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Os transportes e as telecomunicações: reflexos na organização espacial

Mobilidade e comunicação - 1

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Primeiro conjunto de diapositivos sobre o tema "A população como se movimente e comunica". Para além de se abordar os diferentes modos de transporte, vantagens e desvantagens, consideram-se novos conceitos geográficos para melhor entender as "distorções" no espaço provocadas pela melhoria ou agravamento das acessibilidades.

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Page 1: Mobilidade e comunicação - 1

Os transportes e as telecomunicações: reflexos na organização espacial

Page 2: Mobilidade e comunicação - 1

Transporte é a deslocação de pessoas e/ou

bens numa determinada distância

Carateriza-se:

Pelo modo ou meio de transporte usado

Pela natureza do que é transportado

Pela distância a percorrer

Pelos fluxos que origina.

2

Page 3: Mobilidade e comunicação - 1

Como se classifica quanto à…

Modalidade, pode ser:

Terrestre

Rodoviário – motorizado e não motorizado

Ferroviário – comboio, metro subterrâneo e metro ligeiro de superfície

Tubular – Oleodutos e gasodutos

Aquático

Marítimo

Fluvial

Lacustre

Aéreo

3

Page 4: Mobilidade e comunicação - 1

Forma, pode ser:

Modal ou unimodal

Envolve apenas uma modalidade

Multimodal

Envolve mais do que uma modalidade

Regido por um único contrato (responsabilidade de um só Operador de

Transporte Multimodal – OTM)

Intermodal

Envolve mais do que uma modalidade

Regido por um contrato por cada modal utilizado

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Page 5: Mobilidade e comunicação - 1

Breve evolução histórica

Ora por necessidade de obter o seu sustento, ora por curiosidade de conhecer o espaço e novos lugares, o Homem foi procurando os meios que lhe permitissem:

Ir cada vez mais longe

Fazê-lo cada vez mais rápido

Com maior segurança

De forma cada vez mais cómoda

5

Page 6: Mobilidade e comunicação - 1

A evolução a partir da Revolução Industrial

1705 – Invenção da máquina a vapor por Thomas Newcomen

1765 – Aperfeiçoamento da máquina a vapor por James Watt

1814 – Apresentação da primeira locomotiva por G. Stephenson

1886 – Ano de nascimento do automóvel moderno por Karl Benz

1897 – Registo da patente do motor-reator por Rudolf Diesel

1908 – Lançamento do Ford Model T por Henry Ford

Com o motor a combustão movido a óleo foram substituídos os dispendiosos

sistemas mecânicos movidos a vapor usados nas locomotivas e nos

transportes marítimos, gerando uma verdadeira revolução no mundo

industrial e incrementando o transporte rodoviário

6

Page 7: Mobilidade e comunicação - 1

Vantagens e desvantagens

7

Page 8: Mobilidade e comunicação - 1

Grande flexibilidade de horários e itinerários.

Circulação de mercadorias e pessoas

Entrega porta a porta;

Atendimento de embarques urgentes

Menores custos de embalagem;

Manuseamento de pequenos lotes.

Elevada cobertura geográfica.

Competitivo sobretudo para curtas e médias distâncias;

Beneficiando cada vez mais :

do aumento da velocidade e do conforto

da capacidade de carga ( veículos longos – T.I.R.);

de maior especialização (camiões-frigoríficos, camiões-cisterna, porta-contentores).

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Transporte rodoviário: desvantagens

Elevada sinistralidade;

Dependência de infraestruturas grande ocupação de espaço pelas estradas e seus acessos;

Congestionamento frequente nas horas de ponta.

Mais caro em grandes distâncias.

Gastos elevados de fontes energéticas fósseis.

Fortemente poluente (poluição sonora e atmosférica);

Forte contributo para o aumento da concentração de monóxido de carbono agravamento do “efeito de estufa”

9

Page 10: Mobilidade e comunicação - 1

Menor custo de transporte para grande distâncias.

Rápido, seguro, sem congestionamento.

Reduzida ocupação de espaço (comparativamente com as estradas).

Terminais de carga próximo das fontes de produção.

Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)

Adequado para grandes volumes.

Transporte de vários tipos de produtos, tais como, cereais, rochas, minerais .

