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Pelo Caminho - Crônicas Sobre Mobilidade Urbana (Volume 1)

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Os textos que compõem este trabalho foram escritos pelos alunos do programa Oficina do Ensino (ano de 2013), desenvolvido pelo Instituto JCA e são resultado da observação dos jovens sobre a experiência de deslocar-se no seu território.

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Agradecimento

Os textos que compõe este trabalho foram escritos pelos alunos

do programa Oficina do Ensino (ano de 2013), desenvolvido pelo

Instituto JCA e são resultado da observação dos jovens sobre a

experiência de deslocar-se no seu território.

A proposta pedagógica consiste no desenvolvimento do olhar

crítico para as situações e personagens curiosos que permeiam os

nossos percursos diários. A escolha pela crônica como narrativa se

deu pela variedade de temáticas que o gênero engloba,

permitindo aos autores uma ampla possibilidade criativa.

Os trabalhos, em sua maioria, dialogam com o cotidiano, o

rotineiro, e traduzem uma realidade onde chegadas e partidas

ficam em segundo plano. O que importa são os meios, o trajeto, o

que está pelo caminho.

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Sumário

Realidade dos Transportes em Niterói pág. 07

Alefe Rodrigues

Desespero em Condução pág. 09

Ana Clara Cabral

Lixo Ambulante de Todos os Dias pág. 11

Atilla Nascimento

O Investimento do Transporte Público pág. 13

Brendon Alves

Histórias em quatro rodas pág. 15

Camila Gomes

Dia a dia pág. 17

Daniel Lucas

A Aventura de Andar de ônibus pág. 19

Danielle Claudino

Já pensou em Mobilidade Urbana? pág. 21

Dougles de Oliveira

O Cenário de uma crônica pág. 23

Eduardo Monteiro

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Realidade dos Transportes em Niterói

Alefe Rodrigues

O transporte público niteroiense vive uma realidade

lamentável, tendo em vista os ônibus e as vans que

circulam nas vias.

Na cidade de Niterói, apesar de ter uma frota gigantesca de

ônibus, toda a população não é atendida. O excesso de

veículos nas ruas forma engarrafamentos que interferem

cruelmente no tempo e no cotidiano da população, ferindo

diretamente o direito do cidadão de ir e vir com qualidade.

Todos nós sofremos com um transporte desconfortável,

inseguro e com o preço cada vez mais elevado. Eu nunca

consegui entender o porquê de não juntarmos as nossas

forças para tentar mudar essa realidade, porém, nesse ano,

presenciamos muitas manifestações, onde lutamos por

nossos direitos. 2013 foi o ano das mobilizações pelas redes

sociais de norte a sul do país.

Outro fator mais geral é que nunca se vendeu tantos carros

e motocicletas no Brasil e nunca a discussão sobre

congestionamentos esteve tão presente na nossa vida.

O trânsito está cada vez mais caótico e com isso o tempo

que deveríamos passar com as nossas famílias e amigos

vem diminuindo. O que fazer se a frase “perdi o meu dia

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inteiro nesse trânsito” é uma constante?

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Desespero em Condução

Ana Clara Cabral

A vida da gente alguns acontecimentos tendem a paralisar-

nos e outros a impulsionar - nos a tomadas de decisões. No

nosso cotidiano esse ir e vir de todos os dias mostram que

muitas das vezes estamos no automático, pois nem

refletimos. Essa ausência de reflexão pode surgir da pressa

dos afazeres diários e do sentimento de cansaço.

Em uma fração de segundo tudo pode mudar e com isso fica

evidente a nossa condição de ser humano e de fragilidade e

não sabemos o quanto estamos perdendo...

Assim, mais uma sexta-feira chegou. Mas essa foi diferente

de todas as outras... Finalmente a autorizada ligou e o meu

celular estava pronto, estava consertado. Arrumei-me mais

do que rápido para buscar o meu aparelho. Naquele instante

meus pais decidiram ir comigo e com eles a minha prima de

dois anos.

Muito ansiosa para buscar meu celular, agora sem defeito,

desejava muito a vinda do ônibus 431. Quando esse veio, o

alívio me consumiu. Deparei-me contando todos os postes

de luz que passava e com isso não percebi o quanto aquela

condução corria mais do que o necessário.

