aumentos reais do salário

mínimo, o que elevou a renda média dos brasileiros. E uma coisa puxa outra. Tendo um orçamento mais robusto, os trabalhadores passaram a consumir mais, o que acelerou o desenvolvimen-to da indústria, do comércio e de servi-ços, gerando mais empregos (leia mais nas páginas da Agenda Econômica).

A qualidade de vida dos brasilei-ros também aumentou, em função de diversos programas sociais do Gover-no Federal. O Bolsa Família passou a apoiar 11,1 milhões de famílias caren-tes. O programa Luz para Todos levou energia elétrica para 7,3 milhões de brasileiros. No campo, o Programa Na-cional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) investiu R$ 8,4 bilhões para que pequenos produtores pudes-sem ampliar suas colheitas e rebanhos (leia mais sobre o Pronaf na página 25).

Neste ano, o Governo Federal também espera conseguir avanços importantes a partir do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além de custear obras em transportes, geração de energia e saneamento, o programa vai investir na melhoria da infra-estrutura urbana e social do País.

Números mostram que País reduz a pobreza e a desigualdade socialnos últimos dois anos, 23,5 milhões de brasileiros passaram a integrar a classe média. Índice mostra nova queda da desigualdade na distribuição de renda

... COM A ECOnOMIA ESTABILIzADA, A REnDA MéDIA DOS BRASILEIROS CRESCEU...

r$ 888,00

Com o aumento da renda, a classe média cresceu, ultrapassando a marca de 86 milhões de brasileiros

Bru

no S

pad

a/M

DS

900

880

860

840

820

800

780

760

r$ 792,00 r$ 792,00

r$ 828,00

O GOvERnO FEDERAL COnTROLOU A InFLAÇÃO E EqUILIBROU AS FInAnÇAS...

2003

2004

2005

2006

2007

9,30%

7,60%

5,69%

3,14%

IPCA*

0% 4%2% 8% 10%6%

Page 5: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

54 54

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

Quanto mais próximo de zero chegar o índice Gini, menos desigual será o país, em termos de distribuição de renda

2003 2004 2005 2006

0,528

conforme pnad de 2006, mais 1,9 milhão de lares tem geladeira, o que equivale

a 89,2% dos lares brasileiros. e mais 1,5 milhão de moradias agora tem fogão

20072006Fonte: Banco BnP Paribas Fonte: iBGe

Tiag

o M

acha

do

A DESIGUALDADE SOCIAL nO PAíS DIMInUIU, COMO COMPROvA O ínDICE GInI, qUE MEDE A DISTRIBUIÇÃO DA REnDA:

9,7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza absoluta

32,1 milhões de cidadãos passaram a ter acesso à internet

1.617.392 novos empregos com carteira assinada em 2007

Fontes: iBGe, iPeA, Pnad 2006 e caged

Interior também recebe benefícios Os avanços na vida dos brasileiros não estão restritos às grandes cidades. em 2006 e 2007, o Governo Federal conseguiu assentar mais de 400 mil famílias no campo. Os projetos de apoio social para a área rural passaram a ser coordenados, a partir de 2008, pelo programa Territórios da cidadania, com o objetivo de intensificar o combate à pobreza no campo. com recursos de R$ 11,3 bilhões, o programa articula 135 ações de 15 ministérios para apoio à produção, acesso a direitos e ações de infra-estrutura. Também foi garantido o acesso à água para 57 mil famílias que lutam para sobreviver no semi-árido brasileiro. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ligado ao Programa Fome Zero, atende a 140 mil agricultores.

GRAnDE PARTE DOS BRASILEIROS DEIXOU A POBREzA E InGRESSOU nA CLASSE MéDIA:

0,550

0,540

0,530

0,520

0,545

0,532

Mais realizações. Mais sonhos. Assim está sendo a vida de João Francisco Sousa, 24

anos. Ao lado de outros 20 milhões de brasileiros, o vendedor, que mora no Riacho Fundo II, cidade-satélite do Dis-trito Federal, conseguiu sair da camada mais humilde da população e entrar na classe média. Depois de meses de de-dicação ao trabalho, Sousa conquistou uma promoção na loja de eletrodomés-

ticos em que trabalha e seu salário sal-tou de R$ 400 para R$ 1 mil.

Com um emprego melhor, Sousa pôde deixar a casa dos irmãos, onde morava de favor, e começar uma vida independente. Ele até comprou um televisor, item indispensável para que o jovem acompanhe uma de suas paixões, o futebol. “Minha vida melhorou bastante. Pude até ajudar meus pais, que vivem em Luzilân-

dia (PI)”, comenta ele, que deixou o Piauí para trabalhar no DF.

No entanto, esse brasileiro ainda não está satisfeito. “Tentei uma univer-sidade pública e não deu para passar. Agora vou fazer uma particular mes-mo. Quem sabe não consigo me tornar um professor de matemática?”, diz o jovem. Mas, antes de abraçar os livros, Sousa planeja fazer uma viagem. “Que-ro ir ao Piauí para rever meus pais”.

“Minha vida melhorou bastante”“Pude até ajudar meus pais”, diz João Francisco que foi promovido no trabalho, comprou televisão e passou a integrar a nova classe média brasileira

36%46%

18%

46%

39%

15%

Classe A e B

Classe C

Classe D e E

0,535

Page 6: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA SOCIAL 76 76

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

No ano passado, o Governo Federal lançou o Programa de Desenvolvimento da Edu-

cação (PDE). A iniciativa conta com R$ 15 bilhões para investimentos, pre-vistos para serem concretizados até 2011. São recursos destinados à melho-ria da qualidade da educação do País, em todos os níveis, além de promover a universalização do acesso ao ensino para a população brasileira.

O sucesso do PDE depende, no entanto, da adesão dos governos es-taduais e municipais. E mais de 5.200 cidades (93% do total do País) já ade-riram ao PDE até fevereiro deste ano. Além disso, o Plano prevê o envolvi-mento de organizações sociais, inicia-

mais de 5.200 municípios (93% do total

do país) aderiram ao pde até fevereiro de 2008

[ EduCaçãO ]

PDE resgata cidadania epromove transformação socialeducação recebe r$ 15 bilhões até 2011 para combater o analfabetismo, promover a melhoria do sistema e universalizar o ensino público brasileiro

Fundeb garante educação para mais de 47 milhões de alunos

em seu segundo ano de existência, o Fundo de Manutenção e desenvolvimento da educação Básica e de Valorização dos Profissionais de educação (Fundeb) conta com investimentos de R$ 3,2 bilhões na educação do País. Para o próximo ano, os valores deverão subir para R$ 4,5 bilhões, uma iniciativa que atenderá a mais de 47 milhões de estudantes brasileiros.

Pelo menos 60% dos recursos do Fundeb vão para investimentos na remuneração e na valorização dos professores das escolas públicas. O Fundeb, uma ampliação do antigo Fundo de Manutenção e desenvolvimento do ensino Fundamental (Fundef), também assegura recursos para a educação infantil, o ensino médio e a educação de jovens e adultos.

Trata-se de uma iniciativa do Governo Federal que conta com três inovações: a escola em tempo integral passa a receber repasse de 25% a mais por aluno matriculado; as creches conveniadas são contempladas para efeito de repartição dos recursos; e a atenção à educação infantil é complementada pelo Programa nacional de Reestruturação e Aquisição de equipamentos da Rede escolar Pública de educação infantil (Proinfância), programa voltado para a expansão do atendimento à educação infantil. Já foram beneficiados pelo programa 499 municípios.

O Proinfância, por exemplo, deve destinar R$ 800 milhões, até 2010, para a construção de creches e pré-escolas, a melhoria de instalações e a aquisição de equipamentos. Só neste ano estão estimados recursos para 29 mil laboratórios de informática, sendo mais 35 mil para 2009 e outros 45 mil em 2010.

tiva privada, alunos, pais, professores e gestores públicos.

Tanto que o lema do Programa é “Todos pela Educação”, traçando as metas de o País ter, em 2022 – ano do Bicentenário da Independência

do Brasil -–, toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; toda criança plenamente alfabetizada até os oito anos; todo aluno com aprendizado adequado à sua série; e todo jovem com o Ensino Médio concluído até os 19 anos. Esses objetivos serão alcan-çados com a adoção de uma gestão adequada e moderna dos recursos.

Um dos pontos mais importantes do PDE é o estabelecimento, em nível nacional, de um piso salarial do magis-tério. Projeto de lei neste sentido, atu-almente em tramitação no Congresso Nacional, propõe a elevação para R$ 850 do piso salarial dos professores, sendo que sua implantação seria feita de forma gradual, até 2010.

Melhorar a qualidade do ensino é o maior compromisso do Governo Federal com o seu plano para a Educação

Investimento para garantir a educação das crianças

Fotos: Júlio César Paes

Page 7: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

76 76

SERvIÇOO Observatório Nacional de Inclusão

Digital (Onid) reúne informações sobre

todos os programas de inclusão digital

do Governo Federal no portal

www.inclusaodigital.gov.br, com

notícias, eventos e materiais de referência

Principais programasA União executa e apóia ações de inclusão digital, por meio de vários programas. conheça cada um:

GOvERnO ELETRônICO E SERvIÇO DE ATEnDIMEnTO AO CIDADÃO (GESAC)Garante conexão à internet via satélite, a escolas, telecentros, OnGs, comunidades distantes e bases militares fronteiriças, além de oferecer serviços, como conta de e-mail, hospedagem de páginas e capacitação de agentes multiplicadores locais.

CASA BRASILBusca a implantação de espaços multifuncionais de conhecimento e cidadania em comunidades de baixo índice de desenvolvimento Humano, por meio de parcerias com instituições locais.

CEnTROS vOCACIOnAIS TECnOLóGICOSUnidades de ensino e de profissionalização voltadas à difusão do acesso ao conhecimento científico e tecnológico e a conhecimentos práticos, além de transferência de conhecimentos tecnológicos na área de processo produtivo.

COMPUTADOR PARA TODOSVoltado para a classe c, permite oferta de computador e acesso à internet a preços subsidiados e com linha de financiamento específica, além da isenção de impostos PiS/cofins. Micros de até R$ 1.200, que obedeçam à configuração mínima, podem ser parcelados em prestações de R$ 50. MARé - TELECEnTROS DA PESCAimplantação de telecentros em comunidades de pescadores, fornecendo equipamentos, conexão via Gesac, formação e manutenção de agentes locais para monitoria e uso de software livre. POnTOS DE CULTURA - CULTURA DIGITALimplantação de equipamentos e formação de agentes locais para produção e intercâmbio de vídeo, áudio, fotografia e multimídia digital, com uso de software livre, e conexão via satélite à internet.

PROGRAMA nACIOnAL DE InFORMáTICA nA EDUCAÇÃO (PROInFO)introdução das tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas de ensino Médio e Fundamental, em parceria com os governos estaduais e municipais.

PROJETO COMPUTADORES PARA InCLUSÃOimplantação de um sistema nacional de recondicionamento de computadores usados, doados por entidades públicas e privadas, recondicionados por jovens de baixa renda em formação profissionalizante e distribuídos a telecentros, escolas e bibliotecas de todo o território nacional.

TV e rádio digitaisA TV digital já está em operação, iniciando uma nova era nas comunicações do País. Ao invés de copiar os modelos de TV digital existentes, o Governo Federal investiu R$ 1 bilhão no desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV digital, considerado um dos mais modernos do mundo. A TV digital eleva a qualidade de imagem e som, possibilita acesso a e-mails, interação do telespectador com a programação e montagem de grade de programação. A nova tecnologia também disponibilizará o sinal para as telas de telefones celulares, sem custo para os usuários. A TV digital já está em operação em São Paulo e deve chegar ao Rio de Janeiro ainda neste semestre. Posteriormente, será levada a todo o País.

As transmissões radiofônicas também adotarão o sistema digital e as primeiras transmissões serão realizadas neste ano. A tecnologia empregada foi inteiramente desenvolvida no Brasil e substituirá os sinais analógicos, elevando a qualidade das transmissões, especialmente dos canais AM. O novo formato possibilitará ainda a multiplicação de canais.

até o final do ano, 40% das 56.685 escolas deverão contar com acesso à internet de banda larga. em 2010, todas as escolas públicas urbanas do país estarão conectadas.

[ InClusãO dIGItal ]

Escolas públicas terão conexão rápida à internet

O atendimento ao cidadão por meio da inclusão digital já chega a milhares de comunidades

em duas mil escolas até junho.O Programa tem três frentes de

ação: a primeira é a instalação dos la-boratórios de informática no âmbito do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), do Ministério da Educação (MEC). A segunda, a instala-ção da conexão de internet em banda larga, que as operadoras levarão gra-tuitamente às escolas até 2025, atuali-zando a velocidade periodicamente. A terceira frente do programa é a capaci-tação dos professores. Para tanto, serão oferecidos cursos a distância, que serão acompanhados pela Secretaria de Edu-cação a Distância do MEC.

Projeto-piloto – A escola munici-pal Marília de Dirceu, em Tiradentes (MG), foi a escolhida como projeto-pi-loto da nova ação. Na escola foi instala-do um laboratório de informática com recursos do ProInfo, do Ministério da Educação. São 20 computadores com internet banda larga, em funciona-mento desde 2006, que beneficiaram alunos, professores e a comunidade. No período sem aula, o laboratório fica aberto à comunidade e os professores utilizam os equipamentos para fazer cursos de formação a distância.

Mais de 37 milhões de alunos de 56.685 mil escolas da rede pública urbana do País

terão acesso rápido e gratuito à inter-net no ambiente escolar até 2010. Essa é a meta do Programa Banda Larga nas Escolas, lançado em abril pelo Go-verno Federal, com participação direta das operadoras de telefonia fixa e par-ceria da Agência Nacional de Teleco-municações (Anatel). O objetivo é ofe-recer acesso à internet com velocidade até dez vezes superior à média regis-trada atualmente pelo usuário da rede mundial de computadores no Brasil, beneficiando diretamente 86% dos es-tudantes da rede pública. O programa, ao elevar as condições de conectivida-de das escolas brasileiras aos patama-res dos países mais desenvolvidos, vai permitir que os estudantes brasileiros se familiarizem com as novas tecnolo-gias da informação desde o início de sua vida escolar.

Além da instalação, as operado-ras de telecomunicações vão oferecer a ampliação periódica da velocidade para manter a qualidade e a atualidade do serviço durante a vigência da oferta, até 2025. O cronograma prevê, para este ano, o atendimento a 40% do total das escolas previstas. Em 2009, o servi-ço será estendido a outros 40% e, em 2010, aos 20% restantes. Com base na infra-estrutura identificada pelas ope-radoras, será possível instalar a rede

div

ulga

ção

Page 8: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

98 98 AGEnDA SOCIAL

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

o programa de financiamento estudantil (fies) firmou 48 mil contratos no ano passado. o programa, criado em 1999, destina-se ao financiamento da graduação no ensino superior de alunos sem condições de pagar suas mensalidades nas faculdades.

Cam

ila M

artin

s/U

nB A

gên

cia

Investimentos criam condições para acesso à universidade

Com o objetivo de ampliar o acesso dos brasileiros ao en-sino superior, assim como

garantir a permanência dos estu-dantes na faculdade, o Governo Fe-deral tem promovido investimentos de peso no setor. Desde 2003, foram criadas 10 universidades, duas foram consolidadas neste período e há mais três em tramitação para serem insta-ladas. Além disso, foram constituí-das 48 extensões universitárias entre 2003 e 2006, 13 em 2007 e outras 25 foram consolidadas. Com a adesão de 53 universidades ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Fede-rais (REUNI), há uma estimativa de o Governo Federal repassar R$ 12 bi-lhões às universidades até 2012.

O Plano de Expansão das Ins-tituições Federais prioriza a instala-ção de novas universidades no inte-rior dos estados, considerando-se as necessidades e vocações econômicas de cada região. Com a adesão de 53 universidades ao REUNI, o Gover-no Federal estima repassar R$ 12 bilhões às universidades nos próxi-mos anos. O investimento resultará em aumento do número de cursos e de vagas.

Os cursos de graduação presen-ciais subirão dos atuais 2,5 mil para 3,6 mil. O número de calouros que entram nas universidades a cada ano deverá saltar de 124 mil para 229 mil, com reforço nos cursos no-turnos. Nos próximos cinco anos, a expectativa com o sistema de ensino superior e tecnológico é que sejam criadas cerca de 49 mil vagas para professores e funcionários de escolas técnicas e universidades federais.

Entre as diretrizes do REUNI constam-se: a flexibilidade curricu-lar nos cursos de graduação, para facilitar a mobilidade estudantil; a oferta de apoio pedagógico, que permite a utilização de práticas mo-dernas aos professores; e a disponi-bilidade de mecanismos de inclusão social, a fim de garantir igualdade

ProUni: 383 mil bolsas para estudantes brasileirosO acesso ao ensino Superior no Brasil deixou de ser um sonho distante para os estudantes mais pobres do nosso país. O Governo Federal, através do Programa Universidade para Todos (ProUni), concedeu 382 mil bolsas integrais e parciais, para que alunos de baixa renda possam ter acesso a instituições universitárias privadas. no segundo semestre deste ano, 70 mil estudantes poderão participar do Programa, que hoje conta com a participação de mais de 1,4 mil universidades e faculdades em todo o País. Um dado significativo do êxito do ProUni está na avaliação promovida pelo Ministério da educação (Mec), mostrando que os alunos do Programa tiveram desempenho superior em relação aos demais estudantes da rede privada de ensino superior.

Foram avaliadas 14 áreas de formação no âmbito do exame nacional de desempenho dos estudantes (enade), realizado anualmente, para testar os conhecimentos adquiridos pelos alunos nas universidades do País. Ao todo, 370.435 estudantes fizeram o exame nacional de desempenho dos estudantes (enade), sendo 30.309 bolsistas do ProUni. das 14 áreas do exame, em 9 delas houve diferença significativa entre o desempenho dos estudantes do Programa Universidade para Todos e o dos outros alunos. As áreas avaliadas foram: administração, biblioteconomia, biomedicina, contabilidade, economia, comunicação social, design, direito, música, psicologia, secretariado executivo, teatro, turismo e formação de professores.

Exemplo – O estudante do curso de Psicologia da Universidade católica de Brasília Josimar Antonio de Alcântara Mendes, bolsista do ProUni e ex-estudante do centro educacional 4, em Sobradinho (dF), chegou a criar o projeto pedagógico “Voluntário e o Futuro”, com palestras em escolas da periferia sobre a importância da formação educacional para facilitar o acesso ao ensino Superior.

[ EnsInO suPErIOr ]

Expansão universitária voltada para o interior do País

de oportunidades de acesso e per-manência na universidade pública. O principal objetivo do Programa, portanto, é consolidar uma política nacional de expansão da educação su-perior pública que alcance, até o fim

desta década, pelo menos 30% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos. A meta é elevar, gradualmente, a taxa de conclusão média dos cursos pre-senciais para 90% e aumentar para 18 o número de alunos por professor.

nOvAS UnIvERSIDADES

UniVeRSidAde FedeRAL dO ABc | UFABc

UniVeRSidAde FedeRAL dO PAMPA | UniPAMPA

UniVeRSidAde FedeRAL dO TRiÂnGULO MineiRO | UFTM

UniVeRSidAde FedeRAL TecnOLÓGicA dO PARAnÁ | UFTPR

UniVeRSidAde FedeRAL RURAL dO SeMi-ÁRidO | UFeRSA

UniVeRSidAde FedeRAL dOS VALeS dO JeQUiTinHOnHA e dO MUcURi | UFVJM

UniVeRSidAde FedeRAL de ALFenAS | UniFAL

UniVeRSidAde FedeRAL de ciÊnciAS dA SAÚde de PORTO ALeGRe | UFcSPA

UniVeRSidAde FedeRAL dA GRAnde dOURAdOS

UniVeRSidAde FedeRAL dO RecÔncAVO dA BAHiA

UniVeRSidAde FedeRAL dO VALe dO SãO FRAnciScO | UniVASF

UniVeRSidAde FedeRAL dO TOcAnTinS | UFT

* incluídas as criadas por transformação, por desmembramento e as consolidadas

Fonte: www.portal.mec.gov.br/sesu

Page 9: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

98 98

Investimentos devem chegar a 1,5% do PIB em 2010

Cresce concessão de bolsaem 2007, o Brasil concedeu 97 mil bolsas para pesquisadores. Foram 65 mil para o conselho nacional de desenvolvimento científico e Tecnológico (cnPq) e 32 mil para a coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior (capes). A meta do Plano de Ação em ciência, Tecnologia e inovação para o desenvolvimento nacional 2007-2010 é aumentar esses números para 170 mil, até 2010, sendo 105 mil para o cnPq e 65 mil para a capes, além de prever um reajuste de 20% nas bolsas de pós-graduação. desde 2003, o Governo Federal concedeu reajustes de 53% no valor das bolsas. O valor estimado para o processo de expansão e reajuste das bolsas de pesquisa está em torno de R$ 6 bilhões.

Finep investirá r$ 2,8 bilhões A Financiadora de estudos e Projetos (Finep) tem previsão orçamentária de R$ 2,8 bilhões para este ano. deste montante, R$ 2 bilhões são recursos do FndcT (Fundo nacional de desenvolvimento científico Tecnológico), operados como financiamento não-reembolsável para universidades, instituições de pesquisa, institutos tecnológicos e empresas, na forma de subvenção, enquanto o restante será para operações de crédito. São R$ 800 milhões a mais do total destinado para o exercício de 2007.

