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O GOLPE DA RAPOSA Por Evaí Oliveira [email protected] A raposa estava andando pela floresta à procura de mais uma vítima. Era famosa por dominar a arte da esperteza. No alto de uma árvore, avistou um pássaro pequeno de penas escuras. Era o corvo, que carregava no bico um pedaço grande de queijo amarelo e aparentemente apetitoso. O corvo roubou o queijo de dois ratinhos que o carregava para a sua toca. A raposa, ao ver o queijo no bico do pássaro, não perdeu tempo. Olá, querido amigo corvo! Como suas penas estão brilhantes! Você é o pássaro mais elegante e simpático dessa floresta! O seu ninho é o mais bonito e mais organizado que já vi. E o seu canto? É o mais agradável da natureza. Você pode cantar um pouco, para que eu possa apreciar o seu belíssimo assobio? Como o corvo já conhecia as artes da raposa, apoiou o pedaço de queijo no galho em que estava e cantou para a raposa como se não suspeitasse de nada. A esperta não conseguiu pegar o queijo e saiu com a cauda entre as pernas. Enquanto o corvo cantava e ria do fracasso da raposa, um dos ratinhos subiu na árvore enquanto o outro ficou embaixo do galho onde o queijo estava. O ratinho se aproximou lentamente sem o corvo perceber e empurrou o pedaço de queijo que foi aparado pelo que estava no chão. Os dois ratos foram embora correndo e o corvo ficou sem a comida. Moral: Aqui se faz, aqui se paga.

O Golpe da Raposa

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Page 1: O Golpe da Raposa

O GOLPE DA RAPOSA

Por Evaí Oliveira

[email protected]

A raposa estava andando pela floresta à procura de mais uma vítima. Era

famosa por dominar a arte da esperteza.

No alto de uma árvore, avistou um pássaro pequeno de penas escuras. Era o

corvo, que carregava no bico um pedaço grande de queijo amarelo e aparentemente

apetitoso. O corvo roubou o queijo de dois ratinhos que o carregava para a sua toca.

A raposa, ao ver o queijo no bico do pássaro, não perdeu tempo.

– Olá, querido amigo corvo! Como suas penas estão brilhantes! Você é o pássaro mais

elegante e simpático dessa floresta! O seu ninho é o mais bonito e mais organizado que

já vi.

E o seu canto? É o mais agradável da natureza. Você pode cantar um pouco,

para que eu possa apreciar o seu belíssimo assobio?

Como o corvo já conhecia as artes da raposa, apoiou o pedaço de queijo no

galho em que estava e cantou para a raposa como se não suspeitasse de nada.

A esperta não conseguiu pegar o queijo e saiu com a cauda entre as pernas.

Enquanto o corvo cantava e ria do fracasso da raposa, um dos ratinhos subiu na

árvore enquanto o outro ficou embaixo do galho onde o queijo estava. O ratinho se

aproximou lentamente sem o corvo perceber e empurrou o pedaço de queijo que foi

aparado pelo que estava no chão.

Os dois ratos foram embora correndo e o corvo ficou sem a comida.

Moral: Aqui se faz, aqui se paga.