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negócios Lobão: Brasil pode importar álcool dos EUA Empresa preserva meio ambiente Investidor do Tesouro Direto mais ativo Despejo passa a ocorrer mais rápido política Nem mesmo militância prestigia filme de Lula Doações ilegais geram 90 condenações no TRE Decisão de Cid não interfere Comunicado: Educação no escuro internacional 'Ali Químico' é executado no Iraque Evo Morales atrai críticas e elogios Incêndio em avião no Irã deixa 46 feridos Chávez quer acabar com capitalismo Leitura (20/3/2005) O Conde de Mecejana 20/3/2005 Quem descobre o mundo, descobre um cadáver, mas o mundo não é digno daquele que descobre um cadáver. ´Logion 56´, Evangelho de Tomé São cantos. E é Outono (pelo menos no livro). O canto de outono é próprio da cigarra. A formiga labora, enquanto isso. Entre o fazer e o cantar põemse a próprio das rasuras e o próprio dos cimos. Ali a imanência grudada, aqui a transcendência desgarrada. Entre ambos, o espetáculo do existir humanamente. À luz da espetacular grafia de Ruy Câmara, sobre o tão breve quanto funda vida de Isidore Ducasse (18461870) em ´Cantos de Outono o romance da vida de Lautréamont´, o leitor pode vivenciar, à cada página, aquela (hoje, tão rara) conjunção espiritual da unidade do saber: a unidade do Bem, do Balo e da Verdade. A habilíssima pena de Ruy invade a alma do leitor, arrancao da condição de leitor e o eleva ou o desgrada à própria existência, dilacerada entre a genialidade e a loucura, entre o ´logos e o ´pathos´. Sob a forma burguesa da existência, que é a nossa, a existência realmente digna é impossível! Somos então tragados no livro por seculares reflexões de natureza filosófica, teológica, sociológica, política, literária, ocasiões em que o autor nos convida, ou melhor, exigenos a ruptura com a rasura cotidiana do ´made in´, do ´fast food´, do ´marketing´. Denuncia a necessidade de tornar a vivência menos indulgente, a mente menos escassa e o próprio desespero Menos banal. Além de respirar, que grandiosos embates acontecem no íntimo dos homens, ´filhos do nada´! São mais de 400 páginas , servindose de Ducasse nas quais dáse o acolhimento do espírito vazado por inquirições avessas à expectação dos retos: entre o berço e o túmulo, a sublimidade e a tragédia derivam da existência como ausência absoluta, da terrível experiência libertadora do encontrarse só no universo. Sucumbiria à mesmice não fosse a chaga da solidão´ a supurar as mais requintadas imagens do espírito. São elas a luzir de metáforas a condenação exemplar, vinda de ontem, aos dias massificados do hoje: não às alturas celestes enviandose, mas as monstruosas cavernas da alma descendo, empurrando pelas perdas na alma tênue imprecadas. À base dos desfazimentos primeiros da vida de Ducasse, conjugamse à força o extenuar raciocinativo da própria comiseração. São grandes as forças da destruição, maiores ainda as das rupturas necessárias ao existir. As memórias rompem as amnésias e, entre ambas, a necessária força da imaginação inventa as possibilidades da vivência. O tranceado literário da vida biografada é de fundo melancólico e possui culminância trágica: abandono, desespero, suicídio. Há no recurso romanceado a severidade interrogativa que à consciência do leitor expõe, jacta visceralmente o que nela háde Terse corrompido e sobre cuja apatia o próprio eu jaz esquecido, quiçá! O que há entre as duas Mortes a que abre e a que suspende ´o romance da vida de cidade Cumbuco: cavalos longe dos banhistas Erradicação do trabalho discutido em fórum Doenças cardíacas matam mais mulheres Diagnóstico tardio preocupa regional Chuvas: recursos demoram a chegar Cidades discutem medidas preventivas Esporte é atração durante aniversário Voz do municípios: insegurança no Maciço nacional diário virtual edições anteriores busca nal na Sala de Aula Capa Caderno 3 Cidade Internacional Jogada Nacional Negócios Opinião Política Polícia Regional Zoeira Automóvel Colunas Cultura Empregos Eva Gente Infantil Tecnoguia Turismo Viva Alô Redação Classificados Clube do Assinante Jornal na Sala de Aula Categoria buscar Shopping Pesquisar Preços de kabum! ECS AMD AM2 Mais GeForce6100PM M2 Em 12 x de $16.66 kabum! Memória Kingston 512 MBytes DDR Em 12 x de $6.66 casas bahia Grill Dellar Magic DSD 115 $39.90 magazine luiza TV LG LCD 42 Polegadas Em 12 x de $349.92 Segunda 25/1/2010 PROMOÇÕES ÚLTIMA HORA PROGRAMESE

