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Modernismo em Portugal

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Fatos históricos

• Portugal no século XX• 1910: Proclamação da República.

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• 1910-1926: Primeira República.

– Domínio do Partido Democrático, com predomínio centro-esquerdista.

– Instabilidade político-social.

– Participação do país na Primeira Guerra Mundial.

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1926: Golpe de Estado.

1933-1974: Ditadura militar salazarista.

1974: Revolução dos Cravos (fim do salazarismo).

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Cronologia do Modernismo em Portugal

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PRIMEIRA GERAÇÃO: GERAÇÃO ORPHEU

• Início: 1915 – Fundação da revista Orpheu.• TÉRMINO: 1927 – Fundação da revista Presença.

• Principais escritores: Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.

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A revista Orpheu foi fundada em 1915 por Fernando pessoa, Mário de Sá-Carneiro, e outros amigos, como Almada Negreiros e Luís de Montalvor. Representa o marco inicial do Modernismo em Portugal.

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A revista pretendia ser trimestral, mas apenas foram publicados duas edições, em Março e Junho de 1915.

O terceiro número, apesar de preparado, não chegou a ser publicado."

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Características do Orfismo

• Domínio da Metafísica e do Mistério.• Desejo de “escandalizar” o burguês.• Desajuste social e cultural.• Cosmopolitismo.• Elitismo.• Incorporação das propostas das vanguardas.• Idolatria do poético, do não-prático, do não-

burguês.

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Fernando Pessoa, o criador de poetas e multiplicador de “eus”

Autodefinindo-se como “histeroneurastênico”, apaixonado por ocultismo, filosofia, por estudos de psiquiatria e psicanálise, autodidata de grande erudição, Fernando Pessoa constitui um caso único de desdobramento de si mesmo em outras personalidades poéticas

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Por meio da imaginação, concebeu várias entidades poéticas, com biografia, traços físicos, profissão, ideologia e estilo próprios.

Ao todo, foram mais de setenta os heterônimos desenvolvidos, semidesenvolvidos ou apenas esboçados. Entre eles destacam-se os três heterônimos perfeitos:

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Alberto Caeiro

Ricardo Reis

• Álvaro de Campos

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Alberto Caeiro, o poeta pastor

• Considerado por Pessoa o seu mestre, é homem reconciliado com a natureza, que rejeita todas as estéticas, todos os valores, todas as abstrações.

• Defende a simplicidade da vida e a sensação como único meio válido para a obtenção do conhecimento.

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• Vive no campo, não teve grande formação;• Integração do homem com a natureza;• Versos livres, linguagem simples, “natural” e

tendendo à prosa;• Poesia antimetafísica: ver o real sem nada

acrescentar a ele “não pôs nas costas o que nelas não existe”;

• Condenação do ato de pensar;• Pensamento = sensação pensar = ver e

sentir.

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Nasceu em Lisboa, mas viveu quase todas sua vida no campo. Não teve formação literária ou científica. Fisicamente, era de estatura média, louro-pálido, olhos azuis. Morreu tuberculoso em Lisboa.

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Ricardo Reis, o poeta neoclássico

A obra desse poeta caracteriza-se por versos curtos que lembram a lírica grega, com vocabulário muitas vezes erudito, sintaxe clássica, referências mitológicas.

Sua atitude diante da vida é serena, intelectualizada, contida, contemplativa.

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Combina duas correntes filosóficas da antiguidade: o epicurismo, que identifica o bem soberano com o prazer encontrado na prática da virtude e na cultura do espírito, e o estoicismo, que prega a impassibilidade diante da dor e do infortúnio.

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É mais baixo, mais forte e seco que os outros heterônimos. Tem tez morena, vivia com uma tia-avó. Foi educado em colégio jesuíta.

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Álvaro de Campos, o poeta das sensações do homem moderno

É um poeta modernista, futurista, cubista. Por sua temática – as sensações do homem no mundo moderno – pode-se considerá-lo também um sensacionista.

Na produção poética:

– versos livres;

– ritmo explosivo e linguagem coloquial;

– euforia.

Sensacionismo – corrente do Modernismo português, criada a

partir da mistura eclética dos movimentos de vanguarda.

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Mário de Sá-Carneiro

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Ao lado de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro também participante da revista Orpheu, é outra figura de destaque da primeira geração do Modernismo em Portugal.

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É um dos maiores poetas do Modernismo português, talvez o que melhor exprime a cisão do sujeito na enunciação de si próprio e na formulação da sua percepção do mundo, ora deceptiva ao jeito simbolista-decadentista, ora inebriada pelas sensações e entusiasmos do futurismo.

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A sua poética afasta-se de uma preocupação meramente formal da experiência literária, centrando nela embora o seu discurso, mas nela fundamentando as interrogações e a afirmação de anseios que dão sentido a uma existência que no entanto as não encontra. O poeta põe termo aos seus dias, suicidando-se em Paris.

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SEGUNDA GERAÇÃO: GERAÇÃO PRESENÇA

• INÍCIO: 1927 – Fundação da revista Presença.• Término: 1940 – Eclosão do Neorrealismo.

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Principal característica

• Elitismo: “arte-pela-arte”.• Romance, conto, crítica literária;• O grupo presencista afirmava que a

verdadeira obra de arte não poderia estar limitada por condições de tempo ou espaço.

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Principais escritores:

• Branquinho da Fonseca;• José Régio;• João Gaspar Guimarães.

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• José Régio é um dos nomes mais consagrados da literatura contemporânea portuguesa. A sua obra, edificada sobre os alicerces mais seguros de uma variedade de gêneros que se distribui pela poesia, pela ficção, pelo teatro, pelo ensaio.

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GERAÇÃO: NEORREALISMO

• Início: 1940• Principal característica: literatura engajada.

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Principais escritores:

• Ferreira de Castro;• Carlos de Oliveira;• Fernando Namora;• Alves Redol;• José Cardoso Pires;• Vergílio Ferreira

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Literatura contemporânea

• José Samarago

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• Saramago ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1998.

• Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.

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• Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.

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• Em 1991, publica O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde viveu até a morte. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998.