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PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga [email protected] 18 a . RAIB

O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

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18 RAIB Intercambio e quarentena

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PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga

[email protected]

18a. RAIB18a. RAIB

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INTRODUÇÃO E DOMESTICAÇÃOINTRODUÇÃO E DOMESTICAÇÃO

Foram atividades mais importantes na implantação da agricultura, nos primórdios da humanidade (10.000 anos).

Foram atividades mais importantes na implantação da agricultura, nos primórdios da humanidade (10.000 anos).

Domestiquei estas plantas, mas, como

evitar que estas malditas pragas venham junto?

Domestiquei estas plantas, mas, como

evitar que estas malditas pragas venham junto?

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Para o agricultor o interesse está no seu uso imediato como cultivar ou na implantação de uma nova cultura alternativa. Já para a pesquisa o interesse é mais de longo prazo, por genótipos diferenciados com alta produtividade, resistência a pragas e a fatores adversos, que não provoquem impactos ambientais ao serem incluídos nos programas de melhoramento.

DEFINIÇÃO DE INTRODUÇÃO DE PLANTASDEFINIÇÃO DE INTRODUÇÃO DE PLANTAS

É o processo legal de busca por material reprodutivo de plantas, para usos diversos (alimentício, medicinal, ornamental, forrageiro, etc.), visando sua aclimatação em uma nova localidade, a fim de atender às demandas (agricultor-pesquisa-indústria), diretamente no campo ou em coleções de trabalho de melhoramento genético e bancos ativos de germoplasma.

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Arroz; Algodão, Arroz; Algodão, Cana-de-açúcar; Café; Cana-de-açúcar; Café;

Feijão; Laranja; Manga; Feijão; Laranja; Manga; Melancia; Melancia; Milho; Milho; Soja; Soja;

Tomate, Trigo; Etc..Tomate, Trigo; Etc..

Trata-se de um exemplo claríssimo de um país que é extremamente dependente de germoplasma exótico.

Trata-se de um exemplo claríssimo de um país que é extremamente dependente de germoplasma exótico.

• Germoplasma exótico, adaptado de introdução remota: feijão, feijão-fava, melancia e milho (com variabilidade a ser resgatada);

• Espécies nativas do mesmo gênero de cultivos exóticos: arroz, algodão, cará, capim-elefante, cevada, batata-doce, pimenta, quiabo e tabaco (podem ser incluídas em projetos de melhoramento e ter cuidados extremos com transgênicos);

• Espécies nativas domesticadas: abacaxi, amendoim, cacau, guaraná, mandioca, maracujá, seringueira e urucum (podem ter seu próprio programa de melhoramento).

• Germoplasma exótico, adaptado de introdução remota: feijão, feijão-fava, melancia e milho (com variabilidade a ser resgatada);

• Espécies nativas do mesmo gênero de cultivos exóticos: arroz, algodão, cará, capim-elefante, cevada, batata-doce, pimenta, quiabo e tabaco (podem ser incluídas em projetos de melhoramento e ter cuidados extremos com transgênicos);

• Espécies nativas domesticadas: abacaxi, amendoim, cacau, guaraná, mandioca, maracujá, seringueira e urucum (podem ter seu próprio programa de melhoramento).

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FLUXOGRAMADO

INTERCÂMBIO

FLUXOGRAMADO

INTERCÂMBIO

Page 6: O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

Legislação Fitossanitária(MAPA-DFA) ;

Legislação de Registro e de Proteção de Cultivares;

Legislação de Biossegurança (CTNBio);

Legislação de Acesso a Recursos Genéticos (CGEN/MAA).

Legislação Fitossanitária(MAPA-DFA) ;

Legislação de Registro e de Proteção de Cultivares;

Legislação de Biossegurança (CTNBio);

Legislação de Acesso a Recursos Genéticos (CGEN/MAA).

Uma série de Leis, Decretos e Portarias têm que ser levadas em consideração quando do intercâmbio de germoplasma vegetal, tais como:

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DECRETOS E PORTARIASDECRETOS E PORTARIAS

• Decreto-lei nº 24.114, de 12 de abril de 1934 + portarias complementares, tratam da importação e quarentena.

• A Portaria n.º 437, de 25 de novembro de 1985, regula as importações de sementes e/ou mudas para fins de comércio.