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Na avenida maricá havia um carro de passeio que sinalizava

estar com algum tipo de defeito. Em fração de segundos vi

o meu mundo rodar e junto com ele o ônibus em que

estávamos. Em meio aquele desespero e fumaça, o

motorista conseguiu parar a condução. Ufa!... Que alívio!

As pessoas passavam mal, choravam, gritavam, o pedido

era único: a proteção de deus. Eu, em meio a um misto de

sensações e sentimentos... Com isso vieram várias

perguntas à minha mente: o que está acontecendo? Será

que entraremos para a estatística? Seremos mais um?

Imprudência do motorista ou não? E a minha prima, e os

meus pais estão vivos?

Sentia dores emocionais e físicas devidas aquele susto.

Quantas vida seriam arrancadas? Quantas lágrimas

rolariam? E a minha tia? Como ficaria sem a sua única filha?

E os meus irmãoes sem os nossos pais?

Até hoje ao entrar no ônibus sinto que aqueles sentimentos

ainda não foram apagados.

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Lixo Ambulante de Todos os Dias

Atilla Nascimento

A precariedade dos ônibus, trens, metrôs e barcas é

exorbitante. Não entendo o porquê do poder público fazer

apenas promessas de fiscalização e de punição para as

empresas responsáveis. Promessas e mais promessas...

Pagar tarifas absurdas por um transporte desconfortável e

que não oferece nenhuma segurança essa é a nossa sina. É

uma falta de respeito com os usuários.

Tantas pessoas depois de encararem um dia longo de

trabalho, além de todos esses contratempos ainda precisam

enfrentar o transporte público lotado. Os usuários seguem

as suas viagens em pé, espremidos e desrespeitados e

ainda se deparam com constantes engarrafamentos

quilométricos.

Nós, cidadãos ficamos com vários questionamentos

sondando a nossa mente diariamente: Por que será que o

nosso transporte é tão problemático assim? Será que a

tarifa paga não é o suficiente ou será que é tanto dinheiro

que eles não sabem como administrar? Não existe

justificativa, pois é notório que enfrentamos uma má

administração e vivemos em um país sem fiscalização e

punição. O nosso direito é ferido todos os dias e ninguém

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faz nada. Por que será? Ironia.

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O Investimento do Transporte Público

Brendon Alves

A qualidade de vida do trabalhador que precisa utilizar o

transporte público tem sido um dos assuntos recorrentes

nas revistas e jornais. O crescimento da população tem

causado grande influência na questão de mobilidade urbana,

pois com esse significativo aumento, o número de carros e

de deslocamentos para os centros urbanos também tem

acelerado.

Nos últimos anos houve um crescimento de veículos no

Brasil obrigando os estados a tomarem medidas para

resolver a situação, pois presenciamos o inchaço urbano. Tal

problemática ocasiona um nó nas vias. De que adianta ter

um carro sem poder se locomover? Por falta de transportes

públicos de qualidade e de algumas facilidades para a

aquisição de veículos, as nossas estradas permanecem

diariamente congestionadas. Tal situação gera uma grande

perda de tempo e de combustível, além de uma grande

colaboração para a poluição.

Não adianta promover campanhas de incentivo ao uso do

transporte público sem investir na melhoria dos modais. A

péssima qualidade, as superlotações e a falta de

planejamento dos horários, contribui para o volume de

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carros e motos nas vias. Outro ponto é a melhoria das

estradas e das sinalizações, sem esquecer-se da construção

e manutenção de ciclovias que podem auxiliar na resolução

de tais problemas.

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Histórias em quatro rodas

Camila Gomes

Ao pegar o ônibus todos os dias pela manhã, deparo-me

com inúmeros passageiros. São pessoas de diversos tipos:

brancas, pardas, negras, grandes e pequenas, jovens e

adultos. Todos com expressões e gestos diferentes. Alguns

com certa arrogância e indiferença. Outros com um simples

sorriso cativante.

Eu me pergunto: Como é que um espaço tão pequeno pode

transportar pessoas tão diferentes!

Há aqueles que contam suas histórias de vida a qualquer

indivíduo, como uma forma de aliviar o estresse e a tensão

do caos que é o congestionamento de uma cidade. Outros

preferem se calar e ouvir o barulho de um buzina afinada,

com o som agudo.