Petrobras pesquisa biocombustíveisA Petrobras tem um estudo inédito na área de bioetanol, combustível produzido a partir de resíduos agroindustriais. O estudo está sendo desenvolvido pelo centro de Pesquisas e desenvolvimento da Petrobras (cenpes), no Rio de Janeiro. A unidade-piloto de pesquisa em etanol é a primeira no País para testes de biocombustíveis a partir da quebra de moléculas pela ação de enzimas, processo que aumenta o rendimento da cana-de-açúcar por hectare. Os biocombustíveis são uma das principais apostas do Brasil na geração de energia no futuro, diversificando a matriz energética do País. Os resultados da pesquisa serão a base para a criação de uma unidade em maior escala, com capacidade de processar dez toneladas de bagaço e produção de 2,8 mil litros de etanol por dia, a partir de 2010 (leia mais sobre biocombustíveis na pág. 33).

rede transfere conhecimento O Governo Federal está formando redes nos estados para compor o Sistema Brasileiro de ciência e Tecnologia (Sibratec), que apóia a transferência de tecnologia para as pequenas e médias empresas brasileiras. A intenção é integrar os centros de pesquisas, numa associação dos institutos de ensino e pesquisa. O Sistema, com suas redes, estará ligado aos chamados arranjos produtivos locais, que variam de uma região para outra. Por exemplo, enquanto num estado, o forte é metalurgia, no outro, é couro ou rochas ornamentais. Uma das diretrizes é incorporar o empresariado, não só como cliente, mas como parte das redes, nas áreas em que já consolidou competências.

[ CIênCIa E tECnOlOGIa ]

Inovação tecnológica tem investimentos planejados até 2010

G arantir investimentos em tecnologia e inovação é importante para manter o

País em condições de competir eco-nomicamente no agressivo merca-do global, assim como buscar mais qualidade de vida para a popula-ção. Para tanto, o Governo Federal lançou, no ano passado, o Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Ino-vação para o Desenvolvimento Na-cional 2007-2010, que prevê recur-sos da ordem de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Assim, nos próximos quatro anos, a ciência e a tecnologia bra-sileiras terão R$ 41,2 bilhões em investimentos federais. Neste ano, os investimentos em pesquisa e de-senvolvimento são da ordem de R$ 1,749 bilhão. E o Plano tem duas metas principais: formar recursos humanos qualificados e fazer que a inovação faça parte da agenda das empresas nacionais. O diferencial do programa, além do aporte financeiro significativo, é a articulação de todas as áreas de governo e instituições de

pesquisa em torno de uma política de Estado para o setor.

O Governo Federal estabele-ceu como estratégicas as seguintes áreas: biotecnologia e nanotecno-logia; tecnologia da informação; insumos da saúde; biocombustíveis; energia elétrica e outras renováveis; petróleo e gás; agronegócio; biodi-versidade; Amazônia e semi-árido; mudanças climáticas; programa es-pacial e nuclear; defesa nacional e segurança pública.

O programa está divido em qua-tro prioridades, que norteiam todas as suas ações: expansão e consolida-ção do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; promoção da inovação tecnológica nas em-presas; pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas estratégicas; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Outros obje-tivos contemplam ações de incentivo fiscal para a contratação de cientistas, bem como para o desenvolvimento de novas tecnologias nas empresas brasileiras.

Dud

a v

ian

Div

ulg

ação

Page 10: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA SOCIAL 1110 1110

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

Plano prevê construção de 214 novas escolas técnicas; critério de instalação das unidades foi privilegiar municípios do interior do País

Um dos principais pontos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o ensino

profissionalizante no Brasil vai dar um salto expressivo. O Governo Federal, por meio do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissio-nal, lançado em abril do ano passado, prevê a construção de mais 150 escolas técnicas até 2010. Entre 2003 e 2007, o

Governo Federal criou 64 unidades. Os estados e o Distrito Federal

serão contemplados com, pelo me-nos, uma unidade de ensino pro-fissionalizante. Para implementar a ação, serão investidos R$ 500 mi-lhões por ano para a manutenção e a implantação do quadro de pessoal das escolas. Além disso, aproximada-mente R$ 750 milhões estão destina-

dos à construção das novas unidades.A previsão é que a rede federal

da educação profissional, que em 2005 tinha 144 instituições, chegue ao final de 2010 com, pelo menos, 350 escolas, meta que representa ofe-recer acesso à educação profissional para 500 mil jovens brasileiros, um crescimento de 161% em relação ao número de vagas de dois anos atrás.

Um dos critérios do plano foi atender prioritariamente às localida-des no interior do País e periferias dos grandes centros urbanos. O Ministé-rio da Educação escolheu os municí-pios a partir do que considerou serem as cidades-pólo das regiões seleciona-das, ou seja, a cidade referência num conjunto de municípios, dentro de um território médio de 50 km.

[ EduCaçãO PrOFIssIOnal ]

Ensino profissionalizante é destaque do PDE e ganha expansãoem 2005, paÍs contava com 144 unidades de ensino profissionalizante

A formação dos professores e a avaliação dos estudantes são duas iniciativas, entre as 40 ações do Pla-no de Desenvolvimento da Educação (PDE), consideradas prioritárias pelo Governo Federal. Para assegurar a qualidade do ensino brasileiro em todos os níveis, o PDE conta com a criação de uma bolsa de iniciação à docência, a expansão das vagas de li-cenciatura nas universidades públicas e os cursos da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que qualificam a distân-cia professores da educação básica.

A Universidade Aberta do Brasil, até o final deste ano, deve contar com mais de 560 pólos de apoio presencial

em funcionamento em todos os esta-dos brasileiros. Para 2010, a meta é chegar a 830 pólos, com oferta de 140 mil novas vagas em cursos a distância de graduação e pós-graduação, para melhorar a formação de quem ensina. Além disso, há o Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência, que destina, neste ano, R$ 70 milhões para a concessão de 20 mil bolsas a es-tudantes de licenciatura e pedagogia.

Avaliação – Novos planos para avaliação dos estudantes estão sendo promovidos no País. A exemplo do que ocorre com alunos da segunda fase do Ensino Fundamental, que fa-zem a Prova Brasil, as crianças de seis

a oito anos também serão avaliadas. A Provinha Brasil mostrará o desem-penho escolar e a efetiva alfabetiza-ção do aluno. A meta do Ministério da Educação (MEC) é que nenhuma criança chegue à 4ª série sem domí-nio da leitura e da escrita.

Outro ponto de controle do sis-tema educacional é o EducaCenso, um cadastro on-line, via internet, com base de dados centralizada no Minis-tério, de escolas, docentes, profissio-nais e alunos. O censo educacional do ensino básico foi realizado em 2007, com participação de 198 mil escolas do País. As informações coletadas aju-darão a direcionar as aplicações de

recursos, especialmente para sistemas municipais e estaduais com notas mais baixas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Apoio – A criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Bási-ca (Ideb) e o apoio técnico e finan-ceiro aos municípios com indicadores educacionais mais baixos são ações de destaque do ano passado na área da educação. O Ideb leva em conta o rendimento dos alunos, a taxa de re-petência e a evasão escolar. O índice foi elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) e mostra as condições de ensino do Brasil.

Programa estimula a formação do professor e avalia aprendizagem do aluno

Foto

s: J

oão

Bitt

ar/M

EC

para qualificação dos professores, o governo federal

criou a universidade aberta do brasil e também destinou

r$ 70 milhões para concessão de bolsas

Page 11: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1110 1110

o brasil tem 50,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos.

até 2010, os recursos aplicados na educação dos jovens pelos programas

do governo federal chegarão a r$ 5,4 bilhões

ProJovem Urbano

Tem por objetivo elevar o grau de

escolaridade de jovens de 18 a

29 anos que saibam ler e

escrever. estão previstas 250 mil

vagas para 2008, com o benefício

de R$ 100 mensais.

ProJovem Campo

com 35 mil vagas neste ano,

o ProJovem campo busca

qualificação social, formação

profissional e aumento da

escolaridade das pessoas de

18 a 29 anos que trabalham em

agricultura familiar. O ensino

Fundamental será oferecido

em regime de alternância entre

atividades no espaço familiar e

comunitário e presença em sala

de aula. O curso, de 2 anos,

oferece 12 bolsas/mês, no valor

de R$ 100 por estudante.

ProJovem Trabalhador

esta modalidade preparará

o jovem para o mercado de

trabalho, com ocupações

alternativas geradoras de

renda. Podem participar os

desempregados, com idade entre

18 e 29 anos, e membros de

famílias com renda per capita de

até meio salário mínimo.

A previsão é a abertura de 320

mil vagas neste ano. Os valores

do benefício ainda não estão

definidos, porque dependem

de regulamentação da lei.

ProJovem Adolescente

Foram reservadas 498 mil vagas

para o ProJovem Adolescente.

elas serão destinadas a jovens

de 15 a 17 anos em situação de

risco social, independentemente

da renda familiar, ou que sejam

membros de famílias beneficiárias

do Programa Bolsa Família. O

curso terá duração de 24 meses,

no intuito de contribuir para a

redução dos índices de violência,

do uso de drogas, de doenças

sexualmente transmissíveis e de

gravidez na adolescência.

O novo ProJovem, lançado em setembro do ano passado, vai oferecer, até 2010, cerca

de 3,5 milhões de vagas para jovens brasileiros em situação de vulnerabi-lidade social. Número quatro vezes maior que o oferecido pelo antigo ProJovem. A iniciativa do Governo Federal, agora, reúne seis programas: o próprio ProJovem, o Agente Jovem, o Saberes da Terra, o Consórcio Social da Juventude, o Juventude Cidadão e o Escola da Fábrica. Também foi am-pliada a faixa etária dos beneficiados, passando de 24 para 29 anos.

A nova divisão da faixa etária eleva o Brasil a um padrão interna-cional de conceituação de juventude,

com três grandes grupos definidos: adolescentes-jovens (15 a 17 anos), jovens-jovens (18 a 24 anos) e jovens-adultos (25 a 29 anos). O programa cria mais condições para que jovens excluídos do processo educacional convencional consigam concluir o Ensino Fundamental e tenham aces-so às escolas profissionalizantes e ao Ensino Superior, chegando ao merca-do de trabalho em condições mais fa-voráveis para a obtenção de emprego (veja informações ao lado).

As quatro modalidades do novo ProJovem (detalhadas ao lado) conta-rão com investimentos de R$ 1,2 bi-lhão em 2008. Até 2010, os recursos aplicados estão estimados em R$ 5,4

bilhões. Desde a criação, em 2005, da Secretaria Nacional da Juventude e do Conselho Nacional de Juventude, vin-culados à Secretaria-Geral da Presidên-cia da República, o tema da juventude passou a ser tratado com uma das prio-ridades do Governo Federal. O Brasil tem hoje 50,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos. A estimativa é que o Pro-grama atenda a 4,2 milhões de jovens.

No final de abril, o Governo Federal promoveu a 1ª Conferência Nacional de Políticas da Juventude, em Brasília, quando foram discutidas metas para potencializar iniciativas voltadas à juventude, assim como po-tencializar as políticas públicas para este segmento da população.

[ PrOJOvEM ]

Governo amplia ProJovem e vai abrir 3,5 milhões de vagas até 2010programa, cujo objetivo é atender aos jovens que estão fora da escola ou do mercado de trabalho, integra seis iniciativas

um quarto da população do Brasil tem entre 15 e 29 anos. Futuro justo para o País requer prioridades para os jovens

Bru

no S

pad

a/M

DS

Page 12: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1312 1312

BOLSA FAMíLIA Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fomewww.mds.gov.brFone: 0800 707 2003

TERRITóRIOS DA CIDADAnIAwww.territoriosdacidadania.gov.br

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

AGEnDA SOCIAL

São 46 milhões de brasileiros. Este é o número de pessoas be-neficiadas pelo Bolsa Família, o

principal programa de transferência de renda do Governo Federal e um dos maiores do mundo. Para atender a 11,1 milhões de famílias cadastra-das, foram investidos R$ 9,2 bilhões no ano passado. O Bolsa Família be-neficia, direta ou indiretamente, um quarto da população do País.

Além de elevar os padrões de consumo das famílias participantes, a iniciativa reflete positivamente na educação e na saúde e ainda estimula a economia das comunidades. Pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvol-vimento Social e do Combate à Fome, em 2005, mostrou que a desnutrição infantil no Semi-árido caiu de forma significativa nos últimos dez anos. O levantamento identificou, ainda, que 92,8% dos meninos e meninas avalia-dos fazem pelo menos três refeições por dia e a participação no Bolsa Famí-lia contribuiu em 30% para a queda no risco de desnutrição infantil.

De acordo com o Unicef, uma em cada quatro crianças brasileiras menores de 6 anos de idade vive em lares aten-didos pelo programa de transferência de renda do Governo Federal. 48% das beneficiárias moram no Nordeste. Ao priorizar as famílias com criança, o Bol-sa Família atende ao público mais vul-nerável à mortalidade infantil. Entre os fatores responsáveis pelos resultados do programa, estão os compromissos exigi-dos das famílias participantes, como ga-rantir a freqüência escolar e dar atenção à saúde dos filhos.

A mais recente inovação do Bolsa Família foi a criação do Be-nefício Variável Jovem (BVJ), cujo objetivo é estimular a permanência na escola de adolescentes entre 16 e 17 anos, que pertençam a famílias já atendidas pelo Bolsa Família. O BVJ, que até o final do ano atende-rá a 1,75 milhão de jovens, prevê o acréscimo de até R$ 60, e o paga-mento do benefício está vinculado à freqüência escolar, combatendo a evasão nesta faixa etária.

Territórios da Cidadania O Programa Territórios da cidadania promove o desenvolvimento das áreas mais pobres, especialmente no meio rural. com recursos de R$ 11,3 bilhões, o programa articula 135 ações de 15 ministérios, para apoio à produção, acesso a direitos e ações de infra-estrutura. O Territórios da cidadania, por sua escala e volume de recursos investidos, é um programa de planejamento participativo pioneiro em nível mundial, destinado a promover um novo ciclo de desenvolvimento rural. Serão atendidos 60 territórios, com 958 municípios, que abrigam 24 milhões de pessoas, incluindo uma população rural de 7,8 milhões de pessoas, entre elas famílias de pequenos agricultores e assentados pela Reforma Agrária. O Bolsa Família atende a 2,3 milhões de famílias desse universo. Os territórios compreendem 350 comunidades quilombolas e 149 terras indígenas. A característica comum entre todos os locais atendidos pelo Programa é o baixo índice de desenvolvimento Humano. A implantação do Programa em cada “território” inicia-se com a criação de conselhos de desenvolvimento locais. O objetivo é que as ações de desenvolvimento sejam pactuadas entre todos os seus protagonistas – a sociedade, os empreendedores e as autoridades municipais, estaduais e federais.

[ OPOrtunIdadE ]

Bolsa Família melhora a vida de 46 milhões de brasileiros

Evolução do Bolsa Família

2004 2005 2006 2007 2008Recursos destinadosFamílias beneficiadas

r$ 3,4

r$ 5,7r$ 6,5

r$ 7,8

r$ 9,2r$ 10,3

3,6

11,1* 11,1 11,1

8,7

6,5

milh

ões

milh

ões

bilh

ões

bilh

ões bilh

ões bi

lhõe

s

bilh

ões bi

lhõe

s

milh

ões

milh

ões

milh

ões

milh

ões

*em junho de 2006, foi atingida a meta do Programa, que é o atendimento de 11,1 milhões de famílias

“A riqueza que eu posso dar a eles é o estudo”

O Bolsa Família muda a realidade de famílias, como a de Joselita de Jesus Silva (foto), moradora de Aracaju (Se). Mãe de sete filhos, ela conta que o Programa foi decisivo para sua família, modificando inclusive o diálogo em casa. “eu tinha dificuldade de comunicação com meus filhos, mas, depois que entramos nos programas sociais, só melhorou. Aprendemos a conviver em família, em união”, afirma. ela destaca que o Bolsa Família oferece o que há de melhor aos filhos: “A riqueza que eu posso dar a eles é o estudo”.

Como funciona O Bolsa Família seleciona os participantes a partir das informações inseridas pelos municípios no cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (cadÚnico). Podem participar do Programa as famílias com renda mensal de até R$ 120,00 por pessoa.

Arq

uivo

MD

S

Page 13: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1312 1312

neste ano, serão investidos r$ 2,8 bilhões no

luz para todos, antecipando a meta programada para 2015. a energia

elétrica será garantida a mais de 2,5 milhões de famílias

Dentre as inúmeras ações do Governo Federal que inter-ferem positivamente na vida

dos brasileiros, o Programa Luz para Todos destaca-se por já ter transfor-mado profundamente a realidade de 7,6 milhões de pessoas. Até dezem-bro de 2007, 1,4 milhão de famílias foram beneficiadas pelo Programa, cujo objetivo é levar energia elétrica à totalidade da população que vive no meio rural do Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros.

Neste ano, o Luz para Todos vai investir mais R$ 2,8 bilhões para le-var energia elétrica para mais famí-lias, resultando num novo estímulo para a fixação do homem no campo, que antes deixava sua localidade em busca de melhores oportunidades nas grandes cidades. O Programa in-clui famílias participantes de assenta-mentos, remanescentes de quilombos e indígenas.

O Luz para Todos muda radical-mente a situação das famílias, permitin-

do colocá-las em contato com os benefí-cios da vida moderna e, com isso, viver com muito mais conforto. E, além disso, gera desenvolvimento social e econômi-co, estimulando a criação de trabalho, emprego e renda.

As comunidades atendidas são constituídas por trabalhadores rurais que vivem da comercialização de lei-te e derivados, da criação de peixes e da agricultura de subsistência. Com a energia elétrica, esses trabalhadores passaram a usar a irrigação, resfria-

dores de leite e refrigeradores para conservar pescados.

Desde quando começou a ser im-plementado, em 2004, o Luz para To-dos implantou 3,2 milhões de postes, 504 mil transformadores e 628 mil km de cabos elétricos. A ligação da ener-gia elétrica nas residências é gratuita e pode ser solicitada à concessionária de distribuição de energia elétrica ou à cooperativa de eletrificação rural que atende ao município, por qualquer fa-mília residente na área rural.

[ CIdadanIa ]

[ luz Para tOdOs ]

Energia elétrica leva trabalho e renda para o interior programa muda realidade de 1,4 milhão de famÍlias que vivem na área rural e atuam na pecuária, criação de peixe e na agricultura de subsistência

Central de Atendimento à Mulherfaz mais de 200 mil atendimentos

em 2007, a central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 – registrou 204.978 atendimentos, que correspondem a 124.697 ligações –, já que uma ligação pode gerar mais de um atendimento. O aumento de atendimentos foi de 306% em relação a 2006, quando foram realizados 50.444 atendimentos; enquanto o número de ligações cresceu aproximadamente 147% no mesmo período. Parte significativa deste aumento se deve à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha – legislação que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher, que saltou de 40 atendimentos/dia, em 2006, para 131 atendimentos/dia, em 2007. A promulgação da lei integra uma série de ações da Política nacional de enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que ampliou os serviços especializados de atendimento à mulher. Atualmente, o Brasil conta com 403 delegacias ou Postos especializados de Atendimento à Mulher, 99 centros de Referência de Atendimento à Mulher, 65 casas abrigo, 15 defensorias Públicas da Mulher, a central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, a Ouvidoria da Secretaria especial de Políticas para as Mulheres (SPM), além de Juizados e Varas de Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. em relação a 2003, houve um aumento de 50% no número de casas abrigo existentes e de aproximadamente 170% de centros de Referência.

Crianças recebem registro civil O Governo Federal lançou, em 2007, o Plano Social de Registro civil de nascimento e documentação Básica, com os objetivos de erradicar o sub-registro de crianças com até um ano de idade até 2011 e aumentar o acesso à documentação civil básica do restante da população, como carteira de identidade, cPF e carteira de Trabalho. O registro de nascimento é a primeira garantia do cidadão de ser reconhecido pelo estado e ter acesso aos serviços públicos. Os dados do iBGe de 2005 apontavam que 375 mil crianças nascidas vivas não tinham sido registradas até o primeiro ano de vida. O Plano prevê investimentos de R$ 132 milhões e, para executá-lo, o Governo Federal vem promovendo uma campanha de mobilização nacional, alertando a população sobre a importância da documentação. Paralelamente, quer ampliar a oferta de serviços de registro civil de nascimento e de documentação civil básica e aperfeiçoar o sistema brasileiro de registro civil de nascimento, com a criação do Banco de dados nacional de Pessoas Registradas.

Governo Federal garante instalação gratuita de energia elétrica nas comunidades carentes

DISqUE LUz (Ministério das Minas e energia)Fone: 0800 56 0506www.mme.gov.br

violência contra a Mulher central de Atendimento Fone: 180www.violenciamulher.org.br www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm

Foto

s: L

uiz

Cle

men

tino

Page 14: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA SOCIAL 1514 1514

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

Foco na assistênciadentro das escolas

cerca de 26 milhões de alunos brasileiros terão atenção integral à saúde por meio das equipes Saúde da Família nas escolas da rede pública. O Programa Saúde na escola inicia em 2008, beneficiando inicialmente 2 milhões de alunos das escolas priorizadas, escolhidos por causa do desempenho insatisfatório no índice de desenvolvimento da educação Básica. Para os quatro anos do Programa estão previstas 5 milhões de consultas oftalmológicas e o fornecimento de 460 mil óculos. Também serão realizadas 800 mil avaliações auditivas e haverá fornecimento de 33 mil próteses auditivas. na promoção da saúde e prevenção, estão previstas ações de segurança alimentar e alimentação saudável. O Programa prevê o estímulo à adoção de práticas corporais saudáveis e da atividade física nas escolas. Os trabalhos de educação sexual reprodutiva e prevenção de gravidez na adolescência chegarão a 87 mil escolas em 3,5 mil municípios. Serão realizadas também ações voltadas à promoção da cultura de Paz e à prevenção da violência, bem como à prevenção e à redução do uso de bebidas alcoólicas, cigarro e outras drogas.

