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O Livro Digital e as Livrarias Brasileiras Perspectivas e alternativas na visão dos livreiros Idealização – Livrarias Leitura- (Marcus Telles) Preparação e Análise- Vivo de Livro ( Gerson Ramos)

Livro Digital e as Livrarias Brasileiras

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A visão das livrarias brasileiras sobre os desafios e oportunidades com relação ao comércio do livro digital

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Page 1: Livro Digital e as Livrarias Brasileiras

O Livro Digital e as Livrarias BrasileirasPerspectivas e alternativas na visão dos livreirosIdealização – Livrarias Leitura- (Marcus Telles)Preparação e Análise- Vivo de Livro ( Gerson Ramos)

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Objetivos da Pesquisa

Conhecer a opinião do livreiro brasileiro sobre o atual momento do mercado e seu futuro.

Saber como ele está lidando com as mudanças resultantes do crescimento das vendas do livro digital.

Entender como as livrarias podem se posicionar para permanecer no comércio de livros.

Descobrir quais são e onde estão as oportunidades para o varejo de livros no Brasil.

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Critérios

Pesquisa Quantitativa: Embora dirigido a um número pequeno de

participantes, a intenção era de se obter uma fotografia da opinião de participantes ativos no mundo dos livros, que pudesse ser quantificada e entendida para saber qual o pensamento dominante.

Em alguns casos as perguntas eram de múltipla escolha, em outros com uma resposta única, mas mesmo assim, em virtude do pequeno universo pesquisado, foi permitido manifestações espontâneas em alguns tópicos em que as questões ainda não tenham sido muito exploradas pelo próprio mercado editorial brasileiro.

Quando há incidência de um ponto de vista não considerado nas respostas prévias, estas observações estão apresentadas ao lado dos resultados quantificados.

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Público Alvo

Foram convidados à participar proprietários de pequenas e médias livrarias, executivos de grandes redes e profissionais envolvidos exclusivamente com o mercado de livros digitais, seja nas áreas de produção, comercialização ou distribuição de e-books.

Buscando preservar o posicionamento estratégico destes profissionais e empresas, os participantes não são identificados, nem mesmo por grupos, apenas buscou-se abrir um leque de possibilidades que pudesse contemplar a diversidade de agentes envolvidos no varejo de livros físicos e digitais, evitando assim que um grupo com atuação dominante apenas em um das modalidades interferisse excessivamente no resultado.

Foi utilizado um questionário on-line, no site SurveyMonkey.com, oferecendo como alternativas respostas já conhecidas pelo mercado para escolha do entrevistado, que acessou a pesquisa através de link enviado por e-mail.

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Abrangência, Período e Modalidade da Coleta

Abrangência: Não se buscou regionalizar a participação, considerando que a

concentração do mercado de livros digitais nas regiões Sul e Sudeste é ainda maior que no mercado de livros impressos.

Período de Coleta das Respostas Início em 08/02/2013 Finalização em 06/03/2013

Forma da Coleta das Respostas Foi utilizado um questionário on-line, no site SurveyMonkey.com, com

recursos de controle de campos obrigatórios e totalizações automáticas. A Pesquisa foi acessada através de link enviado por e-mail.

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Resumo Geral

Foram propostas 11 perguntas.

A última pergunta, não obrigatória, com espaço para depoimentos e comentários do respondentes foi preenchida por todos 18 participantes.

Cada uma das perguntas será apresentada à seguir com suas análises

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1. No Brasil em 2012 o livro digital alcançou 0,5% do mercado e em 2013 deverá alcançar 2% do faturamento do mercado. Qual sua estimativa de participação porcentual do livro digital no mercado de livros do Brasil daqui 10 anos?

Em um extremo há uma resposta que estipula que e-books atinjam 70%, no outro há a aposta que o digital daqui 10 anos será ainda menor do prevista para 2013, com apenas 1%.

Apenas 7 entrevistados, consideram que o digital representará mais que 30% do mercado de livro, que é a média obtida nesta amostragem.