Menos dependente das condições atmosféricas;

Menos poluente (linhas eletrificadas);

Eficaz em termos energéticos (consome menos energia).

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Transporte ferroviário - desvantagens

Falta de flexibilidade - rigidez de percursos.

Necessidade de transbordo.

Elevada dependência de outros transportes.

Pouco competitivo para pequenas distâncias.

Horários poucos flexíveis.

Enormes investimentos iniciais em infraestruturas.

Elevados custos de conservação e manuseamento.

11

Page 12: Mobilidade e comunicação - 1

Redução dos custos de transporte;

Transporte contínuo;

Independente das condições atmosféricas;

Forte componente tecnológica:

Fluxos controlados por computador

Raros acidentes de ruturas nos tubos

Baixa dependência do fator trabalho

Menor risco de poluição;

Menor utilização dos meios de transporte marítimo e rodoviário

Durabilidade das canalizações - vida útil longa

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Page 13: Mobilidade e comunicação - 1

Transporte tubular - desvantagens

Rede de traçado extremamente rígido;

Investimento inicial muito elevado;

Manutenção frequente;

Pouca diversidade de produtos.

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Page 14: Mobilidade e comunicação - 1

Maior capacidade de carga.

Menor custo de transporte.

Competitivo para produtos não perecíveis - baixo custo de tonelada por quilómetro transportado.

Capacidade para transportar qualquer tipo de cargas, tais como, cereais, fruta, peixe, carne, animais, minerais, rochas, hidrocarbonetos, gás natural, automóveis …

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Transporte marítimo - desvantagens

Lento - Baixa Velocidade.

Disponibilidade limitada.

Exigência de transbordo nos portos.

Grande distância aos centros de produção.

Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos.

Forte contributo para a poluição dos mares e dos rios –limpeza dos porões, derrame de petróleo

15

Page 16: Mobilidade e comunicação - 1

Rapidez;

Ausência de itinerários totalmente fixos;

Possibilidade de atingir lugares inacessíveis;

Grande comodidade e segurança;

Transporte de muitos passageiros (Airbus 380 - mais de 500 lugares);

Ideal no transporte de mercadorias urgentes, com pouco peso ou volume , de alto valor unitário e perecíveis:

urgentes – medicamentos, correio…

perecíveis – flores, legumes frescos, frutos...

valiosas – peças de arte, joias, diamantes…

leves – componentes informáticos.

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Page 17: Mobilidade e comunicação - 1

Transporte aéreo - desvantagens

Elevado custo do transporte;

Investimentos elevados;

Horários fixos;

Fraca capacidade de carga (relativamente ao transporte marítimo e ferroviário);

Elevado consumo de combustível;

Muito poluente (poluição atmosférica e sonora);

Elevado tempo de espera nos aeroportos (tanto no embarque como no desembarque).

17

Page 18: Mobilidade e comunicação - 1

Comparação

entre

o

desempenho

dos

vários

modos

de transporte

Ferroviário

Rodoviário

Marítimo /

Fluvial

Oleoduto

Aéreo

Dis

tânci

a

< 50

0 km

Dis

tânci

a

≥ 5

00 k

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serv

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Velocidade

total

Critérios

Modo

de

transporte

18

Page 19: Mobilidade e comunicação - 1

Espaço relativo, distâncias relativas, grafos, conectividade, redes …

19

Page 20: Mobilidade e comunicação - 1

Ao longo dos tempos as

necessidades humanas

evoluíram à medida que

novas técnicas iam sendo

inventadas.

Reflexo das mudanças

operadas, os TRANSPORTES

demonstram uma conquista

indiscutível:

a distância foi vencida.

E, a velocidade adquirida

permite que, atualmente, se

possa ir cada vez mais longe

e em menos tempo, ligando

lugares e aproximando

gentes. 20

Page 21: Mobilidade e comunicação - 1

Isócronas

Linhas curvas que unem

todos os pontos – lugares –

à mesma distância-tempo.