[ saúdE da FaMílIa ]

Atenção básica já alcança 47% da população brasileirameta do saúde da famÍlia é atingir 130 milhões de brasileiros, com a elevação de 27 mil para 40 mil equipes de médicos, enfermeiros e agentes comunitários

A cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) chegou, em novembro do ano passado, a

47,6% dos lares brasileiros, o que repre-senta 89,3 milhões de brasileiros. Com ações que vão do planejamento familiar até o bem-estar do idoso, o Saúde da Fa-mília é a principal iniciativa do Governo Federal para a prevenção de doenças e a atenção básica à saúde da população, sendo continuamente aperfeiçoado e ampliado. No ano passado, o Saúde da Família tinha 25,1 mil equipes, aten-dendo a 45,2% da população.

A ampliação do Saúde da Família dá ênfase às regiões metropolitanas

e a locais sem assistência médica. A meta é atingir 130 milhões de brasilei-ros, com a elevação de 27 mil para 40 mil equipes, de médicos, enfermeiros e agentes comunitários. O Programa, que é feito em parceria com os mu-nicípios, possibilita, ainda, entre ou-tros ganhos, que as equipes cheguem às escolas, permitindo a melhoria da capacidade de aprendizagem dos alu-nos, graças ao acesso a exames clíni-cos, odontológicos e oftalmológicos.

Neste ano, por exemplo, a inten-ção é aumentar em 10% a quantidade de laqueaduras, chegando a 55 mil cirurgias. Além disso, o planejamento

familiar continua em movimento de expansão, com oferta de métodos con-traceptivos a 21 milhões de mulheres em idade fértil. Até 2011, serão im-plantados centros de reprodução assis-tida em cinco universidades federais.

Para o acompanhamento às ges-tantes, 2 mil profissionais ligados às emergências em maternidades estão sendo capacitados para atuarem em 78 municípios, em parceria com as prefei-turas. Espera-se uma redução da taxa de partos cesarianos de 30% para 25% no Sistema Único de Saúde (SUS) e de 80% para 60% no setor suplementar, dan-do, assim prioridade ao parto normal.

Samu garante agilidade às emergências

A Política nacional de Atenção às Urgências e às emergências é baseada na

estruturação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O socorro

não tem hora nem lugar: pode ser em vias públicas, residências ou locais de

trabalho. O atendimento é feito após ligação telefônica gratuita para o número

192. Atualmente, a rede nacional conta com 131 serviços de atendimento móvel

e atende a 1.067 municípios, cobrindo mais de 98 milhões de habitantes. Até o

fim do ano passado, foram adquiridas e distribuídas 2.158 ambulâncias e sete

lanchas especializadas para atender às regiões ribeirinhas. em parceria com a

Polícia Rodoviária Federal, o Samu também conta com dois helicópteros e mais

19 ambulâncias. A meta para 2008 é expandir o serviço, com a aquisição de 1,3

mil ambulâncias, dez helicópteros e sete lanchas.

Medicamentos com preços reduzidos estão disponíveis nas farmácias populares

Equipes do saúde da Família dão ênfase às regiões metropolitanas e a locais sem assistência médica

Saúde bucal com o Brasil SorridenteA área de saúde bucal continua em expansão, com a implantação de centros de especialidades Odontológicas (ceOs). Até novembro de 2007, foram instalados 599 ceOs e realizados mais de 12,1 milhões de procedimentos especializados. A cobertura do programa Brasil Sorridente saltou para 40,8% da população brasileira, em 2007, fruto do trabalho de mais de 15,6 mil equipes de saúde bucal. Até 2011, 70% dos brasileiros estarão amparados pelo programa, com cerca de 24 mil equipes em atuação.

Már

cia

Gou

thie

r/A

Sn

Wilt

on J

unio

r/A

E

Arq

uivo

MS

Page 15: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1514 1514

a política de saúde dedica atenção especial à infância, com acompanhamento desde o pré-natal

O Brasil sorridente beneficia 40% dos brasileiros, com atendimento odontológico

O Programa saúde da Família conta com 27,8 mil equipes atuando em mais de cinco mil municípios

[ MaIs saúdE ]

Saúde amplia atendimento com mais investimentos no SUS

Em dezembro, o Governo Fe-deral lançou o programa Mais Saúde, um conjunto

de medidas para aprimorar os ser-viços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tais como aumen-to dos investimentos para aquisição de medicamentos, reajuste da tabela de procedimentos (atendimentos, consultas, exames, etc.), além de aumentar os recursos financeiros repassados a estados e municípios. Para a área de saúde, o orçamento previsto para este ano é da ordem de R$ 52,5 bilhões, que estão sendo aplicados em quatro áreas principais do Mais Saúde: promoção e atenção à saúde; ampliação do acesso aos serviços; desenvolvimento e inova-ção do setor; e gestão e controle.

Uma das principais ações do Go-verno Federal foi a liberação de R$ 2

bilhões para o reajuste da tabela do SUS, reivindicação antiga dos estados e municípios. Com os recursos foi pos-sível aumentar, em média, em 30% os valores praticados em cerca de mil pro-cedimentos. Com o fim da CPMF no final do ano passado, o Governo Fede-ral redimensionou seus investimentos na saúde para readequá-los à perda de receita de cerca de R$ 40 bilhões.

Para se ter uma idéia da dimen-são do sistema de saúde brasileiro, os investimentos federais na área permitiram, no ano passado, a reali-zação de 365,4 milhões de consultas gerais e especializadas, dois milhões de partos normais e cesárias, sete milhões de sessões de hemodiálise e mais de 190 mil cirurgias cardíacas, entre outros procedimentos. Em re-lação aos exames laboratoriais, foram feitos mais de 54 milhões.

Ações contra epidemias Para combater a dengue, o Governo Federal desenvolve, em parceria com estados e municípios, desde maio do ano passado, campanhas de prevenção e controle da doença. em 2007, foram destinados R$ 685 milhões para tais ações. no entanto, houve uma epidemia no Rio de Janeiro, o que levou o Governo Federal a realizar um repasse adicional de mais R$ 1,6 milhão ao estado e enviar técnicos para o enfrentamento da situação. Além disso, articulou, com o governo estadual, a prefeitura do Rio de Janeiro e as Forças Armadas, o reforço da estrutura para atender aos pacientes de forma adequada. Foram montados hospitais de campanha e tendas de hidratação, e contratados, excepcionalmente, médicos de outros estados para atuar na capital fluminense. O Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, tomou todas as medidas necessárias para conter os recentes casos de febre amarela identificados no Brasil. Foram divulgadas as áreas de risco de contaminação, distribuídas quase 19 milhões de doses da vacina e reforçadas as recomendações aos estados, municípios e à população sobre a vacinação contra a doença.

Assistência farmacêuticana aquisição de medicamentos, em 2007, foram aplicados R$ 4,6 bilhões, um aumento de mais de R$ 400 milhões em relação ao ano anterior, e R$ 1,4 bilhão a mais que em 2006. com o Mais Saúde, o objetivo do Governo Federal é aumentar em 50% a quantidade de remédios produzida pelos laboratórios farmacêuticos oficiais, incluindo-se aqui a insulina e a medicação para o tratamento da Aids. O Mais Saúde pretende ainda ampliar para 600 as unidades do Programa Farmácia Popular do Brasil (eram 130 em 2006), executado em parceria com municípios, para a oferta de medicamentos a preço de custo. Já a expansão do Farmácia Popular do Brasil, chamada Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com a iniciativa privada, será para cerca de 20 mil novos estabelecimentos, contra as 1,5 mil unidades de 2006, e o número de medicamentos vendidos com descontos de até 90% aumentará de 9 para 25.

DISqUE SAúDE (Ministério da Saúde)Fone: 0800 61 1997www.saude.gov.br

Foto

s: M

árci

a G

outh

ier/

AS

n

Már

cio

nas

cim

ento

Page 16: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA SOCIAL 1716 1716

A população indígena brasileira aumenta em patamar acima da média nacional. O cresci-

mento pode ser explicado pelo cresci-mento vegetativo da população, mas também pela ampliação no número de comunidades que assumiram sua condição indígena. A auto-afirmação étnica está assentada no incremento das políticas de valorização cultural e de inclusão social, desenvolvidas no âmbito do Ministério da Justiça, pela Fundação Nacional do Índio (Funai), com o apoio de diversas instituições do Governo Federal.

Em abril de 2007, fruto de uma antiga luta dos povos indígenas, foi instalada a Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI). O cole-giado é presidido pela Funai e com-posto de forma paritária por órgãos do Governo Federal e representações indígenas. Entre as decisões mais re-levantes, destacam-se a apresentação

da Agenda Social dos Povos Indíge-nas, o PAC da Saúde e o Plano de De-senvolvimento da Educação. Outro desdobramento foi a proposta de an-teprojeto de lei que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista, já encaminhado ao Congresso.

Também em abril de 2007, nas comemorações do Dia do Índio, fo-ram homologadas seis terras, num total de 978 mil hectares, nos estados de Alagoas, Amazonas, Pará, Paraná, Pernambuco e Santa Catarina.

Já o saneamento nas aldeias foi alvo de atenção, por meio do Progra-ma de Aceleração do Crescimento, no âmbito da Fundação Nacional de Saú-de (PAC Funasa). Foram investidos R$ 34 milhões em 484 aldeias localizadas em 183 municípios. A meta do PAC Funasa para os povos indígenas é ele-var a cobertura de abastecimento de água, de 62% para 90%, e dobrar, de 30% para 60%, a cobertura de esgoto.

Entre as iniciativas de atenção à saúde dos povos indígenas, destaca-se o mês de vacinação, ocorrido no período de 23 de abril a 25 de maio, que mobilizou 3.363 profissionais, entre os quais 1.761 agentes indíge-nas de saúde e de saneamento.

A campanha alcançou a marca de 2.112 aldeias e 314 pólos-base, beneficiando mais de 162 mil pes-soas. Em relação a 2006, a campa-nha registrou um crescimento de 10,7% na aplicação da vacina BCG, contra a tuberculose, e de 52,6% na tetravalente, de combate à difteria, ao tétano, à coqueluche e a doen-ças por hemófilo influenza tipo B. A vacinação contra a poliomielite cresceu 40,5%. A Funasa promoveu ainda a estruturação da vigilância alimentar e nutricional, acompa-nhando mensalmente o desenvolvi-mento de cerca de 24,5 mil crian-ças, com idade de até quatro anos.

[ POlítICas aFIrMatIvas ]

Comissão traça rumos danova política indigenistaampliar ações de saúde, fortalecer a cultura e oferecer mais oportunidades de educação são iniciativas para a valorização dos povos indÍgenas

[ quIlOMBOlas ]

Terra garantida para comunidades

com o Programa Brasil

Quilombola, o Governo Federal

empenhou-se em articular o

processo de regularização

fundiária das populações

remanescentes de quilombos,

com políticas públicas que

assegurem o respeito a seus

direitos sociais e culturais.

no momento, existem 595

territórios em processo de

regularização, e as áreas já

tituladas garantiram a posse

da terra a 2.187 famílias.

O incra concluiu e publicou os

estudos de reconhecimento

dos territórios de 6.209

famílias quilombolas.

O Governo Federal investirá

R$ 170 milhões em obras

de saneamento, garantindo

água de qualidade e rede de

esgotamento sanitário para

famílias em 622 comunidades.

essas populações também são

beneficiadas pelo Programa Luz

para Todos, que proporcionou

a instalação de energia elétrica

em 367 comunidades.

Grupos discutem regularização

A população indígena brasileira atual é de 565 mil pessoas, segundo levantamento realizado pela Funai, que registrou um crescimento acima da média nacional, considerando os dados do último censo do iBGe, realizado em 2000, que contabilizou 351 mil indígenas. O crescimento populacional e as ações de auto-afirmação promovem também novas demandas, como o reconhecimento e a regularização de terras indígenas. Para atendê-las, o Governo Federal intensificou o trabalho com a criação de 23 grupos técnicos de estudos de delimitação – primeira etapa para o reconhecimento dos direitos territoriais dos povos indígenas.

Funasa faz trabalho de prevenção e controle de doenças em aldeias. Em 2007, foram beneficiadas mais de duas mil comunidades

Rob

erto

Cru

z/Fu

nai

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

a campanha de vacinação promovida pela funasa

chegou a 2.112 aldeias e 314 pólos-base,

beneficiando mais de 162 mil pessoas

Page 17: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1716 1716

Promover a diversidade cultu-ral, a auto-estima, a cidadania e a emancipação social são as

bases do programa Mais Cultura, lan-çado em outubro de 2007. A priori-dade de implantação de novos espa-ços e de apoio a iniciativas de acesso à cultura está sendo dada às 11 re- giões metropolitanas com maior índi-

ce de violência, aos locais com baixos indicadores de saúde e educação e aos territórios de identidade (quilombos, reservas indígenas e comunidades ar-tesanais). O programa é fruto de par-cerias do Ministério da Cultura com a sociedade civil, bancos federais, em-presas públicas, governos estaduais, municipais e outros ministérios.

[ Cultura ]

País tem mais de 800 Pontos de Cultura em 250 municípiosacessos a bens culturais e meios para expressão artÍstica ganham força. regiões com altos Índices de violência têm prioridade para o governo federal

A realização dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos Rio 2007 foi um marco para o Brasil. Foi sua melhor participação na his-tória das competições: o terceiro lu-gar, com 161 medalhas (54 ouros, 40 pratas e 67 bronzes), no Pan, e o pri-meiro lugar, com 228 medalhas (83 ouros, 68 pratas e 77 bronzes), no Parapan. O maior evento esportivo das Américas confirmou a capacida-de brasileira de sediar grandes cam-peonatos mundiais. Além de dispu-tar o direito de sediar as Olimpíadas de 2016, o País acolhe, neste ano, os

Jogos Desportivos da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP), os mundiais de judô e de futsal e a final da Liga Mundial de Vôlei. O Brasil também será sede dos Jogos Mun-diais Militares, em 2011, e da Copa do Mundo de futebol, em 2014.

O esporte está consolidado como política de Estado e como ins-trumento para redução da exclusão da vulnerabilidade social. As ações do Programa Segundo Tempo, im-plantado em 2003 pelo Ministério do Esporte, já beneficiaram cerca de 3 milhões de crianças e adolescen-

tes, com atividades esportivas e edu-cacionais no contraturno escolar.

O Programa Inserção Social pela Produção de Material Esportivo, por meio do Pintando a Liberdade e do Pintando a Cidadania, resultou na produção de mais de 5 milhões de ar-tigos esportivos e beneficiou 1,8 mil pessoas de comunidades em situação de risco e 12,7 mil detentos.

No âmbito competitivo, o pro-grama Bolsa-Atleta garante uma manutenção mínima para esportis-tas de alto rendimento, para que se dediquem exclusivamente aos treinos

e às participações em competições. O programa, desde sua criação em 2005, já distribuiu cerca de 4 mil bol-sas. Os investimentos prioritários vão para modalidades olímpicas e para-olímpicas, com o objetivo de manter e renovar gerações de atletas com potencial para representar o País nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

Para os amantes do futebol, a novidade foi a criação da Timemania, nova loteria que ajudará os clubes a pagar suas dívidas com a União. De-pois de quitadas, os times passarão a receber parte dos recursos da loteria.

[ EsPOrtE ]

Pan-Americano, um marco para o Brasil

Uma das ações principais são os Pontos de Cultura, iniciativas desenvolvidas por grupos comuni-tários em instalações já existentes. Uma vez transformadas em Pontos, essas iniciativas passam a contar com o apoio do programa, visando ampliar o alcance de seus trabalhos em favor das comunidades em que estão inseridas. O País conta, hoje, com mais de 800 Pontos de Cultu-ra, distribuídos em 250 municípios de todas as unidades da Federação. A meta é atingir, em dois anos, a marca de 20 mil Pontos.

Outra prioridade do Mais Cul-tura é criar e revitalizar espaços culturais, teatros, cinemas e biblio-tecas. O programa conta com orça-mento de R$ 4,7 bilhões até 2010, sendo R$ 2,2 bilhões da União e R$ 2,5 bilhões de parcerias, finan-ciamentos, contrapartidas e patro-cínios. Além de garantir o acesso à cultura, o investimento oferece qua-lificação, gera trabalho, emprego e renda para as comunidades.

O Mais Cultura concede também linhas de crédito e microcrédito dire-cionadas a empreendedores culturais.

democratização: meta do Governo Federal é atingir, em dois anos, a marca de 20 mil pontos de cultura

Fotos: Francisco Medeiros

Ald

o D

ias

Saber ao alcance de todosem 2007, foram adquiridos equipamentos e acervo para instalação e modernização de bibliotecas em 360 municípios. com essa iniciativa, aumentou para 94,6% o índice de municípios com bibliotecas públicas. Para 2008, a meta é elevar esse índice a 100%. Outra frente é a digitalização de acervos, por meio do projeto Biblioteca nacional digital, que já oferece mais de 15 mil conteúdos literários e cartográficos. O Mais cultura prevê, ainda, a publicação de 9 milhões de livros a baixo custo.

Page 18: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA SOCIAL

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

1918 1918

[ PrOnasCI ]

Investimentos de r$ 6,7 bilhões emsegurança e cidadania

Lançado pelo Governo Federal em 2007, o Programa Nacional de Segurança Pública com Ci-

dadania (Pronasci) é uma iniciativa iné-dita. Priorizando a prevenção e o com-bate aos fatores causadores da violência, o Programa estabeleceu um novo para-digma para ações nesse setor. O Pronas-ci enfatiza a construção da cidadania, ao mesmo tempo em que investe em inicia-tivas concretas contra a criminalidade e em estratégias de ordenamento social. Com investimentos de R$ 6,7 bilhões até 2012, o Pronasci é composto por 94 ações, que integram a União, estados, municípios e comunidades.

Além da valorização dos profis-sionais de segurança pública, da rees-truturação do sistema penitenciário e do combate à corrupção policial, o Programa desenvolve ações preventi-vas entre jovens de 15 a 29 anos em situação de violência ou que se en-contram ou já estiveram em conflito com a lei. Age também com presos ou egressos do sistema prisional e re-servistas, passíveis de serem atraídos pelo crime organizado em função do aprendizado em manejo de armas,

adquirido durante o serviço militar.No atendimento a essa vertente

do Pronasci, estão sendo executados novos projetos. O Mulheres da Paz prepara as líderes de comunidades para atuarem como multiplicadoras de conceitos, como cidadania, direitos hu-manos e ética, junto à juventude.

O Projeto de Proteção a Jovens em Território Vulnerável (Protejo) oferece programas de inclusão social e de formação cidadã aos jovens, por meio de atividades culturais, esportivas e educacionais. Além do resgate da ci-dadania e da auto-estima, a meta é a transformação dos participantes em disseminadores da cultura da paz.

O Pronasci está nas 12 regiões me-tropolitanas mais violentas do Brasil, segundo pesquisa dos ministérios da Justiça e da Saúde. A relação é compos-ta por Belém, Belo Horizonte, Brasília (entorno), Curitiba, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. A meta do Pronasci é reduzir, em todo o País, o atual índice de 29 homicídios por gru-po de 100 mil habitantes, para 12 ho-micídios para cada 100 mil habitantes.

Brasil é referência nocombate à piratariaA atuação do conselho nacional de combate à Pirataria e delitos contra a Propriedade intelectual (cncP) consolidou-se, em 2007, como uma referência na América Latina, ao mobilizar esforços do estado e da sociedade para o enfrentamento da pirataria. como resultado do trabalho, o Brasil bateu o recorde em apreensão de mercadorias falsificadas, avaliadas em R$ 1 bilhão. O País também figurou na edição de 2007 do estudo Anual de Pirataria de Software, elaborado pelo International Data Corporation (IDC), e divulgado pela Business Software Alliance (BSA), como um dos mercados que registraram a maior queda na taxa de pirataria na América Latina.

entre dezenas de iniciativas, programa desenvolve ações preventivas com jovens que vivem em situação de violência ou em conflito com a lei

um dos eixos do Pronasci é a valorização dos profissionais de segurança pública

Foto

s: Is

aac

Am

orim

/AC

S/M

J

Força Nacional age nos estadoscriada em 2004 para atender às necessidades emergenciais dos estados, a Força nacional de Segurança (FnS) já atuou nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no Maranhão, no espírito Santo e em Mato Grosso do Sul. em abril, a FnS acompanhava as obras do Plano de Aceleração do crescimento (PAc) nas comunidades do Rio de Janeiro, atuava no combate ao desmatamento na Amazônia e apoiava as polícias estaduais no enfrentamento à criminalidade em Alagoas e na região do entorno do distrito Federal. A Força nacional também marcou presença na operação Upakaton 3, ao lado da Polícia Federal, da Funai e do ibama, realizada na Reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, cujo objetivo é a retirada de ocupantes não-índios da reserva.