• A Portaria n.º 93, de 14 de abril de 1989 trata da exportação de vegetais para o comércio.

• A Portaria nº 148, de 15 de junho de 1992, se refere ao intercâmbio e aos procedimentos quarentenários de vegetais e de solo para pesquisa.

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PRAGAS QUARENTENÁRIAS A1 – Não presentes no PaísPRAGAS QUARENTENÁRIAS A1 – Não presentes no País

LEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIALEGISLAÇÃO DE DEFESA SANITÁRIA

PRAGAS NÃO QUARENTENÁRIAS REGULAMENTÁVEIS – Amplamente distribuídas pelo País, com riscos de impactos econômicos: PVX vírus, PVY vírus, PLRV vírus, PVS vírus, Alternaria spp., Erwinia spp., Fusarium solani (Tipo eumartii), Fusarium spp., Meloidogyne spp. Phytophthora infestans, Ralstonia solanacearum; Rhizoctonia solani, Spongospora subterrânea e Streptomyces spp, na BATATA.

PRAGAS QUARENTENÁRIAS A2 – Presentes no País, mas não amplamente distribuídasPRAGAS QUARENTENÁRIAS A2 – Presentes no País, mas não amplamente distribuídas

PRAGAS QUARENTENÁRIAS

A2GERMOPLASMA

ESTADOS ONDE OCORREM

Bractrocera carambolaeMosca da carambola Tomate Amapá

Cydia pomonela frutas da família rosácea RS e SC

Ralstonia solanacearam raça 2Moko da bananeira

Heliconia ssp. AL, AM, AP e PA

Sirex noctilioVespa da madeira

Pinus ssp. PR, RS e SC

ANÁLISE DE RISCO DE PRAGAS (P.127 16/04/97 DEFINE OS RISCOS DE UMA PRAGA EXÓTICA PARA O PAÍS) – IN 59 MAPA, 21/11/2002 : importações devem ser precedidas por ARP, realizadas pelo Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal (DDIV/MAPA) ou Centros Colaboradores credenciados pelo próprio DDIV. A Embrapa foi credenciada no plano federal e a UNESP/Jaboticabal em SP (Departamento de Fitossanidade, Dr. Sérgio de Freitas).

ANÁLISE DE RISCO DE PRAGAS (P.127 16/04/97 DEFINE OS RISCOS DE UMA PRAGA EXÓTICA PARA O PAÍS) – IN 59 MAPA, 21/11/2002 : importações devem ser precedidas por ARP, realizadas pelo Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal (DDIV/MAPA) ou Centros Colaboradores credenciados pelo próprio DDIV. A Embrapa foi credenciada no plano federal e a UNESP/Jaboticabal em SP (Departamento de Fitossanidade, Dr. Sérgio de Freitas).

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Resolução nº 9 - Assunto: Diretrizes para a obtenção de ANUÊNCIA PRÉVIA junto a comunidades indígenas e locais (a fim de acessar componente do patrimônio genético – ou bioprospecção) para fins de pesquisa científica, sem potencial ou perspectiva de uso comercial.

Resoluções nº 1,2,3, 13 e 14 : Assunto: Procedimentos para a REMESSA de amostra ( ex situ, plantas, líquens, fungos e algas), coletada no território nacional, que não apresente capacidade de multiplicação, regeneração ou reprodução para desenvolvimento de pesquisa, sem fins comerciais.

Resoluções nº 4, 15 - Assunto: Procedimentos para o TRANSPORTE de amostra, ex situ, coletada em território nacional, exclusivamente para desenvolvimento de pesquisa sem fins comerciais, que não preveja depósito definitivo na instituição onde será realizada a pesquisa.

Resoluções nº 5, 6, 8, 11 - Assunto: Diretrizes para a obtenção de anuência prévia para o ACESSO AO CONHECIMENTO TRADICIONAL associado ao patrimônio genético, (para fins de pesquisa científica ou para uso comercial, com comunidades indígenas ou agrícolas).

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•Para se efetivar uma introdução de uma planta transgênica é necessário previamente um PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) – Anexo I, artigo 7º da Lei nº 8.974, de 1995.

•Após a introdução a planta deve ser enviada a um quarentenário credenciado pela CTNBio.