Hoje, mais do que referir o

espaço absoluto tem mais

interesse aludir ao tempo

que demora a atingir

determinado destino. A

diversidade de modos de

transporte veio alterar o

modo com perspetivamos o

espaço e as distâncias.http://www.eurocidadechavesverin.eu/turismo/vem/como-chegar 21

Page 22: Mobilidade e comunicação - 1

Nesta figura constam,

- Dois mapas de Portugal, que representam

dois tipos de espaço:

- O espaço absoluto (tracejado)

- O espaço relativo (cartografado

segundo a distância-tempo em minutos

em relação a Lisboa, por caminho de

ferro).

- Isócronas com uma equidistância de 100

minutos.

É possível concluir que a maior acessibilidade

se verifica no litoral ocidental entre Lisboa e

Porto, onde há uma contração do espaço. A

região de menor acessibilidade é, sem dúvida, o

Nordeste Transmontano, onde se nota uma

expansão do espaço. As diferenças de

acessibilidade distorcem o espaço absoluto. 22

Page 23: Mobilidade e comunicação - 1

Fonte – Semanário Expresso

Entre 1973 e 2011, o país “contraiu-se” significativamente. A evolução da rede de transportes

permitiu reduzir, e muito, o tempo das deslocações.23

Page 24: Mobilidade e comunicação - 1

Neste mapa distorcido, já com alguns

anos, percebe-se o encurtamento das

distâncias entre as cidades servidas, ou a

servir, pela rede ferroviária de alta

velocidade.

Caso Portugal tivesse aderido a esta

rede, a cidade de Lisboa seria, das três

mencionadas, a mais beneficiada.

Teria sido uma oportunidade para

contrariar a posição periférica do país.

Tal poderá, em breve, ser uma realidade.

Para o período financeiro entre 2014 e

2020, o projeto europeu designado de

“Mecanismo Interligar a Europa”

contempla uma ligação ferroviária que se

estenderá de Lisboa à parte ocidental da

Alemanha, passando por Madrid e Paris,

o Corredor Atlântico (um corredor

multimodal de Lisboa a Manheim), uma

obra que nos colocará mais próximo dos

nossos parceiros da União Europeia. 24

Page 25: Mobilidade e comunicação - 1

Qualquer que seja a escala

geográfica, local, regional, nacional,

continental ou global, a distância

física tem vindo a diminuir,

“encolhendo” o Mundo.

Isto reflete as consequências do

grande desenvolvimento dos

transportes e, igualmente, das

telecomunicações.

Mcluhan, criou o termo “aldeia

global” para catalogar esta nova

visão de mundo e das comunidades

conectadas entre si, através de

avançadas tecnologias de

comunicação e transporte. Na

aldeia global o limite de tempo e

espaço desapareceram. 25

Page 26: Mobilidade e comunicação - 1

A aplicação dos grafos na análise das redes de transporte.

Grafo minimamente conexo

Um GRAFO é um conjunto

de pontos – vértices ou nós

– interligados por

segmentos de reta – eixos

ou arcos. Numa rede de

transportes, para

simplificação da realidade,

os nós representam lugares

e os eixos os itinerários

diretos entre os lugares.

A teoria dos grafos provém

da Matemática, do ramo da

Topologia. 26

Page 27: Mobilidade e comunicação - 1

A teoria dos grafos trata:

com configurações abstratas de pontos e linhas

não faz referência direta à realidade

tem utilidade em análises empíricas

Daí o interesse em aplicá-la na representação das REDES de

TRANSPORTES, dado que:

as redes de transportes são sistemas espaciais complexos

a sua análise e descrição tem de ser simplificada

os lugares são representados por pontos – VÉRTICES ou NÓS

os percursos são substituídos por segmentos de recta –EIXOS ou

ARCOS.

. 27

Page 28: Mobilidade e comunicação - 1

Índice β – relaciona o nº de eixos com o nº de vértices da rede

β = e/v

Matriz Binária – diz qual o vértice da rede de maior acessibilidade; será o

que tiver maior número de ligações diretas

A tradução das propriedades fundamentais das redes de transporte e a

interdependência dos seus elementos constituintes é feita através de

MEDIDAS DE CARACTERIZAÇÃO GLOBAL:

- Medidas de conectividade – índice β; índice α; índice γ

- Medidas de centralidade ou acessibilidade – número associado

ou nº de Konig; índice de Shimbel

- Medidas de forma – matriz binária e matriz de Shimbel

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Page 29: Mobilidade e comunicação - 1

BA

C

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G

Índice β= e/v teoricamente, β pode variar entre 0 e 3,

0 para redes não conexas, 1 para redes minimamente

conectas e mais de 1 para redes de maior

complexidade.