Formada por cerca de sete mil homens – escolhidos entre os melhores policiais e bombeiros dos grupos de elite de dez estados –, seus integrantes passaram por treinamento na Academia nacional de Polícia (Polícia Federal) em Brasília. eles são preparados para atuar preventivamente e difundir temas ligados aos direitos humanos e à cidadania, nas áreas onde atuam. A criação da FnS foi inspirada nas forças de paz da Organização das nações Unidas (OnU) para responder a diversas demandas, muitas vezes em territórios dominados pela criminalidade.

Page 19: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

1918 1918

O Programa Nacional de Se-gurança Pública com Cida-dania (Pronasci) prevê a re-

estruturação do sistema penitenciário do País, com a criação de 41 mil vagas para homens e 5,4 mil para mulheres, além da capacitação de servidores que atuam no sistema prisional e da aqui-sição de equipamentos de segurança e inteligência penitenciária.

Cada uma das 12 regiões que inicialmente contam com as ações do programa tem pelo menos uma penitenciária para jovens adultos (18 a 24 anos) e/ou uma para mu-lheres. Os presídios terão módulos de educação e de saúde. O objetivo é que os detentos, após cumprirem a

pena, possam aplicar, fora da prisão, o que aprenderam enquanto estive-ram presos e saiam preparados para reinserção na sociedade e no merca-do de trabalho.

As penitenciárias serão benefi-ciadas com os programas ProJovem, de Educação Profissional para Jovens e Adultos (Proeja), Brasil Alfabetiza-do e preparatórios para o Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem). Os detentos também serão preparados para o Programa Universidade para Todos (ProUni) e Universidade Aber-ta. A formação educacional servirá ainda para a remição da pena. A cada 18 horas de estudo, os presos passa-rão um dia a menos na prisão.

Também fazem parte do Pronas-ci os projetos Pintando a Liberdade e Pintando a Cidadania. No primei-ro, os presos aprendem a fabricar materiais esportivos e desenvolvem técnicas de serigrafia. Cada três dias trabalhados representarão menos um de pena. Já no Pintando a Cidadania, as famílias dos presos serão capacita-das nas mesmas técnicas.

Os projetos serão articulados em parceria com órgãos do Gover-no Federal, como os ministérios do Esporte e da Educação. Cada esta-belecimento para os jovens adultos, ao custo de R$ 12 milhões, terá 421 vagas. Já os femininos, orçados em R$ 7 milhões, terão 256 vagas.

Pronasci prevê melhorias no sistema penitenciário brasileiroserão criadas 41 mil vagas para homens e 5,4 mil para mulheres. detentos terão incentivos para voltar à sociedade e ao mercado de trabalho

Polícia Federal descobre fraudes superiores a r$ 3 bilhõesA atuação da Polícia Federal passou por grandes mudanças, e seu sucesso é comprovado pelos resultados positivos das inúmeras operações de combate à corrupção e ao crime organizado. Além do fortalecimento da instituição, a Polícia Federal passou a contar com a cooperação de setores dos poderes executivo, Judiciário e do Ministério Público. estas parcerias possibilitaram a realização, somente no ano passado, de 188 operações de combate ao crime, que resultaram na prisão de 2.876 pessoas. A luta contra a corrupção nos órgãos públicos recebeu especial atenção da Policial Federal em 2007. Foram promovidas 40 operações especiais, que combateram diversos focos de desvio de dinheiro público em todo o País. A PF promoveu 29

ações para deter a lavagem de dinheiro e as fraudes em licitações públicas, o que resultou na prisão de 592 pessoas. em cinco destas operações, foram descobertas fraudes superiores a R$ 3 bilhões. O combate ao narcotráfico também foi alvo de ações da Polícia Federal, com a realização de 38 operações especiais. Por meio da Operação Farrapos, por exemplo, os policiais federais prenderam o colombiano Juan carlos Abadia, um dos traficantes mais procurados nos eUA, e que tinha o Brasil como sede de empresas usadas para a lavagem do dinheiro obtido na venda de drogas. A percepção da sociedade em relação à instituição também mudou. Pesquisa realizada pela Associação dos Magistrados do Brasil, em 2007, apontou a Polícia Federal como o órgão detentor de maior credibilidade entre os brasileiros. O levantamento revela que 75,5% dos entrevistados confiam na Polícia Federal.

Profissionais são valorizadosA valorização dos profissionais que atuam na segurança pública é um compromisso do Pronasci, que estabelece uma série de ações para beneficiá-los, como o Bolsa Formação e o Plano nacional de Habitação para Profissionais de Segurança Pública. O Bolsa Formação é um programa que estimula os profissionais de segurança pública a estudar, disponibilizando uma bolsa que pode chegar a R$ 400. Já o Plano nacional de Habitação para Profissionais de Segurança Pública, desenvolvido pelo convênio com a caixa econômica Federal, oferece 35 mil unidades de habitação para servidores de baixa renda e cartas de crédito para a compra da casa própria, no valor de até R$ 50 mil. Os programas são dirigidos para os profissionais de segurança dos estados, incluindo os policiais civis e militares.

2.876 pessoas foram presas

no ano passado em

188 operações da

polícia federal.

somente em 2007,

a pf apreendeu,

entre outras drogas,

173 mil quilos de maconha,

15 mil quilos de cocaína e

209 mil comprimidos de ecstasy.

O primeiro presídio federal inaugurado foi o de Catanduvas, no Paraná, ao custo de r$ 25 milhões para o Governo Federal

Foto

s: Is

aac

Am

orim

/AC

S/M

J

Page 20: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2120 2120

AGendA ecOnÔMicA

Fonte: iBGe/dieese

2003 2004 2005 2006 2007

Consumo das famílias

Elevação do salário mínimoEvolução do PIB

20042003 2005 2006 2007 2008

1,1%

5,7%

3,8%

5,4%

3,2%

O padrão de vida dos bra-sileiros está mudando. E não se trata de melhorar

apenas o cardápio do almoço ou am-pliar o guarda-roupa. Casa própria, carro e eletrodomésticos tornaram-se bens mais acessíveis à população. De 2003 a 2008, o poder de compra dos cidadãos cresceu graças à polí-tica econômica do Governo Federal, norteada pela forte valorização do salário mínimo, pelo alcance dos programas sociais e pela ampliação recorde do acesso ao crédito. Tudo

isso está transformando o Brasil, nas grandes cidades e no interior.

O salário mínimo saltou de R$ 240, em 2003, para R$ 415, em 2008. Com o novo valor, o mínimo acumula, desde 2004, um ganho real (acima da inflação) de 37%. Entre os beneficia-dos estão mais de 13 milhões de apo-sentados e pensionistas. Esse desem-penho repercutiu positivamente na renda média da população. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, do IBGE, a renda mensal de trabalhadores for-

mais e informais avançou de R$ 792 para R$ 880, entre 2003 e 2006.

No ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também do IBGE, a renda média dos brasileiros assalariados – que inclui trabalhadores com car-teira assinada e servidores públicos – teve um crescimento de 2,3%, che-gando a R$ 1.164. Por outro lado, o orçamento das famílias carentes ganhou força com os programas so-ciais do Governo Federal, especial-mente o Bolsa Família. No campo,

os programas Pronaf e Agroamigo deram mais fôlego para os produ-tores. Já o setor empresarial teve o apoio de iniciativas como o Credia-migo e o cartão BNDES.

As autoridades econômicas tam-bém incentivaram os bancos e demais instituições financeiras a ampliar os prazos de pagamento dos emprésti-mos e a reduzir as taxas de juros das prestações. Dessa forma, o crédito se popularizou, chegando mais facil-mente ao alcance das faixas de me-nor poder aquisitivo da população.

Um novo padrãode vida para os brasileirosrecuperação do salário mÍnimo, transferência de renda e acesso facilitado ao crédito dão novas oportunidades aos trabalhadores

Êni

o Ta

vare

s/A

Sn

Variação em relação ao ano anterior

2003 2004 2005 2006 2007

7

6

5

4

3

2

1

0

-1

-2

6

5

4

3

2

1

0-0,65%

3,81%4,52% 4,64%

6,52%

r$ 260US$ 88,74

r$ 240US$ 78,18

r$ 300US$ 123,46 r$ 360

US$ 160,55r$ 380

US$ 194,87 r$ 415US$ 242,27

Com o aumento da renda nos últimos anos, os brasileiros estão consumindo mais

Page 21: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2120

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

2120

Com mais dinheiro no bolso do cidadão, a economia do Brasil avançou com passos firmes, no

ano passado. No cálculo do conjunto de bens e serviços produzidos pelo País, re-presentado pelo Produto Interno Bruto (PIB), as famílias consumiram R$ 1,56 trilhão, sendo responsáveis por mais da metade do PIB. Em comparação com 2006, os gastos familiares tiveram um aumento de 6,5%, mantendo uma ten-dência de crescimento comprovada ao longo dos últimos quatro anos.

Impulsionado pelo consumo dos brasileiros, o PIB de 2007 cres-ceu 5,4% em comparação com 2006, segundo cálculos do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovando a tendência de alta dos últimos seis anos. O mer-cado nacional passou a movimentar cerca de R$ 2,5 trilhões, contra um total de R$ 2,3 trilhões em 2006.

Entre os vários itens que se tor-naram acessíveis ao consumidor, a casa própria teve destaque. Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), um milhão de famílias puderam comprar a casa própria em 2007. Os números tam-bém surpreendem quando se trata da comercialização de veículos. As vendas de automóveis cresceram 27,8% no ano passado, em comparação com 2006. Cerca de 2,5 milhões de carros foram comprados pelos brasileiros em 2007.

E não é só. Segundo o institu-to de consultoria IDC Brasil, foram adquiridos 10,7 milhões de com-putadores pessoais em 2007. É um crescimento de 38%, em relação a 2006. As vendas no comércio (vare-jo) cresceram 9,9%, frente a 2006, principalmente as de eletrodomésti-cos, como geladeiras e televisores. De acordo com o IBGE, as vendas deste segmento tiveram um crescimento de 15,4%. Carnes, verduras, iogurtes, enfim, os alimentos de forma geral, tiveram crescimento de 6,4%.

[ COnJuntura ]

Consumo das famílias aumenta e ajuda PIB a crescer 5,4%

o consumo das famílias cresceu 6,5%a inflação ficou em 4,46% em 2007

Brasil ganha grau de investimento A agência de classificação

de risco financeiro Standard

& Poor’s concedeu ao Brasil

o grau de investimento no

dia 30 de abril. O principal

benefício é atrair investidores

institucionais de países ricos,

como os Fundos de Pensão,

cujos estatutos só permitem

investir em ativos de baixo risco.

A ampliação do investimento

direto em empresas brasileiras

começou a ser sentido já na

primeira semana. Ao atribuir

a nota para o Brasil, agência

levou em conta a redução da

dívida externa e o crescimento

em torno de 5% ao ano, com

equilíbrio fiscal e inflação sob

controle. Além disso, em março,

a relação entre dívida e PiB caiu

para 41,2% e o superávit nominal

foi de 1,6%.

Empresas apostam no crescimento

no decorrer de 2007,

os investimentos no

setor produtivo nacional

alcançaram R$ 449,5 bilhões,

principalmente com a

compra de mais máquinas.

isso significa aumento na

capacidade de produção

da indústria brasileira e,

conseqüentemente, na geração

de empregos e renda para

os trabalhadores. O aumento

da capacidade produtiva do

parque industrial do País é

outro aspecto que contribui

para a estabilização dos

preços. no cálculo do PiB,

houve uma alta de 13,4%, em

comparação com 2006.

Desempenho do PIB por setor

2006 2007

15

10

5

0

Construção civil

2006 2007

15

10

5

0

Serviços

2006 2007

15

10

5

0

2006 2007

15

10

5

0

Investimentos das empresas

Indústria

2006 2007

15

10

5

0

2006 2007

15

10

5

0

Comércio

Agropecuária

4,2% 2,9%

4,6%3,8%

5,1%10%

5,3% 4,9%

5%4,7%

7,6%13,4%

todos os setores da economia estão ampliando a produção para acompanhar o crescimento das vendas

Fonte: iBGe

Már

cia

Gou

thie

r/A

Sn

Raí

Rei

s/A

Sn

Page 22: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

AGEnDA ECOnôMICA 2322 2322

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

A indústria nacional teve um crescimento de 6% ao longo de 2007. Segundo o IBGE,

este desempenho é muito superior aos anos de 2006 e 2005, quando foram registrados crescimentos de 2,8% e 3,1%, respectivamente. De fato, foi o melhor ano da indústria nacional desde 2004, quando se re-gistrou um avanço de 8,3%.

Em 2007, a produção nas fá-bricas foi estimulada principalmen-te pelo aumento do consumo in-terno. Com isso, as empresas estão investindo na ampliação de seu par-que industrial para poder atender à demanda.

As montadoras de carros, por exemplo, já planejam a construção de novas fábricas. A indústria auto-mobilística, conforme o IBGE, foi o segmento com o segundo maior au-mento de produção, com 15,2%, em comparação com 2007. Ficou atrás apenas do setor de máquinas e equi-pamentos, que teve uma expansão de 17,7%. Outro aspecto positivo do crescimento da indústria nacional é que o avanço foi puxado pelo bom desempenho da maioria dos setores. Das 27 atividades analisadas pelo IBGE, 21 tiveram bons resultados, enquanto apenas seis registraram queda na produção.

[ IndústrIa ]

Produção cresce 6% e empresas investem em novas fábricasaumento do consumo obrigou o setor industrial a ampliar sua capacidade de produção

BNDES tem r$ 80 bilhõespara financiamentos O Banco nacional de desenvolvimento econômico e Social (BndeS) intensifica sua atuação para o crescimento da indústria. A instituição financeira do Governo Federal deve investir pelo menos R$ 80 bilhões em diversas áreas: desde as pequenas empresas – graças ao cartão BndeS –, até grandes fábricas e projetos de infra-estrutura (energia elétrica, logística e saneamento).

em comparação com 2007, trata-se de um aumento de mais de 25% no total de investimentos, que atingiram R$ 64,9 bilhões no período. Ao lado das obras em infra-estrutura, algumas delas vinculadas ao PAc, os investimentos do ano passado deram apoio à produção de insumos, a exemplo da siderurgia, da indústria de papel e celulose e da petroquímica.

O cartão BndeS oferece empréstimos de até R$ 250 mil, para empresas credenciadas pelo banco, a taxas de juros 1,02% ao mês. no ano passado, o cartão BndeS levou R$ 509 milhões às mãos de pequenos e médios empresários, por meio de empréstimos. É um crescimento de 126% em relação a 2006, quando a movimentação foi de R$ 225 milhões.

Saldo recorde na balança comercial comparando exportações com importações feitas pelo Brasil em 2007, o País fechou o ano com um superávit de US$ 40,04 bilhões em sua balança comercial. Mas o que isso significa? em poucas palavras, que o País exportou mais produtos do que importou.

em números, as exportações chegaram a US$ 160,65 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 120,61 bilhões. entre os itens exportados, o destaque vai para gasolina, suco de laranja congelado, aviões, carros, motores e geradores. em relação aos produtos agrícolas, o milho e a carne de frango tiveram uma participação expressiva. Já no conjunto das importações, combustíveis, lubrificantes, fertilizantes e adubos estão entre os principais itens.

A economia nacional também presenciou a volta do crescimento do número de empresas exportadoras, após dois anos. elas passaram de 20,5 mil para 20,8 mil, o que significa um acréscimo de 300 novas empresas exportadoras. Também se observou uma ampliação da pauta exportadora (produtos), saindo dos 7,3 mil itens para 7,8 mil, representando mais 500 novos itens. Além da modernização das empresas, esse avanço se deve ao aumento de exportações para destinos tradicionais (eUA e União européia), como também para novos parceiros em países da África, do Leste europeu e da América Latina.

RESERvAS – no período de apenas dois anos, de março de 2006 a março de 2008, as reservas internacionais do País triplicaram de volume. Passaram de US$ 59,8 bilhões para US$ 134,2 bilhões. Uma variação de mais de 134%.

MáqUInAS E EqUIPAMEnTOS 17,7%

vEíCULOS AUTOMOTORES 15,2%

MáqUInAS PARA ESCRITóRIO E InFORMáTICA 14,4%

MáqUInAS, APARELHOS E MATERIAIS ELéTRICOS 14%

EqUIPAMEnTOS DE TRAnSPORTE 13,9%

METALURGIA BáSICA 6,8%

BEBIDAS 5,4%

vESTUáRIO 5,1%

os números da indústriaCrescimento em 2007 em relação a 2006

Fonte: iBGe

Div

ulg

ação

Page 23: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2322 2322

Kle

ber

Go

nçal

ves

O orçamento do brasileiro ganhou força com a am-pliação da oferta de crédi-

to no mercado. Em 2007, o volume de empréstimos bateu a marca dos R$ 933 bilhões. Em comparação com 2006, é um crescimento de 27% nesse tipo de operação. A expansão do crédito foi um dos grandes mo-tores para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007. Atual-mente, a relação entre o crédito total e o PIB é de 34,7%.

Dentro dessa política de ex-pansão dos financiamentos, des-

taca-se o programa de Crédito Consignado, que no ano passado representou 57% das operações de financiamento pessoal, modalida-de de operação muito utilizada pe-los aposentados do INSS.

Além do crédito, os cidadãos passaram a ter mais acesso ao siste-ma bancário. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o número de contas correntes não pára de crescer. Entre 2003 e 2006, o total de contas pulou de 86,9 mi-lhões para 102,6 milhões. Os dados de 2007 ainda estavam sendo conso-

lidados em abril, mas a expectativa era de um novo crescimento.

Um retrato dessa inclusão ban-cária pode ser constatado na Caixa Econômica Federal. Desde que foi criada, em 2003, a Conta Fácil da CEF já havia aberto, no final do ano passado, nada menos de 5 milhões de contas. E, no caso da população de baixa renda, o apoio do Governo Federal poderá ser ainda mais direto, graças ao Bolsa Família. Está em fase de estudo a possível utilização do car-tão do programa para o acesso a uma conta bancária simplificada.

[ CrÉdItO ]

População tem mais acesso a crédito e a conta em banco

volume de empréstimos chega a r$ 933 bilhões. somente na caixa econômica, foram abertas 5 milhões de contas em cinco anos

Apoio também aos pequenos

O crédito também se tornou um motor para que os pequenos empreendimentos pudessem crescer mais, tanto no campo quanto na cidade. Para apoiar o crescimento deste setor no País, os bancos públicos têm tido papel importante na concessão de empréstimos. no ano passado, por meio de suas várias linhas de crédito, o Banco do Brasil concedeu R$ 24,6 bilhões, quantia semelhante à da caixa econômica Federal, com R$ 24,5 bilhões.

O Banco do nordeste do Brasil (BnB), por sua vez, apoiou os dois setores com os programas Agroamigo e crediamigo, respectivamente.

em 2007, o crediamigo fechou 740,6 mil operações de crédito para apoiar micronegócios em municípios do nordeste, norte de Minas Gerais, espírito Santo e distrito Federal. Trata-se de um aumento de 20% no total de empréstimos, em comparação com 2006. Falando em números, foram emprestados R$ 709,2 milhões pelo crediamigo. O montante significa um aumento de 24% nos valores movimentados, em comparação com 2006. e, para ampliar o raio de atuação do projeto, houve redução da taxa de juros e elevação do limite de empréstimo, de R$ 8 mil para R$ 10 mil.

Já o Agroamigo, criado em 2004, está presente em 734 municípios do nordeste, no norte de Minas Gerais e no espírito Santo. A iniciativa tem como foco apoiar proprietários, posseiros, arrendatários ou parceiros com renda de até R$ 3 mil por ano. Até 2007, o programa conseguiu ajudar 349.261 mil pequenos produtores, investindo um total de R$ 427,4 milhões.

Em 2007, incluindo servidores e aposentados, o volume de crédito consignado chegou a r$ 64 bilhões

Negócio próprioSobrava talento nas mãos da costureira cearense Maria Benedita de Abreu Sousa. Mas faltava dinheiro para que a trabalhadora de Fortaleza (ce) pudesse abrir as portas do próprio negócio. confiante na vocação, ela batalhou para levantar um pouco de capital e, junto com um grupo de amigas, fez um empréstimo de R$ 700 no crediamigo, do Banco do nordeste do Brasil, instituição de fomento do Governo Federal. investindo o dinheiro na compra de melhores equipamentos, a empreendedora pôde ampliar os negócios. e após fazer novos empréstimos pelo programa, Maria conseguiu montar sua própria confecção.

CREDIAMIGO

AGROAMIGO

Microcréditowww.bnb.gov.br

0800 783030

Banco do nordeste

Page 24: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2524 2524

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

AGEnDA ECOnôMICA

a renda média dos brasileiros assalariados cresceu

2,3% e ficou em r$ 1.164

[ traBalhO ]

Em um ano, 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinadade janeiro de 2003 a dezembro de 2007, o número de ocupações criadas chegou a 10,2 milhões. desse total, 8,1 milhões foram de empregos formais

Número de novos brasileiros empregados

Fonte: caged/Rais/Ministério do Trabalho

Conseguir a primeira colo-cação no mercado de tra-balho ou sair da fila do

desemprego ficou mais fácil para os brasileiros. O aumento do po-der de compra dos salários e o for-te investimento do setor privado, em função do grande aumento do consumo, contribuíram para que 1.617.392 brasileiros conseguissem uma oportunidade de trabalho for-mal em 2007, segundo pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Minis-tério do Trabalho.