O Enigmático Lautréamont num Romance de Sombras

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Lobão: Brasil pode importar álcool dos EUA

Empresa preserva meio ambiente

Investidor do Tesouro Direto mais ativo

Despejo passa a ocorrer mais rápido

política

Nem mesmo militância prestigia filme de Lula

Doações ilegais geram 90 condenações no TRE

Decisão de Cid não interfere

Comunicado: Educação no escuro

internacional

'Ali Químico' é executadono Iraque

Evo Morales atrai críticas e elogios

Incêndio em avião no Irã deixa 46 feridos

Chávez quer acabar com capitalismo

Leitura (20/3/2005)

O Conde de Mecejana

20/3/2005

Quem descobre o mundo, descobre um cadáver,

mas o mundo não é digno daquele que descobre

um cadáver. ´Logion 56´, Evangelho de Tomé

São cantos. E é Outono (pelo menos no livro). O

canto de outono é próprio da cigarra. A formiga

labora, enquanto isso. Entre o fazer e o cantar

põemse a próprio das rasuras e o próprio dos

cimos. Ali a imanência grudada, aqui a

transcendência desgarrada. Entre ambos, o

espetáculo do existir humanamente. À luz da

espetacular grafia de Ruy Câmara, sobre o tão

breve quanto funda vida de Isidore Ducasse (18461870) em ´Cantos de Outono o

romance da vida de Lautréamont´, o leitor pode vivenciar, à cada página, aquela (hoje,

tão rara) conjunção espiritual da unidade do saber: a unidade do Bem, do Balo e da

Verdade.

A habilíssima pena de Ruy invade a alma do leitor, arrancao da condição de leitor e o

eleva ou o desgrada à própria existência, dilacerada entre a genialidade e a loucura,

entre o ´logos e o ´pathos´. Sob a forma burguesa da existência, que é a nossa, a

existência realmente digna é imposs ível! Somos então tragados no livro por seculares

reflexões de natureza filosófica, teológica, sociológica, política, literária, ocasiões em que

o autor nos convida, ou melhor, exigenos a ruptura com a rasura cotidiana do ´made in´,

do ´fast food´, do ´marketing´. Denuncia a necessidade de tornar a vivência menos

indulgente, a mente menos escassa e o próprio desespero Menos banal. Além de

respirar, que grandiosos embates acontecem no íntimo dos homens, ´filhos do nada´!

São mais de 400 páginas , servindose de Ducasse nas quais dáse o acolhimento do

espírito vazado por inquirições avessas à expectação dos retos: entre o berço e o túmulo,

a sublimidade e a tragédia derivam da existência como ausência absoluta, da terrível

experiência libertadora do encontrarse só no universo. Sucumbiria à mesmice não

fosse a chaga da solidão´ a supurar as mais requintadas imagens do espírito. São elas

a luzir de metáforas a condenação exemplar, vinda de ontem, aos dias massificados do

hoje: não às alturas celestes enviandose, mas as monstruosas cavernas da alma

descendo, empurrando pelas perdas na alma tênue imprecadas.