Índice β=10/7= 1,42 (10 eixos e 7 vértices)

Índice β = 15/7 = 2,14 (15 eixos e 7 vértices)

A B C D E F G

A 1 1 1 0 1 1

B 1 1 0 0 1 0

C 1 1 1 0 1 0

D 1 0 1 1 1 1

E 0 0 0 1 1 1

F 1 1 1 1 1 1

G 1 0 0 1 1 1

5 3 4 5 3 6 29

Grafo X

Matriz binária correspondente

ao grafo X

Page 30: Mobilidade e comunicação - 1

Integração de Portugal nas Redes Transeuropeias30

Page 31: Mobilidade e comunicação - 1

Redes de transporte nacionais

Conjunto de vias que se interligam formando uma malha mais ou menos densa e por onde circulam transportes.

Existem, em Portugal, diversas redes a diferentes escalas. À escala nacional há a:

Rede Nacional Rodoviária – conjunto de auto-estradas, itinerários principais e itinerários complementares

Rede Nacional Ferroviária – conjunto de vias férreas, quer as de via larga quer as de via estreita

Rede Nacional de Portos – conjunto de portos principais e secundários

Rede Aérea Nacional

Rede Nacional de transporte de GN (gás natural)

31

Page 32: Mobilidade e comunicação - 1

32

Desde a adesão de Portugal à ex-CEE, foram

criados dois Planos Rodoviários Nacionais, em

1985 e em 2000.

O PRN de 1985 foi elaborado com o objetivo de

criar ligações a Espanha e, consequentemente à

Europa. Com a perda do império ultramarino e a

viragem para o continente europeu, impunha-se ao

país obter ganhos de acessibilidade ao território

comunitário.

O PRN de 2000 foi traçado com o objetivo de

solucionar alguns estrangulamentos e deficiências

identificadas no plano rodoviário nacional de 1985.

A rede rodoviária nacional é o principal meio de

comunicação do país. Tem uma cobertura nacional

embora seja reforçada no litoral e à volta das áreas

metropolitanas.

Fonte:

PRN 2000

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IP

IC

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A rede rodoviária nacional definida no Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000) é constituída pela:

Rede Nacional Fundamental – integra os Itinerários Principais (IP)

Rede Nacional Complementar – formada pelos Itinerários Complementares (IC) e pelas Estradas Nacionais (EN)

• Itinerários Principais (IP) - vias de comunicação estruturantes que asseguram as ligações entre os centros urbanos com influência supradistrital e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras.

• Itinerários Complementares (IC) e Estradas Nacionais (EN) – vias que estabelecem as ligações de maior interesse regional e incluem as principais vias envolventes de acesso às Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.

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Page 34: Mobilidade e comunicação - 1

Rede de Auto-Estradas de Portugal

“A organização das sociedades nos

espaços que ocupam é em grande

parte consequência das capacidades

e possibilidades dos sistemas de

transporte de que dispões e do modo

como os utilizam … são por isso

elementos fundamentais na

estruturação da forma como os

indivíduos e as sociedades se

organizam no território” (Abreu,

2005)

34

Page 35: Mobilidade e comunicação - 1

De 1993 a

2006 (13

anos) a

evolução da

rede de

autoestradas

foi enorme:

- Aumentou

em

extensão

- O seu

traçado ,

mais denso

à volta das

áreas

metropolita

nas,

atravessa o

país.

Fonte – Público,

adaptado 35

Page 36: Mobilidade e comunicação - 1

36

CARATERIZAÇÃO DA REDE

Km %

Rede ferroviária com exploração 2 794

Via estreita 192 6,9

Via larga 2 602 93,1

Via única 2 184 76,9

Via múltipla 610 21,8

Rede eletrificada 1629 58,3

CIRCULAÇÕES POR TIPO DE COMBOIO

TOTAL Média Diária

Internacionais 2 835 8

Longo-Curso 200615 56

Inter-regionais 14 502 40

Regionais 102 623 281

Suburbanos 370 690 1 016

Mercadorias 54 719 150

Fonte – REFER. Os dados dos quadros respeitam ao dia 31.12.2011

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Page 37: Mobilidade e comunicação - 1

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O desenvolvimento e

modernização da rede

ferroviária nacional tem

acompanhado o

processo de litoralização de

crescimento demográfico e

da fixação de atividades

económicas verificando-se

uma concentração de

infraestruturas na fachada

atlântica e nas áreas

Metropolitanas de Lisboa e

do Porto.

