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Mapeamento geológico em regiões com poucas exposições Material extraído de: BRABHAM, LISLE e BARNES, J. Mapeamento geológico básico: guia geológico de campo. Porto Alegre : Bookman, 2014. IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Sondagem geológica. http://www2.ifrn.edu.br/pesquisamineral/?p=1036. Acesso em 20/10/2015. FINOM 8º Período do Curso de Geologia Geologia de Campo

Mapeamento em regiões com poucas exposições

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Mapeamento geológico em regiões com poucas exposições

Material extraído de: BRABHAM, LISLE e BARNES, J. Mapeamento geológico

básico: guia geológico de campo. Porto Alegre : Bookman, 2014.

IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Sondagem geológica.

http://www2.ifrn.edu.br/pesquisamineral/?p=1036. Acesso em 20/10/2015.

FINOM – 8º Período do Curso de GeologiaGeologia de Campo

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• Se uma área é pouco exposta, ou as rochas são ocultadas pela

vegetação, desloque-se para terrenos mais altos e assinale em

seu mapa a posição de todas as exposições que você vê.

• De todas as rochas, os xistos e os micaxistos provavelmente

formam as exposições mais escassas. Atente aos locais com:

– traços nas trilhas onde o solo foi removido pelos pés ou pela

erosão causada pela chuva;

– locais onde as árvores foram arrancadas pelas

tempestades;

– buracos para colocação de postes de cercas ou poços;

– cortes de rodovias ou ferrovias

– Desmoronamentos, quedas abruptas e

– quaisquer outras escavações feitas pelo homem ou pelos

animais.

• Resumindo, procure por essas evidências indiretas e registre

em sua tira de campo do mapa-base.

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Indicações das rochas a partir do solo

• As diferenças tendem a ficar mais claras com o tempo. Quando estiver trabalhando em alguma área, pouco exposta ou não, faça anotações sempre que os solos forem observáveis, de modo a serem associados com rochas específicas; assim, eles podem ser usados como um guia quando necessário.

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Pistas da vegetação

• Diferentes tipos de rocha alterem-se para produzir distintos tipos de solos, geralmente com valores diferentes de pH.

• A presença de minérios metálicos naturais, como o cobre ou o arsênio, no embasamento pode elevar o conteúdo metálico dos solos alterados, tornando-os tóxicos para plantas.

• Diferentes espécies de plantas desenvolvem-se nesses solos variados.

• Normalmente, mudanças acentuadas no tipo da planta, ou a falta de alguma planta, como visualizado nas fotografias aéreas, podem revelar a presença de várias unidades geológicos subjacentes e superficiais de contato.

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Mapeamento de feições geomorfológicas

• Os processos deposicional e o erosivo levaram à formação de uma variedade de formas superficiais – por exemplo, terraços fluviais, dolinas, escorregamentos de encostas e dunas arenosas.

• Em algumas áreas onde a estrutura geológica não é tão complexa e o grau de exposição é bom, observa-se uma estreita ligação entre o padrão das formações aflorantes e a forma de superfície topográfica. Essa relação pode ser atribuída à resistência contrastante à erosão das unidades rochosas adjacentes.

• A correlação entre o padrão do afloramento geológico e a topografia constitui a base do mapeamento de feições geomorfológicas, uma técnica auxiliar do mapeamento de contatos que pode ser usada em áreas de exposição escassa.

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As quebras de talude convexas, onde o declive torna-se íngreme morro abaixo, podem coincidir com o contato da encosta abaixo da unidade resistente, ao passo que quebras de talude côncavas com declives que se reduzem morro abaixo podem sinalizar o contato no topo da encosta. As quebras de talude podem auxiliar no mapeamento de prováveis falhas que limitam litologias contrastantes.

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Depósitos superficiais

• Podem ser considerados ou um incômodo, que esconde a geologia dura mais interessante, ou uma importante fonte de informação sobre processos geológicos mais recentes.

• Incluem leques de detritos (tálus), que formam declives instáveis, principalmente de fragmentos rochosos grossos mal selecionados, e “colúvio”, um termo geral para os solos de encostas rochosas dispersados pelo intemperismo das rochas e solos pouco desenvolvidos sobre os declives inferiores.

• Também incluem os solos bem desenvolvidos e mais espessos sobre terrenos de sopé formados principalmente pela alteração das rochas.

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• Os depósitos aluvionares, os depósitos glaciais e flúvio-glaciais, os depósitos praiais, as areias sopradas pelo vento formando dunas e loess de granulação fina, as cinzas vulcânicas e os produtos do intemperismo, como as lateritas, tudo isso precisa ser mostrado no mapa geológico.

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Evidências nos colúvios

• Nos declives de morros, é comum encontrar clastos nos colúvios, que são fragmentos das rochas encosta acima.

• Os de rochas mais macias ficam soterrados, mas podem ser retirados com pequenas escavações.

• Os contatos em encostas às vezes podem ser localizados a partir dos clastos das rochas que estão logo abaixo.

