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LAB_A Cópia_BrunaFlores

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Universidade Luterana do Brasil

CST Fotografia

Laboratório em Preto e Branco

Prof. Fernando Pires

Bruna Flores

A CÓPIA

Ansel Adams

2014/1

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Visualização e imagem expressiva

Ansel Adams inicia seu livro relatando as possíveis técnicas que podem ser

adotadas para a obtenção de fotografias – isso porque, não existe uma única

fórmula correta a ser seguida.

Projeto do laboratório e equipamento

O laboratório deve ser planejado para que atenda às necessidades do

fotógrafo, seja ele amador ou profissional, e a qual tipo de trabalho realizará.

Este laboratório deverá ter duas seções: uma voltada para o trabalho “seco” e

outra para o “molhado”. O lado correspondente a este último, terá bandejas

contendo os químicos revelador, interruptor e fixador – separadamente –; outra

com água corrente para o processo de lavagem.

Já, o lado “seco”, receberá os equipamentos para a obtenção da imagem, ou

seja, os ampliadores. Ampliadores estes que devem estar alinhados e bem

fixados para que não haja erro na foto. Cada ampliador recebe uma luz,

podendo ser difusa ou dirigida, bem como, o porta-negativo, onde se acopla o

negativo correspondente à fotografia desejada. Outra luz que pode

acompanhar o ampliador na mesa de trabalho é a luz de segurança, única luz

em que o papel pode ser manuseado sem ser danificado.

Ainda pode ser encontrado no laboratório para este tipo de trabalho: timer (para

melhor controle do tempo, tanto de exposição da emulsão à luz quanto para

ação dos químicos), marginador (para fotos com margem), guilhotina (corte do

papel), medidores de PH e termômetro, luvas, toalhas, pinças...

Materiais para cópia

O principal material utilizado para a revelação e ampliação de fotografias é o

papel fotográfico, onde a imagem será fixada a partir da exposição à luz e

reação dos químicos. Há uma variedade de fabricantes deste material,

havendo assim também, uma variedade de qualidade do papel – quanto ao

contraste, brilho, sensibilidade, etc. A principal característica do papel

fotográfico é ser composto por uma emulsão de haletos de prata sobre uma

base de papel branco. O mais recomendado, é a utilização do papel de fibra,

isso porque, além de ser convencional, tem alta qualidade e durabilidade.

Papéis com superfície lisa e polida rendem imagens mais brilhantes; e aqueles

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que têm peso duplo – mais espessos – resistem melhor ao processamento,

enquanto os papéis de peso simples resistem a grandes volumes e quando se

trata de cópias. Todo papel fotográfico é classificado de acordo com seu grau,

a escala de exposição de um papel é equivalente à escala de densidade do

negativo, para que todos os contrastes sejam revelados na cópia. Essa

classificação dá-se por meio de números: 0 ou 1 são os mais suaves, 5 e 6 os

mais duros. Papéis fotográficos também estão sujeitos a defeitos, os quais

podem comprometer o resultado final, tais como arranhões, ondulações,

bolhas, superfície áspera, cantos quebrados ou danificados, etc. A cor da

imagem é uma propriedade da combinação da emulsão com o papel, podendo

ser modificada pela revelação e pela intensificação. As fórmulas dos

reveladores tendem a favorecer os tons quentes ou frios da imagem.

O químico revelador é outro importante material neste processo, e merece

atenção quando se trata de sua qualidade e durabilidade. Além disso, o

revelador é dependente da temperatura do ambiente: quanto mais alta, menor

o tempo na revelação; além de poder afetar a qualidade da cópia. O passo

seguinte, o banho interruptor é uma solução de ácido acético que neutraliza o

alcalino do revelador e previne o surgimento de manchas na imagem.

Seguindo, o químico fixador, agente de tiossulfato de sódio, que remove os

haletos de prata fixando a imagem. Outro componente deste processo é a

água, que, para evitar manchas e interferência no resultado, deve ser filtrada e

corrente.

Provas e cópias de trabalho – ampliação e revelação básicas

Para realizar o trabalho, o laboratório deve estar preparado, tanto os

equipamentos quanto os químicos e acessórios necessários. Antes de tudo,

liga-se a luz de sódio e a luz fria do ampliador, após, prepara-se as bandejas

com os químicos na temperatura correta, ordenadas e com certa distância uma

da outra para que não haja contaminação entre as soluções. Com o revelador,

a quantidade na bandeja deve ser suficiente para o papel submergir; já o

cuidado com o interruptor é com o equilíbrio, para que não seja danificada a

cópia. Ainda tratando do ambiente em si, deve certificar-se de que as possíveis

entradas de luz estejam seladas e se a ventilação está funcionando para que

não haja contaminação via ar a quem estiver dentro do laboratório.

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Numa cópia de contato, a primeira exposição de papel é um teste, podendo ser

feita em 5cm de papel – evitando desperdício de material. A prova é feita pela

cobertura de porções sucessivas do papel enquanto a luz está acessa. Para

isso, utiliza-se uma cartolina para controlar a área do papel que está exposta

nesses intervalos de tempo.

Quando estamos ampliando uma foto, o equipamento necessário é um

ampliador e um marginador, tudo limpo e regulado adequadamente. Se

necessário, limpe o negativo com escova antiestática antes de colocá-lo no

porta-negativo (com a emulsão para baixo). Após, coloque o papel no

marginador, faça o foco e siga com o processo de revelação nos químicos.