Rede Ferroviária

Nacional

Page 38: Mobilidade e comunicação - 1

38

A quase totalidade da

rede ferroviária nacional

está apta para o

transporte de

mercadorias, quer

nacional, quer

internacional, serve as

principais fronteiras com

Espanha e os cinco portos

principais.

A rede é complementada

por um conjunto de

terminais localizados ao

longo do país onde

atualmente se

desenvolvem as

atividades de integração

logística com operadores

complementares, seja por

via marítima ou rodoviária.

Page 39: Mobilidade e comunicação - 1

39

Serviço Internacional

Page 40: Mobilidade e comunicação - 1

Rede Nacional de Transporte de Gás Natural (RNTGN)

A RNTGN, com 1267 Km em 2010,

compreende dois grandes eixos:

O eixo Sul-Norte, desde o terminal de G

em Sines até Valença do Minho, que

garante o abastecimento de gás natural à

faixa litoral onde se situam as localidades

mais densamente povoadas.

O eixo entre Campo Maior, onde é feita a

ligação com o gasoduto, e o

Armazenamento Subterrâneo, no Carriço.

Deste eixo parte uma derivação (Sul -

Norte) para a Guarda. 40

Page 41: Mobilidade e comunicação - 1

Rede Ibérica de Gás Natural

Portugal importa da Argélia 85%

do gás natural. O restante gás é

importado liquefeito da Nigéria e

de outros países. O transporte do

gás natural liquefeito é feito, de

barco, para o Porto de Sines. Os

85% transportados por conduta

são-no através do Gasoduto

euro-magrebino, que sai da

Argélia, atravessa Marrocos, o

Estreito de Gibraltar, entra em

Espanha e posteriormente em

Portugal. 41

As principais cidades portuguesas, e quase todos os

centros urbanos do litoral, onde reside a maioria da

população e se localizam a maior parte das empresas,

estão profundamente dependentes do gás natural.

Page 42: Mobilidade e comunicação - 1

Repartição modal dos Movimentos Pendulares por concelhos com

mais de 20.000 habitantes, NUT II Norte (2001)

Fonte – IMTT, I.P. 42

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Page 43: Mobilidade e comunicação - 1

“Até há bem pouco tempo os portugueses não tinham uma perceção do mar como um ativo estratégico … Turismo, lazer, portos, transportes marítimos, logística, pesca aquacultura, energia, segurança e ações na plataforma continental são alguns setores que terão seguramente desenvolvimentos apreciáveis nos próximos anos …Para além dos aspetos económicos a questão do mar é também importante pela autoestima e pela centralidade geográfica que esta questão confere a Portugal.

Somos a maior Zona Económica Exclusiva da Europa e a 11ª maior do mundo e, com o alargamento da Plataforma Continental, Portugal pode ficar entre os primeiros países em termos oceânicos …

O mar não tem a ver apenas com a economia. Pode também ser analisado como uma questão de soberania, de ecologia, de segurança, de diplomacia, de ciência ou mesmo de cultura.”

J.A.Silva Peneda, presidente do Conselho Económico e Social

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Page 44: Mobilidade e comunicação - 1

Rede portuária nacional

Constituída, no Continente, por:

Portos Principais (5): Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines

Portos Secundários (4): Viana do Castelo, Figueira da Foz, Faro

e Portimão

Caracteriza-se por:

Ter como principal função a comercial

Distinguir-se pelo volume de carga movimentada pela

capacidade de cada porto

Associar, por vezes, atividades como Pesca e Recreio.