Cadeiras que ficam dificilmente vazias são semelhantes às

mentes desses que seguem seu rumo no coletivo.

Momentos que vivenciamos diariamente no nosso trajeto.

Trajeto que percorremos diante de pessoas tão estranhas a

nós, mas ao mesmo tempo tão semelhantes.

Encontros e desencontros com hora marcada pelo instante

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em que o ônibus para. A cada parada, uma nova história e,

a cada história, um novo caminho a ser percorrido por entre

buracos e quebra-molas do dia a dia.

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Dia a dia

Daniel Lucas

O galo canta. Eu me levanto. E, mesmo com sono,

me arrumo e saio de casa com os mesmos pensamentos de

toda manhã: matar um leão por dia. Pego o ônibus. Lá,

encontro pessoas diferentes de mim. Penso que passo mais

tempo nele do que em minha própria casa. Logo mais à

frente, começa a vida pra valer. Muitos carros pra pouco

espaço. Penso que seria bom se as pessoas esquecessem

um pouco dos carros e utilizassem bicicletas, mas então me

lembro de que não temos ciclovias e assim voltamos para o

início. Estaca zero!

Chego ao meu destino e o tempo não para. À tarde vou

para o curso. Saio do curso e fico a espera do transporte, só

que a espera é longa! Enquanto ele não chega, escuto uma

música. Carros pra cá, carros pra lá, e a única coisa que eu

queria nesse momento é estar em casa. Fico ali, parado, a

pensar: Será que isso, um dia, vai mudar? Quando me dou

conta, o meu ônibus chega, lotado!! Isso me entristece...

Chego em casa e fico imaginando o dia de amanhã: terei

que enfrentar tudo isso de novo!

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A Aventura de Andar de ônibus

Danielle Claudino

A minha aventura diária começa quando eu dou sinal para o

ônibus. Muitas vezes eu até me sinto invisível, pois o ônibus

passa direto e eu tenho que ficar mais meia hora esperando

o próximo.

Depois de muito tempo esperando, aparece o próximo

ônibus e dou o sinal. Ele sempre para bem mais à frente e

eu ainda tenho que sair correndo para pegá-lo. Como

sempre, está lotado e eu tenho que me virar e conseguir

entrar. Sinto-me um pintinho em um ovo, ou um ovo de

codorna, pois o de galinha ainda tem mais espaço.

Assim, o ônibus segue a viagem. Lá vou eu, sacolejando

junto com os outros passageiros. Eu tenho sempre que me

segurar, pois a cada freada, eu quase vou parar perto do

motorista. Em todos os quebra-molas que passamos, quase

vou ao teto e volto. Sem contar os passageiros mal

educados, que falam alto quando estão ao celular. E sempre

tem aquele passageiro com o “desodorante vencido”. Eu

penso: “Meu Deus, esse cara está com essência de gambá

morto a tapas, não é possível!”

Creio que os governantes tinham que se preocupar em dar

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maior assistência para a população, aumentando a frota do

ônibus e tirando de circulação os ônibus em mau estado.

Tem ônibus que estão tão velhos, que eu não tenho medo

de morrer de acidente, e sim de tétano.

E enquanto a viagem vai seguindo, eu fico me perguntando

para onde vão os impostos que eu pago. Isso quando eu

consigo pensar, pois às vezes, os estudantes que estão no

ônibus, falam tão alto que não consigo ouvir meus próprios

pensamentos.

Enfim, chego ao meu destino e tenho que dar graças a Deus

por ter chegado bem, porque às vezes, o motorista corre

tanto que parece que não vou chegar viva. Enquanto vou

caminhando, um só pensamento me vem à cabeça: “O

transporte público é um serviço essencial para qualquer

sociedade e, garantir isso à população, deveria ser o

objetivo de qualquer governo.” Infelizmente, essa não é a

nossa realidade e ficamos dependentes desses políticos

corruptos que só pensam em seu próprio conforto.

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Já pensou em Mobilidade Urbana?