•Para se efetivar uma introdução de uma planta transgênica é necessário previamente um PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) – Anexo I, artigo 7º da Lei nº 8.974, de 1995.

•Após a introdução a planta deve ser enviada a um quarentenário credenciado pela CTNBio.

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DOCUMENTOS NECESSÁRIOSDOCUMENTOS NECESSÁRIOS

São muitos os produtos exportados regularmente pelo Brasil, dentre eles pode-se citar o amendoim (Letonia), o Cravo-da-índia (Índia e França), Limões, maçãs e uvas (Holanda), Castanha-do-pará (Bolívia), Pimenta (Argentina) e Flores (EUA e Holanda). Portanto, todo o cuidado fitossanitário deve ser tomado para a manutenção deste mercado.

IMPORTAÇÃO: 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa (SEDESA); 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários (SEDESA); 3. Certificado Fitossanitário do país de origem (SEDESA); 4. Certificado de Análise de Sementes (DO PAÍS DE ORIGEM); 5. Certificado de Tratamento das Sementes (DO PAÍS DE ORIGEM).

EXPORTAÇÃO: 1. Permissão de Importação (DO PAÍS IMPORTADOR) (Permit Label); 2. Pedido de Autorização de Exportação (SEDESA); 3. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários (SEDESA); 4. Certificado de Origem de Material (INSTITUIÇÃO); 5. Termo de transferência de recursos genéticos -TTM (INSTITUIÇÃO); 6. Certificado Fitossanitário do Brasil (SEDESA);

TRÂNSITO INTERNO: 1. Certificado de Origem (CO) P.A2 e COC spp em risco de extinção (SEDESA); 2. Permissão de Trânsito (DDIV); 3. Termo de transferência –TTM (INSTITUIÇÃO).

IMPORTAÇÃO: 1. Requerimento para Importação de Material para Pesquisa (SEDESA); 2. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários (SEDESA); 3. Certificado Fitossanitário do país de origem (SEDESA); 4. Certificado de Análise de Sementes (DO PAÍS DE ORIGEM); 5. Certificado de Tratamento das Sementes (DO PAÍS DE ORIGEM).

EXPORTAÇÃO: 1. Permissão de Importação (DO PAÍS IMPORTADOR) (Permit Label); 2. Pedido de Autorização de Exportação (SEDESA); 3. Requerimento de Fiscalização de Produtos Agropecuários (SEDESA); 4. Certificado de Origem de Material (INSTITUIÇÃO); 5. Termo de transferência de recursos genéticos -TTM (INSTITUIÇÃO); 6. Certificado Fitossanitário do Brasil (SEDESA);

TRÂNSITO INTERNO: 1. Certificado de Origem (CO) P.A2 e COC spp em risco de extinção (SEDESA); 2. Permissão de Trânsito (DDIV); 3. Termo de transferência –TTM (INSTITUIÇÃO).

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Existem restrições ou proibições de trânsito no Brasil, especialmente para: a) plantas das famílias Fabaceae, Rubiaceae e Sterculliaceae; b) plantas dos gêneros Derris, Fragaria, Gossypium, Heliconia, Manihot, e Musa; c) plantas de espécies como Piper nigrum; d) frutos em geral.

INTRODUÇÃO DO PAÍS INTRODUÇÃO DO PAÍS

Vantagens: Não necessitam de aclimatação; Não possuem pragas exóticas; Facilidade de acesso ao material; Se nativo, pode abrir novos mercados.

Riscos: Se não houver quarentena, podem passar desapercebidos microorganismos ou insetos que não são relevantes no local de coleta, mas que ao serem inseridos no novo habitat podem se tornar pragas relevantes.

Riscos: Se não houver quarentena, podem passar desapercebidos microorganismos ou insetos que não são relevantes no local de coleta, mas que ao serem inseridos no novo habitat podem se tornar pragas relevantes.

Page 13: O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

INTRODUÇÃO DO EXTERIOR INTRODUÇÃO DO EXTERIOR

Riscos:

• das pragas adaptadas às espécies exóticas, ao serem introduzidas e encontrarem um novo habitat, sem inimigos naturais, proliferarem-se rapidamente;• da nova planta, ao se aclimatar, se tornar uma invasora de culturas comerciais ou até mesmo das áreas de preservação.