O porto de Sines é o primeiro em movimento de mercadorias,

seguido do porto de Leixões, ambos com grande importância na

carga e descarga de granéis líquidos (essencialmente combustíveis

fósseis) e de contentores

44

Page 45: Mobilidade e comunicação - 1

45

“O Porto de Leixões registou em 2013 um aumento

de 3,4% nas mercadorias movimentadas …

destaca-se o aumento nos Granéis Líquidos (+11%)

e na carga Ro-Ro … Os principais destinos das

exportações são Angola, Reino Unido, Marrocos,

Argélia e EUA. … os principais produtos exportados

foram Produtos Refinados e Aromáticos, Ferro /

Aço, Papel e Cartão, Paralelepípedos, Bebidas,

Azulejos e Mosaicos, e Máquinas.

Na movimentação de contentores, o Porto de

Leixões totalizou 626 mil TEU (Twenty-foot Equivalent

Unit, a medida standard internacional equivalente a um contentor

de 20 pés).”

Localização e

acessibilidades

Cais de

contentores

Cais de

passageiros

Sul

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Page 46: Mobilidade e comunicação - 1

O Porto de Aveiro está situado no distrito de

Aveiro, servindo o vasto hinterland económico da

zona centro e norte do país, e o centro de

Espanha. A autoestrada (A1) que liga o Porto a

Lisboa e a A25, autoestrada que liga Aveiro ao

interior-centro do país e centro de Espanha - são

as principais acessibilidades terrestres ao porto.

O Porto de Aveiro oferece a mais recente

infraestrutura ferroviária nacional com ligação ao

corredor ferroviário europeu da Nova Rede

Transeuropeia de Transportes: “Corredor

Atlântico” através da sua ligação ferroviária à …

“Linha do Norte” (Portugal) e à “linha da Beira

Alta” (Espanha).

A fluidez dos acessos rodoviários tornam o Porto

de Aveiro um importante nó de desenvolvimento

do Transporte Marítimo de Curta Distância

(TMCD) e impulsionador da concretização das

Autoestradas Marítimas europeias (AEM).46

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Page 47: Mobilidade e comunicação - 1

O Porto de Lisboa é um grande porto

europeu de orientação atlântica, cuja

centralidade geo-estratégica lhe confere

um estatuto de relevo nas cadeias

logísticas do comércio internacional e

nos principais circuitos de cruzeiros.

O porto é líder nacional no movimento de

navios e ocupa o 1º lugar no ranking

nacional de movimentação de carga

contentorizada e de granéis sólidos agro-

alimentares.

Destacam-se a movimentação de carga,

o turismo de cruzeiros, o transporte

fluvial, a náutica de recreio e a

dinamização cultural e de entretenimento

de toda a zona ribeirinha sob a sua

jurisdição.47

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Page 48: Mobilidade e comunicação - 1

O Porto de Setúbal tem vindo a

consolidar uma posição de

destaque a nível nacional, no

que diz respeito ao tráfego roll-

on/roll-off tendo registado uma

quota de mercado superior a

90% do total de movimentos

rolantes verificados

anualmente no conjunto dos

portos portugueses.

Para tal tem contribuído a

excelência da sua localização

geográfica e o facto da VW

Autoeuropa utilizar a via

marítima como principal meio

de transporte na exportação

das viaturas produzidas em

Palmela. 48

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O desembarque de viaturas da KIO contribui para posicionar

Setúbal como o maior porto português de veículos, com potencial

para ser um futuro hub ro-ro da Península Ibérica e da Europa

com ligação ao Mediterrâneo, África, Américas e Ásia

Page 49: Mobilidade e comunicação - 1

O Porto de Sines dispõe de

excelentes acessibilidades

marítimas, com fundos naturais e

não sujeitos a assoreamento,

estando vocacionado para receber

navios de grande porte dada a não

existência de restrições de fundos

de serviço.

No que respeita às acessibilidades

terrestres, o Porto de Sines e a

Zona Industrial e Logística

associada dispõem de excelentes

ligações rodo-ferroviárias diretas

aos terminais e às indústrias

existentes. 49

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Page 50: Mobilidade e comunicação - 1

Importância do transporte marítimo vs Transporte fluvial – Estatísticas dos Transportes e Comunicações 2012, INE (texto adaptado)

Transporte Marítimo

Os portos de Leixões, Lisboa e Sines

concentraram 71,4% do movimento

portuário de Portugal Continental

Os navios de passageiros e os navios de

cruzeiro representaram 9,6% e 6,0%, do

movimento nos portos nacionais.