À base dos desfazimentos primeiros da vida de Ducasse, conjugamse à força o

extenuar raciocinativo da própria comiseração. São grandes as forças da destruição,

maiores ainda as das rupturas necessárias ao existir. As memórias rompem as

amnésias e, entre ambas, a necessária força da imaginação inventa as possibilidades

da vivência. O tranceado literário da vida biografada é de fundo melancólico e possui

culminância trágica: abandono, desespero, suic ídio. Há no recurso romanceado a

severidade interrogativa que à consciência do leitor expõe, jacta visceralmente o que

nela háde Terse corrompido e sobre cuja apatia o próprio eu jaz esquecido, quiçá! O

que há entre as duas Mortes a que abre e a que suspende ´o romance da vida de

Lautréamont´ é a Vida que cada um terá de autobiografar.

Ainda acrescentese à fina ironia do autor, a quem cabe o privilégio inteligente de

reconhecer o falseamento, a hipocrisia da ´haute culture´ e, por ela, exercer a crítica ao

mais soberbo fruto da separação entre trabalho manual e intelectual a raça dos

intelectuais! Quanto mais desgraçados os tempos, mas se multiplicam os idiotismos, já

nos advertira Diderot! Contra a fúria hodierna, alimentadora da confusão desmedida

entre informação e conhecimento, ler o ´Cantos de Outono´ assemelhase àquela

diligente consulta oracular hoje em desuso o exercício sem desfaçatez do ´conhecete

a si mesmo´.

Através daquilo que poderiam Ter sido os dias de Isidore Ducasse, deslindase aquilo

que os nossos dias. A leitura, afinal, prestase a vários alcances do Olhar: o leitor

hematófago se compraz em sugar das letras humanas a lição da brevidade da própria

carne; o leitorcoruja háde argüir o estatuto da humanidade, prescindindo ou não de um

Absoluto transcendente; o leitoráguia, baixará seu vôo nas partes podres da existência

humana.

Seja como for, ler os ´Cantos´ faz o leitor lembrarse de que possui cérebro e fígado.

Quer dizer: ler Ruy Câmara, o Conde de Mecejana, e não apenas o Conde de

Lautréamont! Aquelas linhas, reais a propósito do leitor e fict ícia a propósito de Isidore

Ducasse, podem no leitor alargar e aprofundar o modo de ser, ora dilacerandoo, ora

afagandoo, em boa medida, como bem compete ao exercício verdadeiro e nobre da

Escrita, sobre cujos caminhos o ´Olhar´ se exercita no mais verdadeiro ver, ao menos

cegar do essencial.

Sylvia Leão

professora de Filosofia da Uece e Unifor.

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cidade

Cumbuco: cavalos longe dos banhistas

Erradicação do trabalho discutido em fórum

Doenças cardíacas matam mais mulheres

Diagnóstico tardio preocupa

regional

Chuvas: recursos demoram a chegar

Cidades discutem medidas preventivas

Esporte é atração durante aniversário

Voz do municípios: insegurança no Maciço

nacional

Dilma: Brasil e Chile em situações diferentes

Suspeita de radiação em município baiano

Fórum abre espaço para o PT

Eleitor pobre quer redução de impostos

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O Conde de Mecejana

20/3/2005

Quem descobre o mundo, descobre um cadáver,

mas o mundo não é digno daquele que descobre

um cadáver. ´Logion 56´, Evangelho de Tomé

São cantos. E é Outono (pelo menos no livro). O

canto de outono é próprio da cigarra. A formiga

labora, enquanto isso. Entre o fazer e o cantar

põemse a próprio das rasuras e o próprio dos

cimos. Ali a imanência grudada, aqui a

transcendência desgarrada. Entre ambos, o

espetáculo do existir humanamente. À luz da

espetacular grafia de Ruy Câmara, sobre o tão

breve quanto funda vida de Isidore Ducasse (18461870) em ´Cantos de Outono o

romance da vida de Lautréamont´, o leitor pode vivenciar, à cada página, aquela (hoje,

tão rara) conjunção espiritual da unidade do saber: a unidade do Bem, do Balo e da

Verdade.