E os números podem ser ain-da melhores, porque o Caged não calcula as contratações feitas pelo setor público. Esse balanço só será revelado com a publicação da Re-lação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2007, ainda a ser divulga-da. Em 2006, somando os trabalha-dores protegidos pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) com os servidores públicos, foram criadas 1.916.632 ocupações no mercado de trabalho.

Esse balanço mostra que a pers-pectiva de emprego no Brasil mudou radicalmente. A cada ano, os em-pregos formais consolidam-se como principais fontes de renda dos bra-

sileiros. Estudos, como a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Dieese, também revelam que o tem-po em que as pessoas desempregadas passam até recuperar uma vaga no mercado vem se reduzindo ao longo dos últimos anos.

No ano passado, o setor que mais abriu espaço para o trabalhador foi o de serviços, com a oferta de 587.103 postos de trabalho. Muita gente que não conseguiu uma oportunidade nesse segmento teve mais sorte no co-mércio, no qual houve a contratação de 405.091 pessoas. Em terceiro lugar, vem a indústria da transformação, que empregou 394.584 cidadãos.

Analisando a geração de empre-gos formais (com base no Caged e na Rais) e informais (calculados pelo IBGE), foram criados 10,2 milhões de ocupações, entre 2003 e 2008. Dess e total, 8,1 milhões de vagas pertencem ao mercado formal.

em 2007, segundo o caged, foram criados 1.617.392 empregos formais. este número será acrescido com os dados da pesquisa Relação Anual de informações Sociais (Rais) 2007, a ser divulgada provavelmente no segundo semestre, que inclui o número de contratações no serviço público.

SEGMEnTO EMPREGOS CRESCIMEnTO EM COMPARAÇÃO A 2006

Serviço 587.103 5,29%

Comércio 405.091 6,56%

Indústria 394.584 6,09%Fonte: caged

TRABALHOFone: 0800 610101

www.mte.gov.br

ALô TRABALHADOR - Central

de Atendimento ao Trabalhador

(Ministério do Trabalho e Emprego)

Fone: 0800 61 0101

www.mte.gov.br

Queda do desemprego

12,3%11,5%

9,8% 10%

9,3%

Div

ulg

ação

2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: iBGe

Confira os segmentos que mais contrataram em 2007

2003 2004 2005 2006 2007

645.433

1.523.276

1.253.981

1.228.686

1.617.392

Page 25: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2524 2524

entre 2003 e 2007, cerca de 448,9 mil famílias foram assentadas, em 38 milhões

de hectares. este resultado equivale a 50% do total de famílias assentadas em 35 anos de história do incra

CEnTRAL DE ATEnDIMEnTO

AO AGRICULTOR (Ministério

da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento)

http://www.agricultura.gov.br/

Fone: 0800 704 1995

um dos itens que contribuÍram para este desempenho foi o crédito rural, cujos recursos aumentaram para r$ 70 bilhões em 2007/2008

O Brasil conseguiu encerrar a safra 2006/2007 com um recorde de 133 milhões de

toneladas de grãos. E tudo indica que o setor manterá a tendência de alta em 2008. Estima-se que a safra 2007/2008 bata a casa dos 136,3 mi-lhões de toneladas, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Um dos itens que contribuíram para esse desempenho foi o crédito rural, que, no atual governo, teve o montante de recursos triplicado, passando para R$ 70 bilhões em 2007/2008. Vale lembrar que nes-ses investimentos estão iniciativas, como o Programa Nacional de For-talecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que visam a ajudar os pe-quenos produtores.

Com uma produção desse por-te, o setor agropecuário fechou o

[ aGrICultura ]

Dinheiro para produtor rural triplica e safra bate recorde

ano passado com US$ 58,41 bilhões em exportações, o que representou um crescimento de 18,2% em com-paração com a 2006.

O Brasil faturou mais US$ 9 bi-lhões em exportações. Quanto às im-portações, ficaram em US$ 8,72 bi-lhões, o que representa um acréscimo de 30,2%, em comparação a 2006. Dessa forma, o saldo da balança co-mercial agrícola foi de US$ 49,70 bi-lhões, o maior da história nacional.

555,3 mil famílias assentadas pela reforma agrária passaram a receber apoio e assistência técnica

r$ 13,3 mil é o valor do crédito inicial para as famílias assentadas

132,8 mil ligações de energia elétrica foram feitas nos assentamentos

218 mil pessoas foram beneficiadas por programas educacionais no campo

Juro mais baixo no Pronaf e avanço na reforma agrária Assegurar mais dinheiro e mais proteção da produção para as famílias do campo. esses são os pilares do Pronaf, que hoje atende diretamente a 2 milhões de núcleos familiares rurais. na safra de 2006/2007, a linha de crédito do programa disponibilizou R$ 8,5 bilhões em contratos de apoio para lavouras e rebanhos. Os juros aplicados nos empréstimos do Pronaf sofreram uma sensível redução. As taxas decaíram de uma média entre 1% e 7,5%, para 0,5% a 5,5%. É importante frisar que a redução para os pequenos agricultores foi a mais expressiva, chegando a 50%. Além do crédito, o Pronaf também busca facilitar o acesso a melhores tecnologias e o aproveitamento de novas oportunidades econômicas. no campo, o apoio do Governo Federal não se limitou aos produtores que já contam com terra para trabalhar. entre 2003 e 2007, cerca de 448,9 mil famílias foram assentadas, em 38 milhões de hectares.

r$ 1 bilhão para a pesca Apostando na colheita de bons resultados também nas águas, o Governo Federal disponibilizou R$ 1 bilhão em linhas de crédito para a aqüicultura e a pesca. desde 2003, R$ 40 milhões foram investidos na infra-estrutura do setor. em 2007, também foi executado o ordenamento de dois dos principais recursos pesqueiros no Brasil, o do camarão-sete-barbas e o da lagosta. Só neste último caso, cerca de sete mil pescadores foram beneficiados com a medida. Além disso, destaca-se o Profrota pesqueira, que destinou R$ 69,9 milhões para a modernização das embarcações.

Metade das famílias rurais já conta com o apoio do Pronaf para ampliar sua produção. taxas de juros dos financiamentos tiveram sensível redução

Bru

no S

pad

a/M

DS

Div

ulg

ação

Page 26: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

inFRA-eSTRUTURA2726 2726

programa do governo federal prevê investimentos de mais de r$ 500 bilhões até 2010. em março deste ano, já existiam 2.126 ações em andamento

Para garantir um crescimento econômico sustentado, com redução das desigualdades so-

ciais e regionais do País, o Governo Federal lançou o Programa de Ace-leração do Crescimento (PAC). Com um orçamento de R$ 503,9 bilhões a serem investidos até 2010 pelos seto-res público e privado, o PAC, lançado em janeiro de 2007, não se limita à melhoria da infra-estrutura do País. O objetivo é gerar desenvolvimento econômico em torno de cada obra.

No caso da recuperação das ro-dovias de um determinado estado, por exemplo, o PAC também vai im-pulsionar a indústria local. Afinal, as empresas contratadas por licitação vão precisar de maquinário e mais empre-gados para a conclusão da obra.

Os projetos vinculados ao PAC es-tão distribuídos em três eixos estratégi-cos: logística, energia e social e urbano. Depois de as obras estarem concluídas, mais setores produtivos serão beneficia-dos. Por exemplo, com estradas melho-res e com mais empregos, as indústrias poderão escoar sua produção pelo País a custos menores; o aumento da oferta de energia é fundamental para que mais fábricas possam ser abertas e, com aber-tura dos postos de trabalho, o comércio

poderá ampliar suas vendas para aten-der ao consumo dos lares.

Em 2007, foram disponibilizados R$ 16,5 bilhões para o começo das obras de infra-estrutura do PAC. Deste total, 97% foram reservados no orça-mento do ano passado para as obras. Em março deste ano, já haviam 2.126 ações em andamento. Cerca de 62% estavam com obras a pleno vapor, 23% em fase de licitação e 15% na elabora-ção dos projetos ou em licenciamento. Cerca de 98% das ações apresenta-vam um desempenho satisfatório. Em outras palavras, estão sendo feitas de acordo com o planejamento do Gover-no Federal.

O PAC não se limita a obras. O Programa conta com uma série de propostas institucionais, que foram planejadas para facilitar o desen-volvimento econômico e criar um ambiente seguro para os investimen-tos. O Governo Federal encaminhou 27 medidas provisórias e projetos de lei para o Legislativo. Até março,

18 propostas haviam recebido a apro-vação de deputados e senadores.

Entre as propostas que recebe-ram “sinal verde”, a criação do Fundo de Investimento em Infra-Estrutura e a do fundo de investimentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão entre as mais importantes. Outras propos-

Fundos garantem recursos

CEntrO-OEstE 3 construção da Ferronorte, trecho Alto Araguaia-Rondonópolis3 duplicação das rodovias BR-060 (dF, GO), BR-163-364 (MT) e construção da BR-158 (MT)3 investimento de R$ 149 milhões na ampliação do aeroporto de Brasília (dF)3 Ampliação da distribuição da água – R$ 101 milhões3 Aumento do sistema de irrigação para o campo – R$ 385 milhões

3 dragagem e derrocamento da Hidrovia Paraná-Paraguai3 investimentos de R$ 2,9 bilhões em habitação e saneamento3 Aumento da produção de energia elétrica em mais 1.825 MW até 2010 e 1.811 MW. destaque para a Usina Hidrelétrica dardanelos (MT), 261 MW

nOrtE 3 investimentos de R$ 6,3 bilhões na melhoria do sistema de

transportes

3 construção e pavimentação das rodovias BR-364 (Ac), BR-319

(AM), BR-163 (MT-PA), BR-230 (PA), BR-156 (AP) e BR 364 (Ac)

3 construção do trecho Aguiarnópolis-Palmas (505 km) da Ferrovia

norte-Sul

3 Ampliação do Porto da Vila do conde (PA)

3 construção das eclusas de Tucuruí (PA) e dos terminais

hidroviários da Amazônia (AM-PA)

3 Aumento da produção de energia elétrica em mais 1.664 MW até

2010. nos anos seguintes, será implantado um novo aumento de

15.685 MW. destaque para as Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira

– Usina Hidrelétrica Santo Antônio (RO) – 3.150 MW e Usina

Hidrelétrica Jirau (RO) – 3.300 MW e Usina Hidrelétrica estreito

(TO) – 1.087 MW.

3 criação de 5.334 km de linhas de transmissão de energia.

destaque para a interligação Porto Velho – Araraquara (RO - SP) e

interligação Tucuruí – Macapá – Manaus (PA – AM)

3 Serão investidos R$ 359 milhões nos projetos de irrigação de

Sampaio (TO) e Manuel Alves/Propertins (TO)

3 Aplicação de R$ 95 milhões na ampliação dos aeroportos de Boa

Vista (RR) e Macapá (AP)

3 investimentos de R$ 4,5 bilhões em habitação e saneamento

3 construção do Gasoduto Urucu – coari – Manaus

PAC realiza obras pelo País e estimuladesenvolvimento Rodovias

Ferrovias

Portos

Hidrelétrica

Linha de transmissão

Irrigação

Aeroportos

Saneamento

Gasoduto

água - abastecimento

Habitação

Plataforma de petróleo

Transmissão de energia

Hidrovias

Refinaria de petróleo

Petroleiro

Kle

ber

Sal

es

Page 27: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2726 2726

para o setor energético há a previsão de investimento de r$ 56,8 bilhões,

dos quais r$ 40,9 bilhões foram empenhados em projetos nos segmentos

de geração de energia elétrica, petróleo e gás.

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

sul 3 duplicação das BR-101 (Sul), BR-470 (Sc), BR-280 (Sc), BR-392 (RS) e BR- 386 (RS), e construção e pavimentação das

BR-153 (PR), BR-282 (Sc), BR-448 (RS) e BR- 158 (RS)

3 construção dos contornos ferroviários de São Francisco do Sul (Sc) e Joinville (Sc), e ampliação do corredor ferroviário

do Oeste do Paraná

3 investimentos nos portos de São Francisco do Sul (Sc), Rio Grande (RS) e itajaí (Sc)

3 Ampliação da distribuição de água bruta - R$ 189 milhões

3 Ampliação dos aeroportos com investimentos de R$ 601 milhões

3 investimentos de R$ 4,4 bilhões em habitação e saneamento

3 Aumento da produção de energia elétrica em mais 4.472 MW até 2010 e 2.180 MW nos anos seguintes. destaque para a

Usina Hidrelétrica Foz do chapecó (RS-Sc), 855 MW e Usina Termoelétrica candiota iii – carvão mineral (RS), 350 MW

3 Ampliação e modernização das refinarias Repar (PR) e Refap (RS) com investimentos de R$ 7,7 bilhões

3 construção do dique Seco (RS), com investimentos de R$ 440 milhões

3 construção da Plataforma P-53 da Petrobras, com investimento de R$ 600 milhões

sudEstE 3 O sistema de transportes receberá R$ 6,1 bilhões em investimentos3 duplicação das rodovias BR-381 (MG), BR-040 (MG), BR-153/365 (MG), BR-262

(MG), contorno de Vitória - BR-101 (eS)3 construção do Rodoanel (SP), trecho sul, e do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro3 investimentos nos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e itaguaí (RJ) e

Vitória (eS)3 implantação do sistema nacional de produção de gás natural (Plangás). Serão

investidos R$ 25 bilhões até 2010. A meta do PAc é alcançar uma produção de 39,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia3 construção do Terminal GnL da Baía da Guanabara (RJ)3 investimento de R$ 1,8 bilhão na ampliação e em maior segurança nos

aeroportos da região3 investimentos de R$ 18 bilhões em habitação e saneamento3 construção do complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – comperj (RJ)3 colocação em operação das plataformas P-51 e P-53, localizadas na Bacia de

campos (RJ)3 início da produção de gás dos campos de Peroá Fase ii, camarupim e canapu,

na Bacia do espírito Santo, e campo de Lagosta, na Bacia de Santos3 construção das Plataformas P-55 (RJ) e P-57 (eS)3 construção dos gasodutos campinas-Rio, caraguatatuba-Taubaté, Japeri-RedUc, GASBeL ii, GASdUc iii, GASPAL ii, GASAn ii e Paulínea-Jacutinga.

3 construção da Usina Termoelétrica Angra iii, 1.350 MW

nOrdEstE 3 investimento de R$ 7,4 bilhões no sistema de transporte.3 duplicação das BR-101 do Rn a BA e BR-230 (PB), e construção e

pavimentação da BR-135 (Pi/BA).3 construção da Ferrovia Transnordestina, do contorno de São Félix da

cachoeira (BA), da Variante Ferroviária Aratu (BA).3 investimentos nos portos de itaqui (MA), Suape e Recife (Pe), Fortaleza (ce), Aratu (BA) e no terminal salineiro de Areia Branca (Rn).3 dragagem e derrocagem na hidrovia do São Francisco e construção de acesso ferroviário ao porto de Juazeiro (BA).3 Revitalização das bacias hidrográficas do São Francisco e do Parnaíba - R$ 1,8 bilhão.

3 investimento de R$ 4,8 bilhões para a integração da bacia do São Francisco.

3 investimentos de R$ 9,8 bilhões em habitação e saneamento.3 investimento de R$ 640 milhões no sistema de abastecimento de água bruta.

3 investimento de R$ 269 milhões para o aprimoramento do sistema de distribuição de água potável.

3 investimento de cerca de R$ 2,7 bilhões para a melhoria do sistema de irrigação.

3 Até 2010, ampliação da geração de energia elétrica da região em mais 2.036 MW. A expectativa é que sejam gerados mais 4.004 MW.3 investimento de R$ 151 milhões nos aeroportos de Parnaíba (Pi), Fortaleza (ce), natal (Rn), João Pessoa (PB), Recife (Pe) e Salvador (BA).3 construção de gasodutos da malha nordeste, trechos Pilar – ipojuca (AL- Pe) e trecho catu – itaporanga (BA-Se).3 construção do Terminal GnL de Pecém (ce).3 construção da Refinaria Abreu e Lima (Pe).3 construção de 10 petroleiros e do estaleiro Atlântico Sul (Pe).3 construção de 3.251 km de linhas de transmissão de energia. destaque

para a interligação norte-nordeste, de colinas (TO) a coremas (PB).

tas de peso para a aceleração do crescimento ainda estão em fase de análise, a exemplo da proposta de alteração da lei de licitações, da melhoria da gestão previdenciária e da criação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.

Para garantir o bom andamento de todas as ações do PAC, o Governo Federal criou um grupo com re-presentantes da Casa Civil e de cada ministério para dar mais agilidade aos atendimentos dos órgãos de li-cenciamento e fiscalização.

Em tempos de combate ao aquecimento global, a orientação básica estabelecida para qualquer ação do PAC é: não deve haver contradição entre os projetos e o respeito ao meio ambiente. Por isso, uma das priori-dades foi o equacionamento dos impactos ambientais que possam ocorrer com a execução das obras.

Com isso, 70 licenças ambientais para ações do PAC foram emitidas até janeiro deste ano. O mes-mo tratamento foi adotado para os territórios indí-genas. Nesses casos, as obras precisam passar pelo crivo da Funai.

Page 28: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

InFRA-ESTRUTURA 2928 2928

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

mais de 80% das ações do pac na área de transportes estão sendo executadas dentro do prazo

[ PaC lOGístICO ]

Investimentos em logística passam dos r$ 58 bilhõespac destinado ao setor abrange mais de 1.300 ações em portos, estradas, aeroportos e ferrovias. concessões vão modernizar rodovias federais

Estradas melhores para que o transporte de carga seja feito a custos menores e os brasilei-

ros possam viajar mais e com maior segurança. Portos mais eficientes, ca-pazes de expandir exportações e ga-rantir importações. Aeroportos mais seguros e eficientes para o fluxo de negócios e turismo. Os investimentos de R$ 58,3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destinados à melhoria do sistema de transportes nacional (também conhe-cido como infra-estrutura logística), é fundamental para que a economia nacional possa crescer com mais velo-cidade e solidez.

O número de projetos em an-damento cresceu de 1.271 para 1.312, no último balanço do PAC, feito em janeiro último. E mais de 80% destas ações estão sendo exe-cutadas de forma adequada, sem apresentar problemas jurídicos, ambientais ou de atraso. Um dos principais destaques em 2007 foi a concessão de sete rodovias federais, realizada por meio de licitação, em outubro do ano passado.

Em função das regras da con-cessão, os trechos serão conserva-dos e duplicados, o que aumentará a segurança. Essas rodovias recebe-rão 2,6 mil quilômetros em asfalto novo. Os valores dos pedágios fica-rão entre R$ 0,99 e R$ 2,94. Outro destaque é a conclusão do trecho de 147 km da Ferrovia Norte-Sul, en-tre os municípios de Aguiarnópolis e Araguaína (TO), e a continuidade das obras da Ferrovia Transnordes-tina, em Pernambuco, Ceará, Piauí, Maranhão e Bahia.

Neste ano, deverá ser concluído o estudo de viabilidade para a cons-trução de um trem de alta velocida-de, para ligar as cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Campi-

nas (SP). A preparação dos editais de licitação está prevista para 2008.

O setor portuário também re-cebeu investimentos, a exemplo das obras de expansão e recuperação da infra-estrutura portuária nos portos de Itaqui (MA), Vila do Conde (PA) e São Francisco do Sul (SC).

Cerca de R$ 8,27 bilhões foram reservados para a construção e a mo-dernização de embarcações e estalei-

ros. Cálculos iniciais apontam que 11 mil empregos diretos serão gerados por esse investimento.

E, para resolver os problemas estruturais no sistema de aviação nacional, ampliando as condições de conforto e segurança para os passageiros, diversas ações estão em fase de execução ou já foram con-cluídas. Por exemplo, os terminais de passageiros dos aeroportos San-

recursos por setores

Rodovias

r$ 33,4 bilhõesFerrovias

r$ 7,9 bilhõesPortos

r$ 2,7 bilhõesAeroportos

r$ 3 bilhõesHidrovias

r$ 700 milhõesMarinha Mercante

r$ 10,6 bilhõesTotal

58,3 bilhões

Principais obras

3 BR 101 – nordeste (Rn, PB,

PE, AL, SE, BA)

3 BR 101 Sul (SC, RS)

3 Arco Rodoviário RJ

3 Transnordestina

3 Ferrovia norte-Sul

3 Ampliação dos 20 principais

aeroportos brasileiros

3 Rodoanel (SP) – Trecho Sul

recursos por região (2007–2010)

nORTE r$ 6,3 bilhõesnORDESTE r$ 7,4 bilhões

SUDESTE r$ 7,9 bilhõesSUL r$ 4,5 bilhões

CEnTRO-OESTE r$ 3,8 bilhõesnACIOnAL r$ 28,4 bilhões

TOTAL r$ 58,3 bilhões

rodovias federais receberão 2,6 mil quilômetros de asfalto novo, o que reduzirá os custos do transporte

Atendimento aos usuários dos serviços de transportes rodoviários interestaduais e internacionais (Ministério dos Transportes)www.transportes.gov.brFone: 0800 61 0300

Div

ulg

ação

Fonte: comitê Gestor do PAc

tos Dumont (RJ) e Congonhas (SP) foram ampliados. Neste ano, estão previstas licitações para a reforma de nove aeroportos do País.