Não obstante este ser um segmento em

crescimento, predominou claramente a

operação de navios de mercadorias,

repartida por navios de carga geral

(32,2%), navios de contentores (27,9%) e

de granéis líquidos (18,0%).

Transporte Fluvial

A travessia do Rio Tejo representou 87,9%

do movimento … salientando-se as

ligações fluviais mais utilizadas: Cais do

Sodré – Cacilhas e Terreiro do Paço -

Barreiro.

Durante o ano de 2012, houve

decréscimos no número de passageiros,

mais acentuados na Ria de Aveiro (S.

Jacinto – Forte da Barra e no Rio Sado

(Setúbal – Troia).

As travessias de Ria Formosa, Rio Sado,

Rio Minho e Rio Guadiana concentram

mais de metade do número de passageiros

entre junho e setembro. 50

Page 51: Mobilidade e comunicação - 1

14 de março de 1945, data da criação dos TAP

(Transportes Aéreos Portugueses).

31 de dezembro de 1946 é inaugurada a “Linha

Aérea Imperial” (Lisboa-Luanda-Lourenço

Marques) – reforçar as ligações com as suas

colónias foi a razão da decisão do Estado

Português ao fundar os TAP.

A TAP foi distinguida pela revista húngara “Az

Utazó” com o prémio de Melhor Companhia

Aérea Europeia do Ano 2013.

No Continente, Portugal conta com 4 aeroportos

internacionais – Porto, Lisboa, Beja e Faro.

As Regiões Autónomas, regiões ultraperiféricas,

têm, também, os seus aeroportos. 51

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Page 52: Mobilidade e comunicação - 1

1997, marca o início da operação das

companhias aéreas de baixo custo por toda a

Europa (processo iniciado em meados dos anos 80 no Reino Unido

e na Irlanda) e novas oportunidades para o país.

Mesmo enfrentando um contexto económico em

dificuldades e um clima de insegurança

motivado pelo terrorismo e pelos confrontos

militares regionais, Portugal oferece condições

atrativas para um número crescente de

passageiros que escolhem o nosso país por

diversas razões:

Negócios

Turismo – balnear, rural, residencial, saúde …

Estudo – Erasmo, investigação …

As plataformas multimodais localizadas perto

dos aeroportos de Porto, Lisboa e Faro ampliam

as acessibilidades para os locais de destino dos

turistas que escolhem Portugal. 52

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Page 53: Mobilidade e comunicação - 1

Importância das ligações aéreas à escala global

Para os voos de longa distância,

normalmente, as companhias aéreas

selecionam um dos aeroportos para

sede. Trata-se de um “hub” , isto é,

um ponto central de onde partem as

restantes ligações.

A TAP elegeu o aeroporto da Portela

como o mais importante “hub” para

voos entre a Europa , África, América

do Norte e América do Sul, dada a

sua localização geográfica e as suas

ligações históricas com os países da

CPLP e os PALOP. 53

Rede das conexões aéreas entre 1.000

aeroportos ao redor do mundo

(Europa Ocidental e América do Norte, parte oriental, são os principais

focos de ligações aéreas. Numa outra perspetiva, pode-se afirmar que

é evidente o contraste entre o Norte e o Sul).

Fonte - Imagem: Research on Complex Systems Group/Northwestern

University

Page 54: Mobilidade e comunicação - 1

“Portugal é Mar” é uma nova imagem da realidade territorial do país.

De novo virado para o mar, Portugal é uma placa giratória entre o oceano, os restantes continentes e a

Europa. Dai, o reforço da importância que assumem as ligações do país, no interior e com o exterior 54

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Page 55: Mobilidade e comunicação - 1

Portugal 2020 - Acordo de Parceria (AP)

Trata-se do documento que o país irá submeter à Comissão Europeia com a estrutura das intervenções, dos investimentos e das prioridades de financiamento fundamentais para promover o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo no período 2014-2020.