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2. Selecione nas opções abaixo, a situação que melhor represente a posição e sua empresa em relação ao comércio

de livros digitais neste momento.Mesmo considerando que o livro digital atinja 30% em 10 anos, ter quase ¼ dos livreiros sem que tenham feito algum movimento em direção à sua comercialização até o momento, sugere que este lojista imagina ou uma expansão do consumo atual dos livros impressos ou uma concentração ainda maior que há hoje p/ manter-se no negócio.

Como o universo consultado está entre as empresas com maior exposição ao assunto, é natural que nenhum deles tenha desconsiderado a comercialização de e-books em algum momento, chama a atenção o número de participantes em vias de decidir por um investimento na área 47% = 8 empresas.

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3. Você acha que as lojas de livros digitais, que possuem seu próprio aparelho de leitura (e-readers) como por exemplo KindleStore(Amazon/Kindle), Kobo/Livraria Cultura(Kobo-Reader)) e I-Book Store(Apple-iPad) e Barnes&Noble(Nook) terão uma vantagem que não será possível recuperar sobre quem apenas comercializa os e-books?

As incertezas sobre a eficácia dos modelos atuais em operação, também parecem se materializar na desconfiança sobre o “poder” dos atuais líderes do mercado no futuro., por isso mais de 55 % acreditam que outros dispositivos irão ter predominância sobre os devices dedicados atualmente disponíveis.Interessante observar que quando a maior parte das respostas foi preenchida, ainda não havia sido publicada a notícia sobre os prejuízos da B&N com o Nook em 2012.

Convém lembrar a expectativa sobre a entrada do Gov. Federal na aquisição de conteúdos digitais, que pode modificar a liderança dos devices atuais..

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4. Qual sua opinião sobre as livrarias venderem em suas lojas físicas os e-readers que pertençam às empresas que também comercializam os mesmos produtos que estão à venda em seus estabelecimentos?

Normalmente temerosos de expor suas informações, surpreende que quase metade dos participantes entenda que fazer a comercialização de aparelhos de leitura digital de outras empresas em suas lojas para seus clientes, não seja um risco para seus próprios negócios, se somados aos 18% que declaram não ter ainda uma opinião formada sobre o assunto, abre-se um janela de oportunidades para que este modelo de operação seja estendida pelas demais livrarias, mas ao mesmo tempo pode expor este livreiro à uma transferência gradual de seus clientes para este “parceiro” eventual, quando este também for vendedor de produtos encontrados nas suas prateleiras.

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5. Com o crescimento do livro digital e a possível queda do livro impresso, ordene abaixo quais as áreas que deverão sofrer maior perda do livro impresso para o digital em até 10 anos. Use 1 para maior queda e 5 para a área de menor queda

Quanto menor a nota total, maior o potencial de que o maior volume de vendas seja absorvido pelo livro digital.Obras de referências, como Universitários e Didáticos dominam a expectativa do mercado para que migrem para o digital, enquanto que o Infanto- Juvenis, por suas características gráficas especiais, acredita-se que o papel seja sua melhor mídia.A maior novidade é o entendimento que o livro religioso seja menos apropriado para o consumo digital.

A posição intermediária dos livros de interesse geral, reflete possivelmente mais a situação do momento, já que apesar de ser o maior volume de títulos disponíveis no formato digital, ainda está muito distante da variedade obtida como impressos

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6. Daqui 10 anos, qual será a participação das formas de aquisição de livros digitais no Brasil?(Digite um valor que corresponda ao % que cada opção poderá representar)

Apesar de o universo pesquisado estar aberto para o mercado digital, não estão muito confiante que a expansão do digital aconteça de forma legal.Da mesma forma, ainda há uma expectativa que donwload gratuito seja representativo, até mesmo para iniciação na leitura digital, como já ocorre hoje.

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7. Na sua opinião, quais serão os mais importantes varejistas on-line do livro digital. Selecione um número que indique a posição no ranking que as empresas abaixo poderão ocupar, conforme sua avaliação.