Page 29: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

2928 2928

Mais passageiros nos aeroportos

Um dos reflexos do bom estágio de desenvolvimento da economia brasileira é o grande movimento nos 67 aeroportos administrados pela empresa Brasileira de infra-estrutura Aeroportuária (infraero) e nos 38 terminais de carga. em comparação com 2006, o crescimento do movimento foi de 8,7%, em 2007, alcançando cerca de 111 milhões de passageiros. neste ano, o número deve aumentar em pelo menos 10 milhões.

A capacidade instalada da infra-estrutura aeroportuária vem sendo constantemente ampliada e modernizada. no ano passado, foram investidos R$ 306 milhões em obras de expansão e adequação, com destaque para a conclusão da segunda etapa da reforma do Aeroporto de congonhas, em São Paulo, e para a ampliação do Aeroporto Santos-dumont, no Rio de Janeiro. Aeroportos de João Pessoa (PB), corumbá (MT), campinas (SP), Guarulhos (SP), Fortaleza (ce), Boa Vista (RR), Vitória (eS), Macapá (AP), Goiânia (GO) e Galeão, no Rio, também passam por modernização.

Manutenção e sinalizaçãoO Programa de conservação, Restauração e Manutenção (crema) executou 850 quilômetros de restauração e 5 mil quilômetros de conservação em rodovias em 2007. cerca de 2,4 mil quilômetros foram recuperados e outros 13,7 mil foram conservados, no ano passado, pelo Programa integrado de Revitalização (PiR-iV), que prevê obras de conservação rotineira, com vida útil de até quatro anos. O Programa Sinalização nas Rodovias Federais (Pro-Sinal) pretende terminar de sinalizar 48 mil quilômetros em 2008, propiciando mais segurança e orientação adequadas aos usuários.

[ transPOrtEs ]

Governo promove integração dos transportes no Paísmeta do setor é favorecer o deslocamento de pessoas e bens dentro do paÍs, observando aspectos de segurança e redução de custos

O Governo Federal está atuan-do na integração da matriz de transportes no País. Ao

longo deste ano, várias obras estão sendo promovidas para consolidar os corredores estratégicos de transpor-tes, ampliar a participação dos por-tos e hidrovias e também do sistema ferroviário. Para o setor rodoviário, foram executados mais de cinco mil quilômetros de obras de conservação e 850 quilômetros de restauração. Os investimentos são endereçados à melhoria da infra-estrutura da área e à segurança dos usuários das várias modalidades de transportes.

Na Amazônia, por exemplo, es-tão sendo construídos terminais hi-droviários, que beneficiarão milhares de brasileiros usuários de transporte fluvial, no acesso a hospitais, escolas e comércios. Além de minimizar a pressão sobre o transporte de cargas da malha rodoviária, o transporte hidroviário reduz a emissão de po-luentes e diminui os custos de escoa-mento da produção.

O Fundo da Marinha Mercante aprovou, em dezembro, o financia-mento de R$ 1,7 bilhão para amplia-ção e modernização da frota nacio-nal hidroviária. O valor é destinado à construção de balsas, rebocadores, pesqueiros e embarcações de apoio à indústria de petróleo, gerando em-pregos na indústria naval brasileira.

Na área de infra-estrutura por-tuária, foi criada a Secretaria Espe-cial de Portos da Presidência da Re-pública, com o objetivo de priorizar a eficácia na formulação de políticas

e diretrizes do setor. Até 2010, será investido R$ 1,1 bilhão no Programa Nacional de Dragagem nos principais portos do País: Santos, Rio Grande, Itaguaí, entre outros. Em 2007, foi autorizada a implantação de 12 ter-minais privativos de uso misto, que deverão promover investimentos da

ordem de R$ 1,3 bilhão, facilitando a movimentação de 80 milhões de to-neladas de produtos.

No sistema ferroviário do País, os investimentos do PAC vão elimi-nar pontos de estrangulamento. Na Ferrovia Norte-Sul, os trechos Ara-guaína-Palmas (TO) e Anápolis-Uru-

a modernização da malha ferroviária em diversas regiões do País integra as ações do PaC

Matriz de transporte de cargas brasileiras

Div

ulg

ação

açu (GO) serão completados. Em ou-

tubro de 2007, foi realizado o leilão

da subconcessão do trecho Açailân-

dia (MA) - Araguaína (TO) - Palmas

(TO), num total de 790 km da Ferro-

via Norte-Sul. Além disso, as inter-

venções da Ferrovia Transnordestina

constituem uma nova fronteira de

desenvolvimento no País.

As ações na área de transportes

são decorrentes das conclusões da

primeira versão do Plano Nacional

de Logística e Transporte (PNLT),

feita no ano passado, e do processo

de planejamento do setor, de modo

a integrar as várias modalidades de

transportes no Brasil, numa perspec-

tiva de médio e longo prazos.

Fonte: Ministério dos Transportes

0,33% 4,46%

13,86%

20,86%60,49%

Aeroviário

Dutoviário

Aquaviário

Ferroviário

Rodoviário

Page 30: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

InFRA-ESTRUTURA 3130 3130

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

[ PaC EnErGIa ]

PAC investe r$ 274,8 bilhões na ampliação do setor energéticoprograma desenvolve 602 ações. e 79% das obras seguem o planejado. todos os projetos já estão em andamento, cumprindo o cronograma

P ara que os investimentos se-jam feitos em consonância com o desenvolvimento eco-

nômico do País, o Governo Federal planejou a expansão do sistema elé-trico para que assegure o crescimen-to do Produto Interno Bruto (PIB). Contando com um orçamento de R$ 274,8 bilhões até 2010, todos os projetos já estão em andamento. Por ora, mais de 79% das obras se-guem o planejado.

A ampliação da potência insta-lada (energia disponível) teve início em 2007, com a realização de qua-tro leilões para a produção de mais 9.928 MW, estando entre eles, o des-tinado à construção da Usina Hidre-létrica Santo Antônio, no Rio Madei-ra. Com capacidade de produção de 3.150 MW, a obra deverá ser iniciada até agosto deste ano. O PAC prevê também a construção de outras 15 hidrelétricas e 16 térmicas. Quando estiverem concluídas, essas insta-lações vão gerar um total de 4.148 MW, o suficiente para iluminar um estado como Minas Gerais.

Para este ano, estão previstos quatro novos leilões de geração, com potencial de geração de mais 7.000 MW. Mas não basta apenas produzir energia. É preciso garantir que ela alcance lares e indústrias. Na área de transmissão, o Governo Federal fez o leilão para a constru-ção de 1.930 km de linhas. As obras de 850 km de transmissão foram concluídas, enquanto outros 2.240 km estão em obras.

Um dos destaques neste inves-timento é a linha de transmissão Desterro-Palhoça. Com 130 km, ela vai garantir a iluminação da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis). Nos próximos meses, serão abertos leilões para mais 11 empreendimentos vol-tados à transmissão de energia, com extensão de 5.691 km.

neste ano, está prevista a realização de quatro leilões para a construção de hidrelétricas

Investimentos em energia 2007-2010

Geração de energia elétrica r$ 65,9 bilhões

Transmissão r$ 12,5 bilhões

Petróleo e gás r$ 179 bilhões

combustíveis renováveis r$ 17,4 bilhões

Total r$ 274,8 bilhões

Fonte: comitê Gestor do PAc

Div

ulg

açao

Geração de energiaentre os leilões lançados pelo Governo Federal está o destinado à construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira. com capacidade de produção de 3.150 MW, a obra deverá ser iniciada até agosto deste ano. em suas linhas gerais, o PAc ainda está garantindo a construção de 15 hidrelétricas e 16 térmicas. Quando estiverem concluídas, essas instalações vão gerar um total de 4.148 MW.

Principais obras3 Usina de Santo Antônio e Jirau

(RO), estreito (TO)

3 Refinaria Abreu Lima (Pe)

3 complexo Petroquímico do RJ

3 9 Plataformas de exploração de

Petróleo

3 4.526 km de gasodutos

Page 31: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3130 3130

Planejamento estratégicoafasta risco de apagão

A qualidade, o preço e a disponibilidade de energia são

determinantes para a capacidade produtiva do País. A boa gestão

da matriz energética – toda energia disponibilizada para ser

transformada e consumida – é fundamental para garantir tarifas

competitivas e impulsionar a economia, cujo ciclo de crescimento

foi confirmado em 2007. Para atender ao aumento da demanda,

intensificou-se a realização de leilões de energia e a ampliação

de linhas de transmissão e gasodutos.

em 2008, está prevista a realização de quatro leilões de geração,

estimativa de 7.000 MW, destacando-se o leilão da Usina

Hidrelétrica de Jirau (3.300 MW), que exigirá investimentos de

R$ 9.2 bilhões. neste ano, também está prevista a realização

de quatro leilões de transmissão, estimativa de 5.691 km,

destacando-se o sistema de integração das usinas do Rio

Madeira e a linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus, que

propiciará uma economia, na conta de consumo de combustíveis

fósseis, da ordem de R$ 1,5 bilhão.

descartado o risco de falta de energia pelo comitê de

Monitoramento do Setor elétrico (cMSe), as perspectivas deste

ano continuam alinhadas ao aumento da oferta energética, com

planejamento estratégico voltado para o favorecimento dos

investimentos que assegurem a infra-estrutura necessária ao

desenvolvimento econômico sustentável do País.

O planejamento energético com visão de longo prazo está

materializado com a publicação, no início do ano, do Plano

nacional de energia 2030 e da Matriz energética nacional

2030. Os dois documentos, juntos, mostram estratégias de

desenvolvimento e investimentos necessários para a expansão

da oferta interna de energia nos próximos 22 anos.

A capacidade de geração de energia elétrica alcançou 106.202

MW em 2007. nos últimos cinco anos, a capacidade de produção

do sistema aumentou 23,2%, correspondendo a 18.639 MW.

O Plano decenal de expansão de energia – Pde 2007/2016

apresenta um programa de obras de geração e de transmissão

que assegura o atendimento adequado do sistema elétrico

brasileiro. Prevê investimentos, nos próximos anos, da ordem

de R$ 134 bilhões em usinas geradoras, e da ordem de R$ 34

bilhões em transmissão de energia elétrica. A expansão da

geração no Pde 2007/2016 aponta um montante adicional de

capacidade instalada de geração da ordem 48.000 MW, sendo

que a geração de origem hidráulica corresponde a 35.000 MW.

Outro ponto importante a destacar, dentro da estratégia de

resgate do planejamento do setor elétrico brasileiro,

refere-se à realização de estudos de inventários e de viabilidade.

O Governo Federal está realizando um esforço grande,

juntamente com a empresa de Pesquisa energética (ePe) e

outras empresas do setor elétrico, no sentido de viabilizar, até

2010, um potencial inventariado da ordem de 32.950 MW, e a

conclusão de estudos de viabilidade, totalizando 25.768 MW,

o que deve garantir tranqüilidade quanto ao fornecimento de

energia elétrica para futuras demandas.

leilãocomo medida para garantir o abastecimento com modicidade tarifária, houve a instituição do leilão como forma de compra no mercado regulado. em 2007, foram realizados quatro leilões de energia nova, com comercialização de 9.928 MW de potência instalada.

Novas jazidas de gás natural e petróleonste ano, começa a produção de gás dos campos de peroá fase ii, camarupim e canapu, na bacia do espÍrito santo

descobertas na Bacia de santos podem colocar o País no grupo dos maiores exportadores de petróleo

Sté

fers

on F

aria

/ A

gên

cia

Pet

rob

ras

No final de 2007 e início de 2008, duas descobertas na Bacia de Santos trouxeram

boas notícias para o setor de petróleo e gás natural. Em novembro passado, foi anunciado que a jazida de Tupi poderá alcançar volumes entre cinco e oito bilhões de barris de petróleo. Em janeiro, veio a comprovação da existência de uma grande jazida de gás natural e condensado (óleo levís-simo) na área chamada de Júpiter, com dimensões similares às de Tupi, que pode colocar o Brasil no grupo dos maiores países exportadores de petróleo.

Neste ano, será iniciada a pro-dução de gás dos campos de Peroá Fase II, Camarupim e Canapu, na Bacia do Espírito Santo, e no Campo da Lagosta, em Santos (SP).

O Plano de Negócios da Petro-bras para o setor prevê obras de ex-pansão da malha de gasodutos e a construção de terminais de regaseifi-cação de gás natural liquefeito (GNL). A malha de transporte de gás natural chegará a mais de 9 mil quilômetros

até o final de 2009 – hoje são 6,4 mil.Entre os projetos para interliga-

ção, estão gasodutos que unirão as bacias de Santos (SP), Espírito Santo e Campos (RJ) aos mercados con-sumidores. Também estão previstas obras de expansão do Gasoduto Rio-Belo Horizonte, com previsão de iní-cio da obra em 2008. No Nordeste, já estão em execução o gasoduto Catu-Itaporanga (Bahia e Sergipe) e o Pi-lar-Ipojuca (Alagoas e Pernambuco), que interligará os estados de Alagoas e Pernambuco. Em 2008, terá início a operação dos trechos que vão de Ca-biúnas (RJ) a Vitória (ES), de Campi-nas (SP) ao Rio de Janeiro (RJ) e de Catu (BA) a Itaporanga (SE), que faz parte da malha Nordeste.

AlternAtivAs – O Governo Federal também busca fontes alterna-tivas de geração de energia, focadas em mecanismos de sustentabilidade, em consonância com o Protocolo de Quioto. Outro ponto importante é a ampliação dos investimentos em bio-combustíveis, que também incorpora políticas de inclusão social.

Page 32: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

InFRA-ESTRUTURA 3332 3332

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

Biocombustíveis não ameaça alimentos no Brasil, a produção de biocombustíveis não ameaça a de alimentos. O País tem terras agricultáveis suficientes para atender aos dois segmentos e ambos estão em expansão. A produção de cana-de-açúcar – matéria-prima do etanol – ocupa menos de 1% do território nacional e menos de 2,5% das áreas agricultáveis e de pecuária.

Sté

fers

on F

aria

/Ag

. Pet

rob

ras

O pioneirismo do Brasil na produção e na utilização do biodiesel já apresenta resul-

tados concretos. A resolução do Con-selho Nacional de Política Energética (CNPE), que elevou de 2% para 3% o percentual de mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercia-lizado no País, a partir do dia 1º de julho de 2008, representará maiores ganhos econômicos e mais preserva-ção do meio ambiente.

Do ponto de vista econômico, o maior uso do biodiesel valoriza as matérias-primas produzidas em ter-

ritório nacional e o desenvolvimen-to da indústria de bens e serviços. A medida também amplia a geração de emprego e renda na cadeia produtiva do biodiesel, estimulando ainda mais a agricultura familiar.

Sob a perspectiva ambiental, a ampliação do uso do biodiesel reduz a participação do óleo diesel na matriz energética e diminui as emissões de dióxido de carbono (CO2) pelos veícu-los. Além disso, o País reduzirá a im-portação de diesel de petróleo, com reflexos na balança comercial. No ano passado, o uso do biodiesel proporcio-

nou ganhos da ordem de US$ 500 mi-lhões na balança comercial, com a adi-ção de 2% de biodiesel ao óleo diesel.

Todos esses ganhos, que agora se concretizam e que se ampliarão à medida que crescer o uso do combus-tível, foram planejados na elaboração do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), uma ação interministerial do Governo Federal, iniciada em 2004. Em 2007, a produ-ção de biodiesel no Brasil superou 400 milhões de litros e registrou crescimen-to superior a 400% em relação a 2006. O programa promoveu a inserção de

pequenos agricultores na sua cadeia produtiva, incluindo 91 mil famílias.

O biodiesel é um combustível de-rivado de fontes renováveis de ener-gia, como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão- manso, soja e dezenas de outras es-pécies vegetais abundantes no Brasil. Ele substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores automotivos ou em geradores de ele-tricidade, e pode ser utilizado puro ou misturado ao diesel mineral. A adição de 3% de biodiesel ao diesel não exigirá alteração nos motores.

O programa de biodiesel contribui para a redução das importações de derivados de petróleo

produção superou 400 milhões de litros em 2007, com um crescimento superior a 400%. milhares de pequenos agricultores estão sendo beneficiados

[ COMBustívEIs ]

Brasil é pioneiro no biodiesel, que também promoveinclusão social

Mais 26 usinas de álcool

O consumo de álcool no Brasil já ultrapassou o consumo da gasolina, conforme

aponta a Agência nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (AnP).

em fevereiro foi vendido 1,432 bilhão de litros de álcool, em contraposição a

1,411 bilhão de litros de gasolina. O sucesso do uso do combustível é confirmado

pelos números da Associação nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

(Anfavea), que revelam que a frota de veículos bicombustíveis ultrapassou, em

março, cinco milhões de unidades. esses dados refletem as ações estratégicas

do Governo Federal para a consolidação de novas matrizes energéticas no País.

O Brasil também avançou sua posição na produção, na utilização e na

exportação de etanol. em março do ano passado, o Brasil assinou um acordo

de cooperação com os estados Unidos para estimular o desenvolvimento desse

biocombustível na América Latina. Visando à consolidação de sua posição

internacional de produtor de etanol, o Brasil integra o Fórum internacional de

Biocombustíveis, juntamente com china, índia, eUA, África do Sul e União

européia, e prepara-se para sediar, neste ano, uma conferência que reunirá 190

países. O objetivo do encontro é o estabelecimento de padrões comuns para o

etanol, visando sua transformação em commodity energética. neste ano deverão

ser inauguradas 26 novas usinas e, até 2010, outras 77.

Div

ulg

ação

/Ag

. Pet

rob

ras

Page 33: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3332 3332

o pac destina r$ 1,2 bilhão para a recuperação da bacia do são francisco.

102 municípios recebem obras de saneamento básico para a revitalização do rio

Para mudar uma realidade secular que compromete a vida das pessoas e o desen-

volvimento de parte significativa da Região Nordeste do Brasil, o Go-verno Federal desenvolve o Projeto de Integração da Bacia do Rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – que englo-bam os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e parte de Per-nambuco (Agreste e Sertão). O ob-jetivo é garantir a oferta de água a mais de 12 milhões de pessoas que vivem no semi-árido nordestino e enfrentam a escassez de água e a ir-regularidade das chuvas.

Além da interligação das bacias, o projeto prevê ações de revitalização

do São Francisco, inclusive com me-lhoria da navegação, a recuperação ambiental e obras de saneamento bá-sico nas cidades localizadas ao longo do seu curso, nos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Per-nambuco. Iniciativas como estas fo-ram contempladas com investimentos de R$ 534,7 milhões no ano passado, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Até 2010, será investido R$ 1,5 bilhão em obras de revitalização em 341 municípios loca-lizados na bacia do Rio São Francisco e no Vale do Parnaíba.

O Projeto de Integração de Ba-cias tem um custo total estimado em R$ 4,8 bilhões e prevê a captação de uma pequena parte do volume de

água que o Rio São Francisco joga no mar, transferindo-a para as ba-cias de rios intermitentes dos esta-dos do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, na região brasileira que mais sofre com secas prolonga-das. A captação será de 26,4 metros cúbicos de água por segundo, que equivalem a apenas 1% da água que o rio despeja no mar.

O Projeto de Integração de Bacias não causará prejuízos econômicos ou ambientais para os estados banhados pelo rio. Cada passo do projeto é de-batido com as comunidades afetadas. A integração das bacias, que garantirá água para a região do semi-árido nor-destino, não provocará mudança no curso do Rio São Francisco.

[ IntEGraçãO ]

Projeto São Francisco sustentável mudará a realidade do Sertãoobjetivo do governo federal é garantir a oferta de água a mais de 12 milhões de pessoas que vivem no semi-árido nordestino e sofrem com a falta de chuva

revitalizaçãobeneficia cinco estadosJuntamente com o Programa de integração de Bacias, o Governo Federal desenvolve o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PRSF). entre 2004 e 2006, as ações de revitalização receberam investimentos de R$ 194 milhões. Para o período 2007/2010, o Programa de Aceleração do crescimento (PAc) destina R$ 1,2 bilhão à recuperação da Bacia do São Francisco.

Por meio do PRSF, são realizadas ações que incluem obras de revitalização e recuperação do Rio São Francisco, monitoramento da qualidade da água, reflorestamento de nascentes, margens e áreas degradadas, e controle de processos erosivos para a conservação de água e do solo. Os trabalhos são desenvolvidos nos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais.

A recuperação do São Francisco prevê ainda obras de saneamento básico em 169 municípios da bacia, contenção de barrancos e controle de processos erosivos, melhoria da navegabilidade e recuperação de matas ciliares. As ações de esgotamento sanitário envolvem, inicialmente, 102 municípios da calha do Rio São Francisco.

conhecido como rio da integração nacional, o São Francisco se estende por 2.700 km, desde a nascente na Serra da canastra, no município de São Roque, Minas Gerais, até a sua foz, entre os estados de Sergipe e Alagoas. Ao longo desse percurso, que banha cinco estados, o Velho chico, como é chamado, recebe água de 168 afluentes, dos quais 99 são perenes.

até 2010, será investido r$ 1,5 bilhão em obras de revitalização em 341 municípios localizados na bacia do rio são Francisco e no vale do ParnaíbaFo

tos:

Ch

esf

Page 34: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

InFRA-ESTRUTURA 3534 3534

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

Materiais de construção estão invadindo os mor-ros cariocas do Alemão,

Manguinhos e Rocinha. Tijolos, cimento, tubos e afins estão sendo usados para levar urbanização para as comunidades. Com um orçamen-to de aproximadamente R$ 923 milhões, o PAC vai custear, nessas comunidades, a construção de esco-las, creches, postos de saúde, rede de água e esgoto, iluminação, pa-vimentação e alargamento de ruas e, até mesmo, a implantação de um teleférico.