O documento considera um conjunto de Objetivos Temáticos - OT

OT7 aponta para Promover transportes sustentáveis e eliminar os estrangulamentos nas principais redes de infraestruturas

55

Portugal apresenta uma desvantagem competitiva em termos de custos de transporte associada

à sua posição geográfica e ao insuficiente desenvolvimento das RTE-T (em particular nos

domínios ferroviário e marítimo-portuário) e, ainda, uma excessiva de pendência do transporte

rodoviário. Com o OT7 pretende-se reduzir os custos e tempos de transporte.

Page 56: Mobilidade e comunicação - 1

http://www.qren.pt/np4/np4/?newsId=4209&fileName=Prioridades_FEDER.pdf56

Page 57: Mobilidade e comunicação - 1

Redes Transeuropeias

Foram criadas pelo Tratado de Roma (1957), a fim de:

Servirem o mercado interno

Reforçarem a coesão económica e social

Apoiarem o crescimento económico

Estimularem a criação de emprego

Devem permitir ligar as regiões europeias e as redes nacionais através de uma infra-estrutura moderna e eficaz

São indispensáveis para o bom funcionamento do mercado único

A interligação e a interoperabilidade das redes nacionais de infra-estruturas são fatores-chave do ordenamento coerente do território comunitário. 57

Page 58: Mobilidade e comunicação - 1

Incluem:

RTE – Transporte (RTE-T): transporte rodoviário e combinado, vias navegáveis e portos marítimos e rede ferroviária de alta velocidade. Inclui também os sistemas inteligentes de gestão dos transportes e o sistema europeu de radionavegação por satélite-Galileo.

RTE-Energia (RTE-E): eletricidade e gás natural. Visam a criação de um mercado único de energia e a segurança dos aprovisionamentos.

RTE-Telecomunicações: serviços eletrónicos, com destaque para os serviços públicos – iniciativa “eEurope: uma sociedade da informação para todos”

58

Page 59: Mobilidade e comunicação - 1

O desenvolvimento das RTE (Redes Transeuropeias) contribui para a coesão económica e social

Para os próximos anos será importante:

- investir nos transportes ferroviários e marítimos, assim como nos transportes combinados e os transportes públicos;- reforçar a RTE nas regiões periféricas;- promover serviços de transporte acessíveis e respeitadores do meio-ambiente

http://europa.eu/legislation_summaries/transport/bodies_

objectives/l24207_fr.htm 59

Acessibilidade

potencial

por automóvel

Page 60: Mobilidade e comunicação - 1

A política de transportes desempenha um papel importante no reforço da coesão económica e social da União Europeia, pois …

Contribui para a redução dos desequilíbrios regionais

Melhora os acessos às regiões insulares e periféricas

Tem um efeito positivo sobre o emprego ao:

Encorajar os investimentos em infraestruturas

Favorecer a mobilidade dos trabalhadores

60

Face à crescente mobilidade das nossas sociedades, a política de transportes europeia

concentra-se em questões específicas que afetam todos os países da UE, tais como o

congestionamento do tráfego (quer rodoviário quer aéreo), a dependência do petróleo e as

emissões de gases com efeito de estufa. A sua estratégia (e financiamentos) tem por objetivo

garantir um nível de desenvolvimento uniforme das infraestruturas de transportes em toda a UE

e encontrar formas de ajudar o setor dos transportes europeu a competir num mercado mundial

em rápido desenvolvimento.http://europa.eu/pol/trans/index_pt.htm

Page 61: Mobilidade e comunicação - 1

A logística na política dos transportes na Europa, uma forma de …

Melhorar a eficácia dos diferentes modos de transporte

Reforçar a intermodalidade

Tornar o transporte de mercadorias mais:

Amigo do ambiente

Seguro

Eficaz

Equilibrar a exigência da segurança e a fluidez dos transportes

Tirar benefício das TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação

Potencializar as infraestruturas

Simplificar as cadeias multimodais. 61

Page 62: Mobilidade e comunicação - 1

O que é a LOGÍSTICA?

Um conceito que sintetiza um conjunto de funções, tais como:

Entregas e recolhas de mercadorias

Atividades de armazenamento

Gestão de stocks

Recolha de desperdícios e devoluções

Serviços de entrega ao domicílio

Um conjunto de serviços a montante e a jusante do transporte de mercadorias

Um contributo forte para a redução de viagens e para a racionalização da distribuição

Um contributo para o desenvolvimento do e.comércio.

62