Dougles de Oliveira

Você já observou como andar de ônibus ou de carro hoje

em dia, na maioria das grandes cidades do Brasil, tornou-se

difícil? Nunca se vendeu tanto automóvel e motocicletas no

Brasil como agora! E nunca a discussão sobre

congestionamentos esteve tão presente em nossas vidas.

Hoje em dia, exige-se por parte do motorista, grande

paciência. Qualquer hora do dia ou da noite é comum você

observar uma fila enorme de veículos, não acreditando que,

aquilo é congestionamento que chega a sumir no horizonte,

dificultando o trânsito, atrasando a chegada ao trabalho ou

em qualquer outro lugar.

Você sabia que estima-se que a inspeção técnica

veicular prevista no código de trânsito brasileiro de 1998,

que está por ser regulamentada, daria apoio legal para

retirar das ruas os veículos sem condições de trafegar por

questões de segurança ou por não se enquadrarem nas

normas de emissões de uma cidade? Mas infelizmente não é

isso que nos preocupa, mas sim, o grande número de

assaltos e problemas ambientais. Já parou para pensar que

o crescimento exagerado de venda de veículos vem

aumentando o nível de gases tóxicos na atmosfera,

contribuindo para a destruição da nossa camada de ozônio?

Outro problema que acontece em consequência da lentidão

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do nosso trânsito: os assaltos. Pessoas se aproveitam do

trânsito parado para roubar os pertences das pessoas

indefesas dentro dos carros e não tem alternativa a não ser

se render.

O fato é que as grandes aglomerações de

carros e a má qualidade dos transportes públicos só causam

insatisfação e desgosto à população. Você já passou por

esse momento de estar cansado e, quando pegar a

condução, não ter um lugar para sentar. Normal! Porque o

ônibus só anda lotado! As autoridades não tomam uma

providência. Até quando acontecerá esse descaso com a

população? Infelizmente, temos que nos sujeitar a esse tipo

de coisa que acontece no nosso país.

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O Cenário de uma crônica

Eduardo Monteiro

Mais um dia se passou e aqui estou novamente sentado

nesse banco. Pareço estar naquele famoso programa de

televisão. Todos os dias e no mesmo horário encontro-me

aqui, neste velho e querido banco.

A vida passa, as coisas acontecem a minha volta e daqui só

observo-as. Às vezes penso que vivo em um mundo

diferente daquele que vejo todos os dias. Crianças, jovens,

adultos, idosos e até mesmo cachorros e gatos estão

sempre numa luta constante contra o tempo. E nessa briga,

vence sempre o mais forte.

Mas o que mais me chama atenção, é como ocorre a

locomoção desse povo. Fazem o impossível para chegarem

aos seus destinos. Acordam horas antes do que precisariam,

tomam café apressadamente e saem como se já estivessem

atrasados.

Há aqueles que fazem da sua rotina um motivo de rir e não

perder a empolgação porém outros preferem encarar seus

hábitos rotineiros de forma lastimável e insatisfatória.

E daqui eu os vejo. Sentado nesse banco, a vida passa. Os

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sinais de trânsito sempre traçando nossa rotina, sempre

atrasando uns e ajudando outros. A multidão que anda para

frente e para traz, os carros novos esbanjando sua

elegância e poder, já os mais caídos trazendo

aborrecimentos e chateações. Assim fico eu, só observando.

O planeta gira muito devagar em vista do que faz uma

pessoa. Apesar de ter 365 dias, o tempo acaba sendo cruel

para alguns. Nossos braços, mesmo sendo pequenos,

tentam abraçar o mundo e, não conseguindo, se frustram.

Outros, também numa mesma situação, otimizam seu

sucesso e, mais uma vez, não deixam a peteca cair.

E então, chega o fim do dia. Nesse tempo, pessoas chegam

e outras saem, já está anoitecendo e o ciclo não para,

dando continuidade à vida.

Já chegou a minha hora. Desfaço-me do papel de

espectador e entro no filme, contracenando como um

figurante. Tive momentos de protagonista, mas prefiro ficar

em segundo plano.

Também cheguei em casa, e dou de cara com os afazeres.

Faço vista grossa e vou dormir. Amanhã, acordo cedo e

passo novamente por esse cenário. Não me lembro quando

começou, mas até agora não encontrei o fim.

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Diagramação e Formatação

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