Riscos:

• das pragas adaptadas às espécies exóticas, ao serem introduzidas e encontrarem um novo habitat, sem inimigos naturais, proliferarem-se rapidamente;• da nova planta, ao se aclimatar, se tornar uma invasora de culturas comerciais ou até mesmo das áreas de preservação.

Problemas:A simples existência de uma praga no país, não significa que uma nova introdução, da mesma praga, não produza riscos ao país!

Ex: Bemisia tabaci (mosca branca da batata-doce e tomate), possui 20 biótipos, o do tipo B vetor do “tomato yellow leaf curl virus – TYLCV”, entrou em 1991, porém, os dos tipos J vetor do “african cassava vírus – ACMV” e Q, muito agressivos, ainda inexistem.

Page 14: O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

COLETA NO PAÍS COLETA NO PAÍS Temos à nossa disposição uma diversidade de biomas, como: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos, muitos dos quais são centros de origem e/ou diversidade genética de algumas espécies.

Temos à nossa disposição uma diversidade de biomas, como: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Campos, muitos dos quais são centros de origem e/ou diversidade genética de algumas espécies.

O germoplasma a ser coletado é escolhido conforme a necessidade do programa de melhoramento, podendo ser material cultivado, cultígen ou nativo.

O germoplasma a ser coletado é escolhido conforme a necessidade do programa de melhoramento, podendo ser material cultivado, cultígen ou nativo.

Page 15: O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

BUSCA NO EXTERIORBUSCA NO EXTERIORÉ efetuada, com muita freqüência, em organismos internacionais que conservam as principais culturas para a alimentação mundial..

Foto: ICRISAT - ÍNDIAFoto: ICRISAT - ÍNDIA

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Foto: Jardim Botânico do Rio de JaneiroFoto: Niagara Botanical Garden

BUSCA EM JARDINS BOTÂNICOS BUSCA EM JARDINS BOTÂNICOS Outra boa fonte de germoplasma, para fins de intercâmbio internacional, onde pode-se buscar germoplasma de espécies exóticas.

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•TROPIGEN = Rede Amazônica de Recursos Fitogenéticos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).•REGENSUR = Rede de Recursos Genéticos do PROCISUR (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai).

•TROPIGEN = Rede Amazônica de Recursos Fitogenéticos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).•REGENSUR = Rede de Recursos Genéticos do PROCISUR (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai).

GERMOPLASMA DA AMÉRICA LATINA

GERMOPLASMA DA AMÉRICA LATINA

As redes regionais, que envolvem vários países vizinhos, também são ótima fonte para efetuar o intercâmbio de germoplasma, especialmente através de projetos integrados.

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QUARENTENA

- DEFINIÇÃO ANTIGA: Latim “quarantum” - Período de espera de 40 dias (Peste bubônica, cólera e febre amarela).

- DEFINIÇÃO ATUAL: Período em que as plantas permanecem em observação fitossanitária, quanto ao ciclo do planta e/ou da praga quarentenária.

- DEFINIÇÃO ATUAL: Período em que as plantas permanecem em observação fitossanitária, quanto ao ciclo do planta e/ou da praga quarentenária.

- A liberação da quarentena: Ocorre posteriormente ao período no qual nenhuma praga quarentenária foi detectada ou, se detectada, somente após a confirmação da sua limpeza fitossanitária.

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Exemplos recentes de interceptação de pragas exóticas: Globodera sp. (nematóide da batata) oriundo do Canadá, Ditylenchus dipsaci e Pratylenchus scribneri em mudas de bromélias oriundas da Colômbia, Lophodermium seditiosum e Tylaphelenchus sp. em Pinus taeda oriundo dos Estados Unidos e Banana Bunchy Top Vírus em mudas de banana oriundas das Filipinas.

Exemplos recentes de interceptação de pragas exóticas: Globodera sp. (nematóide da batata) oriundo do Canadá, Ditylenchus dipsaci e Pratylenchus scribneri em mudas de bromélias oriundas da Colômbia, Lophodermium seditiosum e Tylaphelenchus sp. em Pinus taeda oriundo dos Estados Unidos e Banana Bunchy Top Vírus em mudas de banana oriundas das Filipinas.