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Deslizamentos

• Ativos: presença de escarpa de ruptura a montante, fissuras e material recentemente mobilizado. Facilmente reconhecíveis.

• Relictuais: pouco evidentes, misturados à paisagem.

• São um grande problema no rastreamento de contato, podendo levar a interpretações erradas.

• Em geotecnia voltada para mapeamento de riscos ou implantação de infraestruturas, os deslizamentos devem ser cuidadosamente mapeados (mapa geomorfológico).

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Feições de deslizamentos

• Escarpa de ruptura a montante;

• A juzante, material que deslizou até ao pé do declive;

• Presença de rachaduras e fissuras nas partes distendidas;

• Dobramentos, cristas paralelas e montículos nas partes comprimidas;

• Troncos das árvores curvados para juzante ou que se esforçam para crescer verticalmente.

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Poço, trincheira e tradagem• As escavações são utilizados para examinar (e

amostrar) as rochas em locais sem exposição.• Inicialmente, use o martelo; se necessário, use uma

“boca de lobo” ou pá.• Em obras de engenharia são comuns as cavas feitas

com escavadeira hidráulica.• Furos a trado (manual ou mecânico) são um método

barato e rápido, de fácil uso em solos macios.• Trincheiras não funcionam onde o solo residual está a

mais de 1,5 m da superfície. São ótimas para descrição, medidas de parâmetros de rocha e amostragem. Pouco usadas em mapeamento; muito usadas em prospecção.

• Poços são raramente utilizados em mapeamento geológico. São caros, demorados e perigosos. São muito úteis em prospecção.

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• Os trados são ferramentas colocadas na ponta de uma haste para cavar e coletar solos ou passar uma camada de pedras ou raízes.

• O trado cavadeira é o mais empregado nas sondagens. Ele serve para cavar ou avançar o furo e para amostrar. Muita gente confunde esse trado com a cavadeira de dois cabos.

• O trado espiral serve para aprofundar o furo e não coletar amostras uma vez que o solo se mistura e não tem como saber de que profundidade ele foi tirado.

• O trado helicoidal é empregado para passar por profundidades onde haja obstáculo do tipo pedra, raiz, lixo e solo muito duro. Nesses casos o trado helicoidal corta ou desloca o obstáculo e permite a continuação do furo.

• As hastes servem para aumentar o comprimento do trado. São elas que levam a força até o trado.

• Quando os furos são muito profundos é comum usar uma torre auxiliar para não ter que tombar o trado cada vez que for preciso esvaziá-lo.

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Trados cavadeira

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Trado cavadeira de boa qualidade:

Amostras de solo na sequência da coleta.

Trado espiral de boa qualidade:

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Trado helicoidal e haste.

Trados cavadeira de má qualidade

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Operação com trado mecânico

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As amostras são separadas por intervalo perfurado.

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Furos de sonda

• São muito utilizados para obter testemunho de formações rochosas, solucionar problemas estruturais ou para amostragem de rochas e minérios (prospecção mineral, hidrologia, geotecnia, pesquisa de hidrocarbonetos etc.).

• Grosso modo existem dois tipos gerais de sondagem: Percussão e Rotativa. – Na Sondagem a Percussão um peso cai em queda livre

sobre o conjunto de equipamentos quepenetra na rocha.

– Na Sondagem Rotativa a rocha é perfurada pelo movimento de rotação que corta a rocha.

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• Testemunho de SondagemÉ o nome dado as amostras coletadas por ocasião da realização dos Furos de Sonda.

– Nos tipos a percussão os testemunhos são fragmentos de rocha,

– Nas rotativas, a depender do material perfurado, são amostras íntegras (recuperação de pelo menos 95% por manobra) e contínuas (têm aspecto de cilindro).

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Sondagem rotativa Sondagem percussiva

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Sondagem a percussão• Um peso cai em queda livre sobre o conjunto de

equipamentos que penetra na rocha. Esse peso desfere golpes ritmados contra o fundo do poço de sondagem cortando a rocha em fragmentos.

• As Sondagens Percussivas podem ser manuais ou mecânicas e com ou sem circulação de água.

• Vantagens: baixo custo por metro linear perfurado, possibilidade de coletar amostras maiores, inclusive para testes industriais, melhor recuperação de materiais inconsolidados, quebradiços e muito friáveis.

• Desvantagens: impossibilidade de realização de furos inclinados, ascendentes (em subsolo), baixo rendimento em rochas duras, maior possibilidade de contaminação de amostras, testemunhos de sondagem em fragmentos dificultando identificação petrográfica como textura, composição, estrutura e mergulho.

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Sondagem Percussiva Manual

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Sondagem Percussiva Manual

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• A Sondagem Percussiva Mecânica consiste numa coluna pesada de percussão, sustentada por cabos de aço (“cable tools”), que é deixada cair de forma rítmica sobre o fundo do poço, graças ao movimento de um braço excêntrico, chamado balancim.

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• Para maiores detalhes sobre sondagem rotativa, acesse:

http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/GE901/aula_13_tecnicas_sondagem_2011.pdf