Em parceria com governos es-taduais e municipais, os recursos do PAC também serão investidos para a urbanização de outras regiões ca-rentes por todo o País. O programa planeja aplicar R$ 170,8 bilhões em ações de saneamento, habitação e melhoria direta das condições sociais para a população brasileira.

Além de levar os serviços de responsabilidade do Estado (escola, luz, esgoto e assim por diante) às comunidades, o Programa de Ace-leração do Crescimento será usado para enfrentar outro grande desafio: o déficit habitacional. Para atacar o problema, o programa vai aplicar R$ 94,7 bilhões em diversos projetos até 2010.

Além do saneamento e da habita-ção, o PAC também prevê recursos para melhorar a qualidade do transporte urbano do País. Máquinas estão traba-lhando para a expansão e a moderniza-ção dos metrôs de Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Recife (PE) e do Fura-Fila em São Paulo (SP).

O PAC também está sendo apli-cado nas obras de integração e revi-talização do Rio São Francisco, que levará pequena parte da água do rio para as bacias do Nordeste Setentrio-nal, região mais seca do semi-árido (mais informações sobre o Projeto São Francisco na página 33).

[ PaC sOCIal E urBanO ]

obras para mudar a vida nas comunidades e favelas-bairroprograma investirá r$ 170,8 bilhões em ações de saneamento, urbanização, habitação e melhoria das condições de moradia de diversas regiões do paÍs

Teleférico na comunidade do AlemãoCapacidade de transporte:

30 mil pessoas por dia

Extensão:

2,9 kmM

árci

o n

asci

men

to

Principais obras

3 Luz para Todos

3 PiSF – Programa integração do São Francisco

3 Revitalização do São Francisco

3 Metrôs de BH, Salvador, Recife e Fortaleza

3 62 Adutoras, Barragens e Perímetros de irrigação

o investimento para habitação (2007-2010)

Região Moradia (R$ bilhões)

Urbanização de favelas (R$ bilhões)

Total (R$ bilhões)

norte 3,8 1,1 4,9

nordeste 12,7 3,5 16,2

Sudeste 19,1 4,8 23,9

Sul 5,3 1,3 6,6

centro-Oeste 3,4 0,9 4,3

Total 44,3 11,6 55,9

Obs: não inclui financiamentos para pessoa física (R$ 89 bilhões)

Fonte: comitê Gestor do PAc

Investimento pesado em saneamento para melhorar as condições de vida de grande parcela da população Caixa contratou 2,3 mil projetos

dos projetos selecionados

para o pac na área de

habitação em 2007,

2,3 mil deles foram

contratados pela caixa, no

valor de r$ 20,64 bilhões.

a cifra corresponde a 81,9%

da quantidade total de projetos

na área (2.819 projetos) e

74,32% do valor destinado a

eles (r$ 27,8 bilhões).

Investimentos por região (R$ bilhões)

norte 11,9

nordeste 43,7

Sudeste 41,8

Sul 14,3

centro-Oeste 8,7

nacional 50,4Fonte: comitê Gestor do PAc

Page 35: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3534 3534

No período de 2003 a 2007, os investimentos em habitação no Brasil somaram R$ 81,73

bilhões, incluindo os investimentos do Governo Federal, da Caixa Econômi-ca Federal e de bancos privados. So-mente o Governo Federal investiu, no período, R$ 52,41 bilhões. Esses re-cursos foram destinados a: construção e aquisição de moradias, urbanização de assentamentos precários, aquisição de material, reforma e ampliação de unidades habitacionais, produção de lotes urbanizados e requalificação de imóveis para uso habitacional.

Foram beneficiadas mais de 2,6 milhões de famílias, das quais, 72,85% com renda até 5 salários mínimos. Em 2007, pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), o setor recebeu aportes de R$ 18,3 bi-lhões, praticamente dobrando em re-lação ao ano anterior, quando somou R$ 9,4 bilhões. A população de baixa renda também pôde contar com R$ 1,8 bilhão de subsídios do FGTS.

Essa expansão foi possível gra-ças aos diversos estímulos adotados pelo Governo Federal, principalmen-te com a criação e o aperfeiçoamento de vários instrumentos jurídicos, que alteraram as normas que tratam do direcionamento dos recursos capta-dos em caderneta de poupança para operações de crédito imobiliário. As

mudanças impulsionaram a oferta de crédito pelos agentes financeiros e incentivaram o mercado da cons-trução civil, oferecendo maiores ga-rantias legais ao empreendedor e ao comprador de imóvel.

O Governo Federal também aperfeiçoou diversas normas do Conselho Monetário Nacional para ampliar o financiamento imobiliário para a classe média. Dessa forma, foi possível garantir maior provisão e conseqüente expansão dos recur-

sos para investimentos habitacionais para os segmentos de maior renda.

A tendência do setor habitacio-nal é permanecer se expandindo, principalmente porque o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), planeja investir R$ 106,3 bilhões no segmento até 2010. O montante contabiliza recursos oriundos ou ge-ridos pela União, investimentos do setor privado e contrapartida de es-tados, municípios e mutuários.

[ haBItaçãO ]

Financiamento para casa própria chegou a r$ 81,7 bi em 5 anosa maior parte dos investimentos foi para famÍlias com renda de até cinco salários mÍnimos. no total, 2,6 milhões de famÍlias foram beneficiadas

Construção civilrecebe estímulo

Para estimular o desenvolvimento habitacional, o Governo Federal criou uma série de benefícios fiscais destinados ao setor da construção civil, com destaque para a redução das alíquotas e a eliminação de impostos. A decisão mais importante foi o estabelecimento de tarifa zero para o imposto sobre Produtos industrializados (iPi) dos produtos da cesta básica de material para construção, como tubos e conexões de PVc, barras de concreto, portas e janelas. A medida causou impacto no nível de emprego na construção civil e no mercado de moradia. O emprego formal no segmento saiu de um patamar negativo para um positivo, de 2004 em diante, evoluindo de 50.765 para 85.053 em 2005, e para 85.796 em 2006, alcançando 176.755 em 2007.

Baixa rendatem prioridade

O setor habitacional brasileiro vive fase de profundas transformações, cuja principal característica é a mudança do público-alvo das políticas governamentais. em 2003, 72% dos investimentos habitacionais com recursos do FGTS eram dirigidos para as classes sociais com renda acima de cinco salários mínimos, 21% na faixa de três a cinco salários mínimos e 7% para os que possuíam renda de até três salários mínimos. Ao longo dos últimos anos, esse quadro sofreu grandes alterações e a destinação dos recursos do FGTS passou a ser mais eqüitativa. em 2007, as famílias com rendimento acima de cinco salários mínimos tiveram acesso a 29% dos recursos destinados à habitação, e os que estavam na faixa salarial entre três e cinco salários foram atendidos com 40% dos recursos. Já as famílias com renda até três salários tiveram acesso a 31% recursos disponibilizados pelo FGTS para a aquisição de moradias.

somente no ano passado, o Governo Federal destinou r$ 21,5 bilhões para construção de moradias, principalmente para famílias de classes mais baixas

Investimento habitacional por faixa de renda

Fonte: ceF - informações atualizadas em 28/12/2007

2003 2004 200720062005

Até 3 salários mínimos Entre 3 e 5 salários mínimos Acima de 5 salários mínimos

7%

22%26%

33% 31%21%

21%

27%

35% 40%

72% 57% 47% 32% 29%

Div

ulg

ação

Page 36: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3736 InFRA-ESTRUTURA

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

[ turIsMO ]

r$ 5,6 bilhões serão investidos no turismo do Paísincentivos turÍsticos democratizam o acesso a viagens, promovem e valorizam o paÍs, atraem divisas e criam milhares de empregos

O Plano Nacional do Turis-mo (PNT), para o período compreendido entre 2007 e

2010, prevê investimentos de 5,63 bi-lhões para infra-estrutura turística do País, R$ 689 milhões para promoção externa do Brasil e R$ 294 milhões para promoção interna das atrações nacionais – todos recursos do Orça-mento Geral da União, destinados ao Ministério do Turismo. O Plano tem por meta promover o setor turístico como mais um fator de inclusão so-cial e fomentar a competitividade nos mercados nacional e internacional.

Além dos recursos do Orçamen-to da União, somam-se ainda mais R$ 12,5 bilhões em financiamentos por bancos federais, para o setor pri-vado. Há uma expectativa de que a iniciativa privada invista também R$ 6,7 bilhões. Em 2007, o Governo Fe-deral investiu R$ 1,2 bilhão em in-fra-estrutura turística, beneficiando

2.572 municípios, com uma estima-tiva de criação de 308 mil novos em-pregos formais e ocupações. Também investiu, por intermédio do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), R$ 112,7 milhões, para promover o Bra-sil no exterior. Um indicativo positivo foram as 163 milhões de viagens no mercado interno,

De acordo com a Pesquisa Anu-al de Conjuntura Econômica do Turismo (Pacet), o faturamento das maiores empresas do setor turístico no ano passado aumentou 14,8% em relação a 2006. Houve movimenta-ção de R$ 34,1 bilhões, que possibi-litaram alta de 23,5% no número de empregos correlacionados. Agências de viagens, companhias aéreas, lo-cadoras de automóveis, hotéis, pou-sadas, operadoras de turismo, feira de eventos e setores relacionados ao turismo geraram 308 mil empregos e ocupações em 2007.

Viaja Mais beneficia a melhor idade O Programa Viaja Mais – Melhor Idade busca incentivar pessoas a partir dos 60 anos, aposentadas ou pensionistas, a usufruir os benefícios da atividade turística. O incentivo atinge principalmente épocas de baixa ocupação do turismo interno regionalizado, com pacotes para essa faixa etária.

O programa propicia empréstimos consignados, com taxas de juros abaixo do mercado. É possível pagar viagens de até R$ 3 mil em até 12 vezes, com juros de até 1% ao mês. Até dezembro do ano passado, foram vendidos 9 mil pacotes turísticos, a preço médio de R$ 850.

Os pacotes para 2008 já estão sendo vendidos nas agências de viagem cadastradas pelo Ministério do Turismo. A segunda fase do programa abrange 12 cidades de partida e 36 destinos. A expectativa é que, entre março e junho deste ano, sejam vendidos 50 mil pacotes, o que movimentará R$ 42,5 milhões.

Outra meta prevista no Plano a ser alcançada é de, até 2018, o Bra-sil figurar entre os dez países que mais geram empregos no turismo. O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) estima que o fluxo de

turistas estrangeiros no País seja cada vez maior. Até 2010, a entrada de divisas deve superar R$ 17 bi-lhões por ano, com o aumento dos atuais 5,5 milhões turistas/ano, para 7,9 milhões/ano.

País investirá r$ 689 milhões na promoção do turismo brasileiro no exterior

resultados em 2007

163 milhões de viagens no mercado interno

r$ 1,2 bilhão em infra-estrutura

308 mil novos empregos e ocupações

Metas para 2010

√ Promover 217 milhões de viagens no mercado interno

√ Gerar US$ 7,7 bilhões em divisas

√ Estruturar 65 destinos turísticos com padrão internacional

Fotos: Divulgação

Page 37: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3736 MEIO AMBIEnTE

Ibama - Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente

www.ibama.gov.br

www.mma.gov.br

Denúncias e crimes contra o meio

ambiente Fone: 0800 61 8080

No período entre 2004 e 2007, o Governo Federal reduziu em 59% os desmatamentos

na Amazônia, que caíram de 27 mil km2 para 11,2 mil km2. Os resultados foram obtidos graças à implementa-ção das ações previstas no Plano de Prevenção e Controle dos Desmata-mentos da Amazônia, que incluem o monitoramento, a fiscalização e o ordenamento territorial e mobilizam órgãos dos ministérios do Meio Am-biente, das Ciências e Tecnologia e do Desenvolvimento Agrário.

A redução do desmatamento alcançada no período representa o menor índice histórico desde 1988, quando teve início a medição, e se

aproxima dos dados obtidos no início da década de 90, quando a densidade populacional na Amazônia e a capa-cidade de desmatar eram inferiores. Em função do resultado, o Brasil dei-xou de emitir 500 milhões de tone-ladas de gás carbônico na atmosfera, nos últimos três anos.

Além de combater o desmata-mento, o Governo Federal atuou na preservação ambiental. Nos últimos quatro anos, foram criadas novas unidades de conservação e reservas ambientais que, somadas, alcançam cerca de 20 milhões de hectares. Essa extensão equivale a quatro vezes o território do Distrito Federal. Com a medida, o Brasil passou a contar com

70 milhões de hectares de áreas de preservação, que representam 8% do território nacional.

O desempenho do Governo Fe-deral no combate ao desmatamento e na preservação ambiental qualifi-ca o País no cenário internacional, a exemplo do que ocorreu durante a 13ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Bali, na Indoné-sia. No encontro, o Brasil defendeu a criação do Fundo de Proteção e Con-servação da Amazônia Brasileira e teve atuação fundamental para que, pela primeira vez, as reduções das emissões por desmatamento fossem contempla-das no âmbito da convenção.

Programa estimula o reflorestamento com a disponibilização de créditos no valor de R$ 1,8 bilhão, o Governo Federal está enfrentando o desmatamento e promovendo o uso equilibrado das florestas brasileiras com o Programa nacional de Florestas (PnF).

Pelo Programa, são formuladas as políticas públicas para a promoção e a expansão da base florestal plantada, a recuperação de áreas degradadas em pequenas e médias propriedades rurais, a expansão da base de florestas naturais sob manejo sustentável e a proteção de áreas para conservação. O PnF também investiu outros R$ 150 milhões na capacitação, na assistência técnica, na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico.

Os investimentos proporcionaram avanços significativos, como a superação de 600 mil hectares de florestas plantadas, prevista no PnF. Também possibilitou o levantamento de áreas prioritárias para o manejo florestal em 100 Unidades de Assentamento Rural, envolvendo 10 mil famílias, em regiões situadas no Bioma caatinga, e a recuperação de áreas degradadas.

Agenda Ambientalcom o objetivo de consolidar a Agenda Ambiental brasileira, o Governo Federal reestruturou o Ministério do Meio Ambiente, criando as secretarias de Mudanças climáticas e Qualidade Ambiental, de extrativismo e desenvolvimento Rural, de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, de Biodiversidade de Floresta e de Articulação institucional e cidadania Ambiental. Também foi criado o instituto chico Mendes de conservação da Biodiversidade, que cuida da gestão das Unidades de conservação.

com a queda de 59% no corte ilegal da floresta, o brasil deixou de emitir 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono, causador do efeito estufa

Combate ao desmatamento alcança redução histórica na Amazônia

Novas ações garantem a preservação no segundo semestre de 2007, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com o instituto nacional de Pesquisas Aeroespaciais, detectou uma tendência de aumento no desmatamento na Amazônia. Para reverter o quadro, o Governo Federal publicou, em 21 de dezembro do ano passado, o decreto Federal 6.321/07, que prioriza o enfrentamento do corte ilegal de madeira. entre as principais medidas geradas pelo decreto, estão as seguintes: a realização de ações preventivas nos municípios onde o desmatamento é maior; a integração entre a regularização fundiária e ambiental, que permitirá a melhoria da fiscalização; o estabelecimento de novas regras para a concessão de crédito rural, que estará vinculado à preservação; e o embargo do uso econômico de áreas degradadas, que co-responsabiliza toda a cadeia produtiva pelos danos ambientais, impondo sanções não só a quem produz, mas àquele que intermediar, adquirir, transportar ou comercializar produtos em áreas embargadas.

nos últimos quatro anos foram criadas novas unidades de conservação e reservas ambientais

operação Arco de Fogo A Operação Arco de Fogo, desencadeada pela Polícia Federal e realizada conjuntamente com o ibama e a Força nacional de Segurança Pública, fiscalizou 166 propriedades no Pará, Rondônia e Mato Grosso. em apenas dois meses apreendeu 41,6 mil m3 de madeira ilegal e aplicou 338 multas, que superaram o valor de R$ 60 milhões.

Page 38: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

MOdeRniZAçãO dO eSTAdO3938 3938

As ações do Governo Federal para estimular os investimen-tos e criar um ambiente de

negócios favorável refletiram-se na eficiência e na competitividade da economia brasileira em 2007. Por meio da Lei nº 11.598, foi introduzida a Simplificação do Registro e da Lega-lização de Empresas e Negócios (Re-desim), que conferiu agilidade à aber-tura, à alteração e ao fechamento de empresas. A medida reduziu prazos, custos e procedimentos, resultando também na queda da informalidade.

Atualmente, o processo de aber-tura de uma empresa no Brasil ocor-re em 20,3 dias, conforme apurado em pesquisa realizada pela Secreta-ria de Comércio e Serviços, do Mi-nistério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior (MDIC). O levantamento, feito em 27 juntas co-merciais do País, considerou prazos e custos envolvidos na legalização de 246.586 empresas – cerca de 97% dos empreendimentos abertos entre janeiro e julho de 2007.

A obtenção desse resultado, que diminui quase à metade o tempo que se verificava há dois anos, foi possível graças aos investimentos

de R$ 5 milhões na informatização e integração dos sistemas das juntas comerciais em todo o Brasil. Essa agilidade é fator preponderante na decisão dos investidores em injetar ou não recursos no País. A meta para 2008 é reduzir o prazo para 15 dias.

Também foram fundamentais a diminuição no número de normas para o registro mercantil, reduzidas

de 99 para 30. Essa medida foi acom-panhada do estímulo à implantação das "Centrais Fácil" e também da cria-ção de quase 500 pontos avançados de atendimentos das juntas comer-ciais. O Governo Federal incentivou convênios entre as juntas comerciais e a Receita Federal, para tornar mais ágil a emissão do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

[ EFICIênCIa ]

Governo reduz burocracia paraestimular empresas e negócios

Empresas aderem ao Supersimples O novo modelo de tributação das micro e pequenas empresas, o Simples nacional, ou Supersimples, atraiu cerca de 2,8 milhões de empresas – mais de 90% das empresas brasileiras em 2007. com ele, as micros e pequenas empresas passaram a recolher, de forma unificada, os tributos federais, estaduais e municipais. O Supersimples proporciona facilidades de acesso ao crédito, redução da burocracia e preferências nas licitações públicas. O tratamento diferenciado abrange as obrigações previdenciárias e estimula o abandono da informalidade. O tributo único atende às microempresas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240 mil e as de pequeno porte com receita bruta anual superior a R$ 240 mil e igual ou inferior a R$ 2,4 milhões.

Mais agentes no Economia SolidáriaO Governo Federal ampliou em 2007 a rede de agentes de desenvolvimento local e economia solidária em todo País, formando 200 novos gestores públicos em economia solidária. Atualmente, são 510 agentes em mais de 400 comunidades carentes. eles atuam no auxílio e na orientação de comunidades tradicionais e em territórios com potencial para novas atividades econômicas e geração de trabalho e renda. O Sistema nacional de informações em economia Solidária já mapeou mais de 50% dos municípios brasileiros e verificou, no ano passado, a existência de mais de 23 mil ações solidárias envolvendo mais de dois milhões de pessoas em 2.274 cidades. Os agentes, por conhecerem as demandas regionais, podem diagnosticar os problemas e as potencialidades das comunidades, orientando a criação de novos empreendimentos.

lei facilita abertura de novos empreendimentos, o que pode ser feito em 20 dias. com isso, economia ganha agilidade e atrai investidores

TrANSPArÊNCIAcerca de R$ 15,1 bilhões em recursos públicos foram fiscalizados pela controladoria Geral da União (cGU), entre janeiro de 2003 e dezembro de 2007. Por meio de sorteio, o pente-fino do Governo Federal apurou o gasto do dinheiro público em 1.341 municípios, por todo o Brasil. A fiscalização instaurou 25.675 processos administrativos disciplinares. essa apuração culminou em 1.421 demissões, 108 destituições de cargos comissionados e 93 cassações de aposentadorias, consideradas irregulares. O brasileiro pode conferir os gastos públicos no site Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br.

Governo reduziu de 99 para 30 o números de normas para o registro de empresas

Tiag

o M

acha

do

Page 39: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

3938

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

3938

O Governo Federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de Reforma

Tributária, elaborada para promo-ver mudanças que acelerem o cres-cimento econômico por meio da simplificação, desoneração e corre-ção de distorções do sistema atual. Entre as principais alterações está a criação do Imposto sobre o Valor Adicionado, o IVA-F, que substituirá a Cofins, o PIS e a Cide.

Elaborada a partir de um am-plo diálogo com representantes dos estados, municípios e sociedade ci-vil, a proposta cria um sistema tribu-tário mais equilibrado e que unifica as 27 legislações estaduais do ICMS em uma única lei. O ICMS reformu-

lado terá a mesma abrangência em termos de mercadorias e serviços que tem o atual e continuará sendo cobrado pelos estados. Mas o pro-pósito das autoridades econômicas é tornar as alíquotas uniformes, e que serão fixadas pelo Senado e pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Um dos principais objetivos da proposta de Reforma Tributária é acabar com a guerra fiscal entre os estados, que tem um impacto nega-tivo sobre o crescimento da econo-mia. O texto que está no Congresso Nacional prevê a cobrança no Esta-do de destino com a manutenção de uma alíquota de 2% no Estado de origem para estimular a fiscalização

e ressarcir custos administrativos. A adoção do novo ICMS será gradual e a transição ocorrerá em oito anos, evitando impacto na distribuição de receitas entre os estados.