CENARGEN/EMBRAPACENARGEN/EMBRAPA

O agricultura brasileira já sofreu muito com pragas exóticas, como o Vírus da Tristeza – 1945 e o Cancro dos cítricos (Xathomonas campestris pv. citri) – 1957 , a Ferrugem do café (Hemileia vastatrix) - 1970, o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis), o Moko da bananeira (Pseudomonas solanacearum raça 2), o Mildio do sorgo (Peronosclerospora sorghi), o Nematóide do cisto da soja (Heterodera glycines) - 1992, entre outras.

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-Introduções irregulares são potencialmente dispersoras de novas pragas. -São realizadas tanto por turistas curiosos como por agricultores desejosos por novos materiais, e até mesmo por profissionais qualificados que, na pressa de iniciar seus experimentos, irracionalmente efetivam introduções ilegais.

-Introduções irregulares são potencialmente dispersoras de novas pragas. -São realizadas tanto por turistas curiosos como por agricultores desejosos por novos materiais, e até mesmo por profissionais qualificados que, na pressa de iniciar seus experimentos, irracionalmente efetivam introduções ilegais.

IMPORTAÇÕES IRREGULARESIMPORTAÇÕES IRREGULARES

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O Phytoplasma palmae (amarelecimento letal das palmeiras) para as palmeiras, tamareiras e coqueiros, Amyelois tritici (nematóide do trigo) para a amêndoas e vagens, Anoplophora glabripennis (besouro chinês) para o álamo e salgueiro, Cacao swollen-shoot vírus para coqueiro, baobá e Sterculia spp., Nectria galligena (cancro europeu de pomáceas) para frutíferas e florestais, Oryctes rhinoceres para palmáceas, Carposina niponensis para melões, Cryptophlebia leucotreta para macadamia, quiabo e pimentas, Cydia spp. (Lepdóptera) para castanhas, Dacus spp (mosca-das-frutas-oriental) para frutíferas, melancia e chapéu-de-sol, Delia ssp.(Díptera) para couve-verde, Ectomyelois ceratoniae para legumes e nozes, Gymnosporangium spp. (Basidiomycetes) para Crataegus e Juniperus, Leptinotarsa decemlineata (Coleóptera) para solanáceas, Moniliophthora roreri (Deuteromycetos) para Herrania e Theobroma, Sigaetoga negra para musáceas, Phima exígua (Coelomycetes) para batata e beterraba, Platynota stultana para tomate e pimentas (DDIV, 2003).

O Phytoplasma palmae (amarelecimento letal das palmeiras) para as palmeiras, tamareiras e coqueiros, Amyelois tritici (nematóide do trigo) para a amêndoas e vagens, Anoplophora glabripennis (besouro chinês) para o álamo e salgueiro, Cacao swollen-shoot vírus para coqueiro, baobá e Sterculia spp., Nectria galligena (cancro europeu de pomáceas) para frutíferas e florestais, Oryctes rhinoceres para palmáceas, Carposina niponensis para melões, Cryptophlebia leucotreta para macadamia, quiabo e pimentas, Cydia spp. (Lepdóptera) para castanhas, Dacus spp (mosca-das-frutas-oriental) para frutíferas, melancia e chapéu-de-sol, Delia ssp.(Díptera) para couve-verde, Ectomyelois ceratoniae para legumes e nozes, Gymnosporangium spp. (Basidiomycetes) para Crataegus e Juniperus, Leptinotarsa decemlineata (Coleóptera) para solanáceas, Moniliophthora roreri (Deuteromycetos) para Herrania e Theobroma, Sigaetoga negra para musáceas, Phima exígua (Coelomycetes) para batata e beterraba, Platynota stultana para tomate e pimentas (DDIV, 2003).

PRAGAS QUARENTENÁRIAS NO BRASIL

PRAGAS QUARENTENÁRIAS NO BRASIL

Page 22: O intercâmbio e a quarentena de germoplasma vegetal no brasil

EXEMPLO DE PLANTAS EXPORTADAS PELO BRASIL: Amendoim (Letônia), Cravo-da-índia (Índia e França), Limões, Maçãs, Uvas (Holanda), Castanha-do-pará (Bolívia), Pimenta (Argentina), Flores (USA, Holanda), etc.

EXEMPLO DE PLANTAS EXPORTADAS PELO BRASIL: Amendoim (Letônia), Cravo-da-índia (Índia e França), Limões, Maçãs, Uvas (Holanda), Castanha-do-pará (Bolívia), Pimenta (Argentina), Flores (USA, Holanda), etc.