Cópia ideal

Na obtenção da cópia ideal é necessário o controle de tons, processo que

requer paciência e atenção, pois muitas vezes, um simples retoque pode fazer

toda a diferença. Cuida-se também do corte das margens e das bordas do

papel, fazendo uma composição em que não haja distração a quem olhar o

resultado final. Controlar a exposição e encontrar o papel adequado para a

prova e cópia do negativo também é um ponto a ser cuidado. Sobre os

químicos, recomenda-se o uso do revelador Dektol para cópias com cores

neutras. Por vezes, para atingir o melhor tom, a cópia pode precisar de

exposições extras em algumas partes, enquanto o restante – já no tom

adequado – fica bloqueado da luz; isto pode ser feito através de máscaras com

o tamanho necessário. Se surgir excesso de contraste na cópia, pode-se tirá-la

do revelador e colocar numa bandeja de água por aproximadamente 2 minutos

e recolocá-la no revelador, até alcançar o resultado esperado. Uma boa cópia

de negativo deve ter luzes nítidas e claras, tons de sombra luminosos, textura

(onde necessário) e aquela “impressão de luz” presente.

Sensitometria

Com o objetivo de preservar as cópias por um bom tempo, o processo de

lavagem torna-se essencial, pois assim, removem-se os resíduos que podem

ficar acumulados no papel, causando danos à imagem. A lavagem final gira em

torno de uma hora num tanque vertical com leve agitação da água. Além de

manter a temperatura estável e ambiente, requer-se cuidado com a limpeza

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das mãos ao manusear as fotos, pois, uma vez contaminadas com o fixador,

por exemplo, podem manchar ao tocar nas cópias. Depois de lavadas, devem

passar por uma secagem cuidadosa, desde a superfície, para que não fiquem

marcadas.

Acabamento, montagem, conservação, exibição

Para proteger a fotografia, utiliza-se o Passe-Partout, para que ela não entre

em contato com outras superfícies e venha a ser danificada. Caso precise de

retoques, utiliza-se corante ou pigmento para correção com pincel n°0 que com

sua ponta fina assegura controle. Outro ajuste que pode vir a ser necessário é

a raspagem da superfície, quando surgir arranhões ou depressões; após raspar

com uma lâmina de ponta arredondada e fina, recomenda-se plastificar ou

envernizar a foto, pois a cópia ficará marcada. O melhor armazenamento das

imagens, além do uso do Passe-Partout, é colocá-las em uma caixa que

receba média umidade do ar e baixa temperatura.

Cópias essenciais

Para fazer cópias em alta quantidade, se faz necessário usar o mesmo papel

em todas as imagens, o mesmo ampliador, mesma temperatura, luminosidade

e mesmas soluções químicas para ter uniformidade. Nesse procedimento de

grandes cópias, é necessário um espaço de projeção adequado, um grande

marginador e uma lente de distância focal apropriada e da alta qualidade. O

ampliador deve ser horizontal. As bandejas também deverão ter um tamanho

maior do que usual. O foco é um problema, pois a imagem é bastante fraca.

Pode-se usar o focalizador de grão e pedir a um assistente que ajuste o foco

enquanto inspeciona a nitidez do grão no marginador. O papel deve ser cortado

no tamanho desejado e preso no marginador garantindo que esteja bem firme.

Faça a exposição e retire o papel, primeiro soltando a parte inferior e enrolando

até a parte superior, cuidando pra não apertar o rolo. Pode ser drenado por

mais 15 segundos antes de passar ao interruptor onde será enrolado e

desenrolado constantemente. No fixador, a cópia deverá permanecer pro

aproximadamente 3 minutos antes de passar para o tanque de lavagem. A

cópia deve ser bem lavada em água corrente podendo a água ser trocada

diversas vezes. Ao fim da lavagem coloque-as de pé para escorrer a água.

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Depois, em uma tela de secagem com a face para cima e enxugue

delicadamente com um pano limpo ou esponja, retirando qualquer gota d’água

que permaneça na superfície, evitando que danifique o papel. Quando estiver

completamente seca, deve ser enrolada com a face voltada para fora e

guardadas na caixa original do rolo de papel. Enroladas neste sentido, elas não

enrugam e ficam mais fáceis de montar. A montagem é um processo delicado.

Para garantir efeito de espaço e profundidade, monta-se a foto sobre um painel

rígido com bordas de cerca de 0,5 cm sobre a imagem. Esse suporte fica preso

por suportes invisíveis a uma distância de 5 a 10 cm da parede, o que dá um

efeito de profundidade. Evite que a cópia fique exposta a luz solar e ao calor,

pois isso pode descolá-la do suporte.

Para fotogravuras, a fotografia original a ser reproduzida é gravada em filme,

geralmente em retícula. Este filme é exposto em uma câmera de

processamento gráfico que expõe a chapa de impressão transmitindo a

imagem positiva em tinta para o papel. A tecnologia atual, criada para

reproduzir imagens coloridas, serve também para a reprodução em preto e

branco. O scanner faz uma leitura da imagem refletida traduzida em

informações para um computador através de raios laser. O resultado é uma

imagem com um maior controle de tonalidades e com um padrão de pontos

mais nítidos do que o criado pela retícula.

Quando se fala em papel e tinta, a escolha do papel implica em determinar o

peso, a cor e revestimento. E esse equilíbrio vai favorecer a imagem. O brilho

do papel e da tinta tem que ser compatíveis. Uma tinta brilhante em um papel

fosco dará a impressão de opacidade nas altas luzes e muito brilho nas altas.

O uso do papel semi-brilho costuma dar bons resultados.