A adoção da Nota Fiscal Ele-trônica (NF-E) e a integração entre os fiscos são fatores que contribuem para a redução significativa da sone-gação e permitem a implementação de mudanças técnicas necessárias à viabilização da Reforma Tributária. Ele contém ainda mecanismos de desoneração completa dos inves-timentos, principalmente pela re-dução gradual do prazo requerido para a apropriação dos créditos de impostos pagos na aquisição de má-quinas e equipamentos.

lei reconhecerepresentaçãodas centraissindicais

em 2007, foram priorizadas

mudanças pontuais na

legislação sindical e na

legislação trabalhista. em

relação à reforma sindical,

foi promulgada, em 31

de março deste ano, a

Lei nº 11.648/2008, que

reconhece as centrais

sindicais como entidades

de representação dos

trabalhadores. Pela Lei, as

centrais poderão coordenar

a representação dos

trabalhadores, por meio

das organizações sindicais

a elas filiadas.

As centrais sindicais

também podem

participar de negociações

em fóruns, colegiados de

órgãos públicos e demais

espaços de diálogo social

de composição tripartite,

que discutam interesses

dos trabalhadores. Uma

central sindical é uma

entidade associativa de

direito privado, composta

por organizações sindicais

de trabalhadores.

Outro avanço foi a

regulamentação do trabalho

no comércio aos domingos,

que garantiu mais dias de

descanso ao trabalhador

e assegurou condições

de trabalho previstas em

convenção coletiva.

[ dEsOnEraçãO ]

Projeto de reforma tributária quer acabar com distorçõesproposta do governo federal em discussão no congresso reduz número de impostos, combate guerra fiscal e estimula economia

Previdência beneficia terceira idadena área da Previdência Social, em 2007, o Governo Federal concluiu todas as etapas e fases de convocação dos beneficiários relativas ao censo Previdenciário, iniciadas no final de 2005. compareceram 16,6 milhões de beneficiários, correspondentes a 97% dos 17,2 milhões convocados. Os que não se apresentaram dentro do prazo perderam o benefício. Até o momento, foram cancelados 82.332 benefícios, gerando uma economia anual de R$ 452 milhões aos cofres da Previdência. Também foi aprovado, no ano passado, o Plano de Ação de Revisão de Benefícios com indícios de irregularidades, cujo objetivo é assegurar a manutenção de pagamentos de benefícios regulares, combatendo fraudes e pagamentos indevidos.

Ministério da Previdência

e Assistência Social

www.mpas.gov.br

Fone: 135

Már

cia

Gou

thie

r/A

Sn

Congresso já discute a proposta de reforma tributária encaminhada pelo Governo Federal

Page 40: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

POLíTicA exTeRnA4140 4140

A participação ativa e sobera-na nas principais discussões deste início de século – ques-

tões de clima, energia, segurança mundial, entre outras –, a abertura de novas frentes de comércio inter-nacional, o fortalecimento do Mer-cosul e o estabelecimento de outras relações de parcerias externas colo-caram o Brasil como uma nação de peso efetivo no mapa mundial, com resultados expressivos para o País.

Além de manter, e mesmo in-tensificar, as relações com os Esta-dos Unidos e países da União Eu-ropéia, nos últimos anos a política externa brasileira foi norteada pelo estabelecimento de novas parcerias internacionais. Foram abertas fren-tes de comércio, cooperação técnica e intercâmbio cultural com inúme-ros países.

No que diz respeito ao comércio exterior, os números são expressivos. O Brasil hoje exporta mais para os países em desenvolvimento (54,7%), enquanto as vendas para as nações desenvolvidas somaram 45,3%, con-forme levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio, de setembro do ano passado.

De acordo com o estudo, nos últimos quatro anos, as exportações para a América do Sul cresceram cerca de 250%. América Latina e o Caribe são os principais destinos da produção brasileira, com 26,5% das compras de produtos nacionais.

Com a União Européia, o volu-me de exportações brasileiras somou 22,1%, enquanto os países asiáticos ficaram com 15%. Os Estados Unidos são, entre os países desenvolvidos, o

[ COMÉrCIO ]

Brasil expande mercado e faznovas alianças internacionaisalém de fortalecer as relações com parceiros tradicionais, paÍs também busca novas frentes comerciais

União com os EUA em torno dosbiocombustíveis O esforço brasileiro em abrir novas fronteiras de diálogo e negociação internacionais não significa que o País deixou de lado suas relações com os parceiros tradicionais. Pelo contrário, os estados Unidos continuam como o principal cliente e o maior investidor individual do Brasil. em março do ano passado, foi assinado Memorando de entendimento Técnico sobre Biocombustíveis com os estados Unidos, que vai promover a cooperação bilateral, o desenvolvimento do setor em outros países e um mercado global de biocombustíveis. isso sem deixar de defender os interesses brasileiros no comércio exterior ao promover, contra os estados Unidos, gestões na Organização Mundial do comércio (OMc) para eliminar tarifas sobre produtos agrícolas produzidos no Brasil.

maior cliente individual brasileiro,

respondendo por 15,8% da produ-

ção nacional voltada às exportações,

o que representa R$ 25,3 bilhões.

Em contrapartida, as importações

de produtos norte-americanos cres-

ceram 43%, e também aumentaram

os investimentos de empresas brasi-

leiras nos Estados Unidos.

A Argentina é, entre os países

em desenvolvimento, o que mais

importa produtos brasileiros. Foram

contabilizados, em 2006, R$ 11,7 bi-

lhões de vendas para o país vizinho.

Com os países árabes, só no ano pas-

sado, o Brasil registrou exportações

de cerca de R$ 6 bilhões.

As exportações brasileiras qUEM MAIS COMPRA DO BRASIL*

em US$ milhões*números de 2007

PAíS vALOR vARIAÇÃO2006/2007

PARTICIPAÇÃO

estados Unidos 25.314 2,2% 15,8%Argentina 14.417 22,8% 9,0%china 10.749 27,9% 6.7%Países Baixos 8.841 53,8% 5,5%Alemanha 7.211 26,7% 4,5%Venezuela 4.724 32,5% 2,9%itália 4.464 16,4% 2,8%Japão 4.321 11,0% 2,7%chile 4.264 9,0% 2,7%México 4.260 -4,4% 2,7%Bélgica 3.886 8,7% 2,4%Rússia 3.741 8,7% 2,3%

Evolução das exportações brasileiras2003 2004 2005 2006 2007 2008

(até março)

América do Sul 10.171 15.722 21.237 31.904 31.904 8.083

América Latina 13.931 21.135 27.286 33.337 38.368 9.523

eUA/canadá 17.707 21.301 24.486 26.804 27.426 6.134

África (sem Oriente Médio)

2.862 4.247 5.981 7.455 8.578 1.956

Ásia (exclusive Oriente Médio)

11.685 14.577 18.565 20.816 25.086 5.871

Oriente Médio 2.806 3.688 4.288 5.749 6.399 1.504

Total 73.203 96.677 118.529 137.807 160.649 38.689

* Valores em bilhões de US$

Page 41: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

4140

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

4140

brasil investe no aprofundamento e na expansão do mercosul. comércio entre paÍses que formam o bloco chega a r$ 300 bilhões

[ dIPlOMaCIa ]

Integração e multilateralismodão o tom da política externa

Do Caribe ao gigante asiático

O Brasil também tem promovido

esforços no sentido de

incrementar suas relações com

outros países da América Latina

e com os dos outros continentes.

A presença do Brasil no caribe

cresceu, principalmente depois

da adesão brasileira ao Banco de

desenvolvimento caribenho.

em março deste ano, foi instalada

a comissão Binacional entre

Brasil e México. em outubro do

ano passado, a Presidência da

República registrou sua sétima

viagem ao continente africano,

com visitas a Burkina Faso,

congo, Angola e África do Sul.

neste último, aconteceu a 2ª

cúpula do iBAS (índia, Brasil

e África do Sul). O iBAS, aliás,

é um exemplo expressivo da

preocupação brasileira com a

expansão das relações Sul-Sul.

Também são promissores os

contatos com os chamados

BRics (Brasil, Rússia, índia

e china), os países da cPLP

(comunidade dos Países de

Língua Portuguesa), e da ASeAn

(Associação das nações do

Sudoeste Asiático). Ao sediar a

iii Reunião Ministerial do Foro de

cooperação América Latina-Ásia

do Leste, em agosto de 2007,

comprovou seu dinamismo no

comércio multilateral.

A china, por sua vez,

ocupa o segundo mercado das

exportações brasileira. no ano

passado, apenas no período de

janeiro a setembro, as vendas

para o país asiático cresceram

50%. em setembro de 2007,

foi lançado o Satélite Sino-

Brasileiro de Recursos Terrestres

(cBeRS-2B), cujas imagens

serão repassadas aos países

sul-americanos e também aos

africanos.

O Brasil tem norteado sua política externa para a in-tegração sul-americana, o

fortalecimento das relações com as nações africanas e o desenvolvimen-to multilateral entre os países, na busca de soluções para os problemas globais. Na América do Sul, missões oficiais brasileiras, encabeçadas pela Presidência da República, visitaram todos os países vizinhos, sendo que todos estes também encaminharam representações diplomáticas de alto nível ao Brasil. Existem hoje 43 pro-jetos de integração física desenvolvi-dos pelo Brasil com vários países – metade deles já em fase de execução. Algumas dessas iniciativas são o Eixo Multimodal de Manaus ao Porto de Manta, no Equador, e a interconexão entre Boa Vista (Roraima) e George-town (Guiana). O Grande Gasoduto

do Sul, compromisso estratégico en-tre Brasil e Venezuela, teve seu pri-meiro trecho inaugurado em janeiro de 2007. E neste ano deverão ser concluídas as obras do corredor inte-roceânico Brasil-Chile-Bolívia.

O País está investindo na ex-pansão do comércio com o Merco-sul. O comércio intrabloco, que era de US$ 4 bilhões em 1990, hoje já atinge R$ 300 bilhões. Foi criado o Fundo de Convergência Estrutural, destinado ao auxílio das economias menores e das regiões menos de-senvolvidas dos Estados integrantes do bloco, que contabiliza US$ 115 milhões, sendo o Brasil responsável pela contribuição de 70% desse fun-do. Hoje existem 16 projetos apro-vados pelo fundo.

Em maio do ano passado, rea-lizou-se a sessão inaugural do Par-

lamento do Mercosul, importante iniciativa na consolidação e no aper-feiçoamento do bloco. Em junho de 2007, o Conselho do Mercosul apro-vou a decisão sobre “pagamentos em moedas locais”, medida de interesse para o processo de integração finan-ceira, que visa estimular o comércio e reduzir os custos das transações entre os países membros. Por en-quanto, as atividades se restringem ao Brasil e à Argentina, e devem ter início, conforme estimativa do Ban-co Central, em meados deste ano.

Além disso, durante a 34ª Cú-pula do Mercosul, em dezembro, foi assinado o Acordo de Livre Co-mércio Mercosul-Israel, primeiro acordo de livre comércio com um parceiro de fora do bloco, resulta-do de um processo de negociações iniciado em 2005.

reunião de cúpula do Mercosul: comércio entre os países cresce a cada ano e novos projetos contribuem para o fortalecimento do bloco

Presença brasileira no Haiti desde 2004, a Missão de estabilização das nações Unidas no Haiti, comandada pelo Brasil e com um efetivo de 1.200 soldados brasileiros, tem atuado com sucesso para dar segurança, reconciliação política e desenvolvimento econômico àquela nação da América central. As forças militares brasileiras realizaram ações contra o crime organizado no país, permitindo que sejam promovidas iniciativas de construção e recuperação da infra-estrutura haitiana. Hoje mais de dez áreas contam com projetos de cooperação entre Brasil e Haiti.

Ric

ard

o S

tuck

ert/

PR

Page 42: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

deMOcRAciA4342 4342

Participantes da Marcha dos Prefeitos: muitas reivindicações atendidas

Características habitacionais dos municípios

Classes de tamanho da população

número de municípios

Municípios (percentual)

População nos municípios*

População nos municípios

(percentual)

Total 5.564 183.987.291

Até 5.000 1.336 24,0 4.497.253 2,4

de 5.001 até 10.000

1.265 22,7 9.009.356 4,9

de 10.001 até 20.000

1.403 25,2 20.009.754 10,9

de 20.001 até 50.000

994 17,9 29.986.945 16,3

de 50.001 até 100.000

313 5,6 21.847.102 11,9

de 100.001 até 500.000

217 3,9 44.828.150 24,4

Mais de 500.000 36 0,6 53.808.731 29,2

Fonte: iBGe, situação político-administrativa vigente em 1º de abril de 2007* População contada e estimada em 2007

Fonte: Ministério da Fazenda/março 2008

Transferências do Fundo de Participação dos Municípios (R$ milhões a preços de dez/2007 iPcA)

[ PaCtO FEdEratIvO ]

Governo Federal amplia esforço para fortalecer municípios

O fortalecimento dos muni-cípios é uma das principais preocupações do Governo

Federal. Várias iniciativas neste sentido resultaram em mais recursos financei-ros e no aprimoramento da gestão ad-ministrativa das cidades. Afinal, a maior parte dos serviços públicos essenciais à população é prestada diretamente pelo município, e fortalecê-lo institucio-nalmente é também contribuir para o combate às desigualdades sociais.

Para tanto, o Governo Federal atendeu, em agosto de 2007, a anti-ga reivindicação dos municípios, de dar apoio à votação em separado do 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que gerou um repasse de verbas da ordem de R$ 465 milhões no ano passado, e pro-jeta, para 2008, um valor de aproxi-

madamente R$ 1,7 bilhão.Mais uma iniciativa de destaque

foi a nova lei do Imposto sobre Ser-viços (ISS), que permitiu às cidades novos ganhos, com a cobrança do tributo. Outro ganho considerável está nos repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujas transferências para as administrações municipais cresce-ram 37,7% entre 2004 e 2007.

Outra conquista direta para as cidades provém do repasse dos recursos da chamada Contribuição de Intervenção no Domínio Econô-mico, a CIDE – Combustíveis, que é compartilhada entre o Governo Fe-deral e os municípios. Neste caso, o acréscimo foi de 44,5% de 2004 para 2007, ou seja, passou de R$ 332,1 milhões para R$ 465,4 milhões.

por meio de diversos programas, união aumenta repasse de recursos para prefeituras. outras ações ajudam a aprimorar a gestão administrativa

40.000

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

02003 2004 2005 2006 2007

24.296,7 25.125,1

29.413,3

34.652,931.224,1

Dependência ainda é grandeO Brasil tem 5.564 municípios. deste total, muitos dependem quase que exclusivamente dos repasses financeiros de recursos públicos. Pesquisa do iBGe, divulgada em 2007 (ano base de 2005), revelou que 1.740 dos 5.564 municípios do País (33,1%) têm mais de um terço de sua economia dependente da administração pública. Assim, vários programas do Governo Federal têm impacto significativo na vida das cidades. O Programa nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e as transferências do Benefício de Prestação continuada (BPc) são casos exemplares disso. O Pronaf injetou, no ano agrícola de 2006/2007, algo em torno de R$ 8,4 bilhões em 1.692.516 contratos de crédito aos pequenos produtores rurais. Para a safra de 2007/2008, estão disponibilizados R$ 12 bilhões

Ag.

cn

M

Page 43: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

4342

BrASIl PArA

BrASIlEIroS

MAISMAIS

4342

Políticas públicas em discussãodesde 2003, o Governo Federal fortalece a participação da sociedade civil na gestão do estado, consolidando o diálogo e ampliando os canais democráticos para a formulação de políticas públicas e de busca de consensos. essa relação permanente é desenvolvida e se materializa por meio da realização de diversas conferências e fóruns de debates.

As conferências tratam de temas relevantes para a cidadania, asseguram a participação de milhares de pessoas em todas as suas etapas e estabelecem uma estreita relação com os conselhos nacionais de políticas públicas e de direitos. em 2007, foi desenvolvido o projeto diálogo Social/Agenda Brasil, um método democrático para prestação de contas das ações e políticas públicas implementadas, que reforçou a interlocução e o diálogo entre o Governo Federal e a sociedade civil.

A presença do Governo Federal nos estados também representou momentos importantes para o diálogo. nessas ocasiões, o Governo Federal colheu importantes subsídios para implementar e aperfeiçoar seus programas e políticas públicas, ouvindo e incorporando sugestões da população. Ao longo de 2007, destacaram-se sete conferências com temáticas nacionais:

• 3ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e nutricional

• 2ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres

• 13ª Conferência Nacional da Saúde• 3ª Conferência Nacional das

cidades• 7ª Conferência Nacional dos

direitos da criança e do Adolescente

• 6ª Conferência Nacional da Assistência Social

• 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

[ PartICIPaçãO ]

Diálogo direto e constante comrepresentantes da sociedade civil

O diálogo com todos os seg-mentos da sociedade civil, buscando a construção de

consensos, de forma democrática, para a solução de conflitos, é uma das características do Governo Fe-deral. A ampliação dos espaços de discussão das questões nacionais consolida a democracia participa-tiva e é fundamental na construção de um novo país. Desde 2003, fo-ram realizadas 44 conferências, que contaram com a participação de três milhões de pessoas.

Em 2007, o Governo Federal rea-lizou inúmeros encontros e ativida-des com entidades e personalidades da sociedade civil. Foram reuniões com dirigentes e representantes de organizações da sociedade civil na-cional e internacional, como centrais sindicais, entidades empresariais, de trabalhadores rurais e estudantis, organizações religiosas, movimentos sociais, universidades e intelectuais. Ocorreram 162 atividades envolven-do organizações e personalidades, das quais 46 foram em Brasília e 116 nas diversas unidades da Federação.

Os representantes dos Conse-lhos de Políticas Públicas do Go-verno Federal participaram da ela-boração do PPA - Plano Plurianual

2008/2011, que resultou nas seguin-tes diretrizes: valorização dos canais de participação social existentes e das propostas já construídas nesses espaços, como: conselhos, conferên-cias e fóruns; construção conjunta de prioridades entre ministérios e conselhos para a elaboração do PPA e informação a todos os participan-tes sobre o resultado final obtido.

O processo de diálogo estabe-lecido entre o Governo Federal e

os movimentos sociais tem garanti-do que os mais variados segmentos se expressem nos espaços públicos, condição fundamental para a conso-lidação da democracia participativa. Dessa forma, ocorre o envolvimento de diferentes atores nos debates e na formulação de políticas públicas. Isso ocorreu, em 2007, com movimentos do campo, movimentos populares de luta pela moradia e reforma urbana e com movimentos sociais.

desde que foram criadas, em 2003, as conferências nacionais levaram milhões de pessoas a discutir as mais diversas questões de interesse nacional

democracia participativa: três milhões de cidadãos participaram da discussão de importantes desafios para o Brasil em 44 conferências realizadas nos últimos cinco anos

diálogo aberto: temas diversos foram debatidos entre o Governo Federal e movimentos sociais

Foto

s: F

ábio

Poz

zebo

m/A

Br

Page 44: Jornal Mais Brasil para Mais Brasileiros Maio de 2008

PB44 MAIS BRASIL EM NÚMEROS

Em 2006, do total estimado de 54,7 milhões de domicílios particulares no País, cerca de 10 milhões receberam recursos de programas sociais, sendo que a maior parte (8,1 milhões de domicílios) recebia rendimento do programa Bolsa Família.

Mais 468 mil alunos na escola, alcançando 54,9 milhões de brasileiros no sistema de ensino.

45 milhões de brasileiros até 17 anos estão matriculados em escolas.

Mais 684 mil jovens na universidade, chegando a 5,9 milhões de universitários. Em 2006, o crescimento foi de13,2% em relação ao ano anterior.

Mais 2,12 milhões de ocupações para trabalhadores, alcançando 89,3 milhões de pessoas.

Mais 1,71 milhão de moradias abastecidas por rede geral de água. O esgotamento sanitário por rede geral de abastecimento de água passou de 82,3% para 83,2% dos domicílios.

851 mil moradias ligadas à rede coletora de esgotos – um aumento de 69,7% para 70,6%.

A coleta de lixo atende 1,758 milhão de moradias. O percentual cresceu em todas as regiões. Na média do País86,6% dos domicílios dispõem deste serviço.

Energia elétrica chegou a mais 1,73 milhão de moradias. O serviço está presente em 97,7% dos lares brasileiros.

Mais 1,951 milhão de moradias com acesso à Internet. Crescimento de 13,7% para 16,9%. Mais 2,215 milhõesde moradias com computador, alcançando 12 milhões de microcomputadores pessoais, em 22,1% dos domicílios.

De janeiro de 2003 a dezembro de 2007, foram retiradas mais de 44 mil crianças do trabalho em todo o Brasil,de acordo com o Ministério do Trabalho. Somente em 2007, 8 mil crianças e adolescentes deixaram de trabalhar.

A freqüência escolar entre os que têm entre 0 e 17 anos saltou de 73,8% para 75,8%. A oferta de merenda escolar nas escolas subiu de 89% em 2004 para 92,4% em 2006.