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PONTOS DE INGRESSO - FRONTEIRAS - 24 ADUANAS ESPECIAIS - 35 PORTOS ORGANIZADOS - 27 AEROPORTOS INTERNACIONAIS - 20

Situação Atual(*) (em operação): Total 106

O MAPA POSSUI 07 SERVIÇOS DE DEFESA E 28 POSTOS DE VIGILÂNCIA NO BRASIL

(*)Criados informalmente nas DFA´s com as mais diversas denominações (PDA, UVA, RR, ER) com o objetivo de atender as demandas do comercio internacional.

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IMPACTO AMBIENTAL DAS PRAGASIMPACTO AMBIENTAL DAS PRAGAS

Impacto de plantas que se tornam “invasoras” como já ocorre no Brasil: Pinus elliottii, Pinus taeda, Casuarina equisetifolia, Cassia mangium, Cotoneaster sp., Eriobothrya japonica, Hovenia dulcis, Ligustrum japonicum, Melia azedarch, Tecoma stans, Hedychium coronaruim e Impatiens walleriana. (ONU criou, em 1997, o Programa Global de Espécies Invasoras).

Impacto de plantas que se tornam “invasoras” como já ocorre no Brasil: Pinus elliottii, Pinus taeda, Casuarina equisetifolia, Cassia mangium, Cotoneaster sp., Eriobothrya japonica, Hovenia dulcis, Ligustrum japonicum, Melia azedarch, Tecoma stans, Hedychium coronaruim e Impatiens walleriana. (ONU criou, em 1997, o Programa Global de Espécies Invasoras).

Impacto de novas pragas que provavelmente entrarão no Brasil, por estarem muito próximas: mosca-da-carambola, cochonilha-rosada e o bicho-do-caroço-da-manga.

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RAZÕES: PORQUE QUARENTENAR?RAZÕES: PORQUE QUARENTENAR?

PREJUÍZOS IRREMEDIÁVEIS AO MEIO AMBIENTE

PREJUÍZOS À PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS;

PERDA POR DANOS NAS PLANTAÇÕES;

PREJUÍZO AO ABASTECIMENTO POR FALTA DO ALIMENTO E SEUS DERIVADOS;

PERDA DE MERCADOS DE EXPORTAÇÃO PELO MAU ASPECTO E DESCUMPRIMENTO DE PRAZOS;

PERDA DE PODER AQUISITIVO DO AGRICULTOR E DE EMPRESAS AGRÍCOLAS;

PERDA DE PROPRIEDADES E DE EMPREGOS.

PREJUÍZOS IRREMEDIÁVEIS AO MEIO AMBIENTE

PREJUÍZOS À PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS;

PERDA POR DANOS NAS PLANTAÇÕES;

PREJUÍZO AO ABASTECIMENTO POR FALTA DO ALIMENTO E SEUS DERIVADOS;

PERDA DE MERCADOS DE EXPORTAÇÃO PELO MAU ASPECTO E DESCUMPRIMENTO DE PRAZOS;

PERDA DE PODER AQUISITIVO DO AGRICULTOR E DE EMPRESAS AGRÍCOLAS;

PERDA DE PROPRIEDADES E DE EMPREGOS.

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BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

1. Batista, M.F, Fonseca, J.N.L., Tenente, R.C.V., Mendes, M.A.S., Urben, A.F., Oliveira, M.R.V., Ferreira, D.N. Intercâmbio e Quarentena de Germoplasma Vegetal. Brasília: Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento. v6. pg.32-41, 1988.

2. Giacometti, D.C. Introdução e Intercâmbio de Germoplasma. In: Araujo, S.M.C. & Osuna, J.A. eds. Anais Encontro sobre Recursos Genéticos. Jaboticabal: Unesp & CENAREN. 43-55p. 1988.

3. Hewitt, W.B. & Chiarappa, L. Plant Health and Quarantine in International Transfer of Genetic Resources. CRC Press, Inc. Cleveland: 1977, 347p.

4. Vilella, E.F. Histórico e Impacto das pragas introduzidas no Brasil/ Eds; Villella, E.F., Zucchi, R.A, Cantor, F. Ribeirão Preto: Holos, 2001. 173p.

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