Para evitar indução de votos, as opções de respostas foram programadas para alteração randômica, portanto cada um que clicava no link e iniciava à responder, tinha uma exibição de ordem diferente das opções disponíveis. Estamos exibindo aqui quantos votos foram dados para cada opção até o 5º lugar, que representam evidentemente as maiores apostas dos entrevistados.Apesar de o número de respostas que apontam para a primeira posição serem exatamente iguais, tanto para Amazon quanto para a i-Bookstore da Apple, nas posições seguintes a empresa de Seattle levou boa vantagem, o que representa uma aposta de crescimento que ainda não se concretizou. Se esta aposta dos entrevistados representar minimamente a experiência de compra do consumidor digital, as empresas brasileiras precisam agir rapidamente sobre as suas lojas para reverter este cenário, pois não se trata apenas de estar atrás dos gigantes internacionais, mas preocupa a diminuição expressiva de votantes que acreditam que estas empresas possam estar entre as 5 primeiras colocadas. Ao que parece que começou ainda pode brigar, mas para os novos players apenas um dos entrevistados crê que possa se posicionar entre os 5 primeiros., até mesmo a venda direta das editoras poderia ser mais bem sucedida.

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8. Considerando uma provável queda dos livros impressos e conseqüentemente uma concentração de mercado, selecione um ou mais atributos que poderiam ser os principais fatores positivos para que a livraria tradicional continue ativa no mercado.

O livreiro brasileiro entende que os aspectos que determinam relacionamento interpessoal são determinantes para que a livraria brick & mortar enfrente seus concorrentes virtuais, assim como uma especialização e qualificação no atendimento podem se contrapor à uma venda on-line, talvez mais “fria”.

Questão de múltiplas escolhas, permitia que todas as opções fossem assinaladas, mas era obrigatório que pelo menos uma fosse preenchida.

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9. Quais seriam pontos negativos que podem acarretar no fechamento de livrarias tradicionais?

Quando perguntado sobre os maiores agressores ao varejo de livros, questões mais técnicas e da gestão em si, ganham maior visibilidade entre os vilões do negócio.

Apesar de disponível para inclusão de outros fatores negativos, ninguém acrescentou algum novo elemento.

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10. Em quais outras áreas ou ramos de atividades as livrarias deveriam investir para o futuro?

Também na exploração de outras atividades que permitam o espaço físico da livraria enfrentar os desafios do mercado, soluções que prestigiem convivência receberam ampla votação, em seguida itens que reforçam o conceito de varejo de produtos de entretenimento.

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11. Na sua opinião, os atuais proprietários de livrarias deveriam investir na abertura de novas lojas? Por que?

A grande maioria dos participantes da pesquisa entende que a livraria física é, e ainda será um bom negócio.

Entre as razões apresentadas para este otimismo, 9 citaram o fato de o mercado estar em expansão como motivos para continuar a aposta neste tipo de varejo, 3 acreditam que há espaço para lojas menores em cidades ainda não atingidas pelas livrarias tradicionais.1 participantes entende que o livro digital não é uma ameaça. Esta visão ajuda a entender a qtde de empresas que ainda não está com ações mais efetivas no mundo digital.

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11. Na sua opinião, os atuais proprietários de livrarias deveriam investir na abertura de novas lojas? Por que?

As visões mais negativas, sejam os “Nãos” Taxativos ou a opinião “ Talvez” estão diretamente justificadas pela preocupação sobre as incertezas do investimento na estrutura de uma loja, há até mesmo uma manifestação considerando que a Lei do Preço Fixo seja imprescindível para a continuidade do modelo de negócio livraria

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Conclusões

Algumas características específicas do país, demonstram um leque de oportunidades para o varejo de livros. Expansão do mercado consumidor, regiões inexploradas, associado à um entendimento que a convivência e outros fatores do relacionamento humano podem ser determinantes na preservação do mercado livreiro, demonstram que o Brasil ainda pode ver novas livrarias surgirem enquanto o mercado de livros digitais avança, com ou sem pirataria.

Investimentos na ambiência destas lojas portando são indispensáveis, preocupação crescente com aspectos gerenciais, fato que foi muito neglicenciado num passado recente são necessários para permanecer atuante.

E parceiros digitais devem encontrar menos resistência para expandir seus negócios, até mesmo via as livrarias tradicionais.

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Mais informações c/ Gerson Ramos

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