A habilíssima pena de Ruy invade a alma do leitor, arrancao da condição de leitor e o

eleva ou o desgrada à própria existência, dilacerada entre a genialidade e a loucura,

entre o ´logos e o ´pathos´. Sob a forma burguesa da existência, que é a nossa, a

existência realmente digna é imposs ível! Somos então tragados no livro por seculares

reflexões de natureza filosófica, teológica, sociológica, política, literária, ocasiões em que

o autor nos convida, ou melhor, exigenos a ruptura com a rasura cotidiana do ´made in´,

do ´fast food´, do ´marketing´. Denuncia a necessidade de tornar a vivência menos

indulgente, a mente menos escassa e o próprio desespero Menos banal. Além de

respirar, que grandiosos embates acontecem no íntimo dos homens, ´filhos do nada´!

São mais de 400 páginas , servindose de Ducasse nas quais dáse o acolhimento do

espírito vazado por inquirições avessas à expectação dos retos: entre o berço e o túmulo,

a sublimidade e a tragédia derivam da existência como ausência absoluta, da terrível

experiência libertadora do encontrarse só no universo. Sucumbiria à mesmice não

fosse a chaga da solidão´ a supurar as mais requintadas imagens do espírito. São elas

a luzir de metáforas a condenação exemplar, vinda de ontem, aos dias massificados do

hoje: não às alturas celestes enviandose, mas as monstruosas cavernas da alma

descendo, empurrando pelas perdas na alma tênue imprecadas.

À base dos desfazimentos primeiros da vida de Ducasse, conjugamse à força o

extenuar raciocinativo da própria comiseração. São grandes as forças da destruição,

maiores ainda as das rupturas necessárias ao existir. As memórias rompem as

amnésias e, entre ambas, a necessária força da imaginação inventa as possibilidades

da vivência. O tranceado literário da vida biografada é de fundo melancólico e possui

culminância trágica: abandono, desespero, suic ídio. Há no recurso romanceado a

severidade interrogativa que à consciência do leitor expõe, jacta visceralmente o que

nela háde Terse corrompido e sobre cuja apatia o próprio eu jaz esquecido, quiçá! O

que há entre as duas Mortes a que abre e a que suspende ´o romance da vida de

Lautréamont´ é a Vida que cada um terá de autobiografar.

Ainda acrescentese à fina ironia do autor, a quem cabe o privilégio inteligente de

reconhecer o falseamento, a hipocrisia da ´haute culture´ e, por ela, exercer a crítica ao

mais soberbo fruto da separação entre trabalho manual e intelectual a raça dos

intelectuais! Quanto mais desgraçados os tempos, mas se multiplicam os idiotismos, já

nos advertira Diderot! Contra a fúria hodierna, alimentadora da confusão desmedida

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hematófago se compraz em sugar das letras humanas a lição da brevidade da própria

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Absoluto transcendente; o leitoráguia, baixará seu vôo nas partes podres da existência

humana.

Seja como for, ler os ´Cantos´ faz o leitor lembrarse de que possui cérebro e fígado.

Quer dizer: ler Ruy Câmara, o Conde de Mecejana, e não apenas o Conde de

Lautréamont! Aquelas linhas, reais a propósito do leitor e fict ícia a propósito de Isidore

Ducasse, podem no leitor alargar e aprofundar o modo de ser, ora dilacerandoo, ora

afagandoo, em boa medida, como bem compete ao exercício verdadeiro e nobre da

Escrita, sobre cujos caminhos o ´Olhar´ se exercita no mais verdadeiro ver, ao menos

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