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O Corsário Negro de Emílio Salgari Adaptação de Davide Morosinotto

O Corsário Negro

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O Corsário Negro de

Emílio Salgari

Adaptação

de

Davide Morosinotto

Golfo do México, Mar do Caribe

Carmaux e Wan Stiller dois flibusteiros que pertenciam ao bando do Corsário Vermelho escapam à forca ordenada pelo duque flamengo Wan Guld, governador da cidade de Maracaíbo.

Perdidos num pequeno bote são recolhidos pelo comandante de um veleiro, ” O Relâmpago”.

Os dois explicaram que faziam parte da tripulação do Corsário Vermelho, enforcado pelo governador de Maracaíbo, Wan Guld.

O Corsário Vermelho era irmão do Corsário Negro, que já havia sofrido a morte do outro irmão, o Corsário Verde, a mandado de Wan Guld.

Jurando vingança, prometeu a morte do governador e de todos aqueles que a ele pertencessem.

O Corsário Negro, Carmoux e Wan Stiller colocaram-se aos remos e dirigiram-se para a costa com o propósito de chegar à cidade para resgatar o corpo do irmão.

Para chegar à cidade tinham que atravessar uma floresta densa.

Caminhando a muito custo ouviram o som da flauta de Moko, um negro que tinha ajudado Carmoux e Wan Stiller a fugir da cidade.

Moko dispôs-se ajudá-los e ao anoitecer partiram em direção à cidade de Maracaíbo.

Protegida por uma enseada dispunha de um poderoso forte, defendido por muitos canhões.

Diante do palácio do governador Wan Guld havia quinze forcas, das quais pendiam quinze corpos. Um deles vestia fato vermelho cor de fogo, era o Corsário Vermelho.

Corsário Negro quer vingança. Era noite. A praça era vigiada por uma só sentinela.

Moko fez rodopiar um laço e lançou-o sufocando a sentinela.

Logo de seguida, subiu à forca e com uma faca soltou o corpo do Corsário Vermelho.

Impacientes para saírem de Maracaíbo, com o corpo, põem-se a caminho.

Mal tinham percorrido uma pequena parte da rua, surge uma patrulha de soldados.

O Corsário Negro empunhou a espada e saltou para a frente dos soldados, forçando-os a um forte combate, enquanto Moko levava o corpo sozinho, para fora da cidade.

O barulho das espadas aproximou cada vez mais soldados.

A hipótese era fugir.

Correram desesperadamente por becos e ruelas, até que pararam num beco sem saída.

A rua era fechada por uma modesta casa de dois pisos. Seguindo instruções do Corsário Negro, Wan Stiller forçou a porta e entraram.

A casa era habitada por um homem, o notário da cidade, que dormia feliz. Ao ser acordado pelos piratas, o homem gritou aterrorizado.

Havia grande alvoroço pois, já tinha sido notada a falta do corpo do Corsário Vermelho e os soldados procuravam os piratas por toda a parte.

Estavam a sentar-se a almoçar, quando bateram à porta.

À porta estava um cavalheiro espanhol. Vestia um elegante fato de seda e botas altas de pele amarela que procurava o notário, que tinha ficado de casar o seu neto.

Forçou a entrada à procura do notário. Este, revoltado não quis render-se a um bandido pois tratava-se do conde Lerma, segundo ele afirmara.

Conhecido por muitos como o Corsário Negro, não se considerando um bandido, apresentou-se como o cavaleiro Emílio de Roccanera, senhor de Ventemiglia .

De imediato, ataca furiosamente o conde, que era grande espadachim, mas num único movimento o Corsário consegue arrancar a espada das suas mãos.

Convencidos de que mais gente iria à procura do notário prepararam um plano de fuga.

Moko abriu uma saída pelo telhado e Carmaux colocou à porta um barril de pólvora.

A casa do notário estava cercada de soldados. Tinha chegado a hora de mandar a casa pelos ares.

Correram de um telhado para o outro. Preparavam-se para saltar para o chão, quando um clarão gigantesco seguido de um horrível estrondo encheu o ar. Uma nuvem de fumo ofuscou tudo.

O Corsário Negro soltou o conde e o notário. Atravessaram a floresta e recuperaram o bote chegando ao veleiro - O Relâmpago.

Depois do funeral do irmão, depressa alcançaram o mar alto em direção à Ilha Tartaruga.

O sol acabara de se pôr, quando avistaram um navio espanhol.

O Corsário esperou para se aproximar mais e lançarem-se à abordagem.

A luta foi assustadora e terrível. Ao quarto assalto os espanhóis tiveram de depor as armas.

Do convés do galeão surgiu uma linda rapariga seguida de dois pajens. A jovem quando soube que se tratava do Corsário Negro ficou assustada.

Para conquistar o forte e saquear a cidade de Maracaíbo, o Corsário Negro dirigiu-se a casa de Pietro Nau, para reunirem forças.

O Corsário disse que ia vingar-se de um traidor espanhol.

A jovem perguntou de quem se tratava e quando ouviu o nome Wan Guld jogou as mãos à cabeça e tombou no tapete. A batalha começava.

O forte espanhol parecia uma cratera em plena erupção.

Invadiram a praça principal aos gritos. No interior do forte não havia ninguém. Todos tinham fugido.

É então que surge, de trás de muro, um soldado queria vingar-se e prometeu ajudar o Corsário Negro a encontrar Wan Guld ,que havia fugido para a densa floresta.

Depois de caminharem durante várias horas, desceram a floresta em silêncio . Ouviram tiros seguidos de gritos terríveis. Eram os índios.

Continuando a caminhada avistaram na praia um batel que se punha ao largo, levando Wan Guld, afastando-se a toda a velocidade .

Carmaux avistou um bote abandonado na praia e com um vigoroso empurrão puseram a embarcação na água.

As ondas começaram a aumentar, sendo difícil fazer pontaria à chalupa de Wan Guld.

De repente surge uma enorme embarcação espanhola, cujo comandante era o conde de Lerma.

A chalupa voltou-se e o Corsário e companheiros foram feitos prisioneiros.

Ao cair da noite o conde Lerma recompensando o que o Corsário lhe tinha feito dirigiu-se para eles e cortou as cordas. Mandou-os descer e pegar uma chalupa que já estava preparada para eles fugirem.

Wan Guld fugiu numa caravela que o transportou talvez para Nicarágua.

Os três ao alcançarem a costa viram alguns vultos estendidos na praia eram os seus companheiros que tinham ficado para trás.

Passou a noite e pouco antes do nascer do sol Carmaux avistou dois pontos luminosos que brilhavam como estrelas. Eram os navios. O Corsário e os amigos foram recolhidos e recebidos com todas as honras.

No navio, a Duquesa foi reconhecida pelo soldado espanhol como sendo a filha de Wan Guld.Ao confirmar que era verdade, O Corsário Negro ordenou que preparassem um bote e o descessem ao mar. Honorata avançou desceu a escada e olhando fixamente para o seu amado fez-lhe um gesto de adeus.

Não demorou que a chalupa fosse levada pelas ondas e desaparecesse entre as sombras do horizonte tenebroso.

No navio, entre os gemidos do vento e o fragor das ondas, ouvia-se, a espaços, um surdo soluçar.

O Corsário Negro chorava.

Livros com História… das Palavras de Papel ao Digital Disciplina: História e Geografia de Portugal Professora: Elisa Cardoso Ano :6º Turma:D Nomes: Miguel Afonso n:21; Álvaro Ferreira n:2;Gustavo

Guerreiro n:11 E.B.I./J.I de Montenegro 2016/2017